Sexta-feira, 31 de Outubro de 2025

Eleições presidenciais/2026: não votar ou votar em branco, eis a questão...

 

Se vos disserem que para votar em branco (ou fazer desenhos), vale mais não perder tempo, em ir às assembleias de voto. Poupam-se 1800 milhões de euros, em combustível (valor gasto, a cada 12 horas, nos fins de semana) e aumenta, o bolo, a dividir, por todos os candidatos, menos do que votar em branco/nulo. É que ao ir votar, o valor de 13,96 euros, fica disponível, para os partidos/candidatos. Se não for, o valor fica nos 8 euros. O governo poupa 40 milhões, com cada eleição. Ir votar branco/nulo, só pune o governo (e todos nós!) e as autarquias (pois 58%, do orçamento eleitoral, é pago pelas autarquias), tenham em conta o seguinte: quantos de nós já não ouvimos esta história do apelo ao não-votar-em-branco, por ser perda de tempo e poupa milhões, e mais tal? Contudo, tudo isto não passa de uma falácia, porque no final a treta tem de dar com a careta, ou seja, se foram a votos 10 milhões de pessoas, os votos contados entre válidos, brancos, nulos e abstenções têm de dar 10 milhões, de outro modo, há marosca.

 

Então por que não querem que nós, que não consideramos “válidos” nenhum dos candidatos, votemos em branco?

 

NÃO é pelos gastos ou ganhos destes e daqueles, é simplesmente para que NÃO se conste por aí que o número de descontentes é demasiado elevado. Querem empurrar-nos para a abstenção, que pode NÃO significar um acto de descontentamento ou protesto, mas o voto em BRANCO significa PROTESTO, significa que NENHUM candidato nos serve.

 

Em Democracia, o voto em branco significa um voto de protesto, que não cabe nas abstenções nem nos votos nulos.

DEMOCRACIA.png

 

Como é que nós, que temos o DIREITO de votar (está na Constituição) vamos demonstrar o que pensamos sobre os candidatos? Se gostamos deste ou daquele candidato, votamos nele. Correcto? Se não gostamos de nenhum candidato votamos em branco, porque temos o direito de votar.

 

Os votos nulos podem não significar descontentamento ou protesto. Há sempre quem não se entenda com tantos quadradinhos, e ponha a cruzinha fora do sítio, ou, se desenha bonequinhos, para anular o voto, é simplesmente gente que gosta de brincar com coisas sérias.

 

Em todos os votos, sejam válidos, brancos ou nulos, há uma leitura clara a fazer.

 

Portanto, como cidadãos com direito a votar, votamos em branco, se nenhum dos candidatos reúne as competências para ocupar cargos constitucionalmente superiores.

 

E se a Lei Eleitoral não estivesse tão MINADA, aliás como muitas outras leis estão minadas, para favorecer não os cidadãos, mas os que governam, os votos em BRANCO estariam representados no Parlamento, simbolicamente por cadeiras vazias, porque o voto em branco é um voto válido, não é nulo, nem está no rol das abstenções. Representa apenas a percentagem de cidadãos que protestam: com o sistema ou porque os que se candidatam a seus representantes não lhes servem.

 

A Lei Eleitoral terá de ser revista.

 

Veja-se este exemplo: o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, nas presidenciais de 2016, foi eleito apenas por 2. 411. 925 votantes, num universo de 9. 741.377 inscritos, tendo votado apenas   4.740.558 cidadãos, e destes, 58.714 votaram em branco. A abstenção foi de 51,16%, a maior de sempre, para um primeiro mandato.

 

Portanto, Marcelo Rebelo de Sousa NÃO representa TODOS os Portugueses, foi eleito por uma percentagem mínima: pouco mais de dois milhões de cidadãos. Não tem nada de que se vangloriar.



Os abstencionistas são aqueles que, já cansados de ver triunfar as nulidades, consideram que votar é um exercício que não traz vantagens. Porém, se os 51,16% que se abstiveram tivessem ido votar em branco, e se a esta percentagem se somasse a percentagem dos votos em branco, teríamos um panorama nada satisfatório para os políticos portugueses.

Conclusão: votar em branco é o caminho, quando os candidatos não nos dizem nada. O voto em branco é voto de protesto, isto pode não estar explícito na Lei, mas é um voto de protesto, e é bom que todos os portugueses saibam, através da percentagem desses votos, quantos de nós protestámos.

 

Isabel A. Ferreira

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:23

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Quinta-feira, 30 de Outubro de 2025

Não votarei em candidatos às eleições presidenciais que NÃO saibam escrever correCtamente a Língua Portuguesa

 

NÃO VOTAREI 1.png

NÃO VOTAREI 2.png

 

Estes são os candidatos a Presidente da República Portuguesa/2026, que têm mais visibilidade pública, mas há mais alguns, que não constam aqui, porque não têm qualquer possibilidade de chegar ao pódio, o que não significa que não sejam importantes ou não mereçam estar aqui. Não é isso.

 

Em cima, da esquerda para a direita: Henrique Gouveia e Melo (independente); António José Seguro (independente); André Ventura (Chega); Catarina Martins (Bloco de Esquerda).

Em baixo, da esquerda para a direita: Luís Marques Mendes (PSD); António Filipe (PCP); João Cotrim Figueiredo Iniciativa Liberal); Raul Perestrello (independente).

 

O que têm em comum estes e todos os outros candidatos que aqui não estão?

 

Nenhum deles sabe escrever correCtamente a Língua Portuguesa, a Língua dos Portugueses, a Língua de Portugal.

 

Andei a investigar e já vi que todos, mesmo todos, os candidatos a presidente da República são acordistas, ou seja, seguem a cartilha do acordo ortográfico de 1990 (AO90), que nos impinge a grafia brasileira, que, para o Brasil, é correta (lê-se currêtâ, como em carreta), mas que para Portugal é completamente incorreCta.

 

Como é possível?

 

Como querem ser presidentes da República, estando a violar a Constituição da República Portuguesa, antes mesmo de saberem se ocupam ou não o cargo? 

Poderão fazer, com honra e verdade, o juramento solene de Presidente da República Portuguesa ao dizerem

 

«Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa. — Constituição de 1976, Art. 127.º.»

 

escreverem segundo a cartilha do AO90?

 

Bem sei que a democracia portuguesa é uma democracia escrita com um "" minúsculo, como os que a sustentam, e talvez por isso, em Portugal, coisa inédita e insólita! cada um escreve como lhe dá mais jeito.

Se o próximo presidente da República NÃO souber escrever correCtamente a Língua Portuguesa será igual ou pior ao que nos vai deixar, sem honra nem legado algum, do qual os Portugueses possam orgulhar-se.



Se os candidatos a PR não arrepiarem caminho e chegarem à conclusão de que, insistindo em grafar à brasileira, irão atraiçoar o juramento solene que terão de fazer na tomada de posse do cargo, e no exercício das suas funções irão cometer uma série de violações, tais como:

 

-- da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (CSPCI);

-- e por arrasto, da Constituição da República Portuguesa (CRP);

-- da Convenção de Viena de 23 de Maio de 1969, pelo AO90;

-- da violação da Convenção Ortográfica Luso-Brasileira (COLB) de 10 de Agosto de 1945, aprovada pelo Decreto-Lei Nº 35.228 de 8 de Dezembro de 1945, decreto-lei que continua em vigor na ordem jurídica nacional, porque, até à data, não foi anulado, nem substituído por um novo Decreto-Lei.

 

têm de saber que serão um mau presidente e estarão a trair Portugal e os Portugueses.

 

Posto isto todos os Cidadãos Portugueses Pensantes NÃO devem votar em nenhum candidato acordista porque quem NÃO escrever correCtamente a Língua Portuguesa, e estando em vias de cometer tantas violações, NÃO merecerá representar Portugal nem os Portugueses, como aquele que deixará o cargo NÃO mereceu, e por tal imerecimento será julgado pela História.



NÃO votaremos em candidatos que NÃO saibam honrar Portugal e a sua Língua, logo a Língua que, de acordo com o que José Pacheco Pereira disse numa entrevista no passado dia 10 de Junho, e,todos nós que pensamos, concordamos que é um dos factores mais importantes para a identidade de ser português.

 

E é essa identidade que o próximo Presidente da República deverá defender, para merecer ocupar tão alto cargo.

 

Conclusão: ou votamos em branco [já agora, os votos em branco deviam ter a respectiva percentagem em cadeiras vazias no Parlamento, para indicarem o descontentamento dos Portugueses, que ao fim e ao cabo também votaram um voto útil] ou NÃO votamos.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:41

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Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025

Tauromaquia em declínio: dados oficiais confirmam a tendência

 

Não há qualquer dúvida quanto à extinção da selvajaria tauromáquica. O fim aproxima-se. Os trogloditas tauromáquicos bem podem começar a treinar a cavar terra, plantar pomares, e hortas, batatas e pepinos, porque estarão a contribuir para alimentar muita gente. Não perdem empregos, porque nem sequer os têm, vivem à tripa forra à custa dos nossos impostos, e só podem ganhar um lugarzinho no céu, por se tornarem HOMENS E MULHERES ÚTEIS.

Isabel A. Ferreira

 

ANIMAL 1.jpg

TAUROMAQUIA EM DECLÍNIO: DADOS OFICIAIS CONFIRMAM A TENDÊNCIA

👉🏻Os números mais recentes do INE e da IGAC são claros:
Em 2024 realizaram-se apenas 143 espectáculos tauromáquicos, menos 23 do que em 2023, e o número de bilhetes oferecidos aumentou 34 %, atingindo 41 311.

👉🏻Menos espectáculos, menos público e mais bilhetes oferecidos.
Mesmo com o esforço para mascarar o vazio das bancadas, a tauromaquia continua a perder relevância e público.

A própria indústria reconhece a quebra e manifesta preocupação com os resultados nos seus sites e fóruns.
🫴Os dados falam por si e confirmam o que a sociedade portuguesa já decidiu há muito: o futuro é a abolição da tauromaquia.

⚠️Conhece a nossa campanha #ComoMEUdinheiroNÃO? Por favor leia e subscreva a ILC agora mesmo! (Links directos na nossa bio, stories e site)

👉 Consulte as 99 páginas que temos com os dinheiros públicos entregues nos últimos anos a esta cruel indústria. (Documento em constante actualização)

Poderá encontrar toda a informação na nossa linktree https://linktr.ee/ANIMAL.ONG 👈

💪Partilhe bastante a informação e o nosso trabalho! Com a participação de todas/os conseguiremos fechar esta vergonhosa torneira💲que mantém a tauromaquia.

Se acreditam na importância do nosso trabalho, por favor, apoiem-no hoje mesmo!

ANIMAL #EmDefesadosDireitosdeTodososAnimais desde 1994 #tauromaquiaabolicao #tauromaquiaeviolencia #animalrightscampaigners #animalrights #direitosdosanimais #proteccaodosanimais #animalprotection 



 
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 17:22

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Sexta-feira, 17 de Outubro de 2025

«Governo aprova proibição de burka e niqab em espaços públicos»

 

Proposta foi aprovada no Parlamento

Carmo Torres 

 

in Diário do Distrito [Setúbal]

 

O Governo aprovou esta sexta-feira uma lei que passa a proibir o uso da burca e do niqab em espaços públicos, à semelhança do que já foi feito em vários países europeus, como a França e a Dinamarca.

A proposta foi apresentada pelo Chega, e teve o apoio do PSD, Iniciativa Liberal e CDS-PP, ao passo que PS, Livre, PCP e Bloco de Esquerda votaram contra.

Já o PAN e JPP abstiveram-se.

A legislação passa a proibir «especificamente roupas destinadas a ocultar o rosto», visando questões de segurança pública e identidade visual, argumentando o Chega que «a burka representa uma forma de opressão às mulheres e uma ameaça à segurança pública».

Por outro lado, partidos como PS e Bloco de Esquerda defenderam que a proibição pode infringir direitos individuais, como a liberdade religiosa e de expressão.

 

 Ler a notícia completa aqui

 

BURKA.png

 

Em Portugal não se usa burka nem niqab, logo, quem para cá vem deve seguir as leis de Portugal. É por isso que jamais emigraria para um país onde tivesse de usar a burka ou o niqab, ou não me ser permitido sair à rua sozinha e ir lanchar a uma pastelaria, porque tudo isso não faz parte da MINHA cultura.

 

Esta proibição  nada tem a ver com liberdade religiosa e de expressão. Apenas as senhoras NÃO podem cobrir-se, dessa maneira, em público. De resto têm toda a liberdade religiosa e de expressão, desde que cumpram as leis portuguesas, e não venham para cá impor as suas.

 

Cá pelos meus lados existe uma senhora que usa burka. Ao sair à noite, para pôr o lixo no contentor, quem me garante, nos tempos que correm, que debaixo daqueles panos, não está um homem, um bandido, um violador, um assaltante?

 

Isto tem a ver com aquela máxima «em Roma sê romano», e se não estamos dispostos a seguir as leis do País para onde emigramos, o mais inteligente é procurar um país que tenha os mesmos valores e costumes que nós.


Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:18

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Sexta-feira, 10 de Outubro de 2025

María Corino Machado, líder da oposição venezuelana, vence Prémio Nobel da Paz 2025

 

É mulher, é guerreira, é corajosa, tendo dado o seu contributo para o benefício da Humanidade, conforme a vontade expressa do cientista e industrial sueco Alfred Nobel (1833-1896), que tendo inventado a dinamite, com a intenção de que fosse benéfica para a Humanidade, para uso na construção civil e mineração, veio a tornar-se nociva, sendo utilizada em guerras. Para redimir este efeito nocivo da sua invenção, Alfred Nobel quis legar a sua fortuna a pessoas que trabalhassem para “o benefício da humanidade”, e foi assim que nasceu a ideia do Prémio Nobel, aos que contribuem para o Bem, o Bom e o Belo.

Parabéns, María Corina Machado, que tem ascendência portuguesa.

Isabel A. Ferreira

María Corina Machjado.png

 

O Prémio Nobel da Paz de 2025 foi atribuído à líder da oposição venezuelana María Corina Machado, anunciou esta quinta-feira o Comité Nobel Norueguês no Instituto Nobel Norueguês, em Oslo.

Entre 2011 e 2014 foi deputada da Assembleia Nacional da Venezuela. Chegou a estar detida ao sair de uma manifestação contra o presidente Nicolás Maduro na região de Caracas.

Corina Machado recebe este prémio "pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia", anunciou o comité em comunicado.

"O Prémio Nobel da Paz de 2025 vai para uma defensora da paz corajosa e comprometida – para uma mulher que mantém acesa a chama da democracia em meio a uma escuridão crescente. (...) Enquanto líder do movimento pela democracia na Venezuela, Maria Corina Machado é um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos", sublinhou o Comité.

Nascida em Caracas em 1967, María Corina Machado é conhecida como uma das figuras mais importantes da política da Venezuela e influente da oposição ao regime de Nicolás Maduro. 

Em 2024 foi impedida pela justiça venezuelana de concorrer à presidência e desafiar Nicolás Maduro. Acabou por, mais tarde, apoiar o opositor Edmundo González Urrutia, a quem a vitória foi negada pelo governo, apesar das evidências apresentadas pela oposição.

Desde essa altura que vive na clandestinidade.

 

Fonte da Notícia:

https://sicnoticias.pt/mundo/2025-10-10-maria-corina-machado-vence-premio-nobel-da-paz-06378b6f

 

***


Donald Trump, queria porque queria, ganhar este prémio, e pediu-o descaradamente, não tendo a noção do ridículo desta pedinchice.

Venceu o Bom Senso, e o prémio foi atribuído a quem já tinha mostrado trabalho feito.
Vence quem luta pela Democracia, pelo bem da Humanidade.

Não vence quem está a enveredar por uma ditadura, que destrói os valores democráticos.

E agora Trump é alvo de chacota:


CALMA DONALDO.png

(Legenda: «Eu quero o meu Nobel!!»)

Fonte da imagem:

https://www.facebook.com/photo?fbid=10235096209758472&set=a.10207867496497658

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:19

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Sábado, 4 de Outubro de 2025

Hoje celebramos São Francisco de Assis e os seus Irmãos Animais Não-Humanos

 

São Francisco de Assis.png

Fonte da Imagem: Diocese de Joinville

***

9

OS MEUS IRMÃOS ANIMAIS... AS MINHAS IRMÃS PLANTAS.

 

 Antes do homem, no Planeta habitavam os nossos irmãos de criação

 

Sabem o que é a Vida?

Se usarmos do saber livresco diremos que Vida é o estado de actividade dos animais e das plantas. Deduzimos então que, no mundo conhecido, apenas os animais e as plantas vivem num estado de actividade desde que nascem.

Uma pedra também nasce, e ali fica. Quieta. Não cresce. Morre, se a triturarem e a transformarem em pó. E o pó leva-o o vento. E quem chorará a morte de uma pedra? A galinha? Eu? Talvez outra pedra?!

 

Mas as pedras não choram, porque não vivem. A galinha vive. Eu vivo. Ambas choramos. Logo, a galinha e eu somos seres vivos. Somos animais.

 

Outros animais e plantas povoaram o Planeta muito tempo antes do homem. E cada um cumpriu a sua missão. Harmoniosamente. Animais de todas as espécies. Plantas, desde o miosótis ao mais frondoso plátano. Todos seres muito belos, mais-que-perfeitos. Sensíveis.

 

Só depois veio o homem, o qual encontrou um mundo fervilhando de vida até na mais pequenina fenda, entre os rochedos, à beira-mar.

ROSA.PNG

No jardim vivia uma rosa. Viçosa e formosa rosa. O homem veio e disse: «Que linda é a rosa. É minha, pois não sou eu o dono do mundo? Vou levá-la comigo». E o homem arrancou a rosa da roseira, e a rosa murchou, e só o homem é que não viu. E continuou a clamar: «Eu sou o dono do mundo»!

 

Auto-intitulou-se um ser superior, apenas porque falava, pensava, fazia coisas com as mãos, que mais nenhum outro ser conseguia. E, usando dessa pretensa superioridade, desatou então a maltratar os seus companheiros de vida: tortura e mata, por simples prazer, animais, plantas e até outros seres seus semelhantes. Polui as águas dos rios, dos oceanos e das fontes, antes dele tão límpidas. Destrói as florestas que libertam o oxigénio, sem o qual o planeta não respira. E tudo isto o homem vai fazendo em nome da tal superioridade e de interesses escusos, valores que desvalorizam a existência do próprio homem, e exterminam os animais e as plantas.

 

Durante milhares de anos, o planeta, chamado azul, foi azul da cor do céu; foi verde da cor dos prados; loiro da cor das searas; vermelho da cor do sol poente; teve todas as cores do arco-íris enquanto não veio o homem. Depois dele, e em nome da sua superioridade, o que foi um paraíso, durante o reinado dos animais e das plantas, transformou-se em caos.

Se o Lobo respeita o homem, porque não há-de o homem respeitar o Lobo?

 

Se a Árvore respeita o homem, porque não há-de o homem respeitar a Árvore? Afinal, somos todos irmãos. Iguais, enquanto resultado do mesmo acto criador. Diferentes no modo como respeitamos a vida.

in Manual de Civilidade, - Livro de Isabel A. Ferreira, páginas 26/27

Manual de Civilidade.PNG

***

Por outro lado, há criaturas que celebram o Dia dos Animais não-humanos TORTURANDO-OS

 

Porém, cada Touro torturado será a pedra no sapato, por toda a eternidade, daqueles que os torturaram. Mais dia, menos dia, a inevitável e implacável Lei do Retorno encarregar-se-á de lhes fazer justiça. Acredito nisto piamente. Ultimamente ela tem vindo mais cedo, para muitos torturadores de Touros. O ano de 2025 foi o ano horribilis para muitos deles.

 

Marinhenses.PNG

 Ver o vídeo no Facebook



E mais:

CAVALO ABATIDO.PNG

CAVALO ABATIDO 2.png

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:28

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Quinta-feira, 2 de Outubro de 2025

Uma bela homenagem do Biólogo Luís Vicente à primatologista Jane Goodall, que morreu ontem, aos 91 anos

 

Associo-me a esta homenagem àquela que soube honrar a Humanidade, deixando-nos um legado ímpar, sobre a natureza humana entrelaçada com a natureza dos outros seres vivos que connosco partilham o Planeta.

Isabel A. Ferreira

 

Jane e Louis - Luis Vicente.jpg

 JANE E LOUIS

Por Luis Vicente

Como contei num post anterior, em 1971 apaixonei-me pelo trabalho de Jane Goodall e descobri o rumo da minha vida: o Comportamento Animal.

Naquele tempo não havia Internet. Escreviam-se cartas e esperava-se, com paciência, por respostas que chegavam ao ritmo de outros mundos.

Em poucos meses, depois de insistir junto de muita gente, consegui pôr as mãos num número da revista Nature, de 1964 (volume 201), que guardo religiosamente até hoje. Nele vinha um artigo da Jane: “Tool-Using and Aimed Throwing in a Community of Free-Living Chimpanzees”.

Foi o primeiro artigo científico que li na minha vida. Sei-o quase de cor, e poderia declamá-lo como se declama um poema.

Mas… vamos à história.


Em 1924, na África do Sul, o grande paleoantropólogo australiano Raymond Dart, pai da chamada “Hipótese da Savana”, descobriu um crânio de tamanho intermédio entre o dos humanos e o dos chimpanzés. Sugeriu então um novo género, ao qual chamou Australopithecus — “símio do sul”.

Mais tarde, outro gigante da paleoantropologia, Louis Leakey, e a sua esposa Mary, trabalhando na Garganta de Olduvai, na Tanzânia, descobriram fragmentos de fósseis humanos — os primeiros Homo habilis, depois Homo erectus — e as suas ferramentas acheulenses.

Foi nesse contexto que os mundos de Jane Goodall e de Louis Leakey se cruzaram.
Jane, inicialmente contratada como secretária, revelou uma atenção ao detalhe, uma paciência infinita e um conhecimento vivo sobre a natureza que impressionaram profundamente Leakey. Ele procurava um olhar fresco, alguém capaz de ver o que a ciência estabelecida não via — e encontrou em Jane essa ousadia do olhar.

Um dia, Jane disse-lhe:
— O que eu gostaria mesmo era de estudar o comportamento de Australopithecus.
E Leakey respondeu-lhe:
— Australopithecus não tenho… mas um Australopithecus é, no fundo, um super-chimpanzé.
E assim começou a aventura.

Em 1960, com apenas 26 anos, Jane Goodall viajou para a Tanzânia. Leakey ajudou-a a obter uma bolsa da Fundação Wilke. Ao mesmo tempo, incentivou Biruté Galdikas a estudar orangotangos e Dian Fossey a estudar gorilas. Ficaram conhecidas como as «Trimates». Juntas, abriram janelas sobre o mundo dos grandes primatas — e, através deles, sobre nós próprios.

Lembro-me de, anos mais tarde, numa conferência a que Jane assistiu, lhes ter chamado “Leakey’s Girls”. Ela riu-se com gosto. No fim, ficámos a conversar, e essa conversa ficou gravada como uma das minhas mais queridas memórias.

Em 1960, Jane relatou pela primeira vez a Leakey que os chimpanzés não apenas usavam, mas fabricavam ferramentas.

O mundo científico estremeceu. O que se julgava ser uma fronteira intransponível entre o humano e o animal ruía. Leakey respondeu com a frase que ficou para a história:

“AGORA TEMOS DE REDEFINIR FERRAMENTA, REDEFINIR O HOMEM OU ACEITAR OS CHIMPANZÉS COMO HUMANOS.”

Leakey incentivou Jane a prosseguir o doutoramento em etologia em Cambridge e a obter o apoio da National Geographic. Graças à projecção internacional dessa plataforma, o mundo descobriu as personalidades únicas e o rico tecido social dos chimpanzés — tão semelhantes, afinal, às nossas.

As descobertas de Jane Goodall mudaram para sempre a forma como vemos os animais, a nós próprios e o lugar que ocupamos na grande teia da vida.

Graças a ela — e a todos os que com ela partilharam o caminho — compreendemos hoje não só como evoluímos, mas também como estamos entrelaçados com os outros seres vivos deste planeta.

(continua...) #JaneGoodall

Fonte:

https://www.facebook.com/photo/?fbid=10161877317858837&set=a.10150637539043837

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:00

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Quarta-feira, 1 de Outubro de 2025

Apesar dos protestos dos consumidores, a cerveja Sagres NÃO se demarcou da crueldade e da violência que tem lugar no «Sagres campo pequeno”, validando com isso uma actividade selvática

 

BASTA SAGRES 3.PNG

Fonte da imagem: 

https://www.facebook.com/photo/?fbid=122124922250931406&set=a.122119475576931406  

 

A empresa cerveja Sagres enviou aos consumidores que protestaram contra a ligação da sagres às touradas, um comunicado, no qual não se demarcou da crueldade que se passa no recinto, que leva o seu nome: “Sagres campo pequeno, com a realização de touradas, uma prática selvática, que não se encaixa nos tempos hodiernos, continuando o seu nome ligado à tortura de Touros que tem vindo a ser realizada no recinto.

 

O “Sagres campo pequeno” é um recinto que cheira a sangue, que cheira a morte, e mesmo assim, sabendo que cerca de 90% da população portuguesa rejeita esta prática bárbara, a Sagres continuará a patrociná-la?

Dada esta circunstância, e se os consumidores desta cerveja, tendo mais opções, boicotarem o seu consumo?

A Sagres será mais um daqueles blocos de betão armado, que fazem ouvidos de mercador aos apelos de quem já evoluiu, e porque já evoluiu, rejeita esta prática repugnante, de dor e de morte?

 

Isabel A. Ferreira

***

🔴 📩 Contexto:
Centenas de pessoas pediram à Sagres/SCC/Heineken que 𝗲𝘅𝗶𝗴𝗶𝘀𝘀𝗲𝗺 𝗼 𝗳𝗶𝗺 𝗱𝗮𝘀 𝘁𝗼𝘂𝗿𝗮𝗱𝗮𝘀 𝗻𝗼 𝗦𝗮𝗴𝗿𝗲𝘀 𝗖𝗮𝗺𝗽𝗼 𝗣𝗲𝗾𝘂𝗲𝗻𝗼 ou 𝗿𝗲𝘁𝗶𝗿𝗮𝘀𝘀𝗲𝗺 𝗼 𝗻𝗼𝗺𝗲 𝗦𝗮𝗴𝗿𝗲𝘀 𝗱𝗼 𝗲𝘀𝗽𝗮ç𝗼.

📌 𝗥𝗲𝘀𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗮 𝗦𝗮𝗴𝗿𝗲𝘀/𝗦𝗖𝗖:
Afirma que o apoio se foca nos eventos de música, teatro, dança e outras artes performativas, que são hoje mais de 95% da programação do Campo Pequeno.
Admite que o nome Sagres está sempre presente no espaço, e tenta desresponsabilizar-se da programação.

➡️ Sublinha, no entanto, que 𝗳𝗮𝗿á 𝗰𝗵𝗲𝗴𝗮𝗿 𝗮𝗼 𝗴𝗲𝘀𝘁𝗼𝗿 𝗱𝗼 𝗲𝘀𝗽𝗮ç𝗼 as posições recebidas.
⚠️ Isto mostra que, apesar das justificações, a Sagres continua inevitavelmente ligada à tauromaquia. Mas também confirma que as mensagens tiveram impacto e que as preocupações/pedidos poderão chegar mais além.

👉 𝗨𝗺 𝘀𝗶𝗻𝗮𝗹 🙏

 

***

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:20

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