Uma vez mais a irracionalidade venceu a racionalidade.
Seria de esperar que a tauromaquia, por ser uma actividade que tortura Touros numa arena para divertir um punhado de sádicos e psicopatas (é preciso repetir isto), não fosse financiada pelo Estado português, por ser uma prática bárbara, e porque os tauricidas, todos eles, não vivem à custa das touradas, mas sim à custa dos impostos dos portugueses.
Rejeitado: Projecto de Lei n.º 1236/XIII/4.ª (Iniciativa Legislativa de Cidadãos) – Termina com a atribuição de apoios financeiros por parte de entidades públicas para a realização de actividades tauromáquicas.
Rejeitado: Projecto de Lei n.º 257/XIV/1.ª (PAN) – Pela não utilização de dinheiros públicos para financiamento de actividades tauromáquicas.
Rejeitado: Projecto de Lei n.º 243/XIV/1.ª (BE) – Impede o apoio institucional à realização de espectáculos que inflijam sofrimento físico ou psíquico ou provoquem a morte de animais.
Rejeitado: Projecto de Lei n.º 22/XIV/1.ª (PEV) – Impede o financiamento público aos espectáculos tauromáquicos.
Rejeitado: Projecto de lei da deputada não inscrita Cristina Rodrigues - Com vista a proibir financiamento público a touradas.
Quem vota em trogloditas, troglodita é. Não estando trogloditas no Parlamento as coisas podem mudar no que respeita à tortura de Touros. Os milhares, que se dizem anti-touradas, não se vêem nos votos. Por onde andarão, na hora de votar? Em quem votarão, para que os trogloditas se assentem no Parlamento?
É nisto que os Portugueses são obrigados, contra a sua vontade, pelos deputados da Nação afectos ao PS, PSD, CCP, CDS/PP e Chega, a “investir” os seus impostos, que tanto lhes custa a desembolsar, para que não sejam bem servidos na Saúde, na Educação, na Habitação, em tudo o que é essencial à VIDA. E os deputados da Nação dão prioridade à MORTE de seres vivos, para que os sádicos e psicopatas se divirtam. E isto é da mais descomunal injustiça.
Origem da imagem: Internet
Todos sabemos que anualmente a tortura de Touros recebe 16 milhões de euros em apoios públicos directos e indirectos, provenientes da União Europeia, Câmaras Municipais, Governo da República e Governo Regional do Açores.
Todos sabemos que tais subsídios são para o apuramento da raça brava de lide, o que prova que o chamado “touro bravo”, não existe na Natureza, mas é “fabricado” nas ganadarias à custa de muita tortura, desde que o bezerro nasce, daí que se acabando as touradas, os bovinos não desaparecerão.
Todos sabemos que estes subsídios são para a transmissão de touradas no canal público de televisão; e, nas autarquias, para aquisição de bilhetes, construção e reabilitação de praças de touros, publicidade e escolas de toureio, enquanto a pobreza e a falta do essencial são gritantes, nessas autarquias.
A isto, por exemplo, juntou-se mais 6 milhões de euros em isenção de IVA para “artistas” e bilhetes, só em 2018.
Então no campo pequeno os números são de bradar aos céus: a praça está isenta do pagamento de IMI, num valor que ascende a 12 milhões de euros por ano. E os desgraçados que têm o azar ou a sorte, de terem uma casinha, têm de pagar IMI (sempre a subir), tenham ou não tenham proventos suficientes para sobreviverem.
Isto é imoral.
A esmagadora maioria dos Portugueses não querem ver os seus impostos esbanjados numa actividade cruel e grosseira, nem querem continuar a sustentar os parasitas disto a que chamam “indústria tauromáquica”, ou seja, fabricação de touros de lide.
Não querem mas são obrigados pelos governantes. E a isto chama-se tirania.
Contudo, os trogloditas de serviço, no Parlamento, rejeitando a vontade da maioria dos que lhes pagam os chorudos salários para servirem os interesses de Portugal, mas não os interesses de duas dezenas de parasitas da sociedade portuguesa, decidem virar as costas à razão e, irracionalmente, deliberam continuar a subsidiar esses poucos parasitas, e a dar continuidade a uma prática rejeitada no mundo civilizado.
E a isto chama-se regime ditatorial.
No texto que pode ser consultado neste link:
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/crime-urbanistico-em-piodao-961077?tc=44374833788
eu e o Pedro Quartin Graça mostrámos a nossa legítima indignação contra o crime urbanístico perpetrado em Piódão.
Do município de Arganil recebi esta inacreditável justificação.
Leiam e pasmem.
Fonte da imagem:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10157182431476712&set=a.59449556711&type=3&theater
Resposta do Senhor Geral da Câmara Municipal de Arganil à minha publicação sobre o crime urbanístico lá cometido
Exma. Senhora,
Boa tarde,
Não podemos deixar de constatar os termos utilizados na mensagem remetida por V. Exa., pouco compreensíveis quando escritos por alguém com tanta formação, qualificação e cargos (https://blogs.sapo.pt/profile?blog=arcodealmedina). Paralelamente, também não deixa de ser curioso verificar que alguém tão acerrimamente crítico do acordo ortográfico actualmente em vigor (https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/a-atencao-de-todos-os-que-sao-contra-o-833531), se permita escrever País com um “p” minúsculo!
Adiante!
O edifício repentinamente descoberto com grande surpresa e novidade tem uma história que remonta, afinal, a 2002! Sim; ano dois mil e dois! Na sequência de proposta elaborada pelo arquitecto Eduardo Mascarenhas de Lemos (e porque a Aldeia Histórica do Piódão é Imóvel de Interesse Público classificado desde 1978), o então Instituto Português do Património Arquitectónico emitiu pareceres vinculativos favoráveis; viabilizando a construção.
Nesta sequência, o Presidente da Câmara Municipal de Arganil viria a deferir a pretensão do requerente em 2 de Outubro de 2003 (dois mil e três)!
E o edifício foi construído!
Se gostamos? Não; não gostamos! Entendemos, mesmo, que é uma ferida na Aldeia, que desvirtua a coerência do conjunto. Mas isso somos nós que dizemos; que não somos arquitectos!
A este respeito, sugerimos consulta à discussão que este tema mereceu em 2007, acessível em:
Com os melhores cumprimentos,
Minha resposta:
Exmo. Senhor Geral
da Câmara Municipal de Arganil,
Os termos utilizados no texto são os mais adequados à circunstância. É que nem eu, nem o Sr. Quartin Graça estamos ali a fazer Poemas, nem Literatura. Estamos a exercer o nosso direito à indignação, com toda a legitimidade, contra a construção de um mamarracho, que lá por ter sido concebido por um arquitecto, não significa que ele seja um bom arquitecto, mas, se o é, e não duvidamos, nem tudo o que um bom arquitecto faz é bom, dependendo do contexto onde a sua obra se insere. O prédio até pode ganhar um prémio internacional de arquitectura, e ser a obra mais prima de todas as primas, mas não ali, naquele lugar, em Piódão.
Não podemos deixar de constatar os termos utilizados na mensagem remetida por V. Exa., pouco compreensíveis quando escritos por alguém com tanta formação, qualificação e cargos. Diz o senhor Geral.
Pois é precisamente pela minha formação e pelos meus cargos que tenho toda a legitimidade de usar os termos que mais se adequam ao crime urbanístico perpetrado em Piódão. Além disso, tenho o direito de me indignar aplicando termos adequados a tamanha insensatez.
Paralelamente, também não deixa de ser curioso verificar que alguém tão acerrimamente crítico do acordo ortográfico actualmente em vigor, se permita escrever País com um “p” minúsculo! Diz o senhor Geral.
Pois tenho a dizer-lhe que, no contexto desta frase: «Isto só mesmo num país corrupto, como Portugal» país é escrito com letra minúscula, pois está a referir-se a um país corrupto, que por acaso é Portugal. Portugal é um país corrupto. Lamento que o meu País não seja um país onde a corrupção não passe de uma miragem.
Percebeu, senhor Geral?
Adiante!
O resto da história é o blá blá blá do costume. Muitos pareceres inacreditavelmente favoráveis, arquitectos muito habilitados, e, como também sabemos, valores muito mais altos do que a razão, que sempre se levantam, para justificar os actos mais inconcebíveis.
Mas o que mais me surpreendeu na sua tentativa de explicar o inexplicável, Senhor Geral, foi o seu último parágrafo:
Se gostamos? Não; não gostamos! Entendemos, mesmo, que é uma ferida na Aldeia, que desvirtua a coerência do conjunto. Mas isso somos nós que dizemos; que não somos arquitectos!
Não gostaram do mamarracho. Entenderam mesmo, que é uma ferida na Aldeia, que desvirtua a coerência do conjunto. Mas isso sois vós a dizer, porque não sois arquitectos? Então, sem terem o mínimo de espírito crítico, e assentes no argumento mais esfarrapado e inimaginável que poderiam ter arranjado, deixaram que o mamarracho fosse construído, e desfeado a Aldeia mais bonita de Portugal, quiçá, do mundo, que agora deixou de ser, a não ser que rebente (com dinamite controlada) o mamarracho do descontentamento de todos os Portugueses, que têm a noção do Bom, do Bem e do Belo, e não se deixam levar pelas ideias de arquitectos, aos quais nada diz a preservação arquitectónica de uma aldeia tão preciosa como Piódão.
Só porque não são arquitectos, deixaram destruir um conjunto arquitectónico de uma das aldeias históricas portuguesasprotegidas (o que seria se não fosse protegida). Uma aldeia que na década de 1980, recebeu o Galo de Prata, condecoração atribuída à "aldeia mais típica de Portugal". Deixaram destruir a aldeia classificada como Imóvel de Interesse Público, porque não são arquitectos.
Estou a imaginar que se o arquitecto vos dissesse para pintar de vermelho, às bolinhas pretas, as belas e únicas casas de xisto, vocês podiam até não gostar, mas como não são arquitectos… Só isto diz tudo o que há a dizer da história patética deste crime urbanístico, cujos intervenientes andam no mundo só por ver andar os outros.
Lamentável. Muito lamentável.
Passe bem, Sr. Geral. Pensei que a justificação para este crime urbanístico pudesse ser algo mais racional. Enganei-me.
Isabel A. Ferreira