Já devia ter-se demitido no anterior governo, e nem sequer devia ter sido readmitida no actual governo, que é o do vira-o disco-e-toca-o-mesmo.
Foi preciso morrer uma jovem Mãe, e um bebé ficar órfão, logo à nascença (isto é tão grave, tão grave!) por falta de assistência médica, para que a INCOMPETENTE (desde a primeira hora), ministra da Saúde tivesse a hombridade de se demitir!
O primeiro-ministro António Costa também devia demitir-se, por não ter capacidade de SABER escolher ministros competentes para o seu governo.
Mudaram-se algumas caras, mas as políticas continuam as mesmas, ou seja, NENHUMAS.
E que adianta demitir ministros se não há alternativa, ou seja, não há políticas inteligentes, úteis e eficientes, para serem postas em prática e mudarem o statu quo?
É uma total incompetência. E António Costa, mentor desta incompetência, não consegue discernir entre o que é BOM e o que é MAU para Portugal, e continua a manter ministros altamente incompetentes no actual executivo, como é o caso do Ministro da Educação (que tal como no SNS, se mantém um gigantesco CAOS, sem luz ao fundo do túnel); do Ministro dos Negócios Estrangeiros (que continua a política de SERVILISMO ao estrangeiro, herdada do anterior ministro, que agora é presidente da Assembleia da República, mas ainda não se deu conta disso); do Ministro da Cultura, que continua a confundir CULTURA com TORTURA, e não apoia devidamente uma, mas apoia a outra, e não dá um murro na mesa, como devia dar, para que Portugal possa dar um salto para o Século XXI d. C., pois ainda mantém um pé na Idade Média. Mas há mais ministros que deviam demitir-se. E secretários de Estado. E outros que tais políticos.
Nunca, como hoje, Portugal esteve tão mal servido de governantes, que falam, falam, falam, e não dizem nada de jeito e também não fazem nada que se aproveite. Parecem papagaios a repetir o que alguém lhes sopra ao ouvido para dizerem, e ficam-se por aí...
O SNS está um caos desde há muito, desde o tempo da geringonça, que nada fez pela SAÚDE dos Portugueses, em Portugal.
Já se morria sentado nas cadeiras das urgências por falta de ASSISTÊNCIA, em 2015. NADA se fez, desde então, para dar DIGNIDADE ao Serviço Nacional de Saúde, porque os dinheiros dos nossos impostos servem para servir outros interesses que NÃO os dos Portugueses.
Se o povo português fosse suficientemente esclarecido, jamais teria dado uma maioria absoluta a um partido que demonstrou TANTA incompetência no anterior mandato, e continua a mantê-la no actual mandato, além de que as maiorias absolutas são sinónimo de DITADURAS, e não se encaixam nas DEMOCRACIAS.
Poder a mais na mão de INCOMPETENTES é igual a CAOS.
E é no CAOS, em todos os sectores, que Portugal vive actualmente.
BASTA! Precisamos de uma nova revolução, para que a tão desejada DEMOCRACIA seja uma realidade, e não uma simples miragem de uns, e uma palavra gasta, na boca de outros.
Isabel A. Ferreira
Fonte da imagem: Jornal online Tornado
É de lamentar que ainda haja governantes que permitem estas práticas bárbaras que, além de fazerem vítimas não-humanas, fazem vítimas humanas. A vida de umas e de outras, para quem governa, vale o mesmo, ou seja, NADA.
Morre-se, mas VIVA a festa dos BRONCOS!!!!! Porque os trogloditas andam por aí a fazer que governam um Povo, que já se queria num nível de civilização elevado.
Isabel A. Ferreira
***
Campanha contra as touradas no mundo
Quando a "festa" é mais importante...
Um dia oficial de luto, um minuto de silêncio e... continua a festa em Vallada, comunidade Valenciana.
Esta é a quinta vítima mortal este ano na Comunidade Valenciana na chamada 'bous al carrer'.
*bous al carrer - largadas de touros*
https://www.abc.es/.../muere-joven-festejos-taurinos...
Fonte:
https://www.facebook.com/CampanhaContraTouradasMundo/photos/a.1556412987742513/5577502675633504/
… como deve ser dito tudo o que NÃO honra Portugal. É que isto de «em Roma sê romano», sem deixar de ser português, tem muito que se lhe diga… e não é para qualquer um…
Porque também andei por terras alheias, sem nunca deixar de ser portuguesa, a defender a honra de Portugal, identifico-me plenamente com o texto de António Mota, de leitura obrigatória.
Isabel A. Ferreira
«Sem deixar de ser Português»
Por António Mota
1.
Não podemos agradar a todos. Em circunstância alguma, ia eu dizer. Mas não digo. Existe sempre a possibilidade teórica de se poder. Não a vou negar, então. Está bem? Mesmo sendo incongruente, não a vou negar. Mas eu não gosto nada de ser incongruente. O incongruente é um medricas, um inocente, ou um hipócrita. Isto se não for, muito simplesmente, um produto sacado à estupidez.
2.
Quero rematar, esta magna coisa do agradar, que o agradar é pura perda de tempo, no nosso caminhar. Isto porque no esforço do agrado prioritário, algo se perde sempre. No esforço do agradar deixarás de ser autêntico. Em qualquer lugar. Até aqui nesta montra sempre pronta a mostrar quem por aqui. Essa coisa do em Roma ser romano tem em si sabedoria bastante, tanta quanta a hipocrisia potencial do fingimento oportuno consagrado. Dá-se o caso do em Roma ser romano ser uma patifaria se for só para não assumires quem és, as raízes donde e donde vens, e as responsabilidades.
3.
Andei um pouco pelo mundo. E pelo mundo em circunstâncias especiais. E era e fui americano crítico nos EUA, sem deixar nunca de ser português. Fui professor de tradutores e intérpretes no Parlamento Europeu, no Tribunal, na Comissão e no Banco, sem deixar nunca de ser português, porque essa era a minha honra representativa digna, e sem complexo algum, gozando até com quem só então se sentiu europeu. Eu sempre fui europeu, por direito de nascença, e não pela força dum tratado que me diz que sou. Nunca precisei de deixar de ser português para ser europeu.
4.
E o que é que isto interessa? Interessa que nessas minhas andanças sempre andei por minhas forças, e por sorte e mérito. Não devia nada a ninguém e era livre. Mas havia o preconceito. Lá isso havia. Os americanos achavam impossível Portugal ter uma língua própria. E esperavam, certamente, que eu fosse um palerma. Pensavam até que Portugal era um país africano, ou da América Latina. E isso intrigava-os por causa da fama da bolsa de estudos que eu tinha, primeiro, e pelo meu desempenho entre e com eles depois.
5.
Já no Luxemburgo, onde ministrei uma vintena de cursos intensivos (90 horas) de Língua e Cultura Portuguesa, a elementos de todas as nacionalidades, que ganhavam mais de dez vezes que eu, também esperavam, acho que, um fulano qualquer, triste e apagado, à cata duns cobres, assim a modos de mendigados, mas ao segundo dia já tinham mudado de opinião. E isso, sim, é que é ser romano em Roma, sem deixar de ser português.
6.
Mas em todo o lado, por onde andei, havia sempre um momento ou mais, em que os meus interlocutores, não podiam esconder mais o preconceito da nossa pequenez em tudo, que era assim que nos viam, e vêem, e disparavam contra mim, dizendo, pretendendo elogiar-me, que eu não era, ou não podia ser, português, porque eu era como eles. E era, então, que eu lhes falava de Portugal, e eles ouviam, pela primeira vez, o que nunca tinham. E depois perguntavam-me, irónicos, se eu conhecia a qualidade pouca, envergonhada, ou nula, dos deputados europeus de Portugal. E de como é que era possível.
7.
E por que digo isto? Porque não escrevo para agradar a ninguém, tenho vergonha da condução política do meu país, tenho vergonha dos fogos, da corrupção, da incultura e da leviandade geral. E tenho vergonha da falta de vergonha que por aqui vai, e do silêncio oculto que paira sobre a nossa desgraça, enquanto aos milhões se enchem os bolsos dos répteis, e dos políticos vermes da coutada. E, ai de quem diga seja o que for.
8.
Sim. O que se espera de um bom português é que seja parvo. Que não diga mal de nada. E, se o disser, que o diga meiga e alegadamente. Que é assim. E que também. Que há fogos porque é claro que, embora nada seja claro. Que se diga que a serra arde, porque o sol nasce em cada dia e não devia. Que se diga tudo, sem que se diga nada. Que se devia, mas que não se pode mandar o governo à merda, por causa da guerra. E que não se deve perguntar por que arde tudo, porque o governo anda triste e de luto. Nem se deve perguntar ao Presidente, que é o Comandante Supremo das Forças Armadas, por que é que os aviões de ataque ao fogo portugueses, com o triplo da capacidade dos outros todos, ficam em terra e não levantam voo.»
Fonte:
https://www.facebook.com/antonio.mota.12139
No entanto, o que vemos mais por aí, nomeadamente nas aldeias ou nos arredores das cidades, são Cães acorrentados, vivendo tristemente, como se fossem uns simples seres desprezíveis, e não houvesse uma lei para os proteger.
Os Animais acorrentados, presos em currais, gaiolas, galinheiros, continuam a morrer, vítimas dos incêndios florestais, que, graças à falta de uma Política Florestal, em Portugal, aliás, à falta de TODAS as políticas de TUDO, continuam a devastar a flora e também a fauna portuguesas – não esquecer isto.
E todos os anos, ouvimos os governantes dizerem sempre o mesmo: vamos fazer isto, e mais aquilo, e mais aqueloutro, e no fim das contas NADA se faz, e, todos os anos, todos os crimes inerentes a estes incêndios diabólicos, são repetidos, porque, simplesmente, NADA é feito.
Os Cães acorrentados permanentemente violam a lei portuguesa em vigor sobre o acondicionamento de animais (Decreto-Lei n.º 276/2001 e Decreto-Lei n.º 315/2003) no entanto, é ainda uma realidade bastante frequente e VISÍVEL a olho nu, por todo o nosso país terceiro-mundista.
E não vemos as autoridades, principalmente a GNR, que anda pelas aldeias a bater às portas de pessoas idosas, quase todas com Cães acorrentados, a adverti-las para o crime que estão a cometer, ao manter os Cães acorrentados.
O PAN emitiu um comunicado onde informa que vai exigir ao Governo implementação urgente do Plano Nacional de Desacorrentamento.
Foto: Associações Ira E Apbs
E isto, no seguimento de mais um ano em que os incêndios voltaram a tirar a vida a animais que se encontravam acorrentados, sem qualquer hipótese de fuga, e foram deixados ali a morrer. Nada que já não tivesse acontecido anteriormente. E ninguém aprende nada com os erros cometidos e repetidos anos, após anos.
Daí que o PAN venha exigir que o Governo implemente, com carácter de urgência, o Plano Nacional de Desacorrentamento de Animais de Companhia que ficou inscrito no Orçamento do Estado 2022, por proposta desse Partido político, e regule as condições de alojamento dos animais.
Segundo se lê no comunicado de imprensa, apesar das mortes trágicas registadas em Santo Tirso há dois anos e em Santa Rita no ano passado, continuam a morrer dezenas de animais de companhia acorrentados, vítimas dos incêndios florestais que varrem o país, como se veio a verificar nos incêndios de Palmela e agora na Serra da Estrela.
[Mas não só os de companhia, são animais. Morrem milhares de animais nas florestas ardidas, presos nos currais, nos galinheiros, nas jaulas...]
No mesmo comunicado, Inês de Sousa Real porta-voz e deputada do PAN, salientou que «não é aceitável que todos os anos continuem a morrer animais de forma tão atroz nos incêndios, por não serem evacuados e se encontrarem permanentemente acorrentados ou sob outras formas de retenção, sem qualquer forma de escapatória a uma morte cruel e dolorosa».
«Sucede que, apesar de a sociedade portuguesa ter ficado horrorizada com imagens como as que nos chegaram dos pelo menos 73 animais de companhia mortos por se encontrarem retidos em dois abrigos em Santo Tirso e de ter pedido uma mudança às autoridades competentes, chegamos ao dia de hoje e continuamos a ter animais de companhia em fogos florestais», lamenta ainda Inês de Sousa Real.
E, acrescenta: “É absolutamente incompreensível que o Governo ainda não tenha avançado com a implementação do Plano Nacional de Desacorrentamento de Animais de Companhia. Plano este que visa apoiar as pessoas a reconverterem os espaços onde os animais se encontram, de forma a poderem ser libertados das correntes”.
A porta-voz do PAN exorta, por isso, o Governo a que dê seguimento com carácter de urgência à elaboração e implementação de um plano nacional de desacorrentamento de animais de companhia, concretizando a medida inscrita no Orçamento do Estado de 2022, por iniciativa do PAN, cuja verba inscrita orça os 500 mil euros.
Paralelamente, o PAN vai voltar a levar o tema à Assembleia da República, mediante a apresentação de uma nova proposta de iniciativa que visa regular o acorrentamento permanente, com vista ao seu fim, e o alojamento dos animais de companhia em Portugal, retomando assim os termos de um projecto de lei submetido em Junho de 2021 e aprovado na generalidade, mas que, por fruto do fim antecipado da legislatura, acabou por não ser sujeito a votação final.
Do mesmo modo, o PAN insiste na importância da iniciativa apresentada para a criação pelo Governo de um Plano Nacional de Resgate Animal a incluir no Plano Nacional de Emergência de Protecção Civil, com aplicação e concretização municipal, já proposto, nomeadamente em sede de OE 2022, rejeitado com os votos contra do PS e a abstenção do PSD, e Iniciativa Liberal.
Isabel A. Ferreira
Ó senhores da Malveira e do Livramento e de outros lugares barbáricos, ponham os olhos em Vila do Conde que, no passado mês de Julho, NÃO permitiu que a barbárie tauromáquica se instalasse no seu território, porque o tempo é de mudança, é de evolução! E tortura e morte temos nós que baste, nas guerras insanas que indivíduos insanos lançam a um mundo que já evoluiu e já anda farto de ver tanto sofrimento e sangue derramado em nome da ESTUPIDEZ.
Existe uma lei que permite torturar seres vivos, em Portugal?
EXISTE.
Mas isso NÃO significa que a TORTURA de Touros e de Cavalos, que são tão animais como todos nós, tenha algo a ver com ÉTICA, CIVILIZAÇÃO, EVOLUÇÃO e CULTURA, e também NÃO significa que essa lei não seja uma lei PARVA, elaborada por trogloditas, em nome da ESTUPIDEZ que o deus pecunia, diabolicamente, instiga naqueles seres que ainda NÃO evoluíram.
Deixo-vos com uma iniciativa do Movimento Marinhenses Anti-Touradas, esperando que aceitem contribuir para um acto civilizacional, evitando que seres vivos indefesos, inocentes e inofensivos sejam torturados barbaramente, para que um punhado de trogloditas se divirta à custa do sofrimento atroz de Touros e Cavalos.
É isto que os trogloditas, e apenas os trogloditas, apoiam, aplaudem e promovem
Acção de Envio de Mensagens por E-mail | Touradas:
DENÚNCIA e Pedido de Cancelamento, Fiscalização e Investigação
Por favor, enviem esta mensagem, que visa o cancelamento de uma tourada na Malveira, e de uma outra no Livramento, bem como constituir uma chamada de atenção para a falta de condições para a realização de touradas nas praças de touros ambulantes (com vista a contribuir para a proibição de realização das mesmas).
Assunto: Touradas: Denúncia e Pedidos de Cancelamento, Fiscalização e Investigação
Para:
geral@cm-mafra.pt, assembleia@cm-mafra.pt, geral@uf-malveira-alcainca.pt,
executivo@uf-malveira-alcainca.pt, assembleia@uf-malveira-alcainca.pt,
igacespetaculos@igac.pt, igacgeral@igac.pt, dirgeral@dgav.pt,
70esquadra.lisboa@psp.pt, ct.lsb.dmfr.pmlv@gnr.pt, investigacao@sic.pt,
linhadafrente@rtp.pt, relacoes.publicas@tvi.pt
Cc:
marinhenses.antitouradas@gmail.com
Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Mafra,
Exmos. Srs. Vereadores da Câmara Municipal de Mafra,
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal de Mafra,
Exmos. Srs. Deputados Municipais,
Exmo. Sr. Presidente da União das Freguesias de Malveira e São Miguel de Alcainça,
Exmos. Srs. Membros da Assembleia de Freguesia,
Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC),
Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV),
PSP Loures,
GNR Malveira,
RTP,
SIC,
TVI
Excelências,
Está a ser anunciado um “espectáculo” tauromáquico para o dia 14/08/2022 na Malveira, que conta, de acordo com uma menção no respectivo cartaz, com o vergonhoso apoio da União das Freguesias de Malveira e São Miguel de Alcainça. Esta tourada, com início marcado para as 18:00 num recinto ambulante, tem como promotor a entidade António Pedro de Sousa Vasco, Unipessoal Lda., com o NIF 514666315, e como fornecedor de touros a ganadaria Eng.º Jorge Carvalho
http://farpasblogue.blogspot.com/2022/08/proximo-domingo-toiros-regressam.html
As touradas implicam maus-tratos aos Animais, o que faz com que sejam muito, e cada vez mais, contestadas, tornando-se difícil de entender que beneficiem de apoios públicos, como o da Junta de Freguesia referida. E, se estes eventos cruéis ainda vão tendo lugar em Portugal, com o argumento de que, embora incluam violências contra Animais, são lícitos nos termos regulamentados, a verdade é que se vai sabendo que o Regulamento do Espectáculo Tauromáquico [RET] em vigor tem vindo a ser violado, pelo menos no que se refere às touradas que decorrem em praças ambulantes.
[E isto é um facto mais do que comprovado]
Com efeito, ficando aqui, desde já, uma denúncia às entidades competentes, no passado dia 24 de Julho, numa tourada decorrida em Loures promovida por António Pedro de Sousa Vasco, Unipessoal Lda., com o NIF 514666315, os touros da ganadaria Eng.º Jorge Carvalho (uma das duas ganadarias presentes, conforme se pode perceber em
https://tauronews.com/fotogaleria-de-24-de-julho-em-loures/
e
http://farpasblogue.blogspot.com/2022/07/havia-quem-nao-quisesse-mas-promoveu-se.html
que, em violação da alínea f) do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 89/2014, de 11 de Junho, nem sequer estava mencionada no cartaz
https://infocul.pt/corrida-de-touros-em-loures-a-24-de-julho/
(1) chegaram às imediações da praça de touros depois das 16:00, não tendo tido tempo suficiente para descanso até ao início da lide/tourada (tourada com início às 18:00); (2) já vinham embolados; (3) saíram directamente da viatura de transporte para a lide na arena (sem entrarem primeiro em curros instalados na praça ou junto à praça); (4) foram encaminhados de volta à viatura de transporte imediatamente após a respectiva lide; (5) foram desembolados com os pés (sujeitos a levarem, mesmo que eventualmente sem intenção [???] pontapés na cara, nos olhos e/ou na cabeça); e entraram na viatura de transporte com ferragens colocadas e sem terem sido lavados e tratados.
A chegada ao parque de estacionamento/zona de acesso à praça de touros da viatura que transportou os bovinos da ganadaria Eng.º Jorge Carvalho aconteceu, de facto, a menos de duas horas do início da tourada. Facilmente se percebe que assim foi, pois decorria uma manifestação que se iniciou às 16:00. O carro fez-se anunciar com buzinadelas. Está tudo documentado a partir do minuto 2:30, em
https://www.facebook.com/ricardo.silva.activista/videos/1090223578286305
e em
https://www.facebook.com/100000732690773/videos/1009913283019826/
A retirada da viatura de um touro que já estava embolado é evidente em
https://www.facebook.com/100000732690773/videos/pcb.5688051777895856/797240184635769
A tentativa falhada de retirada de uma bandarilha de um touro acabado de lidar (mais especificamente, do primeiro touro lidado – preto com ferragens vermelhas e brancas
http://farpasblogue.blogspot.com/2022/07/ribatejo-moita-e-arruda-as-7-pegas-de.html
e
https://farpasblogue.blogspot.com/2022/07/moura-sonia-david-gomes-e-diogo.html
a desembolação do mesmo com os pés, e a sua entrada, com as ferragens por retirar, na viatura de transporte, algo que aconteceu enquanto a tourada continuava dentro da praça (conforme se pode perceber pelo barulho de fundo que inclui aplausos a Sónia Matias) são ocorrências que podem ser constatadas em
https://www.facebook.com/ricardo.silva.activista/videos/3293324227578599/
e
https://www.facebook.com/antitouradas/posts/pfbid0ivLaXrwnpwALchXmni4ZMnFo8ap9AL6u5vBLp6vizdA7QjpMjzyrH9MHU8Hb8zaul.
Na tourada decorrida em Loures (do mesmo promotor da que está a ser anunciada para a Malveira) violaram-se, pois, vários artigos do Decreto-Lei n.º 89/2014, de 11 de Junho (que aprovou o Regulamento do Espectáculo Tauromáquico actualmente em vigor), nomeadamente: o número 1 do artigo 38.º (“1 - As reses destinadas à lide, incluindo as de reserva, devem ser pesadas ou avaliadas e inspeccionadas pelo médico veterinário, na presença do director de corrida, até três horas antes do início do sorteio”); todos os números (o 1 e o 2) do artigo 43.º (“No final do sorteio, as reses são isoladas em curros fixos ou móveis, nos quais é afixado, por determinação do director de corrida, o número de ordem de lide, estabelecido pelos artistas ou seus representantes” e “É expressamente proibida a permanência das reses nos veículos de transporte”); o artigo 47.º (“Depois de isoladas, as reses permanecem em descanso até à hora do espectáculo, sendo proibida a entrada de qualquer pessoa na zona dos curros, salvo as entidades fiscalizadoras, os delegados técnicos tauromáquicos ou pessoa autorizada pelo director de corrida, desde que acompanhada pelo médico veterinário e por representante da ganadaria”); o número 3 do artigo 31.º (“Nas praças fixas e ambulantes, as reses são descarregadas para os curros (...)”); a alínea f) do artigo 8.º (Incumbe ao médico veterinário (...) “Assistir, na presença do director de corrida, ao trabalho de despontar das hastes e de embolador”); e a alínea f) do artigo 7.º (Incumbe ao director de corrida (...) “Verificar, na presença do médico veterinário, o trabalho de despontar das hastes e de embolação e o desempenho do pessoal do curro, certificando-se de que a saída das reses à arena está marcada pela ordem estabelecida no sorteio”).
Perante o que acabo de expor, esperando que a denúncia que acabo de fazer seja analisada, registada e devidamente tratada pelas entidades competentes, parece-me altamente provável que também na tourada que está a ser anunciada para decorrer numa praça de touros ambulante na Malveira no próximo dia 14, mantendo-se o promotor Pedro de Sousa Vasco, Unipessoal Lda. (NIF 514666315) e a ganadaria Eng.º Jorge Carvalho, se venham novamente a violar disposições do Regulamento do Espectáculo Tauromáquico, caso esta tourada não seja previamente cancelada. Aliás, basta atentar no cartaz da tourada que está a ser divulgado em sítios tauromáquicos para se perceber que já se está a verificar uma violação de um dos artigos do Decreto-Lei n.º 89/2014, de 11 de Junho, mais especificamente, a alínea b) do número 1 do artigo 22.º que prevê que a publicidade, nos cartazes, dos espectáculos tauromáquicos deve incluir a indicação “Do tipo de espectáculo”, o que não se verifica no atinente ao cartaz em questão
http://farpasblogue.blogspot.com/2022/08/proximo-domingo-toiros-regressam.html
Estes são, pois, motivos acrescidos para deixar também os seguintes pedidos:
- Que não haja nenhum apoio público destinado à tourada na Malveira;
- Que o Município de Mafra não conceda as licenças necessárias à concretização da tourada que está anunciada para a Malveira, nem de uma outra que o mesmo promotor pretende realizar em Setembro no Livramento
http://www.touroeouro.com/article/view/24931/touros-no-livramento-a-25-de-setembro
nem de outras;
- Que, desta vez, se a tourada não for, entretanto, cancelada, haja uma fiscalização exemplar por parte de todas as entidades com competências na matéria (para que não se repita o que aconteceu em Loures ou se verifiquem outros incumprimentos);
- Que alguma estação de televisão faça uma reportagem sobre o LADO OCULTO da tauromaquia, e sobre as excepções e violações da Lei em torno da actividade.
Com os melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira