«O famoso piloto de F1 afirmou este sábado no Instagram que "Isto é verdadeiramente vergonhoso Espanha" a propósito das touradas e escolas de toureiro, acrescentando: "Os miúdos em Espanha são ensinados a torturar e a matar touros – começando aos 14 anos de idade. Estamos a pedir ao ministro da Educação de Espanha para encerrar as escolas de tauromaquia, imediatamente.”
Em Vila Franca de Xira também persiste uma 'escola' de toureiro, sem leis nem regras, ensinando crianças pequenas a espetar bandarilhas em bezerros. É da Câmara Municipal de VFX, que a financia com os nossos impostos e taxas - 60.000,00 euros por ano!»
(VilaFranquenses Anti-tauromaquia)
É verdadeiramente vergonhoso em Espanha, assim como em Portugal.
A Península Ibérica ainda com um pé nas cavernas.
Fonte:
Para estes torturadores havia de existir inferno. Isto é o que tenho a dizer sobre a tauromaquia e a barbárie que ela representa. Ouvi dizer que a tortura tauromáquica poderá regressar brevemente. Será verdade? Os Touros aguardam nos campos dos trogloditas. Vi-os este fim-de-semana. Pobres Touros.
Portugal ainda tem muito que evoluir. Quando pensamos que as coisas estão a correr bem, há sempre um modo de as pôr a correr mal, com a conivência dos partidos políticos trogloditas (que só deixarão de o ser quando abolirem esta barbárie) com assento no Parlamento, a saber: PS, PCP, PSD, CDS/PP, Chega, Iniciativa Liberal. Este é o lado podre de um Portugal mirradinho. (Isabel A. Ferreira)
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Respondendo agora, 3 horas depois, ao que está abaixo do tracejado:
Imagem: cavalo idoso que tem os olhos vendados e os ouvidos tapados e que, após sofrer várias investidas durante uma tenta, caiu. Estão a tentar levantá-lo para poderem continuar a tenta.
Tenta: Algo que é feito como tratando-se de testes de bravura https://mgranti-touradas.blogspot.com/2012/06/tenta.html
Pedido: Há um lado oculto da tauromaquia que pouca gente conhece. É preciso informar e sensibilizar. As televisões podem ter um papel importante nesta matéria. Por favor, caso ainda não o tenham feito, enviem uma mensagem para a CMTV. Instruções em https://www.facebook.com/notes/marinhenses-anti-touradas/crise-na-arena-acção-de-envio-de-mensagens-para-a-cmtv/3262393393794201/
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Ora diz-nos lá: o que é isto e o que sabes sobre isto?
Nota: Cada vez é mais difícil encontrar fotos como esta na Internet. Não porque isto já não acontece, mas porque há um lado oculto da tauromaquia que está a deixar de ser exibido (por censura por parte das organizações defensoras da tauromaquia).
Fonte: https://www.facebook.com/antitouradas/photos/a.215152191851685/3290179467682260/?type=3&theater
Mas a ignorância é a mãe da estupidez. Sempre foi, em tudo.
Quem, ontem, vandalizou a estátua do Padre António Vieira, erguida no Largo Trindade Coelho (Bairro Alto - Lisboa), além de vândalo(s) é (são) ignorante(s) ao mais alto grau.
É no que dá os governos menosprezarem o ESTUDO DA HISTÓRIA, que querem apagar, por motivos dos mais estúpidos, até porque a Humanidade tem uma História, e goste-se ou não das barbaridades que se cometeram, em nome dos homens ou em nome dos deuses, elas existiram, e têm de ser recordadas para que as gerações futuras não as repitam, se bem que haja quem não consiga aprender o mínimo dos mínimos.
E uma coisa é erguer-se estátuas a indivíduos que na sua época foram “heróis”, outra coisa é perpetuar a memória dos actos que esses "heróis" cometeram contra a Humanidade, e isso faz-se através do estudo da História, sem a apagar e não a lendo à luz dos valores do século XXI d. C. Num futuro muito longínquo, isto é, se houver futuro, talvez os "heróis" do nosso tempo também sejam desconsiderados e anulados pelos crimes cometidos contra os seres humanos, contra os seres não-humanos e contra o Planeta.
Não foi o caso do Padre António Vieira, que ergueu a sua voz contra os colonos europeus, e dedicou a sua vida aos escravos, aos negros e aos indígenas brasileiros.
E a National Geographic, num texto escrito em Bom Português, dá-nos uma pequena lição de História, acerca do padre António Vieira, que qualquer um, que esteja interessado, pode aprofundar com a ajuda de uma Enciclopédia.
Espero que os nossos governantes tenham aprendido alguma coisa, com este triste episódio, e tratem de incluir, no currículo escolar, o estudo da História, e não apenas pedaços da História, que mais convêm a quem não tem uma visão global da Humanidade e do seu percurso, para que possamos ter um futuro livre de um vírus chamado estupidez, que anda a atacar países como os EUA e o Reino Unido e, ao que parece, Portugal também.
«Padre António Vieira, defensor dos Índios»
A descoberta do Brasil provocou o choque entre duas culturas em diferentes estados de evolução. Entre conquistadores e conquistados, a voz do padre António Vieira ergueu-se contra os abusos dos colonos europeus.
Nasceu em Lisboa em 1608 e viajou muito novo com a família para São Salvador da Bahia.
Com 15 anos, iniciou o noviciado na Companhia de Jesus e, aos 26, foi ordenado sacerdote. Na hora de fazer os votos, Vieira terá acrescentado um quarto voto especial: o de dedicar a sua vida aos escravos, negros e índios do Brasil.
Com a Restauração, viajou para Lisboa e permaneceu na Europa durante os 11 anos seguintes. Tornou-se Pregador de Sua Majestade, confidente e amigo pessoal de Dom João IV, e os seus sermões cedo causaram sensação na capital. Em Novembro de 1652, o padre António Vieira trocou a vida cortesã da Europa pelas paragens remotas da selva amazónica, onde viu a oportunidade de realizar a sua verdadeira vocação num território que via os escravos, os índios e os negros como a sua principal riqueza.
Nove anos depois, o conflito com os colonos atingiu um ponto insustentável. Vieira foi expulso com os jesuítas do Maranhão e embarcado à força para Lisboa. Os índios perdiam um dos seus mais fervorosos defensores.»
Fonte:
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«Repondo alguns factos históricos:
Sinceramente, até desconfio que quem vandalizou a estátua do Padre António Vieira, em Lisboa, foram os neonazis do "Bosta!" para incendiar os ânimos (uma técnica típica neonazi...); mas, seja como for, é importante repor aqui os factos históricos.
António Vieira foi um pensador muito avançado para o seu tempo. Não era um colonialista, até foi expulso do Brasil por se opor aos colonos, ao modo como escravizavam e oprimiam os ameríndios e os africanos, e pregou e escreveu copiosamente contra a escravatura. Foi também perseguido pela Inquisição por ter uma visão de síntese espiritual inclusiva e multicultural que se opunha ao anti-semitismo e anti-islamismo do 'santo ofício' português.
Em suma, se há uma figura histórica portuguesa que em absoluto não merece o rótulo de colonialista e esclavagista é precisamente o Padre Vieira.
É preciso afirmar aqui que, se fosse vivo, António Vieira, homem vertical e corajoso, estaria pregando e escrevendo contra o fascismo, o nacionalismo, o racismo e o monoculturalismo do extremismo ideológico.
Portanto, os neofascistas nacionalistas que tenham o pudor de não instrumentalizar essa figura que se situa nos antípodas da sua miserável visão fanática monocultura racista.
E os activistas anti-racistas que aprendam História, e canalizem a sua energia para o futuro, apreendendo as lições da História que nos diz que quem gosta de apagar, decapitar e vandalizar vestígios do passado são precisamente os fascistas... Não é através do niilismo destruidor que algo de evoluído e benéfico poderá ser construído. Os fins não justificam os meios; os meios devem já em si prefigurar os fins que desejam.
Ainda umas palavras sobre o derrube e decapitação de estátuas em vários países na esteira de 'protestos' ‘anti-racistas’.
O passado não pode, ou deve, ser apagado, seus aspectos negativos devem ser ultrapassados aqui e agora dentro do Espírito humano, criativamente e construtivamente sublimados e transmutados, apreendendo as suas lições, e evoluindo através delas.
A História é o longo percurso de aprendizagem da espécie humana, percurso feito de muitos erros e horrores, mas um caminho que também possibilitou que paulatinamente ideias luminosas como os direitos humanos, a democracia, o multiculturalismo, o universalismo, o anti-racismo, a inclusão, pudessem expandir-se e enraizar-se. Não deitemos fora o bebé com a água suja do banho!
Viva o exemplo espiritualista luminoso do Padre António Vieira! Abaixo todos os extremismos! Todos os fascismos (que existem em ambos os extremos ideológicos)!
Paz e Unidade!
Miguel Santos»
Fonte:
«O desespero destes tristes autodenominados "artistas", marginalizados pela maioria dos que fazem das artes, da criatividade e do talento o seu ganha-pão, é tal que decidiram expor-se da forma mais ridícula e ultrapassada que só as suas mentes limitadas conseguiram (…)»
Um texto de Teresa Botelho no Blogue Retalhos de Outono.
Toureiros acorrentados, fazem pose em frente ao campo pequeno...
Imagem: Farpas Blogue
Por Teresa Botelho
«Vivemos tempos difíceis e inesperados!
A confiança que adquirimos ao longo dos tempos e a catadupa de novas descobertas científicas, tornou-nos afinal tão ignorantes que não nos deixou sequer imaginar que a Natureza nos iria penalizar com um vírus misterioso e incontrolável que nos limitaria as liberdades mais básicas, despertando em cada um de nós o medo e varrendo o mundo de cima a baixo!
A destruição e o desrespeito tocou o insustentável e este Planeta, outrora azul, tornou-se cinzento, após todos os avisos que nos enviou, mas que sempre recusámos ver.
Destruímos espécies animais, florestas, ecossistemas, derrubámos e ocupámos tudo o que encontrámos pela frente, poluímos os oceanos e envenenámos o ar, transformando a nossa espécie, numa feroz predadora, empenhada em aniquilar-se a si própria através de selecções raciais, étnicas e especistas.
Mas será que um simples vírus invisível nos irá ensinar alguma coisa?
Acreditar em boas intenções, não é coisa que se encontre ao virar da esquina e até o Pai Natal, se calhar já comeu as renas, e prefere agora cruzar os céus de avião...
É evidente que o que agora interessa, é domesticar este vírus, sem pensar em qualquer outro, mais feroz que possa aí aparecer, retomando a vidinha de antes, porque a economia assim o dita e as tradições também...
Portugal que é afinal o país que aqui nos interessa analisar, fechou-se, tentando agora reabrir com máscaras e desinfectante, mas será que andar de máscara, consegue ocultar o íntimo de quem a usa, ou a desinfecção compulsiva é suficiente para limpar a baixeza dos sentimentos de quem sempre fez da tortura o seu espectáculo e desporto favorito?
É sem sombra de espanto que se continua a verificar a ausência de qualquer aprendizagem, a continuação dos argumentos batidos e a pouca noção do ridículo que caracterizam uma certa fasquia menor do nosso povo!
Este vírus que afinal, fez questão de só infectar animais humanos, conseguiu a proeza de salvar as centenas de touros que durante alguns meses iriam divertir, à custa das suas vidas e do seu sangue, muitas sanguessugas ávidas dessa aberração a que chamam "arte"!
O desespero destes tristes auto denominados "artistas", marginalizados pela maioria dos que fazem das artes, da criatividade e do talento o seu ganha pão, é tal que decidiram expor-se da forma mais ridícula e ultrapassada que só as suas mentes limitadas conseguiram, mas perante esta comédia de protagonistas de meia tigela, talvez este fosse o tempo dos nossos governantes pensarem que urge dignificar a verdadeira cultura, tão premente nos dias que passam para os portugueses, cada vez mais afastados dela, entre populismos baratos, futilidades, pobreza e profundas lacunas de literacia.
"A educação não transforma o mundo.
Educação muda as pessoas.
Pessoas mudam o mundo"
Paulo Freire (inesquecível amigo dos serões de Bissau)»
Fonte:
«Tantas mentiras no programa "Crise na Arena", CMTV.
Fiquem com esta: As touradas são o espectáculo[como se torturar Touros fosse um “espectáculo!] "que mais público arrasta" a seguir ao futebol!»
Isto será para rir?
De acordo com o Grupo Marinhenses Anti-touradas «ontem, o programa CRISE NA ARENA voltou a estar em destaque, desta vez no Notícias CM (Ep. 159). É dito, durante o programa, que a indústria tauromáquica vai apostar na transmissão de um maior número de espectáculos tauromáquicos. A probabilidade de a CMTV começar a emitir touradas é grande. A transmissão televisiva de touradas beneficia a tauromaquia, nomeadamente pelo dinheiro que é pago à indústria tauromáquica.»
Bem, então temos a CMTV ao serviço da mentira e da incultura.
As touradas são uma prática (não um espectáculo) bárbara, cruel, violenta, grosseira, sanguinária, estúpida e assente na mais gigantesca ignorância, que uma minoria (conforme se vê na imagem) ainda sustenta, porque há quem já nasça com o cérebro mirrado, e não consegue, de modo algum, evoluir. O que vale são poucos.
E a CMTV acompanha essa incultura, essa involução, tornando-se um nefasto veículo da estupidez tauromáquica, que assenta na tal gigantesca ignorância. Um canal televisivo que presta um péssimo serviço a Portugal, aos Portugueses e à CULTURA CULTA.
Fonte: https://www.facebook.com/antitouradas/photos/a.215152191851685/3274148095952064/?type=3&theater
O "10 de Junho" de 2020 vai ser recordado (não celebrado) no Mosteiro dos Jerónimos, apenas com oito presenças: presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro; presidentes do Tribunal Constitucional, do STJ, do STA e do Tribunal de Contas; e o Cardeal Tolentino de Mendonça.
E Marcelo Rebelo de Sousa explica: «O 10 de Junho será como achei que deveria ser o 25 de Abril e o 1.º de Maio”.
Será? Eu faço outra leitura desta “celebração” minguada.
Vejamos.
No 10 de Junho (data da morte de Luís Vaz de Camões, em 1580) celebra-se (ou devo dizer celebrava-se?) o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, mas também o Dia da Língua Portuguesa, da nossa Língua Mãe, da original, da europeia – a Língua de Camões - que transferiram para 5 de Maio, para ser o Dia (Mundial) da Língua Portuguesa, começando logo aqui o desvirtuamento desta lembrança.
O que os Portugueses celebravam (não celebram mais) no 10 de Junho era um Portugal que está a perder (se é que já não perdeu) a sua identidade linguística e cultural, ao alienar o seu mais precioso Património Cultural Imaterial - a sua Língua Portuguesa - porque uma Língua também é a sua ortografia, e esta anda por aí mutilada, esfarrapada, depauperada, afastada das suas origens indo-europeias, transformada no dialecto (=variante) de uma ex-colónia (Brasil). O que anda por aí mal escrita e mal falada já não é a nobre e celebrada “Língua de Camões”, mas tão-só uma mixórdia ortográfica e verbal, de que milhares de Portugueses, dentro e fora de Portugal (nas tais Comunidades Portuguesas), se envergonham.
Ó Tágides minhas, que me inspirais estas palavras, dizei-me o que há para celebrar neste dia 10 de Junho, no Mosteiro dos Jerónimos, onde descansam os imortais poetas Luís Vaz de Camões, Alexandre Herculano e Fernando Pessoa, que souberam honrar Portugal, espalhando a glória dos seus feitos e da sua Poesia, por esse mundo onde os Portugueses se abancaram?
Ó Tágides minhas, dizei-me que espécie de homens são estes, que entrarão no Templo e, diante dos túmulos destes imortais, soltarão ao vento vãs palavras, eivadas de vil hipocrisia, quando dos seus actos fazem atos, sem qualquer sentido, desonrando, desta forma, a memória de quem dignificou Portugal, com feitos valorosos.
O 10 de Junho já não é o Dia de Portugal, mas de um País cujos governantes o venderam por trinta dinheiros.
O 10 de Junho já não é o Dia de Camões, pois para o ser, os que vão aos Jerónimos não deviam fazer-de-conta que o celebram, pois se só o desonram, ao desonrarem a Língua que ele representa, e sabemos como o presidente da República de Portugal, a desonra, na sua página oficial!
O 10 de Junho já não é o Dia das Comunidades Portuguesas, porque a identidade portuguesa está a desmoronar-se como um castelo de areia, construído junto à língua das ondas, na orla das águas, das praias do Oceano Atlântico…
O 10 de Junho já não é o Dia da Língua de Camões, porque essa está a aguardar que a libertem dos calabouços do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, onde a mantêm impiedosamente cativa.
E é essa Língua Cativa, que me mantém activa, por isso, celebro-a, todos os dias, neste Lugar, onde a Língua Portuguesa chora e clama para que a libertem, e o 10 de Junho possa ser celebrado com a dignidade que merece.
Belíssimo poema de Camões, eternizado por um outro imortal português, Zeca Afonso, nesta belíssima balada.
Esta é a NOSSA CULTURA, a que devia ser celebrada, no 10 de Junho. Não a queiram esmagar.
Isabel A. Ferreira
Em resposta à questão de André Silva, deputado do PAN - Pessoas - Ambiente - Animais, o primeiro-ministro António Costa, deixou claro que o Governo não tenciona dar nenhum apoio extraordinário à tauromaquia, apesar das tentativas infrutíferas desta indústria e das reuniões secretas com o Presidente da República! 🙌
Todos nós, que pugnamos por uma sociedade mais humana, mais culta, mais civilizada, onde a violência e a crueldade contra animais não-humanos não tenham lugar, ficaremos atentos, esperando que o nosso primeiro-ministro mantenha a palavra. E, já agora, não basta não dar apoios extraordinários (até porque os ordinários continuam a ser dados) é preciso abolir, definitivamente, esta prática onde a brutalidade impera, para que não se continue a violentar os bovinos, privadamente, como a seguir se contará.
(Ver, mais abaixo, o vídeo onde André Silva questiona António Costa).
Tentas ilegais privadas
Pedimos desculpa pela imagem, mas há ainda quem pense que os touros têm uma vida de luxo no campo, o que não é verdade. Esta imagem foi captada numa "tenta" realizada na Herdade Monte Cadema no passado dia 30 de Maio de 2020, onde vários animais foram sujeitos às agressões de bandarilhas e da vara dos picadores. Todos os anos, à porta fechada, os criadores de touros de lide fazem este tipo de práticas na ilegalidade e longe dos olhares do público. A isto juntam-se os treinos dos cavaleiros [montadores de cavalos] tauromáquicos, bandarilheiros e forcados.
É mentira que estes animais sejam muito bem tratados no campo como nos tentam fazer crer.
Uma vergonha para Portugal e para o mundo. (Plataforma BASTA)
(fonte: Farpas blogue)
https://www.facebook.com/Basta.pt/photos/a.472890756075069/3251608991536551/?type=3&theater
Para complementar a informação, sugere-se a consulta deste link, onde o médico-veterinário, Dr. Vasco Reis, conta os horrores desta prática bárbara:
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/a-tourada-vista-por-um-medico-814909
Esta é "fresquinha":
Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3266240090076828&set=p.3266240090076828&type=3&theater
Na passada segunda-feira, na TVI (Jornal das 8, do qual é editor) Miguel Sousa Tavares considerou uma «incoerência total» o retomar de todas as actividades culturais, à excepção da tortura de Touros (vulgo tauromaquia), logo no dia em que, cerca de uma centena de torturadores de touros (não lhes chamem artistas porque insultam e espezinham os verdadeiros artistas) se manifestaram em frente ao campo pequeno, contra a não abertura às bárbaras práticas tauromáquicas, de que aquele recinto é a catedral, em Lisboa, antes do início do primeiro de dois espectáculos do projecto Deixem o Pimba em Paz, de Bruno Nogueira e Manuela Azevedo.
E o Miguelito, que também é caçador, saiu-se com esta: «Eu não entendo como é que hoje e amanhã vai haver um concerto para duas mil e tal pessoas e não pode haver uma tourada. É um espectáculo igual. Como é que, mantendo as distâncias, pode haver um concerto e não pode haver um espectáculo que é uma tourada que se passa na arena? Não consigo perceber» acrescentando que «só há uma justificação: a perseguição às touradas continua».
Pois continua, Miguelito, primeiro porque as touradas não são um espectáculo, mas tão-só uma prática bárbara e medieval. A ser um “espectáculo” será simplesmente um “espectáculo macabro”, que não faz parte da civilização humana. Segundo, porque enquanto esta nódoa negra manchar o bom nome de Portugal, no mundo, haverá vozes que se levantarão contra as touradas, que são coisa de um passado que já passou há muito.
Por causa destas suas declarações, Miguel Sousa Tavares foi arrasado nas redes sociais, pois as suas pobres e tristes palavras, desadequadas na boca de um intelectual, não foram bem aceites por quem as ouviu. E o resultado foi este:
Mas o Miguel Sousa Tavares ainda está na TV porquê…?; Ontem Miguel Sousa Tavares voltou com a lengalenga das touradas serem cultura. Isto a propósito do espectáculo no Campo Pequeno do Bruno Nogueira. Tudo o que proporcionar, sofrimento e sangue não engrandece um país, simplesmente amesquinha os mais fracos. Que besta quadrada!; Eu não suporto o Miguel Sousa Tavares, o homem acabou de dizer que não percebe o porquê de abrirem o campo pequeno para concertos e para touradas não; O Miguel Sousa Tavares calado era poeta. Ele diz que é contraditório serem permitidos concertos e não serem permitidas touradas. Eu também acho contraditório existir uma lei que condena os maus-tratos a animais e ainda existirem touradas; Miguel Sousa Tavares, por favor não comparares um concerto a uma tourada, porque não são coisas comparáveis. Entendo a lógica da distância social e tal, mas não touradas não é cultura; Nós no meio de uma reabertura por causa da pandemia e o que Miguel Sousa Tavares tem a dizer em primeiro lugar é que há uma perseguição às touradas.
Também Nuno Markl se juntou às vozes do protesto, e no seu Instagram arrasou o Miguelito, que é muito boa pessoa, mas tem um monumental defeito, tal como todas as boas pessoas têm os seus defeitos, mas não tão monumentais. E o maior defeito dele é achar que torturar seres vivos é arte e cultura e um “espectáculo” IGUAL ao do Bruno Nogueira, sim, porque o Bruno Nogueira fartou-se de espetar bandarilhas em Touros e o sangue escorreu pelo chão do campo pequeno.
Nuno Markl achou que, mantendo as distâncias era óptimo, logo a começar pela distância entre o toureiro e o touro… Pediu «calma» a Miguel Sousa Tavares, e acrescentou que «de certeza [ou não] que o sangue já volta a correr. Mas, depois destes meses, não é egoísta querer que uma tradição [tradição, não, costume bárbaro] que é só para alguns se sobreponha a uma arte que é para todos?».
Enfim, enquanto, em Portugal, não se entender que as touradas não fazem parte do rol dos espectáculos civilizados; e os toureiros, forcados e afins não são artistas, mas tão-só torturadores/carrascos de Touros, as vozes dos que pugnam por uma sociedade mais humana, mais culta e mais civilizada far-se-ão ouvir por aí…
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia:
São pelo menos cinco os cavalos de raça garrana que estarão em risco de ser abatidos por ordem da Reitoria da Universidade de Lisboa. Tratam-se de exemplares daquela raça portuguesa autóctone, com registo genealógico e que viverão no terreno daquele instituto desde há 30 anos e de que a reitoria se quererá “livrar”, de acordo com uma denúncia que chegou ao conhecimento do grupo parlamentar do PAN – Pessoas-Animais-Natureza.
Origem da imagem: Internet
Face à denúncia, o PAN deu entrada de uma pergunta aos ministérios da Agricultura e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior com vista a procurar obter esclarecimentos sobre a situação reportada e a exigir, no caso de se confirmarem os termos da denúncia, o cabal cumprimento da lei e o respeito pelo bem-estar destes animais.
“Foi com muita perplexidade que recebemos esta denúncia, para mais, por visar uma instituição de ensino superior, que dá nota da intenção do Instituto Superior de Agronomia em retirar os cavalos que sempre residiram nas instalações e encaminhá-los para abate. De acordo com os elementos que nos foram transmitidos, esta é uma situação que, a concretizar-se traduz-se num péssimo exemplo por parte da reitoria quanto ao respeito pela vida animal e pelos valores que juridicamente são hoje reconhecidos pelo nosso ordenamento jurídico, poderá”, afirma a líder parlamentar e deputada do PAN, Inês de Sousa Real. “É profundamente lamentável que nos cheguem diariamente notícias dando nota de maus-tratos, seja contra animais seja contra pessoas”, acrescenta.
O PAN pretende ainda saber que destino terão os animais em causa, de forma a que o seu bem-estar e dignidade possam ser acautelados, questionando quer a decisão de abate, quer a não manutenção dos animais no local que foi durante 30 anos a sua casa, animais que são também uma referência para os alunos e funcionários que passaram pelo estabelecimento de ensino ao longo destes trinta anos. Em matéria animal, o grupo parlamentar do PAN tem vindo a apresentar várias propostas no Parlamento com vista a contribuir para uma desejada mudança de mentalidade e de comportamento das pessoas quanto à forma como estes seres são tratados.
Apoios para quê? Se estes acorrentados e todos os outros que não se acorrentaram têm actividades que lhes garantem o sustento para todo o ano, graças aos gordos subsídios que o Estado vai retirar aos impostos pagos por quem realmente trabalha, para os entregar de mão beijada aos parasitas que vivem à tripa forra, e se passeiam, por aí, em Ferraris e Porches à custa do trabalho do Povo?
Apoios para quê? Para irem torturar seres indefesos e divertirem sádicos e psicopatas?
Fonte da imagem (Prótouro) com texto para ler:
https://protouro.wordpress.com/2020/06/01/tauricidas-birrentos-acorrentam-se-a-catedral-da-tortura/
Os verdadeiros artistas deviam recusar-se a actuar neste recinto, enquanto ali se torturarem seres vivos; enquanto aquele campo não fosse limpo do lixo tauromáquico lá acumulado há 128 anos, ainda era vigente a monarquia.
Mas nem todos têm a percepção de que actuando num local impregnado do cheiro a sangue, derramado através da tortura de bovinos, do cheiro a bosta, a urina, a suor, a álcool, do cheiro a desumanidade, estão a contribuir para a manutenção dessa desumanidade. E o cheiro da desumanidade é o mais fétido de todos os cheiros.
E apesar de já não sermos uma monarquia, não devemos esquecer que a tauromaquia foi criada no seio da monarquia espanhola, e depois trazida para Portugal pelos Reis Filipes, de má memória, para entreter suas altezas, pouco dotadas de inteligência e nada dadas à cultura culta, mas também para entreter um povo a quem se dava pão e circo (neste caso touradas) para o manter alienado dos reais problemas da monarquia.
Apesar de já não vivermos nesse tempo, onde reinavam as trevas e a mais profunda ignorância, teima-se em manter esta prática medievalesca, desadequadíssima aos tempos hodiernos. Porquê?
Nesse tempo das trevas, os toureiros eram considerados artistas, porque o conceito de ARTISTAS não existia tal como o vemos hoje, não estava ligado às ARTES, mas sim, e num sentido figurado, a criaturas tidas como finórias, manhosas, impostoras… Porque quem vê na tortura de um Touro arte e cultura, só pode ser tudo isso, enganando, desse modo, os ceguinhos…
Porque o termo ARTISTA significa simplesmente isto: uma pessoa que pratica uma das belas-artes, especialmente uma das artes plásticas ou dos seus prolongamentos actuais; uma pessoa que interpreta uma obra musical, teatral, cinematográfica, coreográfica; uma pessoa que, dedicando-se a uma arte, se liberta das pressões burguesas; uma pessoa que tem ou exprime o sentimento da arte, que ama as ARTES, que tem gosto artístico, o sentimento do BELO.
E o que são ARTES?
São isto:
Produção de obras, formas ou peças orientadas por um ideal estético ou com o objectivo de expressar subjectividade ou transmitir um conceito ou uma mensagem (ex.: arte dramática; arte poética; arte da pintura). Conjunto das artes plásticas; totalidade das manifestações artísticas de um determinado período ou região (ex.: arte renascentista; arte italiana do século XV); enfim, por muito que procuremos, com uma lupa de longo alcance, não encontramos em parte alguma a tauromaquia (= tortura de Touros = bovinos torturados desde que nascem, para serem “bravos” = os seja, para se defenderem dos seus carrascos = toureiros e forcados) ligada às Artes ou à Cultura.
Porque CULTURA é isto: aplicação do espírito a (determinado estudo ou trabalho intelectual); instrução, saber, apuro; perfeição… E aqui também não encontramos nada que se harmonize com a TORTURA de Touros.
Naquele tempo, em que os monarcas, os imperadores se divertiam a ver torturar seres vivos, quer fossem humanos ou não-humanos, a CULTURA era uma miragem para 99% da população. Havia uma minoria, tão minoria que nem sequer contava. Contudo, foi essa minoria, a guardiã da Cultura CULTA, que a preservou para os vindouros. E nessa preservação não consta a “arte nem a cultura tauromáquicas”, porque esse conceito era da ignorância, não era do SABER.
O tempo foi avançando, e o que era “cultura e arte” para os ignorantes, revestiu-se de luz, e hoje nada tem a ver com tortura, com violência, com crueldade, com o sangue derramado de animais sencientes e indefesos.
A Covid-19 só veio evidenciar essa abismal diferença.
A Espanha, berço desta actividade bárbara, está arecusar-se a apoiar a tortura de Touros, pois seria desviar dinheiros necessários para apoiar ACTIVIDADES HUMANAS, e os verdadeiros ARTISTAS, a verdadeira CULTURA. Seria um insulto à Humanidade apoiar os torturadores de Touros.
Não queira Portugal continuar, na cauda do mundo, quando se trata de EVOLUIR.
Actualmente, os toureiros e os forcados não são artistas, tão-só são torturadores de Touros, e a tauromaquia nada tem a ver com Cultura, mas com um costume bárbaro que já não encaixa no século XXI depois de Cristo, e que apenas oito países (três deles europeus) entre 196, ainda mantêm.
Este é, pois, o momento certo para acabar, de uma vez por todas, com este delírio macabro, e dar um salto para a Evolução. Assim saiba agir quem tem a faca e este queijo na mão.
Isabel A. Ferreira