Sexta-feira, 17 de Maio de 2013

«A tauromaquia é uma actividade económica relevante (?)»

 

 

 

 

«O eventual carácter económico de uma actividade destrutiva não a legitima. Pelo contrário, demonstra como valores fundamentais se subvertem em função do dinheiro.

 

 Mas o que é mais grave é que a tauromaquia, como actividade económica, prejudica o país. Suga subsídios europeus, estatais e municipais que podiam e deviam ser aplicados em actividades construtivas, em vez de serem esbanjados em rituais que nada criam e que exortam a violência e o embrutecimento.

 

Será justo continuar a subsidiar uma indústria de mero entretenimento, que promove a violência, em nome dos postos de trabalho que garante? Nós temos a agricultura de rastos, não seria antes de aplicar o esforço nessa área, transferindo essa mão de obra para onde ela é mais necessária? Essas tais pessoas que tanto amam o mundo rural não seriam bem mais úteis na produção agrícola do que na área dos espectáculos?

 

O tráfico de droga, as lutas de cães e de galos são também setores económicos a considerar e no entanto nenhum de nós pensaria sequer em reabilitar e regulamentar uma prática que passou a ser proscrita por razões de ordem ética.

 

 A tauromaquia prejudica o turismo. Várias sondagens e estudos elaborados no âmbito deste tema corroboram esse prejuízo. No estudo “Valores e Atitudes face à Protecção dos Animais em Portugal”, de 2007 – levado a cabo pela Metris GfK, em associação com o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) – foi feita a pergunta, “Em que medida pensa que, em Portugal, os animais são protegidos por lei?”, os resultados foram:

 

 Um total de 87,1% dos consultados considera que a protecção legal dada aos animais é deficiente.

 

À pergunta, “Considera que a tourada deveria ser proibida por lei em Portugal?”:

 

50,5% dos entrevistados respondeu “Sim”

39,5% respondeu “Não”.

 

À pergunta, “Gostaria que o Município da cidade onde reside a declarasse uma cidade onde as actividades relacionadas com tourada não são autorizadas?”

 

52,4% dos entrevistados respondeu “Sim”.

36,8% respondeu “Não”

 

(Hoje somos mais de 80%).

 

Em Março de 2007, a Associação Animal encomendou uma sondagem à CIES/ISCTE/ MetrisGfk, que foi levada a cabo no norte do país. Essa sondagem foi utilizada pelas Câmaras Municipais de Braga, Viana do Castelo, Cascais e Sintra para conhecerem a posição actual dos portugueses em relação às actividades tauromáquicas.

 

Os respectivos autarcas procederam ao cancelamento de vários eventos tauromáquicos em função dos resultados dessa sondagem. Nela, 61,1% dos habitantes do norte do país declaram querer que as touradas sejam proibidas por lei em todo o país e 64,5% declaram querer que as cidades e vilas em que residem sejam declaradas cidades e vilas anti-touradas.

 

Pela Europa, num estudo realizado em 2003 em diversos países europeus, 93% dos alemães, 81% dos belgas e 82% dos suíços afirmaram ser contra a tourada.

 

89% dos britânicos afirma que nunca visitaria uma tourada quando estivesse em férias. (TNS Sofres, sondagem encarregada pela Franz Weber Foundation).

 

76% dos europeus inquiridos afirma que é errado a indústria do turismo promover uma tourada de qualquer forma. (sondagem ComRes, de Abril de 2007).

 

Estes dados revelam de forma objectiva que a tourada não beneficia o turismo nacional, nem a imagem de Portugal no estrangeiro. Pelo contrário, desperta o antagonismo de povos evoluídos que não desejam visitar países promotores de rituais macabros

 

Fonte:

CAPT - Campanha Abolicionista da tauromaquia em Portugal

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=436795643082445&set=a.310865805675430.67435.305023079593036&type=1&theater

 

***

O que é preciso mais para que os governantes portugueses usem da inteligência (se é que a têm) para acabar com este ritual macabro, de gente completamente insana, que põe Portugal no rol dos países civilizacionalmente atrasadinhos?   (Isabel A. Ferreira)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 09:47

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Comentários:
De Isabel A. Ferreira a 22 de Maio de 2013 às 15:21
Ó Luís, vamos lá a ver se nos entendemos.

Primeiro, eu NÃO FIZ COMPARAÇÕES. Como poderia?

Tracei um paralelismo entre seres vivos que partilham o mesmo Planeta, tendo as mesmas necessidades vitais, e uns são predadores profissionais (o caso dos animais humanos adulterados) e os outros tentam sobreviver com dignidade, não destruindo o Planeta que é de todos.
Estes últimos merecem-me, sem qualquer dúvida, mais consideração.

Está claro que nenhum animal não humano seria capaz de pintar a capela Cistina, mas o Miguel Ângelo também não seria capaz de construir um ninho de pássaros ou os formigueiros de térmitas, para não ir mais longe, com tanta arte e engenho. Cada um no seu ofício.

Eu também não conseguiria nunca pintar a Capela Cistina.
O seu argumento é fraquinho, porque não ENTENDEU o que eu quis dizer. É preciso saber LER NAS ENTRELINHAS, Luís. E o Luís limita-se a ler nas linhas e a interpretar mal o que está nas linhas.

Quanto aos artigos, eu não faço artigos nem bem nem mal fundamentados. Simplesmente não os faço.

Eu apenas PROVOCO. AGITO CONSCIÊNCIAS.
EU NÃO TENHO DE SER POLITICAMENTE CORRECTA.

Eu não tenho patrões a quem dar “explicações”.
E depois de ter para cima de uma centena de comentários impublicáveis, cheguei à conclusão de que os ditos aficionados que vêm aqui ler o que publico, não conhecem a linguagem civilizada, então, decidi comunicar-me com eles, com a linguagem que eles entendem melhor. Eles não sabem o que é um embriagado. Mas sabem o que é um bêbado, então há que utilizar os termos que eles conhecem melhor. Não acha lógico?

O Luís apanhou este Blog a meio, desconhece o que está para trás.

Quanto ao termo psicopatas, ora faça-me o favor de fazer uma pesquisa em relação a psicopatas e verá quanto EU ESTOU CERTA EM APLICAR O TERMO.
Não leu TODOS os artigos publicados no meu Blog, com toda a certeza. Nos científicos, está lá isso e muito mais.

Os tauricidas são psicopatas e sádicos. É a CIÊNCIA que o diz. Não eu. E aqui não escrevo nada que não esteja já comprovado cientificamente.

Só não sabe quem não quer saber ou não vê quem não quer ver (que é o seu caso).

Aqui não se extrema posições. Aqui diz-se as verdades, nua e cruamente, aquelas que ninguém GOSTA de ouvir. Lamento.

Mas eu estou-me nas tintas.
As MENTIRAS que querem que eu diga, eu nunca as direi, Luís.

Finalmente o seu último parágrafo: «Volto a relembrá-la, eu trabalho com seres humanos em contexto de doença, sei bem dar valor a vida, se calhar de uma forma mais consciente que a Sra, portanto altere a forma como fala e procure ter uma perspectiva da vida um pouco mais abrangente e compreensiva».

Eu também sempre convivi com seres humanos, mas também com seres não humanos, e também em contexto de doença, e aposto que melhor do que o Luís sei dar valor à VIDA, e se calhar de uma forma muito mais consciente e activa do que o Luís, porque a VIDA para mim, não se limita à vida humana, mas também à vida dos seres não humanos que tratei, nas mais variadas doenças (cancros, diabetes, cardiomiopatias, falências renais, Vírus da Imunodeficiência Felina (HIV nos humanos), doenças pulmonares, pancreatites, infecções das mais variadas, e digo-lhe com conhecimento de causa: eles SOFREM TANTO quanto nós.

Por isso, quando vejo o que aqui lhe vou deixar, não posso alterar a forma como falo, porque a perspectiva de VIDA mais abrangente e compreensiva TENHO-A EU EM ALTO GRAU.

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/38589.html
De Luís a 22 de Maio de 2013 às 15:57
Boa tarde Isabel.

Bem, não fez comparações, traçou paralelismos, enfim, é uma maneira (des) elegante de tentar fugir ao seu argumento primário. Mas passando à frente.

Quando lhe dá "jeito" a Isabel diz as coisas nuas e cruas, como se diz, quando não lhe dá jeito é porque fui eu quem não leu as "entrelinhas", how convenient como diriam os anglo saxónicos...o seu discurso não têm entrelinhas nenhumas, a sra insiste em julgar a especié humana baseando-se apenas em alguns individuos...pelo menos foi o que fez no seu tão famigerado argumento dos sádicos etc.

Quanto à forma com que fala no seu blog, claro que não é obrigada a ser politicamente correcta, no entanto eu dei-me a liberdade de lhe dar alguns conselhos. Posso dizer que gosto de algum tipo de tauromaquia e no entanto acho que não tenho sido incorrecto na linguagem que utilizo (pelo menos não mais incorrecto que você) e sei o significado de "embriagado"...mais uma vez, não julgue para não ser julgada.

Bem quanto aos "psicopatas", mais cego é o que não quer ver não é...pois digo-lhe que esse termo não é o mais correcto cientificamente para definir as pessoas que gostam de touradas, mas se a sra quer permanecer no erro faça favor.

"Eu também sempre convivi com seres humanos, mas também com seres não humanos, e também em contexto de doença, e aposto que melhor do que o Luís sei dar valor à VIDA, e se calhar de uma forma muito mais consciente e activa do que o Luís, porque a VIDA para mim, não se limita à vida humana, mas também à vida dos seres não humanos que tratei..."

Bem, eu não disse que a sra não respeitava a vida não humana, isso está bem explicito no seu blog pela forma como defende o que defende. O que disse foi que a Isabel ao estar tão focada apenas numa parte da questão acabou por criar uma aversão à vida humana (pelo menos na forma como a ela se refere) que não é benéfica para ninguém, nem para si.

Cumprimentos
De Isabel A. Ferreira a 22 de Maio de 2013 às 17:25
Já não tenho pachorra, Luís.

Haja santa paciência.

Se não quer entender, não entenda. Para mim tanto faz.

O Luís é mais um entre alguns que só vêm para aqui tentar destruir em vez de construir.

Mas não conseguirá.

O seu primarismo é impressionante. E como não consegue ir mais além, eu é que sou “primária”.

Que seja, Luís. Fica contente? Então fique.

Sim, o Luís, não entende o que escrevo nas linhas, muito menos o que escrevo nas entrelinhas, de outro modo não diria o que disse: «a sra insiste em julgar a espécie humana baseando-se apenas em alguns indivíduos...pelo menos foi o que fez no seu tão famigerado argumento dos sádicos».

Eu não julgo espécie alguma.

Eu apenas ABOMINO os homens predadores, e tenho esse direito. Não gosto de sádicos, e sádicos são todos aqueles que sentem prazer no sofrimento dos outros. Ou não será assim?

O Luís não gosta de “algum tipo de tauromaquia”. O Luís GOSTA DE TAUROMAQUIA. Não há tipos de tauromaquia. Ela é toda abominável, execrável, cruel, violenta, primitiva, estúpida.

Quanto ao significado de “embriagado”, ó Luís, vê como não entende o que escrevo. Essa não era para si. É que anda por aqui muita gente que desconhece o significado das palavras mais “tais”. Leia outra vez o que escrevi. Leia. Por favooooor.

Quanto aos psicopatas, não vou estar aqui a dar-lhe lições. Vá ver o que é um psicopata com todas as suas implicações (aliás já aqui coloquei um artigo, sobre isso, num link em inglês, mas é preciso saber inglês).

E os tauricidas são PSICOPATAS e dos GRANDES.

E eu não disse que os psicopatas eram as pessoas que gostam de VER touradas. Essas são as sádicas. Está a trocar tudo. Vê, como não consegue interpretar o que escrevo?

Ó Luís, que a Senhora das Candeias o ilumine.

Se é um ser racional, raciocine comigo: onde é que leu que tenho AVERSÃO À VIDA HUMANA, se EU PRÓPRIA SOU HUMANA, tenho filhos humanos, tenho netos humanos, pais humanos, amigos humanos?

De onde foi tirar essa ideia aberrante?

Eu não tenho aversão à vida humana.

Eu tenho AVERSÃO AO HOMEM PREDADOR, AOS CARRASCOS DOS SERES HUMANOS E DOS SERES NÃO HUMANOS. Abomino-os. Não os odeio.

Não lhes desejo mal algum. Desprezo-os, pelo desprezo que eles têm pela VIDA (seja ela de que espécie for). E entre um animal não humano e um homem predador, tenha a certeza de que prefiro o animal não humano: é mais digno, mais fiel aos princípios humanos. Isso não tenha dúvida.

Luís, não se preocupe tanto comigo. Eu sou uma pessoa equilibrada, que gosta da vida, da luz, mas detesto a crueldade, a violência, as trevas que o homem predador representa. Só isso.

Entendeu? Não se preocupe. Estou bem comigo própria, e com o mundo harmonioso.



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