Passados 500 anos ainda não chegou o dia que Leonardo da Vinci vaticinou...
Precisaremos de mais 500 anos????
Pelo visto, com certeza, precisaremos talvez até muitos mais anos!!!! Porque a crueldade é um apanágio apenas da espécie Homo Trogloditus.
João Moura é TOUREIRO, e estaria tudo dito.
Não surpreende, pois, que tratasse os seus Galgos com a crueldade com que os tratou e é visível na imagem. Para ele, Touros, Cães, quem sabe outros animais não-humanos e até humanos serão menos que nada.
Foi levado a tribunal por ter maltratado Galgos, logo Galgos , que são Cães de uma extrema sensibilidade.
O tribunal de Portalegre condenou-o a quatro anos e oito meses de prisão, com pena suspensa.
Com pena suspensa porquê?
Este não seria um crime suficientemente grave para levar os cinco anos previstos na lei vigente? Lei de pouco préstimo, diga-se de passagem, pois NÃO defende adequadamente os direitos dos animais não-humanos, quer sejam de companhia ou não sejam.
(OBS: O Dr. Vasco Reis é o único médico-veterinário que combate a tauromaquia)
Não esquecer que os animais não humanos são animais como NÓS, e por saber disto é que NÃO faço distinções entre os seres humanos e os seres não-humanos. Trato-os do mesmo modo, com o mesmo carinho, com o mesmo cuidado, porque só assim demonstro a minha humanidade.
Porque sei disto, não concordei com a pena suspensa de uma criatura que tratou com uma desumaníssima crueldade os seus próprios Cães.
A pena de prisão efectiva talvez ajudasse outros que tais joões mouras, porque os há por aí aos magotes, a pensarem duas vezes antes de maltratarem seja que animal for.
O tribunal decidiu ainda que João Moura não pode possuir animais de companhia por um período de cinco anos e proibiu-o de frequentar feiras e corridas de cães por um período de três anos, para além disto, Moura tem de doar 3.000 euros a três associações que receberam, na altura dos factos, os seus cães, devendo ainda o cavaleiro frequentar um programa de reinserção a determinar pela Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.
Isto é daquelas coisas que teriam de ser proibidas até ao fim da vida, porque a crueldade é algo que se entranha na pele e fica para sempre, e não há reinserção que desentranhe o que já vem do berço.
Notícia completa aqui
Isabel A. Ferreira
A tua vida poderia ter sido breve, mas perdura na obra que deixaste.
Eras Poeta, e os Poetas são imortais.
Hoje quero celebrar-te e já não tenho palavras, porque ao longo dos últimos 15 anos, desde que partiste para as estrelas, em 22 de Novembro de 2008, gastei todas as palavras para te homenagear.
Hoje vou repetir-me.
Mas que importância tem isso, desde que esteja a celebrar-te?
***
A António Monteiro dos Santos devo o meu conhecimento e afecto que me ligou a Vila do Conde, à sua História, aos seus Poetas, a José Régio e família (o irmão Apolinário, e sobrinhos com quem privei). A Vila do Conde, para onde fui dar aulas, no ano lectivo de 1973/74, na Escola Frei João de Vila do Conde, era ainda Bacharel.
Mais tarde, já como Correspondente dos Jornais «O Primeiro de Janeiro» e «O Comércio do Porto» conheci António Monteiro dos Santos, na Biblioteca Municipal de Vila do Conde, onde fui buscar o conhecimento das coisas daquela cidade.
Ele era um poço de saber. Um excelente paleógrafo. Pedi-lhe ajuda para que me introduzisse na História da cidade, da sua gente, dos seus hábitos, e o que A. Monteiro dos Santos me ensinou fez-me apaixonar por «Vila do Conde espraiada/entre pinhais, rio e mar!» (José Régio)
Depois vieram os seus livros de Poesia: «Por Ti Pintei a Lua» e “Se Eu Fosse Dono da Vida», sob o nome de Dário Marujo, «um nome que cheira a docas, um nome que cheira a cais», um nome que vem do tempo em que era Marinheiro, filho de um mar de gaivotas»…
A. Monteiro dos Santos, no Diana Bar (Póvoa de Varzim), à mesa onde José Régio costumava sentar-se e escrever os seus poemas.
Até sempre, meu amigo!
Isabel A. Ferreira
Eu sei distinguir os eleitores simpatizantes de um partido político, os eleitores eventuais, bem como distingo as bases dos partidos. Mas, também sei que um partido político, tem os Militantes e os Quadros do partido.
Sendo assim, os êxitos e as falhas de um partido político, devem-se, sobretudo, aos seus militantes e Quadros.
Não pretendendo “fazer aqui política”, mas somente reflectir na política e na democracia do Partido Socialista, do seu socialismo, desde Mário Soares a António Costa. As bases, os simpatizantes e certos Quadros deste club, devem estar aterrorizados quanto aos Governos e governantes Socialistas.
Penso que os políticos que mais têm afundado o país, que mais desgraças têm trazido ao país e que mais crises tem provocado ao país, têm sido os socialistas: atropelos, tráficos de várias cores, políticas rapaces, saques, corrupção, amiguismos e todo o género de prejuízos causados contra o povo.
Com os socialistas portugueses, Portugal tem sido uma bagunça, onde ninguém se entende e onde se anda, socialisticamente, à estalada.
Mário Soares, fazia deslocações ao estrangeiro, em aviões especialmente fretados, com uma comitiva de duzentos ou mais elementos. Caviar, lagosta, champanhe francês, charutos e os melhores whiskies, eram a ementa da comitiva e ninguém sentia os lucros dessas deslocações espampanantes, talvez fraudulentas.
Este governante até a fundação Mário Soares adquiriu e foi o primeiro governante a pedir a presença do FMI em Portugal! Já não havia dinheiro e os milhares de barras de ouro deixadas pelo fascista Salazar, desapareceram.
Guterres, sonhador ou lírico, o apaixonado pela Educação, abandonou o Governo após o mau resultado de umas eleições autárquicas, não teve tempo de efectuar nenhuma das 120 medidas que prometeu, se, ganhasse (como ganhou) as eleições legislativas.
Sócrates, o ex-preso da cela nº 44, da cadeia de Évora, o tal que ainda espera ser julgado, por há dez anos cometer vários crimes cometidos contra o Estado, iniciou a fome no país, criou problemas sem pejo a muita gente, semeou a descrença, encetou a perseguição a centenas de profissionais do Estado, criou conflitos em jornais e televisões e até roubou 50% do subsídio de Natal aos aposentados da Caixa-Geral de Aposentações, em 2011.
António Costa, o governante que desrespeitou as eleições de 2015, derrubando Pedro Passos Coelho para se unir à extrema-esquerda; que desconhecia a debilidade do paiol das munições de Tancos, porque assaltado; que abandonou o país para férias, quando Pedrógão ardia e mais de uma centena de mortos aconteceram; o governante que sorriu ao seu ministro Cabrita pela morte de um homem na auto-estrada; o governante que tem medo a reformas, que se rodeou de madraços, que criou um ninho de toupeiras nos serviços governamentais, que deu milhares de milhões à banca falida por ladroagem, assim como à TAP, onde, os serviços das Infra-estruturas do Estado têm sido o cancro de Portugal.
Finalmente, António Costa, pediu demissão do cargo de Primeiro Ministro, quando obteve uma maioria nas eleições, demissão que ninguém entende.
Será que teremos um futuro primeiro-ministro do PS, Pedro Nuno Santos, o Quadro PS que nunca governou a sua casa, que nunca trabalhou numa empresa pública ou privada e que apenas se doutorou e vagueou pelos corredores socialistas? Bem, bem, fregueses!
Ora as televisões de Portugal, de tudo o que atrás se recorda e afirma, não param: esmiúçam até à exaustão tudo e todos, enfraquecem os cérebros de quem os ouve, não dão cultura a quem lhes paga, não denunciam o servilismo do acordo ortográfico de 1990, perseguem e inventam caminhadas por notícias de ocasião - são carraças autorizadas.
Televisões em Portugal: ocas, populistas, carraças e muito mais, exploram sem travões tudo que é mau.
Recordemos Tancos nas televisões; fogos em Pedrógão; o medo que provocaram pela pandemia Covid 19; as perseguições a políticos; a anarquia nas fotografias da guerra na Ucrânia, o mesmo na guerra Israel-Hamas e agora, ambas as guerras esqueceram, para falarem da demissão-não-percebida de António Costa.
Simpatizantes e eleitores de circunstância do Partido Socialista, não serão culpados deste socialismo com mais de vinte anos a governarem o país. Culpa, terão os militantes e os Quadros do PS, bem como vergonha terão do socialismo, que os seus líderes têm dado aos portugueses.
Tantas asneiras PS, tanta anarquia PS, tanta corrupção PS, tanto sofrimento dado aos portugueses em nome da democracia, tanto descrédito e tanta merda atirada contra o povo, que, no mínimo, era de mandar para a oposição este partido político, para ver se aprende alguma coisa.
Ou então, obrigar os governantes e os Quadros PS, a viverem durante vinte anos no socialismo de Cuba, da Venezuela, da China, da Coreia do Norte ou do Irão.
Artur Soares
(O autor não segue o acordo ortográfico de 1990)
Do mural do Facebook de João Reis fica aqui uma lista a observar:
E os que defendem e ajudam os animais não-humanos, defendem e ajudam de igual modo os animais humanos
Porquê?
Por isto:
Lisboa, 15 de Janeiro de 2024
Os efeitos das alterações climáticas já se sentem em todo o mundo e constituem ameaças reais à segurança e bem-estar das pessoas. A perda de biodiversidade e a degradação ambiental seguem a um ritmo acelerado.
Com a aproximação das Eleições Legislativas 2024, e para garantir que os líderes que estarão à frente das decisões em Portugal estão comprometidos em reverter este cenário, a Coligação C7 destaca algumas medidas prioritárias que devem ser incluídas nos programas eleitorais.
A Coligação C7 é composta pelas seguintes organizações:
ANP|WWF – Associação Natureza Portugal, em associação com a WWF
FAPAS – Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade
GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente
LPN – Liga para a Protecção da Natureza
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável
Prioridades ambientais para as Legislativas 2024
Os efeitos das alterações climáticas já são sentidos em todo o mundo e constituem ameaças reais à segurança e bem-estar das pessoas. A perda de biodiversidade e a degradação ambiental, que seguem a um ritmo acelerado, agravam ainda mais esta realidade. Para garantir que os líderes que estarão à frente das decisões em Portugal estejam comprometidos em reverter este cenário, a Coligação C7 destaca as seguintes medidas prioritárias que devem ser incluídas nos programas das Eleições Legislativas que se aproximam:
Prioridades ambientais para as Legislativas 2024
Prioridades ambientais para as Legislativas 2024
Para além destas prioridades temáticas, é essencial que sejam garantidos mais espaços formais para a participação da sociedade civil na construção das políticas públicas em todas as suas etapas,
desde as fases mais iniciais de elaboração, passando pela implementação, até à monitorização. Além disso, as consultas públicas podem ser optimizadas por meio de plataformas únicas (à semelhança da Comissão Europeia), tendo como padrão mínimo o que está estabelecido na legislação de Avaliação de Impacte Ambiental e assegurando o cumprimento da Convenção de Aarhus sobre direito de participação.
A C7 considera que estas medidas são o mínimo necessário para que Portugal faça frente aos desafios ambientais globais, sem as quais não será possível o cumprimento dos compromissos internacionais assumidos, nem tampouco garantir um ecossistema e uma sociedade resilientes.
A Coligação C7 é composta pelas seguintes organizações:
ANP|WWF – Associação Natureza Portugal, em associação com a WWF
FAPAS – Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade
GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente
LPN – Liga para a Protecção da Natureza
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável
“Ser Português”.
Por Amarante Eduardo, no Facebook.
E alguns dos comentários que gerou.
Atenção!!!!
O que refiro nos meus comentários nada tem a ver com rejeição dos imigrantes, daqueles imigrantes que vêm por bem, para melhorar a sua vida, para trabalhar honestamente, e se esforçam por aprender a nossa Língua, os nossos Costumes, a nossa História, a nossa Cultura. Que se esforçam por se integrarem, e não pretendem impor a Cultura, a Língua ou os Costumes deles, embora devam preservar a Cultura, a Língua e os Costumes deles.
Todos os imigrantes que vêm por bem são bem-vindos, e merecem ser bem acolhidos e ter os seus direitos garantidos, e, vivendo em Portugal bem integrados, podem ser tão Portugueses quanto os Portugueses. E isto é uma coisa.
Outra coisa é virem para Portugal com segundas intenções, como, por exemplo, pretenderem fazer do nosso País um trampolim para o resto da Europa, quiçá, do mundo, e desejarem "ser portugueses" apenas por conveniência, e NÃO, para poderem integrar-se na nossa sociedade.
E, quem sabe, possam absorver a ALMA portuguesa, e serem um dos nossos.
Isabel A. Ferreira
Este é um Portugal que anda para trás como os caranguejos.
Estamos prestes a assinalar o 50º aniversário do "25 de Abril", e o estado da Nação é um estado absolutamente caótico.
Fonte da imagem de cima: https://www.facebook.com/photo?fbid=7122279867811047&set=a.645052228867209
«Trabalhar no Folha 8 é dar voz a quem a não tem. É apostar na força da razão e não na razão da força. É pôr o poder das ideias acima das ideias de poder. Ou, em síntese, é ser Jornalista.» (Orlando Castro)
Como gostaria que este lema, fosse também o lema dos que, em Portugal, são jornalistas (com j minúsculo). Neste rol não entram os Jornalistas (com J maiúsculo, pois também os há em Portugal, mas são poucos, e não são tidos em conta pelos “democráticos” decisores políticos portugueses). Mas quem disse que em Portugal existe uma Democracia com D maiúsculo?
***
Ao que venho?
Há uns dias, deparei-me com um texto, publicado em 12 de Julho de 2021 (mas actualíssimo) no Folha 8, da autoria do Jornalista Orlando Castro, que ao escrever o que escreveu, veio precisamente ao encontro do que penso a propósito do tema exposto.
E é com uma grande vénia (e se eu usasse chapéu, tirava-lhe o chapéu) que o transcrevo, para que, caso os Portugueses não tenham acesso a este Jornal, que recomendo vivamente, por muitas razões, fiquem a saber que, em Portugal, há quem ande de cócoras...
Isabel A. Ferreira
Portugal vai estar representado na XIII Cimeira da CPLP, em Luanda, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. E que tal incluir os restantes sipaios partidários que até dariam o mataco e cinco tostões para estar presentes?
Por Orlando Castro
«A Presidência da República portuguesa confirma que Marcelo Rebelo de Sousa vai participar na XIII Conferência de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entre 16 e 17 de Julho em Luanda, que assinala a celebração do 25º aniversário de uma organização que, no dizer de Vasco Graça Moura, é uma espécie de organização fantasma, “que não serve para rigorosamente nada”, a não ser “ocupar gente desocupada”.
De acordo com a nota da Presidência, “o Presidente da República tem previstos encontros bilaterais com alguns dos seus homólogos de outros Estados-membros da CPLP”, não especificados, à margem desta conferência.
A Cimeira de Luanda é dedicada ao tema “Fortalecer e Promover a Cooperação Económica e Empresarial em Tempos de Pandemia, em prol do Desenvolvimento Sustentável dos Países da CPLP”.
A XIII Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, que marca a passagem da presidência rotativa desta “coisa” de Cabo Verde para Angola, decorrerá em formato presencial. Quando visitou a Guiné-Bissau, em Maio passado, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que a sua ida a Bissau contribuísse para uma Cimeira da CPLP com todos os chefes de Estado presentes em Luanda, referindo que isso não tem acontecido.
Portugal tem-se feito representar ao mais alto nível nas cimeiras da CPLP, por regra, com a presença conjunta do Presidente da República e do primeiro-ministro.
Criada há 25 anos, a CPLP tem actualmente nove Estados-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné Equatorial – cuja adesão, em 2014, criou polémica.
Teoricamente a CPLP tem como objectivos prioritários a concertação político-diplomática entre os seus estados membros, nomeadamente para o reforço da sua presença no cenário internacional; a cooperação em todos os domínios, inclusive os da educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, administração pública, comunicações, justiça, segurança pública, cultura, desporto e comunicação social; A materialização de projectos de promoção e difusão da língua portuguesa.
Mas será que existe uma estratégia comum em matéria, por exemplo, de educação? Não. Não existe. Será que existe uma estratégia comum em matéria, por exemplo, de saúde? Não. Não existe. Será que existe uma estratégia comum em matéria, por exemplo, de ciência e tecnologia? Não. Não existe. Será que existe uma estratégia comum em matéria, por exemplo, de defesa? Não. Não existe.
Não vale a pena continuar a pôr estas perguntas porque, de facto não existe nenhuma estratégia comum, seja em que matéria for. Comum a todos, comum como se existisse uma verdadeira comunidade. Existem casos pontuais, entre alguns dos estados-membros, mas nada em sentido comunitário.
Três países lusófonos – Guiné-Bissau, Angola e Moçambique – estavam entre os que têm a pior taxa de mortalidade infantil, de acordo com o relatório sobre a Situação da População Mundial relativo a 2011. Segundo o relatório do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), em cada 1.000 nascidos vivos, morrem 192,6 na Guiné-Bissau (só ultrapassada pelo Afeganistão e pelo Chade), 160,5 em Angola e 141,9 em Moçambique.
Entre os países de língua portuguesa, seguem-se São Tomé e Príncipe, com 77,8 crianças, e Timor-Leste, com 56,4. Mais abaixo, surgem Cabo Verde, com 27,5, e Brasil, com 20,6. Portugal apresenta uma taxa de 3,7.
Ainda no capítulo da saúde materno-infantil, 1.000 em cada 100.000 mulheres na Guiné-Bissau morrem no parto (pior registo só no Afeganistão e no Chade).
Com números acima das 500 mortes estavam Angola (610) e Moçambique (550). O relatório não apresenta dados sobre São Tomé e Príncipe, enquanto em Timor-Leste 370 em 100.000 mulheres morrem no parto. Os números descem em Cabo Verde (94), no Brasil (58) e em Portugal (7).
No que diz respeito à taxa de partos entre adolescentes (15 a 19 anos), é Moçambique que lidera, com 185 (em cada 1.000), 170 na Guiné-Bissau, 165 em Angola, 92 em Cabo Verde, 91 em São Tomé e Príncipe, 59 em Timor-Leste, 58 no Brasil e 17 em Portugal.
Os indicadores faziam ainda referência à percentagem de “partos atendidos por pessoal qualificado em saúde”, sendo esta menor, entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Timor-Leste (18), inferior apenas no Afeganistão, Chade e Etiópia.
Na Guiné-Bissau (39) e Angola (47) menos de metade das mulheres beneficiaram deste atendimento especializado. Acima dos 50 por cento surgem Moçambique (55), Cabo Verde (78), São Tomé (82) e Brasil (97).
Na saúde sexual e reprodutiva, é em Angola que as mulheres entre os 15 e os 49 anos menos usam contraceptivos, seja através de que método for. Apenas 6% o fazem, seguidas por 10% das guineenses e 17% das moçambicanas.
Em Timor-Leste, 22% das mulheres usam contraceptivos, taxa que aumenta para 38% em São Tomé e Príncipe, 61% em Cabo Verde, 80% no Brasil e 87% em Portugal.
Apenas quatro dos países da CPLP apresentam dados sobre a taxa de prevalência do vírus VIH/SIDA entre a população dos 15 aos 24 anos, com Moçambique a distanciar-se pela negativa, com percentagens de 3,1% nos homens e de 8,6% nas mulheres (apenas menor do que em países como Botswana, Lesotho, África do Sul, Swazilândia e Zâmbia).
Na Guiné-Bissau, o vírus VIH/SIDA afecta 0,8% de homens e 2% de mulheres, em Angola, 0,6% de homens e 1,6% de mulheres e, em Portugal, 0,3% de homens e 0,2% de mulheres.
Nos indicadores relativos à educação, a taxa de alfabetização da população entre os 15 e os 24 anos é de 78% nos rapazes e 62% nas raparigas tanto na Guiné-Bissau como em Moçambique, e de 81% e 65% em Angola.
Taxas de alfabetização totais ou quase totais verificam-se em São Tomé e Príncipe (95% dos rapazes e 96% das raparigas), no Brasil e em Cabo Verde, com os mesmos números para rapazes e raparigas (97 e 99%), e em Portugal (100% para os dois sexos).
Não havia dados sobre a alfabetização em Timor-Leste, mas o relatório indica que 79% dos rapazes e 76% das raparigas em idade escolar estão matriculados no “ensino fundamental”.
Esta é, apesar de pálida, a realidade dos países da CPLP. Estes dados têm dez anos. No entanto, de substancial para melhor nada se passou desde então. Basta, por exemplo, ver que em Angola, para uma população de 31 milhões de cidadãos, tem mais de 20 milhões de pobres.
Durante anos o argumento da guerra serviu às mil maravilhas para que esse “elefante branco” que dá pelo nome de CPLP, enquanto organização que congrega os países lusófonos, dissesse que só podia – quando podia – mandar algum peixe. Para ensinar a pescar era imprescindível a paz. Angola está em paz (ausência de tiros) há 19 anos…
E agora? Há muito que existe paz, nomeadamente em Angola e mais ou menos na Guiné-Bissau. Será que as canas de pesca são mais caras que as Kalashnikov? Será que os angolanos só vão ter direito à cana de pesca quando o rio Kwanza nascer na foz?
Segundo declarações de José Eduardo dos Santos, feitas em 2008, existia a esperança de que “a vontade política que norteia a CPLP, bem como as excelentes relações entre os seus membros dêem lugar a programas concretos que fomentem o crescimento económico, a erradicação da pobreza e a integração social, para que a médio/largo prazo pudéssemos estar todos no mesmo patamar de desenvolvimento”. Isto foi dito há 13 anos.
E acrescentava: “deve-se, por isso, pensar muito a sério na criação de facilidades financeiras para a promoção recíproca do investimento e da cooperação económica”.
Todos estão de acordo. Só que… continua a não fazer sentido pedir aos pobres dos países ricos para dar aos ricos dos países pobres. Em vez de se preocupar com o povo que não pode tomar antibióticos (e não pode porque eles, quando existem, são para tomar depois de uma coisa que o povo não tem: refeições), a CPLP mostra-se mais virada para questões políticas, para o suposto aprofundamento da democracia.
Que adiantará ter uma democracia quando se tem a barriga vazia? Valerá a pena pedir, ou exigir, que se respeite a legitimidade democrática se o povo apenas quer deixar de morrer à fome?
Ainda não foi desta, e seguramente nunca será, que a CPLP – organização que voltará agora a ser presidida por um país lusófono cujo presidente nunca foi nominalmente eleito e cujo partido (o MPLA) está no poder há 45 anos, vai perceber a porcaria que anda a fazer em muitos países lusófonos.
De facto, a dita CPLP é uma treta, e a Lusofonia é uma miragem de meia dúzia de sonhadores. O melhor é mesmo encerrar para sempre a ideia de que a língua (entre outras coisas) nos pode ajudar a ter uma pátria comum espalhada pelos cantos do mundo.
E quando se tiver coragem para oficializar o fim do que se pensou poder ser uma comunidade lusófona, então já não custará tanto ajudar os filhos do vizinho com aquilo que deveríamos dar aos nossos próprios filhos.
É claro que na lusofonia existem muitos seres humanos que continuam a ser gerados com fome, nascem com fome e morrem, pouco depois, com fome. Mas, é claro, morrem em… português… o que, se calhar, significa um êxito para a CPLP.
Alguém na CPLP quer saber que no país que vai presidir à organização, 68% da população é afectada pela pobreza, que a taxa de mortalidade infantil é das mais alta do mundo? Não, ninguém quer saber.
Alguém na CPLP quer saber que apenas 38% da população tem acesso a água potável e somente 44% dispõe de saneamento básico?
Alguém na CPLP quer saber que apenas um quarto da população angolana tem acesso a serviços de saúde, que, na maior parte dos casos, são de fraca qualidade?
Alguém na CPLP quer saber que 12% dos hospitais, 11% dos centros de saúde e 85% dos postos de saúde existentes no país apresentam problemas ao nível das instalações, da falta de pessoal e de carência de medicamentos?
Alguém na CPLP quer saber que a taxa de analfabetos é bastante elevada, especialmente entre as mulheres, uma situação que é agravada pelo grande número de crianças e jovens que todos os anos ficam fora do sistema de ensino?
Alguém na CPLP quer saber que 45% das crianças angolanas sofrerem de má nutrição crónica, sendo que uma em cada quatro (25%) morre antes de atingir os cinco anos?
Alguém na CPLP quer saber que a dependência sócio-económica a favores, privilégios e bens é o método utilizado pelo regime para amordaçar os angolanos?
Alguém na CPLP quer saber que 80% do Produto Interno Bruto angolano é produzido por estrangeiros; que mais de 90% da riqueza nacional privada é subtraída do erário público e está concentrada em menos de 0,5% de uma população; que 70% das exportações angolanas de petróleo tem origem na sua colónia de Cabinda?
Alguém na CPLP quer saber que o acesso à boa educação, aos condomínios, ao capital accionista dos bancos e das seguradoras, aos grandes negócios, às licitações dos blocos petrolíferos, está limitado a um grupo muito restrito de famílias ligadas ao regime no poder?
Não. O silêncio (ou cobardia) são de ouro para todos aqueles que existem para se servir e não para servir. E quando não têm justificação para tamanha cobardia, lá aparecem a inaugurar uma nova sede…
Cremos que o moçambicano Tomaz Salomão, na qualidade de secretário executivo da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), foi quem melhor definiu a realidade africana, definição essa que também se aplica à CPLP. Quando confrontado com a presença de muitos regimes ditatoriais disse: “São ditadores, mas pronto, paciência… são as pessoas que estão lá. E os critérios da liderança da organização não obrigam à realização de eleições democráticas”.»
Fonte: https://jornalf8.net/2021/de-cocoras-no-reino-da-cplp/
Orlando Castro - Director Adjunto - Jornal Folha 8 - Angola
Folha 8 Jornal Angolano Independente | Notícias de Angola
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E se a tudo isto juntarmos mais esta?
(Imagem enviada via e-mail, sem fonte)
O texto que mais abaixo transcrevo é de Pedro Henrique, escrito a propósito de um texto publicado no DN, sob o título «A extrema-direita e o aumento da xenofobia», da autoria de Paulo Pisco, deputado do Partido Socilaista (PS), o qual o podíamos ler neste link https://www.dn.pt/.../a-extrema-direita-e-o-aumento-da..., mas, entretanto, desapareceu da Internet, não sem antes deixar rasto aqui, apenas um pouquinho, que dá para dizer ao que vem [cativar votos com o medo do fascismo e da extrema-direita, segundo PH].
Eu tenho o texto completo. Poderia atrever-me a publicá-lo, mas não o farei. Apenas direi o seguinte sobre o seu conteúdo:
O texto é bastante falacioso. Empurra para um partido de extrema-direita as consequências de uma não-política de uma extrema-esquerda, que não conseguiu criar condições para que os de fora e os de dentro possam viver em harmonia, com todas as condições e direitos assegurados.
O que acontece é que essas condições não existem, e isso cria conflitos. Sempre criou desde que o Homem existe no mundo.
Todos os imigrantes são bem-vindos e têm o direito de ser bem tratados. O que acontece é que as políticas e os políticos sem visão para além da ponta do próprio nariz, abrem as fronteiras, mas não dão condições nem aos que vêm de fora, nem aos que já cá estão dentro, empurrando os de dentro para fora, e criando o caos em todos os serviços públicos, provocando filas infindas às portas dos mesmos, com os imigrantes, desesperados por resolver os seus problemas cá dentro, e a dormir na rua, ou em tendas, por falta de casas que cheguem para todos. Algo que os do governo da maioria absoluta não conseguiram resolver, e ninguém está preocupado em resolver. Querem mão-de-obra barata e escrava, deixam-nos entrar no País, e depois abandonam-nos à pouca sorte de virem para um país pequeno e pobre, onde é preciso que um saia, para caberem dois.
E isto provoca conflitos, que nada têm a ver com racismo, nem com xenofobia, mas tão só com a falta de políticas para poder ser possível meter-se o Rossio na Betesga. É uma questão de sobrevivência num País pequeno e pobre, também em mentalidade.
E ao que se chama "racismo e xenofobia" não é mais do que o descontentamento dos portugueses que não têm lugar em Portugal, e são obrigados a emigrar; e a desilusão dos imigrantes que vêm cheios de sonhos, e só encontram pesadelos. Nem todos, porque há uns que são mais privilegiados do que outros, e isto é muito injusto.
E o que se passa é uma questão de enorme INJUSTIÇA.
Resta-nos saber os verdadeiros motivos que levaram o DN a sumir com o texto do deputado socialista Paulo Pisco. Ou saberemos? É óbvio, não é?
Isabel A. Ferreira
Texto de Pedro Henrique
(...)
«Organicamente, surgem forças políticas a representar um eleitorado insatisfeito. A cada episódio vergonhoso de favorecimento de estrangeiros sobre os portugueses, de negociatas de governantes, de altos representantes do país de joelhos perante os estrangeiros, os portugueses olham para essas forças políticas.
Há xenofobia em Portugal? Sim, mas é pouca! A extrema-direita está no parlamento e a crescer? Não o suficiente!
Por cada acto teatral do pequeno "führer" na assembleia, vem o pequeno "kaiser" com a sua autoridade, cancelá-lo, a ele e aos milhares de eleitores que legitimamente o elegeram. Há 230 deputados e qualquer um pode pedir a palavra para responder e debater, afinal é isto a luta política.
Não me preocupa nada a existência de extrema-direita, preocupa-me a necessidade da mesma.
Só se vence o extremismo com propostas e políticas (não interessa se radicais ou moderadas), que satisfaçam o povo (ou que o povo perceba que são justas e aceitáveis).
Quem resolver os problemas de forma correcta, quando os "casos e casinhos" (para usar a expressão corrente, mas sem desvalorizar) acabarem, também a extrema-direita vai desaparecer.
Era bom que em vez de cercas sanitárias e debates sobre como suprimir uma força política apoiada pelo povo, se fosse ao encontro do povo, para educar, esclarecer e MUDAR o que está mal e é injusto!
A transparência também é importante, e saber até que ponto é que os descontos para a segurança social de cada um de nós estão a ser usados para nós, a nossa saúde, as nossas reformas e pensões, ou a ser distribuídas por qualquer um que queira vir aqui usufruir sem contribuir.
Que haja imigrantes trabalhadores, legais e com direitos, que sejam bem tratados (tão bem como qualquer outro cidadão, o que às vezes nem é pedir muito), e que não se confundam com refugiados e com oportunistas.
Era mesmo bom que isto entrasse nos eixos, mas se calhar vai ter de piorar até melhorar.»
in: NOVO MOVIMENTO CONTRA O AO90