Um texto recebido via e-mail
Bem dizia Eça de Queiroz que “os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”. E Guerra Junqueiro referiu-se aos portugueses como: “um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante (…)”.
Por Orlando Castro
No dia 29 de Setembro (de 2020) encontrei um cão esquelético (só tinha pele e ossos), faminto, a vaguear numa rua de Koudougou no Burkina Faso. Na verdade encontrei-o na Rua Almada Negreiros, na cidade de Valongo, distrito do Porto (Portugal). Afinal, também nas terras lusas, até para ser cão é preciso ter sorte. Não foi o caso. A civilidade humana e, já agora, os direitos dos animais não fazem parte das prioridades dos detentores do poder autárquico em Valongo.
Eis o que se passou. No dia 29 de Setembro à tarde socorri um cão (faminto e esquelético) que vagueava pela rua Almeida Negreiros em Valongo. Peguei nele e dirigi-me ao Centro Veterinário Municipal de Valongo para lá deixar o indefeso animal.
Fui então informado (na rua, junto ao portão do Centro), depois de verificarem que o animal não tinha chip, que eu acabara de cometer um crime (provavelmente de lesa civilidade) ao violar o ordenamento jurídico português (quiçá a própria Constituição portuguesa) que me impede de socorrer um animal. Deveria, isso sim, chamar as autoridades para tratarem de ajudar o animal.
Perante a situação, arriscando a ser condenado (presumo) a uma pena de prisão máxima, identifiquei-me e disse ao funcionário que me atendeu que iria deixar o cão à porta (portão, mais exactamente) do Centro Veterinário Municipal de Valongo. E assim fiz.
No dia seguinte, à tarde, dirigi-me novamente ao Centro Veterinário Municipal de Valongo para tentar, de viva voz, explicar aos responsáveis o que se tinha passado na véspera e saber como estava o cão.
Foi então que encontrei o animal a vaguear nas ruas adjacentes ao Centro Veterinário Municipal de Valongo. Por telefone foi-me dito que teria de expor o assunto por e-mail, orando a Deus que o animal não fosse, entretanto, e convenientemente, atropelado.
Mesmo considerando o “crime” que supostamente terei cometido ao socorrer um animal abandonado, faminto e esquelético, expliquei tudo isto – por escrito, conforme solicitado – às autoridades municipais, nomeadamente ao médico veterinário municipal (Fernando Rodrigues) e ao Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro.
Os dias, as semanas, os meses, foram passando e destas entidades municipais nenhuma resposta chegava. Alarguei a divulgação do sucedido aos vereadores da Câmara Municipal, a associações de protecção animal, às juntas de freguesia do Concelho de Valongo, aos partidos, Ordem dos Médicos Veterinários, aos órgãos de comunicação social da região e a outras autoridades, caso da Polícia de Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República.
Foi então que, 14 dias depois do sucedido, o médico veterinário responsável pelo Centro Veterinário Municipal de Valongo, Fernando Rodrigues, teve a gentileza de fazer o favor de responder, dizendo:
«Acusamos a receção [em Português: recePção] da exposição de V. Exa. pelo que informamos que nos termos do DL 315/2003, compete apenas às Autarquias a recolha de animais na via pública por forma a garantir que os mesmos são errantes e estão dentro da circunscrição do município.»
Como se constata, é uma resposta que em nada responde às minhas denúncias, ou acusações, e marimba-se para o que era de facto (mesmo que não de jure) o cerne da questão: o estado de saúde do animal.
Não deixando os seus créditos por mãos alheias, o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, respondeu-me dizendo:
«Agradecemos o contacto de V. Exa. e, verificamos que o médico veterinário municipal de Valongo, Dr. Fernando Rodrigues, já remeteu a V. Exa. uma resposta sobre o assunto, no qual informou que deverá ser contactada a Autarquia em caso de se verificar a existência de animais errantes, para que possa ser efetuada [em Português: efeCtuada] a recolha do(s) animal(is), nos termos do Decreto-Lei nº 315/2003.»
Provavelmente por escrevermos num tipo de português que não é entendível em Portugal, as respostas dos dois principais responsáveis por este assunto indicam-nos onde fica o fundo do corredor quando a pergunta é: quem é corredor de fundo.
Entretanto, por informação da Direcção do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da Guarda Nacional Republicana (Proc. LSOS n.º 3609/2020 de 01/10/2020) o caso foi remetido para a PSP (Polícia de Segurança Pública) “tendo em conta que a situação descrita tem lugar na área de responsabilidade dessa Polícia de Segurança Pública.”
Por sua vez o Ministério Público remeteu o assunto para o “Diretor [em Português: direCtor] do Departamento de Investigação e Ação [em Português: aCção] Penal do Porto” (DA n.º 15488/20 – Animal abandonado – Email de 03-10-2020 – DA nº. 15488/20 – Entrada nº. 32053-20).
Como nota provisoriamente final, informo que até saber o que de facto se passou com este cão (que, provavelmente, por criminosa incúria humana já terá morrido), publicarei regularmente aqui este mesmo texto. Esta é a nona publicação. A primeira foi a 22 de Outubro, a segunda em 22 de Novembro, a terceira a 20 de Dezembro de 2020, a quarta em 21 de Janeiro de 2021, a quinta a 21 de Fevereiro de 2021, a sexta em 22 de Março de 2021, a sétima em 22 de Abril de 2021 e a oitava em 23 de Maio de 2021.
Fonte: https://jornalf8.net/2021/prestar-contas-so-do-que-convem/
Se nada se fizer, daqui a cinco anos (poderá até ser menos) a Língua Portuguesa já terá desaparecido, porque os Portugueses e quem de direito, incluindo professores, pais, políticos, governantes, advogados, escritores, jornalistas, tradutores, apresentadores de televisão, artistas, juristas, enfim a sociedade mais instruída, as pessoas mais “importantes” que têm a obrigação e o dever de saber escrever bem e falar bem, não souberam lutar por ela, e a próxima geração será a geração dos analfabetos funcionais, que estarão (já estando) na cauda da Europa (como sempre estiveram).
Já em 2002, de acordo com o estudo “O futuro da Educação em Portugal”, apresentado pelo então Ministro da Cultura, Roberto Carneiro, se dizia que o nosso sistema educativo era «medíocre, quando comparado com os níveis internacionais» tendo Portugal, segundo o mesmo estudo, «um atraso de 200 anos, (…) 80% dos Portugueses não tinha mais de nove anos de escolaridade e (…) 60% da população estava satisfeita com o seu nível educativo».
Se a situação em 2002 já era péssima, e já estávamos atrasados 200 anos, desde então, as coisas pioraram substancialmente e o atraso será agora para cima de mil anos, com a introdução do AO90 e o colossal desleixo no uso da Língua nas escolas, nos livros escolares, nos livros traduzidos, nos livros publicados, na comunicação social escrita e televisionada, nas legendas de filmes, no rodapé das notícias, em todos os canais televisivos, imperando em Portugal uma agigantada iliteracia, em que estão bem evidenciadas as dificuldades na escrita, na leitura, na capacidade de interpretação do que se escreve e também na oralidade, com tantas bacoradas, de bradar aos céus, que se dizem alto… E as pessoas que lêem, ou ouvem rádio ou vêem televisão têm o direito de exigir que se escreva e se expressem num Português correCto.
Para não falar nas desventuradas crianças que foram frequentar escolasm para terem um Ensino de Qualidade, como é do direito delas, e atiraram-lhes à cara o lixo ortográfico, base de toda a comunicação e de todo o Ensino, desde o básico ao superior! Mas quando temos "peixe graúdo" como um presidente da República, um primeiro-ministro, ministros e deputados da nação a falar e a escrever tão mal, nas páginas oficiais e nas suas redes sociais, e que deveriam dar o exemplo da boa escrita e da boa oralidade, esperar o quê dos "mexilhões"? Poderiam, ao menos, ter vergonha, mas não têm.
Não é apenas na Covid-19 que Portugal ultrapassa a linha vermelha.
No Ensino da Língua Portuguesa já se ultrapassou, faz tempo, todas as linhas vermelhas possíveis e imagináveis.
Daí que seja premente que todos os Portugueses e quem de direito: professores, pais, políticos, advogados, escritores, jornalistas, tradutores, apresentadores de televisão, artistas, juristas, enfim a sociedade mais instruída, as pessoas mais “importantes” e mediáticas acordem e se unam para exigir dos governantes e do constitucionalista-mor, que é o primeiro a não cumprir a Constituição da República Portuguesa, a anulação do aberrante AO90 e a reposição da grafia de 1945, não só nas escolas, como em TUDO o que mexe com o Idioma Oficial de Portugal, além de um Ensino de Qualidade, que nos faça acompanhar os níveis europeus.
Ou somos gente que sente, ou não somos ninguém!
Ou seremos apenas fantoches nas mãos de fantocheiros, a deambular por aí, sempre a dizer que sim, que sim… ?
Isabel A. Ferreira
A ideia partiu do Paulo Teixeira, que vai coordenar os trabalhos.
«Citando A. Jackson (presidente dos Estados Unidos da América do Norte de 1829 a 1837, pelo Partido Democrata): «um só homem armado de coragem, vale por uma maioria». Nem mais.
O Blogue «O Lugar da Língua Portuguesa» está totalmente à disposição deste novo Movimento, para divulgar o que for necessário divulgar. Eu continuarei a aplicar o meu lema: «Contra o AO90, marchar, marchar!»
Porque já chega de marcar passo e de deixar que políticos ignaros, incompetentes, irresponsáveis e servis usem e abusem do poder que (ainda) têm, para impor a Portugal um “tratado” que nenhum dos países, ditos lusófonos, cumpre, por ser algo do foro da irracionalidade.
Deixo-vos com a carta onde Paulo Teixeira diz ao que vem.
Da minha parte, espero que as figuras públicas/mediáticas, que se têm manifestado publicamente contra a absurdez do AO90, saiam da sua zona de conforto e se disponham a usar da sua influência e mediatismo, para que Portugal possa, definitivamente, ver-se livre, deste pesadelo, gerado por gente que não sabe ser e, muito menos, não sabe estar.
Isabel A. Ferreira
Caros desacordistas,
É com enorme agrado e orgulho que vos contacto, em especial para vos felicitar pela corajosa opção de rejeitar o Acordo Ortográfico de 1990 (AO90) na vossa vida!
O meu é nome é Paulo Teixeira, sou gestor comercial e, certamente, do mesmo modo que todos vós, abomino o AO90! É um bom começo e uma constatação feliz para todos, sim, mas não basta haver muitas pessoas como nós. Na verdade, e ainda que sejamos a maioria nesta batalha contra o AO90, partilhamos entre nós um grave problema que nos impede de ser bem-sucedidos: estamos todos a trabalhar isoladamente, cada um para seu lado, desorganizados e a cada instante mais desgastados e desmotivados...
Mas há dias tive uma ideia que abrandou as minhas preocupações e me encheu de motivação, um pensamento que bem delineado poderá transformar-se numa poderosa "ferramenta" contra o AO90. E então pensei: se o acordo continua de pé por culpa de estarmos desunidos e desfocados do cerne desta batalha, então a criação de um "grupo de trabalho" no Facebook com as pessoas certas pode ser o primeiro passo para convergirmos para o mesmo fim!
E quem são as pessoas certas, perguntarão? Para mim, são todas aquelas capazes de contribuir activamente com algo importante para o grupo e suas acções, em especial as figuras públicas de relevo, que se manifestam declaradamente contra o AO90! Se queremos vencer este atentado ortográfico, vamos precisar de toda a criatividade do mundo para chegar às melhores ideias, de muita energia para dar andamento às estratégias de ataque mais eficazes e do "peso" das maiores figuras públicas/mediáticas! E porque são as figuras públicas/mediáticas tão especiais? Porque são a "influência" perfeita para inverter tendências e mudar mentalidades! Actores, cantores, compositores, músicos, escritores, tradutores, professores, linguistas, comediantes, juristas, médicos! Todos juntos seremos imparáveis e capazes de derrotar a inutilidade que é o AO90! Todos juntos num lugar que, passo a partilhar, se encontra aberto no Facebook com o nome Portugal em Movimento Contra o AO90, em: https://facebook.com/groups/pemcao90/
Dito isto, ficam desde já convidados a integrar este Movimento, pois acredito que a vossa presença, a par de tantas outras de renome, vai fazer toda a diferença na defesa e preservação da Língua Portuguesa! Conto convosco!
Muito obrigado pelo vosso tempo!
Com os melhores cumprimentos,
PAULO TEIXEIRA - coordenador deste Movimento.
pauloteixeiramailbox@gmail.com
Experimentem ler a mente de qualquer animal, nem que seja a de um rato, e encontrarão verdades profundas. Cada animal consegue dar-nos grande lições de vida e de comportamentos adequados à permanência no Planeta Terra, a nossa casa comum.
Aliás, os verdadeiros donos do Planeta são os animais não-humanos, os únicos que sabem preservá-lo. O homem apareceu, por último, e achou-se no direito de dominar a vida na Terra. Coitado, nem a própria vida consegue conduzir com harmonia, como há-de saber conduzir racionalmente todas as VIDAS que o Planeta Terra alberga?
Isabel A. Ferreira
Legenda: «Os animais não deveriam requerer a nossa permissão para viver na Terra. Aos animais foi dado o direito de estarem aqui muito antes de nós chegarmos!»
«Quando eu olho nos olhos de um animal, não vejo um animal. Eu vejo um ser vivo. Eu vejo um amigo. Eu sinto uma alma.» (Anthony Douglas Williams)
«Existem muitas grandes mentes na Terra e nem todas são humanas» (Anthony Douglas Williams)
(*) Anthony Douglas Williams, nascido em 1953 é um espiritualista canadiano, escritor a activista dos Direitos dos Animais
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Figuras públicas a Favor das Touradas ou a Vergonha Nacional adicionou 3 fotos novas ao álbum: Figuras públicas/artistas a FAVOR das TOURADAS
[Nas fotos:
O padre Ricardo Tavares, actual Director Regional da Cultura do Governo Regional, doutorado e autor de um livro chamado "O verme de Deus"; o Padre Duarte Rosa (capelão-reitor do Santuário de S. Gonçalo de Angra, doutorado em música e mestre de cerimónias-protocolo da Sé Catedral de Angra, entre outras "afinidades" e António Ventura (secretário regional da Agricultura, grande aficionado e defensor das Touradas, como bem mostrou em debates na Assembleia da República)!!!]
Origem das fotos:
https://www.facebook.com/VergonhaNacional/photos/pcb.5866586513383955/5866569573385649
Em 2017:
O pároco de Fenais da Luz, Ricardo Tavares, manifestou o seu desacordo com a realização de uma tourada, junto da Comissão de Festas do Senhor bom Jesus dos Aflitos, por considerar a tourada “uma prática anti-cristã, que já foi várias vezes condenada pelos Papas”.
“Enquanto eu for pároco, não haverá lugar a violência contra animais, nem touradas nem bezerradas. Porque quando há maus-tratos a animais haverá sempre violência contra pessoas…”
https://basta.pt/padre-acoriano-realizacao-touradas/
Afinal era, mas já não é.... depois de ter sido eleito Director Regional da Cultura (Açores):
2020
《 Com a sua autorização e por uma questão de justiça publico a mensagem recebida do Sr. Padre Ricardo Tavares:
"Boa tarde, S.r ******
Como já lhe referi, a minha opinião é pessoal e não passa disso. A partir do momento que sou nomeado Diretor Regional da Cultura, meto de lado as minhas opiniões e trabalho ao serviço das tradições culturais da Região, qualquer que ela seja.
Pode esperar de mim respeito e apoio efectivo a todas as manifestações da Ilha Terceira, até porque a tauromaquia contribui em boa medida para a economia da Ilha.
Se tem amor e respeito pela verdade, não deve esconder esta minha visão.
Com os melhores cumprimentos,
Ricardo Tavares"》
Fotos: Grupo Central Anti-tourada
https://m.facebook.com/Grupo-Central-Anti.../posts/...
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(Outro testemunho recebido via-email)
Padre que era anti-touradas participa em ferra
AGORA
O padre anti-touradas a ferrar um bovino * [na imagem acima]
O padre Ricardo Tavares, director regional da cultura, é um verdadeiro aficionado da festa brava que é o mesmo que dizer que deve ter algum prazer em observar animais em sofrimento.
E porque deve considerar essa actividade como cultura ( e apenas o é porque faz parte do modo de vida de certas comunidades mas ao mesmo tempo trata-se duma manifestação violenta, já banida em muitos lugares do mundo) marcou presença num evento de marcação de gado (Ferra).
A minha vista deve andar a atraiçoar-me porque me pareceu ter lido numa publicação periódica qualquer, há algum tempo, que o sr. padre se tinha expressado com veemência contra esse tipo de manifestações.
Tenho de ir ao oculista ver o que se passa.
Autor: Mário Roberto
* Título da nossa responsabilidade
21 de Junho de 2021
ANTES
TOURADAS NAS FESTAS DO SENHOR BOM JESUS DOS AFLITOS - FENAIS DA LUZ
O Pároco tinha-se manifestado, perante a Comissão de Festas do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, então em funções, contra a realização da tourada. Além de não ser uma tradição micaelense, a tourada é uma prática anti-cristã, que já foi várias vezes condenada pelos Papas. Inclusivamente a última encíclica do tão aplaudido Papa Francisco, Laudato Si', condena os maus tratos sobre animais. A tourada é uma prática sádica, na qual as pessoas se divertem à custa do medo e do pânico do toiro, além de ser uma actividade bárbara, anti-civilizacional e dispendiosa, que queima verbas que podiam muito bem ser canalizadas para uma acção social ou até para o restauro da Igreja.
Infelizmente, a Comissão realizou a indesejada tourada, na qual poucas pessoas participaram. Porém, a Comissão foi demitida pela Diocese, por desobediência aos ditames da Igreja, a este e a outros. E acabam-se 7 anos de barbárie contra animais em nome de Deus!
Enquanto eu for pároco, não haverá lugar para violência contra animais, nem touradas nem bezerradas. Porque, enquanto houver maus-tratos contra animais, haverá sempre violência contra pessoas...
O Pároco dos Fenais da Luz
Ricardo Tavares
25.07.2017
Só no nosso Portugal terceiro-mundista é que ainda se vê animais acorrentados uma vida inteira, nomeadamente, nas aldeias, por onde passa a GNR, a qual, apesar disto configurar um crime de maus-tratos a animais de companhia, mas também a muitos outros animais que apesar de não serem de companhia, são ANIMAIS, e que, em princípio, deveriam estar protegidos por duas leis (Leis de Protecção e Estatuto Jurídico dos Animais) já aprovadas, mas confinadas às gavetas, nada se faz para acabar com a imagem triste que ilustra este texto.
Isabel A. Ferreira
Mahatma Gandhi asseverava que «a grandeza de uma Nação pode ser julgada pelo modo como os seus animais são tratados». É fácil pois, mediante esta imagem, avaliar a desgrandeza de Portugal.
O projecto de lei do PAN visa regular o acorrentamento e o alojamento em varandas e espaços afins dos animais de companhia, defendendo a criação de um Plano Nacional de Desacorrentamento.
Nenhum animal de companhia pode ser permanentemente acorrentado ou amarrado. Esta é a proposta do Grupo Parlamentar do PAN – Pessoas-Animais-Natureza.
E isto, não obstante as alterações legislativas que se têm registado em matéria de protecção e de bem-estar animal desde 2001 - ano em que foram fixadas em diploma as condições de detenção e de alojamento dos animais de companhia - “são inúmeras as denúncias que existem, por todo o país, de animais que vivem permanentemente acorrentados, sem condições de alojamento, com impactos muito negativos no seu bem-estar.
A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real quer, por isso, um «Plano Nacional de Desacorrentamento e a alteração do diploma, que passará a limitar a possibilidade de alojar animais em varandas ou espaço exíguos ou mantê-los 24/24 horas acorrentados, corrigindo o desajustamento da legislação, que esteve cerca de duas décadas sem qualquer actualização, à realidade actual».
A proposta do PAN procura, assim, introduzir a interdição do recurso ao acorrentamento ou a amarração, salvo no caso de se revelar indispensável para a segurança de pessoas, do próprio animal ou de outros animais. Nas situações em que não existe alternativa, o acorrentamento/amarração do animal deve ser limitado ao mais curto período de tempo possível, sem ultrapassar as três horas diárias. «E devem, claro, ser sempre salvaguardadas as necessidades de exercício, de abrigo, de alimentação, de abeberamento, de higiene e de lazer do animal», acrescenta Inês de Sousa Real.
Com este projecto de lei, o PAN procura, consequentemente, pôr fim a vários anos de inoperância da legislação vigente, em parte devido a disposições de conteúdo excessivamente indeterminado ou subjectivo, bem como às consequências decorrentes também do carácter qualitativo de algumas das normas que, desprovidas de referenciais objectivos, impossibilitam a devida fiscalização e geram dúvidas de interpretação. Segundo Inês de Sousa Real, «a actual legislação peca por uma indefinição prática ao dispor que «os animais devem dispor do espaço adequado às suas necessidades fisiológicas e etológicas, devendo o mesmo permitir a prática de exercício físico adequado». Ora, o que se entende exactamente por adequado?»
Defende ainda a porta-voz do PAN que «não resulta admissível nem conforme aos presentes regimes legais, nem aos valores do nosso tempo, que um animal de companhia possa ser alojado em varandas ou outros espaços semelhantes e mantido acorrentado uma vida inteira, muitas vezes em condições insalubres condenado a uma existência miserável, privada de liberdade de movimentos que é, afinal, a essência da condição animal». Com efeito, vários são os estudos que dão nota, nomeadamente, de que os cães, enquanto animais sociáveis, necessitam da socialização para poderem desenvolver-se de forma saudável. Se permanecerem acorrentados ou confinados a uma área exígua durante horas, dias, meses ou até anos, podem sofrer sérios danos emocionais e físicos devido aos efeitos acumulados do isolamento, da frustração e do tédio, podendo até consequentemente tornar-se agressivos. De entre os danos físicos a que estão sujeitos os animais amarrados ou acorrentados, contam-se as feridas e os cortes na pele e músculos do pescoço em resultado dos puxões das amarras. Há também o risco de o animal poder asfixiar ao tentar libertar-se, no caso de a corrente ou amarra se enrolar e prender.
Nos últimos anos, o acorrentamento de animais de companhia tem sido alvo de grande divulgação na sociedade civil, sendo que a proibição do acorrentamento permanente é já uma realidade, por exemplo, em diversos municípios e comunidades de Espanha, tais como Galiza, Madrid, Catalunha, Saragoça, Valência, Aragão, Andaluzia, Tenerife; na Alemanha; em França e em 23 Estados norte-americanos.
Consulte aqui o projecto de lei do PAN.
Recebido via e-mail
Quanta verdadinha para aqui vai...
E quer se goste ou não, destas personagens, o facto é que todas, em tudo o que dizem, têm razão...
Isabel A. Ferreira
E nesta questão, António de Oliveira Salazar tinha toda a razão...
Músico dos Átoa foi forcado mas não quer corridas de touros na RTP, tendo sido um dos que assinou uma carta a contestar a transmissão de corridas de touros na RTP1.
O músico João Miguel Direitinho foi forcado no Grupo de Forcados Amadores de Évora mas surge agora como um dos signatários da referida carta contra as corridas de touros na RTP1.
Várias páginas associadas à tauromaquia, contestam a incoerência do músico e a renegação das suas origens e passado.
Há ainda outros artistas que se mostram contra as touradas, mas que actuam em festas de claro cariz tauromáquico.
Ainda a este respeito, a Junta de Freguesia de Azambuja já tomou uma posição: Não contrata artistas anti-taurinos para lá actuar.
Fonte: Infocul.pt
IRRAAAA! PAREM DE NOS CHAMAR ANTI-TAURINOS.
NÓS, QUE NÃO GOSTAMOS DE TAUROMAQUIA, SOMOS ANTI-TOURADA. NÃO SOMOS ANTI-TAURINOS!
Mário Amorim
Fonte:
***
Muito bem, Mário Amorim.
Anti-taurinos são ELES, os que não gostam de Touros ao ponto de os torturar e matar por mero prazer. Isso é que é ser anti-taurino.
Quanto ao forcado, fez bem em EVOLUIR. Um músico que quer singrar na vida não pode ficar agarrado ao passado medievalesco ao qual já pertenceu.
Relativamente à Junta de Freguesia de Azambuja vê-se logo que não evoluiu, e se não quer músicos anti-touradas, não os terá, não os tendo, ficará com festinhas mal-amanhadas e pobrezinhas, se bem que adequadas ao povinho que alberga.
Nenhum músico que se preza deverá ser ou actuar em localidades trogloditas.
Isabel A. Ferreira
Contudo, nunca é tarde para nos arrependermos do mal que fazemos em vida.
Alfonso Rafael Jiménez González não quer deixar este mundo com tanto sangue a pesar-lhe a alma…
Que o seu exemplar arrependimento sirva, ao menos, para redimir os que continuam a matar Touros por prazer. Chegará um momento na vida, que o peso da alma fará ruir todos os que viveram para fazer SOFRER os Touros, que são animais como nós.
Isabel A. Ferreira
Por Animal Save & Care Portugal
QUANDO O DESPERTAR CHEGA TARDE DEMAIS
Depois de ter dedicado toda a sua vida à tourada e de ter assassinado mais de 500 touros ao longo da sua carreira, Alfonso Rafael Jiménez González, toureiro de Córdoba, arrependeu-se totalmente de tudo que lhes fez e falou do amor e empatia que os animais, supostamente irracionais, são capazes de mostrar. Muito mais do que muitos humanos.
“Agora não consigo suportar ver uma matança, os animais sentem dor e sofrem como nós, os touros olham-nos com ternura. Agora tenho pena deles e não poderia jamais voltar a matar um touro. Custou-me dar os meus últimos golpes quando percebi a bondade do animal. Uma vez, um touro que me atirou ao chão, ao olhar para mim decidiu poupar-me. Eu vi touros chorarem.
Tenho esta cadela há oito anos e ela inspirou-me a olhar para todos os animais com outros olhos.
Costumava ir à caça com frequência, mas agora não consigo sequer matar uma mosca. No outro dia, um grilo manteve-me acordado parte da noite, até que me levantei e o encontrei num vaso de flores. Observei-o e levei-o para fora. Aconteceu algo muito curioso e inesperado no meu relacionamento com todos os animais."
(De um artigo no jornal espanhol ABC de 28 de Outubro de 2007)
Quando começamos a ouvir o nosso coração, aprendemos a ver verdadeiramente a realidade como ela é.
Todos os animais merecem usufruir do direito de viverem as suas próprias vidas.
Fonte:
https://www.facebook.com/animalsaveandcareportugal/photos/a.158663654779721/824848441494569/
Eu concordo com o que diz Inês Sousa Real, porque este é um tema que não é para levar a sério, e já nem sequer deveria ser destacado ou discutido nas televisões, por se tratar de algo obsoleto, obsceno, anti-ético, anti-civilização, anti-evolução. Então, para ironia, ironia e meia.
Inês Sousa Real ironizou, e fez muito bem, porque isto só ironizando, uma vez que discorrer sobre este tema, a sério, não tem ponta por onde se lhe pegue.
Para bailarinos os toureiros servem, para torturar Touros, não servem.
O ballet seria uma boa alternativa para eles, se já não tivessem outros ofícios e não andassem a viver à custa dos nossos impostos.
Morrer à fome, não morrerão.
Mas há mais a considerar.
Engane-se quem vê nestas palavras piadas homofóbicas, impróprias para uma deputada. Sejam realistas. Os toureiros põem-se a jeito, com aquela figurinha triste que fazem, vestidinhos com aquela fatiota idiota, de tempos que já lá vão. Lembram-se como se vestiam os reis Luíses de França? Há quanto tempo isso foi? Olhem se os reis hodiernos andassem ainda vestidos desse modo!!
EVOLUAM!!!!! Venham para o século XXI d. C.
Contudo, o problema das touradas não está nos “trajes de luces” e lantejoulas dos toureiros. Hoje, as touradas são uma actividade apenas de e para gentinha que ainda não evoluiu, e pior do que isso, que se RECUSA a evoluir.
E o que se passa numa tourada é o seguinte: os psicopatas (toureiros, montadores de Cavalos, bandarilheiros, forcados) torturam os Touros; e os sádicos assistem, aplaudem e babam-se de gozo. Tudo isto pertence ao foro das deformações mentais. E, sim, jamais um atrasado mental (não confundir com doente mental ou deficiente mental) reconhecerá o seu atraso. A abolição é o caminho, mas para tal, primeiro há que LIMPAR a Assembleia da República dos trogloditas que, nestes tempos hodiernos, ainda viabilizam esta prática bárbara, que o mundo civilizado rejeita.
Deixo-vos com uma interessantíssima e realista descrição (que assino por baixo) do que é este mundinho tauromáquico, da autoria do Grupo
Juventude anti-tourada Portugal & Mundo
num comentário à publicação, no Facebook:
(…) Não se aplica, misturar homossexualidade ou simplesmente sexualidades com termos depreciativos ou ofensivos do jargão popular arcaico. Até porque estamos no tema tauromaquia, em fase de descarrego contra actividades seriamente nocivas a todos os níveis.
A moral (…) perde-se logo (…) a defender a honra dos toreros e seus trajes.
Se são toreros, são também pessoas que não prestam, e alguém ainda não percebeu. Não lhes queremos mal fisicamente (e mesmo quando queremos não fazemos), é proibido.
São uns cobardes do pior, geralmente narcisistas e investidos de prepotência, além de sádicos, sofrem com uma grande lista de perturbações de personalidade, necrofilia e outras, que os tornam pessoas desprezíveis naquilo que fazem no físico dos animais. O diagnóstico psiquiátrico deles está feito e conclui que são uns maricas num mundo de fantasias. São duma infantilidade crónica, primária, tóxica, até porque geralmente são infectados desde crianças como se fosse hereditário e incontornável. Vestem o que lhes der mais jeito, passam mais vergonha por isso, cada vez mais ridículas figuras, com os seus paramentos de sacerdote carrasco da seita, do bando dos matatoros. É tudo parte da burla exaltada.
O que é que isso tem a ver com homofobias? Nada.
O mundillo dos tauricidas é machista, alguma dúvida? Não valem nada se não estiverem dentro do seu círculo de camaradas e compadrio.
A tauromáfia domina imensas famílias ricas dos agro-negócios, dos latifundiários, com parentela da nobreza extinta, "conservadora" e "tradicionalista", que mantém grande ligação e influência nas arcadas do poder dominante. Vivem em estranhas ilusões.
Não assumirem que o mal que provocam aos animais é incómodo para a sociedade e para eles mesmos, mostra o quanto são absurdos. Só nos dão desgostos. E continuam a achar-se no direito de continuar, indiferentes a tudo. Enquanto isso, pagamos todos.
Fonte: https://www.facebook.com/photo?fbid=4624813704200182&set=gm.4196747883697292
***
Mas há mais. Vejam o que nos conta os Marinhenses Anti-touradas
= UMA VERGONHA QUE TEM DE SER DENUNCIADA =
Há quem esteja a tentar fazer crer que não se realizou a largada de touros de sábado à noite em Santarém. Mas realizou-se, ainda que tenha terminado antes da hora prevista.
A imagem desta publicação mostra bem como estava a bancada.
Quem quiser saber mais sobre esta duplamente vergonhosa largada de touros, tem mais informações na publicação e respectivos links disponíveis em
https://www.facebook.com/antitouradas/posts/4349599058406957
Fonte: https://www.facebook.com/antitouradas/photos/a.215152191851685/4351674074866122/
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É isto que as autoridades portuguesas permitem, indecentemente.
Isabel A. Ferreira
Isabel A. Ferreira