D. João VI por Debret
Artigo retirado do JORNAL MUNDO LUSÍADA
São Bernardo, SP, Brazil
Com a devida consideração, tomo a liberdade de transcrever no meu blog o artigo que o Jornal Mundo Lusíada publicou no Brasil, ao qual agradeço a referência que faz ao meu livro.
Segunda - feira | 13 JUL 09
Livro lançado em Portugal contesta "1808" de Laurentino Gomes
Da Redação
Mundo Lusíada
A obra “Contestação - De como Portugal tem o dever de defender a sua Honra e a sua História”, da jornalista portuguesa Isabel A. Ferreira, foi lançada em Portugal contestando a obra do brasileiro Laurentino Gomes, “1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil”, obra a qual teve grande vendagem no Brasil e em Portugal. O livro da portuguesa contesta o modo como a história de D. João VI foi apresentada pelo jornalista numa narrativa que “amesquinha Portugal, a Monarquia Portuguesa e os Portugueses” defende a autora, num mesmo pensamento há algum tempo debatido entre integrantes da comunidade luso-brasileira. “Uma vez mais, Portugal e os Portugueses foram expostos ao ridículo, publicamente. Recentemente, na série televisiva ‘Os Tudors’, apresentada num canal de televisão estatal, a corte portuguesa foi retratada com enorme desprestígio e leviandade. Há bem pouco tempo, e a propósito do caso do desaparecimento de Madeleine McCann, no Algarve, Portugal foi extremamente enxovalhado pela imprensa britânica. Isto apenas para falar de casos mais recentes” traz a autora na Nota Introdutória da obra. “Portugal é um país territorialmente pequeno, mas não deve deixar que o amesquinhem deste modo tão acintoso, porque a sua alma é grande”. Para o Dr. Mendo Castro Henriques, D. João foi um dos únicos príncipes europeus que não se vergou perante Napoleão Bonaparte. “Poucos reis, durante a nossa história, foram tão perseguidos por motivos pessoais, como D. João VI. Quer pela loucura de sua mãe, quer pelo seu casamento infeliz e as conspirações de sua mulher e de fidalgos visando a sua abdicação. E contudo, poucos reis, na nossa história, foram tão consistentemente vencedores nos projetos a que se abalançaram, de mãos dadas com o seu povo e dirigentes. A sua permanência por treze anos no Brasil, permitiu-lhe ser o governante que garantiu a unidade do Estado, a que o Povo Brasileiro justamente acrescentou a independência” traz o prefácio do livro, assinado por Dr. Castro Henriques, professor de Filosofia Política na Universidade Católica Portuguesa e presidente do Instituto da Democracia Portuguesa. “Que esta obra ajude a clarificar o legado de D. João VI, o monarca luso-brasileiro” afirma.
Segundo Isabel Ferreira, o livro de Laurentino Gomes é finalizado com a idéia de que os portugueses “ainda são feios, porcos, maus e ignorantes”, o que soa a preconceito. Por isso, o lançamento da obra “Contestação” foi preciso para a defesa da honra de Portugal. “Para Laurentino Gomes, D. João VI era um rei covarde. Para mim e para muitos historiadores, um rei corajoso, que deixou uma obra notável no Brasil” diz. “E porque tudo vale a pena quando a alma não é pequena (citando Fernando Pessoa), este é o meu contributo no sentido de resgatar o bom-nome de Portugal”. A obra foi lançada em outubro passado pela Chiado Editora, e o assunto está sendo divulgado no blog da autora em: