Segunda-feira, 19 de Maio de 2025

Legislativas 2025: cada vez que há eleições o meu prognóstico é sempre "mais do mesmo para pior”, mas desta vez ultrapassou-se todas as expectativas

 

A AD Coligação PSD-CDS/PP ganhou estas eleições, sem qualquer dúvida.

O PS igualou o CHEGA em número de deputados (mas pode ainda ser ultrapassado pelos votos dos emigrantes, o que fez Pedro Nuno Santos engolir uma manada de hipopótamos, e o André Ventura subir aos píncaros.

A maior derrota foi a do Bloco de Esquerda que, de cinco deputados passou para um: Mariana Mortágua. Nem os da velha guarda lhe valeu.

O IL de oito passou para nove.

O LIVRE, de quatro passou para seis.

A CDU perdeu um deputado.

O PAN manteve a líder do partido: Inês Sousa Real.

E o JPP da Madeira, conseguiu eleger um deputado, acrescentando mais um Partido ao já partido Parlamento.  

 

Quem esperava este resultado? 

O mais do mesmo aconteceu, para pior, mas desta vez, para muito pior.

A extrema-direita e a extrema-esquerda tocaram-se, porque lá no fundo, no fundo, os extremos tocam-se, quando há que implementar políticas extremistas.  E as políticas extremistas são nocivas, e tanto faz ser da esquerda como da direita. Hitler, o nazista, foi ultrapassado por Estaline, o comunista, nos milhões de pessoas que morreram a mando deles.

E por que é que a extrema-direita está a subir em Portugal?

Porque os que se dizem da esquerda são medíocres.

 

Andamos aqui há cinquenta anos, a mudar do PS para o PSD, do PSD para o PS, do PS para o PSD/CDS, depois para uma geringonça, que misturou alhos com bugalhos e não resultou, e foi por aqui que o PS, o Bloco de Esquerda e o PCP começaram a sua decadência.

 

Passados que são 50 anos, depois de uma ditadura, pura e dura, era altura de Portugal estar, já não digo, na dianteira da Europa, porque somos pequenos e pobres para tal, mas ao menos a meio da tabela, e o que acontece? Estamos na cauda da Europa, em quase, quase tudo, e cada vez há mais pobres, a FOME continua a aumentar, custo de vida caríssimo, salários baixos, insatisfação laboral, em todos os sectores, um ensino de má-qualidade, porque perdemos o seu maior PILAR, a Língua Portuguesa, inexistência de uma política habitacional, agravada com a entrada desregrada de imigrantes, saída de Portugueses para o estrangeiro, cada vez mais a aumentar, um SNS que nos deixa a morrer sentados em cadeiras de hospital...

 

Vivemos tempos caóticos no mundo, mas também em Portugal.
E num contexto destes, se aparece uma personagem com o dom de atrair a atenção dos menos privilegiados, com discursos certeiros, daqueles que um povo infeliz quer e precisa de ouvir, é certo e sabido que esse povo seguirá quem assim o defende, de uma modo arrebatado, com astúcia, e atirando flechas aos corações magoados, pela falta de políticas que tirem esse povo do chão onde se arrastam, sem esperança.


O que tem feito a dita esquerda senão andar a lutar pelo próprio ego, sem que nenhuma medida tivesse sido tomada, concretamente, em defesa do povo?


Por fim, há que referir que foram as não-políticas do Partido Socialista, liderado por António Costa que, puseram Portugal na lona, e logo que António Costa viu a coisa mal parada, pôss a andar e agora está onde sempre quis estar, ocupando um alto cargo na União Europeia, enquanto Portugal se arrasta na lama, levando à ascensão do CHEGA, que soube aproveitar a fraqueza dos que não souberam governar.

Agora choram?

O que se passou nestas Legislativas de 2025 foi absolutamente previsível.

 

Os extremistas, sejam da esquerda ou da direita, alcançam o poder através da vontade do Povo. Se o povo está deprimido, por algum motivo, é certo e sabido que seguirão um líder que seja bom a usar de toda a sua lábia.


A mim, não me surpreendeu este resultado invulgar.

Era expectável. Bastava estar atento, muito atento a todas as manobras de todos os Partidos Políticos, e àquele vazio nas mensagens que quiseram passar, principalmente no que respeita ao PS, com uma ideia fixa (Spinumviva, Spinumviva, Spinumviva!) apontando mal as suas flechas, não cativando o Povo, avaliando mal a astúcia de André Ventura.

Agora, aguentem!

Não vale a pena chorar sobre o leite derramado.

E se por todo o mundo, os partidos de direita e extrema-direita estão a dar cartas, é porque a esquerda e a extrema-esquerda esvaziaram-se de ideias, que possam solucionar os problemas que o mundo enfrenta.


Concluindo:

A esquerda faz políticas assustadoras, que amedrontam o Povo, e este não sabe que a direita pode ser ainda mais assustadora.

A política quer-se a direito. Nem para a esquerda, nem pada a direita, porque do que o Povo precisa é que os seus problemas mais prementes sejam resolvidos, e enquanto os políticos andam com isto de esquerda, direita, um, dois, as políticas falham.

Há que mudar de paradigma, se quisermos fazer evoluir Portugal.

 

Isabel A. Ferreira

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publicado por Isabel A. Ferreira às 17:24

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