«O eventual carácter económico de uma actividade destrutiva não a legitima. Pelo contrário, demonstra como valores fundamentais se subvertem em função do dinheiro.
Mas o que é mais grave é que a tauromaquia, como actividade económica, prejudica o país. Suga subsídios europeus, estatais e municipais que podiam e deviam ser aplicados em actividades construtivas, em vez de serem esbanjados em rituais que nada criam e que exortam a violência e o embrutecimento.
Será justo continuar a subsidiar uma indústria de mero entretenimento, que promove a violência, em nome dos postos de trabalho que garante? Nós temos a agricultura de rastos, não seria antes de aplicar o esforço nessa área, transferindo essa mão de obra para onde ela é mais necessária? Essas tais pessoas que tanto amam o mundo rural não seriam bem mais úteis na produção agrícola do que na área dos espectáculos?
O tráfico de droga, as lutas de cães e de galos são também setores económicos a considerar e no entanto nenhum de nós pensaria sequer em reabilitar e regulamentar uma prática que passou a ser proscrita por razões de ordem ética.
A tauromaquia prejudica o turismo. Várias sondagens e estudos elaborados no âmbito deste tema corroboram esse prejuízo. No estudo “Valores e Atitudes face à Protecção dos Animais em Portugal”, de 2007 – levado a cabo pela Metris GfK, em associação com o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) – foi feita a pergunta, “Em que medida pensa que, em Portugal, os animais são protegidos por lei?”, os resultados foram:
Um total de 87,1% dos consultados considera que a protecção legal dada aos animais é deficiente.
À pergunta, “Considera que a tourada deveria ser proibida por lei em Portugal?”:
50,5% dos entrevistados respondeu “Sim”
39,5% respondeu “Não”.
À pergunta, “Gostaria que o Município da cidade onde reside a declarasse uma cidade onde as actividades relacionadas com tourada não são autorizadas?”
52,4% dos entrevistados respondeu “Sim”.
36,8% respondeu “Não”
(Hoje somos mais de 80%).
Em Março de 2007, a Associação Animal encomendou uma sondagem à CIES/ISCTE/ MetrisGfk, que foi levada a cabo no norte do país. Essa sondagem foi utilizada pelas Câmaras Municipais de Braga, Viana do Castelo, Cascais e Sintra para conhecerem a posição actual dos portugueses em relação às actividades tauromáquicas.
Os respectivos autarcas procederam ao cancelamento de vários eventos tauromáquicos em função dos resultados dessa sondagem. Nela, 61,1% dos habitantes do norte do país declaram querer que as touradas sejam proibidas por lei em todo o país e 64,5% declaram querer que as cidades e vilas em que residem sejam declaradas cidades e vilas anti-touradas.
Pela Europa, num estudo realizado em 2003 em diversos países europeus, 93% dos alemães, 81% dos belgas e 82% dos suíços afirmaram ser contra a tourada.
89% dos britânicos afirma que nunca visitaria uma tourada quando estivesse em férias. (TNS Sofres, sondagem encarregada pela Franz Weber Foundation).
76% dos europeus inquiridos afirma que é errado a indústria do turismo promover uma tourada de qualquer forma. (sondagem ComRes, de Abril de 2007).
Estes dados revelam de forma objectiva que a tourada não beneficia o turismo nacional, nem a imagem de Portugal no estrangeiro. Pelo contrário, desperta o antagonismo de povos evoluídos que não desejam visitar países promotores de rituais macabros.»
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=436795643082445&set=a.310865805675430.67435.305023079593036&type=1&theater
***
O que é preciso mais para que os governantes portugueses usem da inteligência (se é que a têm) para acabar com este ritual macabro, de gente completamente insana, que põe Portugal no rol dos países civilizacionalmente atrasadinhos? (Isabel A. Ferreira)
De Luís a 22 de Maio de 2013 às 15:57
Boa tarde Isabel.
Bem, não fez comparações, traçou paralelismos, enfim, é uma maneira (des) elegante de tentar fugir ao seu argumento primário. Mas passando à frente.
Quando lhe dá "jeito" a Isabel diz as coisas nuas e cruas, como se diz, quando não lhe dá jeito é porque fui eu quem não leu as "entrelinhas", how convenient como diriam os anglo saxónicos...o seu discurso não têm entrelinhas nenhumas, a sra insiste em julgar a especié humana baseando-se apenas em alguns individuos...pelo menos foi o que fez no seu tão famigerado argumento dos sádicos etc.
Quanto à forma com que fala no seu blog, claro que não é obrigada a ser politicamente correcta, no entanto eu dei-me a liberdade de lhe dar alguns conselhos. Posso dizer que gosto de algum tipo de tauromaquia e no entanto acho que não tenho sido incorrecto na linguagem que utilizo (pelo menos não mais incorrecto que você) e sei o significado de "embriagado"...mais uma vez, não julgue para não ser julgada.
Bem quanto aos "psicopatas", mais cego é o que não quer ver não é...pois digo-lhe que esse termo não é o mais correcto cientificamente para definir as pessoas que gostam de touradas, mas se a sra quer permanecer no erro faça favor.
"Eu também sempre convivi com seres humanos, mas também com seres não humanos, e também em contexto de doença, e aposto que melhor do que o Luís sei dar valor à VIDA, e se calhar de uma forma muito mais consciente e activa do que o Luís, porque a VIDA para mim, não se limita à vida humana, mas também à vida dos seres não humanos que tratei..."
Bem, eu não disse que a sra não respeitava a vida não humana, isso está bem explicito no seu blog pela forma como defende o que defende. O que disse foi que a Isabel ao estar tão focada apenas numa parte da questão acabou por criar uma aversão à vida humana (pelo menos na forma como a ela se refere) que não é benéfica para ninguém, nem para si.
Cumprimentos
Já não tenho pachorra, Luís.
Haja santa paciência.
Se não quer entender, não entenda. Para mim tanto faz.
O Luís é mais um entre alguns que só vêm para aqui tentar destruir em vez de construir.
Mas não conseguirá.
O seu primarismo é impressionante. E como não consegue ir mais além, eu é que sou “primária”.
Que seja, Luís. Fica contente? Então fique.
Sim, o Luís, não entende o que escrevo nas linhas, muito menos o que escrevo nas entrelinhas, de outro modo não diria o que disse: «a sra insiste em julgar a espécie humana baseando-se apenas em alguns indivíduos...pelo menos foi o que fez no seu tão famigerado argumento dos sádicos».
Eu não julgo espécie alguma.
Eu apenas ABOMINO os homens predadores, e tenho esse direito. Não gosto de sádicos, e sádicos são todos aqueles que sentem prazer no sofrimento dos outros. Ou não será assim?
O Luís não gosta de “algum tipo de tauromaquia”. O Luís GOSTA DE TAUROMAQUIA. Não há tipos de tauromaquia. Ela é toda abominável, execrável, cruel, violenta, primitiva, estúpida.
Quanto ao significado de “embriagado”, ó Luís, vê como não entende o que escrevo. Essa não era para si. É que anda por aqui muita gente que desconhece o significado das palavras mais “tais”. Leia outra vez o que escrevi. Leia. Por favooooor.
Quanto aos psicopatas, não vou estar aqui a dar-lhe lições. Vá ver o que é um psicopata com todas as suas implicações (aliás já aqui coloquei um artigo, sobre isso, num link em inglês, mas é preciso saber inglês).
E os tauricidas são PSICOPATAS e dos GRANDES.
E eu não disse que os psicopatas eram as pessoas que gostam de VER touradas. Essas são as sádicas. Está a trocar tudo. Vê, como não consegue interpretar o que escrevo?
Ó Luís, que a Senhora das Candeias o ilumine.
Se é um ser racional, raciocine comigo: onde é que leu que tenho AVERSÃO À VIDA HUMANA, se EU PRÓPRIA SOU HUMANA, tenho filhos humanos, tenho netos humanos, pais humanos, amigos humanos?
De onde foi tirar essa ideia aberrante?
Eu não tenho aversão à vida humana.
Eu tenho AVERSÃO AO HOMEM PREDADOR, AOS CARRASCOS DOS SERES HUMANOS E DOS SERES NÃO HUMANOS. Abomino-os. Não os odeio.
Não lhes desejo mal algum. Desprezo-os, pelo desprezo que eles têm pela VIDA (seja ela de que espécie for). E entre um animal não humano e um homem predador, tenha a certeza de que prefiro o animal não humano: é mais digno, mais fiel aos princípios humanos. Isso não tenha dúvida.
Luís, não se preocupe tanto comigo. Eu sou uma pessoa equilibrada, que gosta da vida, da luz, mas detesto a crueldade, a violência, as trevas que o homem predador representa. Só isso.
Entendeu? Não se preocupe. Estou bem comigo própria, e com o mundo harmonioso.
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