Terça-feira, 16 de Julho de 2013

«O novo estilo forcado, um modelo de alta-costura»

 

Com este programa PIROSÍSSIMO (Olé) a SIC prestou um péssimo serviço não só à tauromaquia (o que serve sobremaneira a causa abolicionista), como àquela fatia de portugueses (que vêem televisão) dando-lhes a PAROLICE de que tanto gostam, como obviamente e essencialmente a uns bezerrinhos, que, não tendo culpa alguma da demência dos ditos "homens", foram torturados em nome da ESTUPIDEZ.

 

E tudo por causa das audiências. Uma estação de televisão que precisa de se servir de estratégias indignas para criar um público, esgotou, por completo, todas as suas capacidades criativas.

 

A SIC bateu no fundo.

 

 

Subscrevo inteiramente este texto da Prótouro.

 

Por Prótouro

 

«Com o alto patrocínio dos mais afamados estilistas da actualidade, a SIC acaba de nos apresentar o novíssimo modelo da jaqueta de ramagens para os forcados.

 

Para apresentar o novo modelito, nada mais, nada menos, que o valente e brioso forcado, que fez furor na praça de touros do Campo Pequeno, José Castelo Branco.

 

Um misto muito bem imaginado de camisinha de folhos, jaqueta bordada com berloques, um largo cinto preto sobre a tradicional faixa dos forcados e uns leggings estilo cavaleiro tauromáquico a terminar com botas de cano alto.

 

Sem querer tirar o mérito ao estilista que desenhou a nova indumentária  e que de ora em diante será usada por todos os grupos de forcados, nós substituiríamos o barrete por um chapéu de penachos de modo a condizer com as botas.

 

A SIC, ao transmitir este desfile de pindéricos, conseguiu três coisas absolutamente inéditas, ser número um na tabela de audiências, encher quase por completo o Campo Pequeno, coisa que não acontece há muito e finalmente pôr os aficionados contra a “prótoiro” que achou e acha que este programa é óptimo para a divulgação da “festa”.

 

A verdadeira intenção da SIC, com este programa, não foi promover a tauromaquia ou enaltecer a figura do forcadito, foi sim a de aumentar audiências e sabiam à partida que usando uma figura tão controversa como o José Castelo Branco, o conseguiriam.

 

A SIC usou e abusou de animais, num programa altamente deplorável, em que até se deram ao luxo de usar um bezerro obrigando-o, literalmente, a investir contra pessoas que se encontravam numa esplanada improvisada no meio da arena. Como consequência, o animal tropeçou numa mesa e cadeiras, caiu e sentou-se na arena. Quando se levantou coxeava de uma das patas.

 

Não venham agora afirmar que nenhum animal foi maltratado durante o programa porque todos o foram.

 

O conceito de maltrato animal não se resume a espetar farpas e bandarilhas. O maltrato começa quando os animais são retirados do seu habitat, enfiados num camião e posteriormente largados numa praça de touros, um local completamente estranho para os mesmos. Só mesmo pessoas com uma mente muito limitada, podem afirmar que no programa os animais não foram maltratados.

 

Para tudo há limites e querer ser líder de audiências numa guerra de canais televisivos não quer dizer que vale tudo. A SIC com este programa provou que é administrada por pessoas que não têm qualquer tipo de moral.

 

Prótouro

 

Pelos touros em liberdade»

 

Fonte:

http://protouro.wordpress.com/2013/07/16/o-novo-estilo-forcado-um-modelito-de-alta-costura/comment-page-1/#comment-1607

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:39

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Comentários:
De Gustavo a 16 de Julho de 2013 às 14:51
Já todos sabemos que este blog não é mais do que a caixa de ressonância dessa coisa estranha que é a prótouro.
Mas isto do programa, que naturalmente jamais verei, criou grandes dúvidas em mim. É que os seus maiores opositores são exactamente os aficionados!
Afinal qual é a sua posição: Apoia o programa por descredibilizar a prática taurina, ou opõe-se porque são utilizados animais (de forma, julgo, inócua) no seu decorrer?
De Isabel A. Ferreira a 16 de Julho de 2013 às 15:15
Francamente, não entendo.

Não escrevo de um modo literário, nem poético, nem erudito, já por causa das coisas.

Escrevo simples, vou buscar as palavras ao Português vernáculo (o mais acessível a quem não é muito instruído) e nem assim PERCEBEM.

Que em Portugal, desde os membros da governação central e da outra, até ao cidadão que tem apenas a quarta-classe, sofre-se de uma ILITERACIA assustadora, eu já sabia.

Mas assim tanto, quando se deixa o eruditismo para trás, com o objectivo de chegar à maioria dos leitores que poderão deambular por este Blog, francamente, não compreendo.

GUSTAVO GOUVEIA, por que carga de água, começa o seu comentário com esta afirmação absolutamente bacoca: «Já todos sabemos que este blog não é mais do que a caixa de ressonância dessa coisa estranha que é a prótouro.»?

Que “coisa estranha” é essa? De onde tirou a “caixa-de-ressonância”?

Depois, eu não tenho OPOSITORES.

Eu apenas sou a voz dos BOVINOS e dos CAVALOS, que não têm voz para se defenderem.

E pelo que já escrevi sobre esta aberração chamada “Olé”, o Gustavo Gouveia, qual foi a parte que não percebeu?

Não fui bastante clara nos meus juízos?

Ou isto é apenas uma provocação de quem não tem mais nada para fazer?
De Gustavo a 16 de Julho de 2013 às 17:52
Provavelmente a última. Isso porque sou pouco instruído. Iletrado.
E está aqui exposta a razão pela qual a senhora escreve como uma criança provinciana e simplória. Não é por ter apenas 11 anos e residir onde Deus perdeu as botas, cingiu-se afinal simplesmente ao lema KISS para que todos a entendam nesta senda muito importante de proibir corridas.
Mas Agora no último comentário, conseguiu-me impressionar. pois então que é a "Voz dos bovinos". Menos mal, eles precisavam mesmo de uma.
Suponho que saiba mugir.
De Isabel A. Ferreira a 16 de Julho de 2013 às 18:41
Disse tudo neste seu comentário, Gustavo Gouveia. Não sei se é instruído, se é iletrado. Mas uma coisa sei: é alguém que LÊ POUCO ou mesmo NADA.

Pois… emprestei a minha voz aos BOVINOS E CAVALOS para os defender dos seus carrascos, uma vez que eles não têm voz para o fazer. Como já emprestei (e ainda empresto) a minha voz aos mais desfavorecidos humanos (adultos e crianças e velhinhos) que não tinham (e não têm) como chegar aos “grandes” para dizerem de sua justiça.

Cada um faz o que pode e sabe.

E se quer saber mais, sei imitar muitas vozes de animais, sim. Mugir também. É um dom, que nem todos têm.
De Anónimo a 16 de Julho de 2013 às 23:52
és muito rude Isabel. Achas mesmo que é este blog que vai acabar com a tauromaquia. pelo menos com uma pessoa como tu a frente deste projeto ele nunca terá sucesso
De Isabel A. Ferreira a 17 de Julho de 2013 às 09:47
Este comentário é uma ANEDOTINHA.

Se mostrar a REALIDADE DE UM COSTUME BÁRBARO protagonizado por bárbaros, para bárbaros e chamar os bois pelo nome é ser rude, então eu sou rude. MUITO RUDE. RUDÍSSIMA.

Quanto a achar que este Blog vai acabar com a tauromaquia, não tenho essa pretensão, mas que vai AJUDAR a ENTERRÁ-LA, até porque ela já está MORTA (só vocês é que não vêem) ai isso não tenho dúvida.

Pois… uma pessoa como eu…

Não gostam, pois não? Nunca ninguém vos tinha confrontado com a REALIDADE DA TORTURA e com a PSICOPATIA DA TAUROMAQUIA, pois não?

Viveram anos a fio a pensar que estavam a fazer uma proeza, e que eram heróis, e que eram valentes…

Agora já sabem que não passam de sádicos, de covardes, de psicopatas todos aqueles que aplaudem, apoiam e praticam este COSTUME BÁRBARO (que nunca foi, nem será tradição portuguesa).

Acabou a era da loucura. Tradição é outro assunto.
De Elisabete a 17 de Julho de 2013 às 16:52
Olhe, anónimo, a autora deste blog, Drª Isabel A. Ferreira não está só, tem muita gente a acompanhá-la e eu sou uma delas. A tauromaquia vai acabar e já falta pouco e também ergo e continuarei a erguer a minha voz contra todos os maus tratos contra animais e também pessoas!
O nº de anti-touradas é muito superior ao de atuais tauricidas.
Assinado: Elisabete Sales
De Isabel A. Ferreira a 17 de Julho de 2013 às 17:04
Obrigada pelo seu apoio, Elisabete.

Somos milhões no mundo inteiro. E em Portugal somos milhares.

A tauromaquia está acabada.
A razão está do nosso lado.
E a razão sempre venceu.

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