Quinta-feira, 25 de Julho de 2013

Feira medieval na freguesia de São Pedro de Sintra

 

Dizem às crianças: «Os animais são nossos amigos». E as crianças, que sabem perguntar, perguntam: «Se os animais são nossos amigos, por que é que os adultos não são amigos dos animais

 

Que resposta terão para dar a esta pergunta tão apropriada?

 

 

 

Carta aberta aos autarcas sintrenses

 

Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Sintra

Exmo. Senhor Presidente da Junta de freguesia de S. Pedro de Sintra

Exma. Senhora Presidente da Assembleia de Freguesia de Sintra

 

Excelências,

 

Começo por felicitar-vos pela majestosa feira Medieval de Sintra, realizada anualmente na freguesia de S. Pedro de Sintra, e aprecio a valorização que é dada ao artesanato, bem como a promoção de ofícios da época e danças populares, entre outros motivos de interesse recreativo.

 

No entanto, gostaria de sugerir, para futuras Feiras Medievais nesta ou noutra Freguesia do Vosso Conselho (p. ex. na Feira Setecentista de Queluz), a exclusão da exploração de animais para actividades de “entretenimento”, nomeadamente o uso de póneis para recreação de crianças, e o desfile de burros.

 

Não é de todo necessária a presença destes animais nas Feiras, posto que a Época Medieval tem várias formas de ser dignamente retratada, sem necessidade de recorrer á exploração de Animais.

 

Sabemos que a exploração de animais era um costume medieval, mas não há necessidade de “mostrar” a parte negativa dessa época.

 

A Feira proporciona às crianças e adultos diversas formas de divertimento e actividades lúdicas isentas de exploração, e ficará bastante mais rica sem este tipo de actividades.

 

A utilização de póneis para divertimento é perfeitamente prescindível, uma vez que os animais são sujeitos a um extremo cansaço de horas de trabalho, em prol da vontade humana, deambulando entre as centenas de visitantes, no meio de ruído e confusão, num ambiente totalmente desaconselhado para a presença de animais, o qual não faz parte do habitat deles.

 

Igualmente os burros mirandeses, expostos à curiosidade de todos, sujeitos ao mesmo stress, deveriam ser protegidos deste ambiente nocivo, e cada vez mais afastados do conceito de “burro de carga”.

 

Nos tempos que correm, já não há necessidade disso, e o cansaço visível destes animais é absolutamente desaconselhado a crianças, às quais dizem que “os animais são nossos amigos”, e elas perguntam com propriedade: «Se os animais são nossos amigos, porque é que os adultos não são amigos dos animais

 

Relembro o Artigo constante na Declaração Universal dos Direitos dos Animais:

 

Artigo 10º

 “Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.

 

1) – As exibições de animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.”

 

Sintra tem-se vindo a afirmar como uma vila progressista, moral, social e politicamente evoluída, que não deixa de cuidar da protecção dos animais, nomeadamente não autorizando espectáculos que envolvam a tortura física e/ou psíquico-emocional de animais. No entanto, mantém os passeios em charretes puxadas por Cavalos, uma violência  tremenda contra animais extremamente sensíveis.

 

Neste sentido, reitero a sugestão/apelo para que não seja permitido o uso destes animais nas Feiras Medievais, nem em qualquer outra actividade promovida ou realizada, no conselho, mantendo este, deste modo, uma imagem digna e moderna que tem perante a sociedade, munícipes e outros, ou seja, a imagem de uma Vila que se preocupa com o bem-estar de todas as espécies.

 

Agradecendo a atenção de V. Exas., apresento os meus melhores cumprimentos,

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:20

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Comentários:
De Tomás Tudela a 26 de Julho de 2013 às 22:08
A Declaração Universal dos Direitos dos Animais não é uma lei nem tem qualquer valor jurídico. É uma simples declaração de valores da UNESCO. O uso de burros ou póneis para entreter humanos da forma como é feita nesta feira não é em nada degradante e há muito poucas pessoas em Portugal que o considerariam reprovável. Para além de que é muito provável que os animais quase ou nada sofram por serem usados naquelas actividades. Eu não tenho a certeza, obviamente, mas ainda menos certeza se tem de que eles sofrem, ou melhor, sofrem o suficiente para que se proíba estas actividades.
É ir ao extremo, pedir para se proibir estas actividades. O uso dos cavalos no hipismo é quase 100% igual a isto, bem como as exposições de cães. Nada disto é prejudicial e muito menos degradante para os animais.
De Isabel A. Ferreira a 28 de Julho de 2013 às 18:05
Tomás Tudela, a Declaração Universal dos Direitos dos Animais tem tanto valor como a Declaração Universal dos Direitos do Homem, ou como a Declaração dos Direitos das Crianças, e um País ao assinar esses documentos assume um COMPROMISSO LEGAL, MORAL, SOCIAL, HUMANO, que não é cumprido pelo homem predador.

Mas como já não se fazem HOMENS como antigamente, cuja palavra era LEI, temos o que temos. Nem, sequer as LEIS que estão nos códigos civil e penal são cumpridas, neste país cheio de gente incompetente, corrupta e irracional.

Quanto ao uso de animais seja para o que for… Só lhe digo esta: o Tomás Tudela não nasceu para estar num jardim zoológico ou para fazer trabalhos forçados num campo de concentração. Verdade?

Pois NENHUM animal não humano nasceu para DIVERTIR criaturas DESUMANAS.

Basta tirar o animal do seu habitat natural para isso já ser uma VIOLÊNCIA.

Ponha-se o Tomás Tudela no lugar deles. Não sofre nada, segundo a sua teoria.

Tudo o que seja UTILIZAR ANIMAIS para DIVERTIR BRONCOS é DESUMANO e PREJUDICIAL E DEGRADANTE para eles. TUDO.

O pipismo é outra aberração. Os Cavalos não nasceram para andar montados.

Enfim, o mundo estava cheio de animais que viviam placidamente, no paraíso. Até que chegou o animal homem, e esse paraíso passou a inferno, com muitos diabos a torturá-los, de muitas formas.
De Tomás Tudela a 28 de Julho de 2013 às 19:04
A Isabel insiste em confudir seres humanos com os restantes animais e em colocá-los no mesmo patamar. Na comunidade internacional, a DUDA não tem o mesmo valor que a DUDH, e o mesmo se passa no nosso país e em muitos outros países. A DUDH é foi proclamada e aprovava pela ONU, com o apoio do nosso País. A DUDH consagra um conjunto de princípios que se impostos a todos os países pela comunidade internacional e está consagrada na nossa Constituição. Portugal não assumiu compromisso nenhum relativamente à DUDA.

Eu não tenho o mesmo valor que um animal, por isso não faz sentido a Isabel tentar comparar a minha vida à vida dos animais.

Os seres humanos não podem usar cavalos para o Hipismo, nem burros ou póneis para o trabalho? O entretenimento de crianças, neste caso, é o trabalho do dono do burro ou do pónei. Podemos ter cães em casa, ou isso é uma crueldade e um atentado à liberdade dos cães?

Os animais não nascem com direitos invioláveis, dotados por qualquer entidade divina.

Isabel, o facto de os animais nascerem selvagens ou livres não significa que tenham que o ser. Não significa que os seres humanos não os possam utilizar. Senão o ser humano também não podia utlizar as florestas, os campos, os mares ou os rios. Qual é o propósito desssa coisas? O propósito dessas coisas, tal como dos burros e dos póneis, é aquele que os seres humanos quiserem que seja.

Os seres humanos são um fim em si próprios. Os animais têm o fim que os seres humanos lhes atribuam. A Razão separa-nos.
De Isabel A. Ferreira a 29 de Julho de 2013 às 12:22
A resposta a este comentário está no seguinte link:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/309274.html
De Rogerio Correia a 29 de Julho de 2013 às 15:38
tomás tudela, és um acefalo atrasado mental filho da puta sem hipótese de recuperação. A tua irracionalidade atinge os píncaros da demência. Vê se morres depressa.
De antonio a 29 de Julho de 2013 às 17:59
Isabel para quem tanto censura por dizer que lhe faltam ao respeito este comentário aqui deixado por este sr já merece ser publicado , enfim ....

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