Terça-feira, 30 de Abril de 2019

Para recordar: uma entrevista antiga e retrógrada de Paulo Rangel, candidato do PSD às “europeias”

 

É preciso saber em quem NÃO SE DEVE VOTAR, por recusar a evolução de Portugal.

Só um animal inferior se sente superior aos outros animais.

Superior em quê? Nas iniquidades que comete contra os da sua espécie, contra os das outras espécies, contra o meio ambiente, contra o Planeta? Contra TUDO o que DIGNIFICA a Humanidade?

«Caso o passar do tempo tenha apagado de algumas memórias a famosa entrevista do Paulo Rangel ao Jornal Sol, no dia 25 de Outubro de 2008, quando era Líder Parlamentar do PSD, aqui vão algumas das afirmações deste Euro Candidato onde ele se revela no seu melhor…» (Rui Silva)

 

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"Não faz sentido haver um Dia dos Animais."

 

"Os animais merecem protecção, mas não são titulares de direitos."

 

"Não são eles que têm esse direito de ser bem tratados e protegidos. Nós é que temos essa obrigação."

 

"Para mim essa é uma concepção errada (a de que os animais devem ter direitos). Acho que só as pessoas devem ser titulares de direitos."

 

"Os animais sofrem, mas não sofrem como nós."

 

"A caça ou as touradas, enquanto tradições com determinadas características e determinados limites, são toleráveis. Fazem parte da Cultura."

 

"Muitas tradições não acabaram e estas (caça e touradas) são daquelas que para mim não devem acabar."

 

"Faço uma separação ontológica entre as pessoas e os animais."

 

"Num contexto cultural devidamente integrado, certas tradições (como a caça e as touradas) – ainda que possam chocar algumas pessoas – são admissíveis. É a minha posição."

 

"Não sou contra a exibição de touradas na RTP."

 

"Desde que devidamente contextualizado, a transmissão de touradas pela RTP (ainda que expondo crianças às imagens de violência), não vejo nisso qualquer problema."

 

"A menos que esteja em causa a extinção de espécies, não acho mal a utilização de peles para confecção de vestuário."

 

"A dignidade humana é um valor superior ao da dignidade dos animais. O Homem é ontologicamente diferente dos restantes animais."

 ***

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:32

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“GAME OVER” PARA OS TAURICIDAS: EM QUITO, A PRAÇA DE TOUROS DE BELMONTE ENCERROU DE VEZ E NÃO MAIS VERÁ UM TOURO!

 

No Equador evolui-se…

 Em Portugal continua-se a levar cornadas, nas arenas.

Os Touros estão a despertar e a fazer mossa, neste início de temporada. Que assim continuem, pode ser que despertem os seus carrascos e os governantes portugueses,  para a necessidade de evoluírem.

Os partidos políticos portugueses, à excepção do PAN, estão-se nas tintas para a evolução de Portugal, no que respeita à selvajaria tauromáquica.

Pensem nisto!

 

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Ler a notícia aqui:

https://alminuto.info/2019/04/25/game-over-para-los-taurinos-plaza-belmonte-no-vera-un-toro-mas/?fbclid=IwAR0mTolCBnGTJdPC8C7TdOcmRMSOcYh-Od3QNqOEGtX6F54p-gu6myKUHkg#.XMXZsF1QDjU.facebook

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:09

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Segunda-feira, 29 de Abril de 2019

«A tauromaquia é a acção de um psicopata activo para deleite de psicopatas passivos»

 

No dia 25 de Abril, a Assembleia da República celebrou, hipocritamente, a destituição da ditadura fascista, que sempre teve nas touradas o seu circo maior.

 

No dia 26 de Abril, a mesma Assembleia celebrou a iniquidade tauromáquica (introduzida em Portugal pelos monarcas filipinos espanhóis) ao aprovar o voto de pesar pela morte do torturador de Touros, Ricardo Chibanga, como se torturar Touros e Cavalos, nas arenas portuguesas, fosse uma actividade humana e louvável.

Com políticos destes, dificilmente Portugal avançará para a Civilização.

 

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A proposta de tal voto de pesar, por alguém que fez aos outros o que não gostaria que lhe fizessem a ele (ainda que esses outros fossem não-humanos, animais como ele) só podia ter partido do partido troglodita CDS-PP e, por incrível que pareça, o Bloco de Esquerda e o Partido Ecologista «Os Verdes» (que se dizem anti-tourada), abstiveram-se, bem como o deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira. PS, PSD e PSP, votaram a favor, e o único voto contra foi o do PAN.

 

Homenagear torturadores de Touros na Assembleia da República (ou será Assembleia da Monarquia, dos Marialvas, dos Trogloditas?) é uma Vergonha Nacional, e os Partidos políticos que para isto contribuem também são uma Vergonha Nacional.

 

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A Assembleia da República, reunida em plenário, apresenta sentidas condolências à família, mulher, filha e neto e aos amigos e admiradores de Ricardo Chibanga”, refere o voto dos democratas-cristãos.

 

Fonte Vergonha Nacional:

https://www.facebook.com/VergonhaNacional/photos/a.1218268481549138/2782900828419221/?type=3&theater&ifg=1

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:38

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Sexta-feira, 26 de Abril de 2019

CÂMARA DOS DEPUTADOS DO BRASIL APROVA REQUERIMENTO PARA DISCUTIR A REVOGAÇÃO DO AO90

 

O requerimento para a realização de uma Audiência Pública com o objectivo de se discutir a revogação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, apresentado à Câmara dos Deputados do Brasil, pelo Dr. Jaziel Pereira de Sousa, deputado brasileiro do Partido da República (ver vídeo), e subscrito pela deputada Paula Belmonte, do partido Cidadania, foi aprovado pela Comissão de Educação daquela Câmara.

 

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Finalmente, os esforços que o Movimento em Prol da Língua Portuguesa (MPLP) tem vindo a desenvolver, há bastante tempo, junto de diversas entidades, incluindo entidades brasileiras, parece estar a dar os seus frutos.

 

Sempre dissemos que a revogação do AO90 teria de vir de fora, porque, em Portugal, desde 2011, a Racionalidade e a Inteligência não fizeram ninho.

 

 

O requerimento, com o número 119/2019 da 1ª Sessão Legislativa Ordinária da 56ª Legislatura, fundamentado no Art.º 255 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, diz o seguinte: «Após uma década de efetividade [do acordo ortográfico], o presidente Jair Bolsonaro expressou a possibilidade de revogação desse Acordo. Antecipando o debate sugiro essa discussão aqui na Câmara dos Deputados para elaboramos uma proposta de Lei que altere esse Decreto».

 

Mais dia menos dia, isto já era de esperar.

 

Já são longos os anos em que o Brasil (que tem ainda um índice de analfabetismo muito considerável) e Portugal (igualmente com o índice de analfabetismo mais elevado da Europa) andam em bolandas por causa da Língua que, no Brasil, nem é Portuguesa, nem Brasileira, designam-na por “Português Brasileiro”, mais Brasileiro do que Português, devido à deslusitanização da Língua, e que, em Portugal, actualmente, também não é portuguesa, nem brasileira, mas uma “mixórdia ortográfica”, assente num pseudo-acordo ortográfico, que é o maior desacordo de todos os tempos, e que não interessa a nenhum país dito lusófono, e isto não é favorável nem ao Brasil, que não tem uma identidade linguística própria, nem a Portugal, que está a perder a sua identidade, com a introdução da grafia especificamente brasileira, que também não interessa aos restantes países de expressão portuguesa, nomeadamente aos africanos, que se recusam a aceitar tal “acordo”. Recorde-se aqui o que diz a Academia Angolana de Letras: DECLARAÇÃO DA AAL – ACADEMIA ANGOLANA DE LETRAS – SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA DE 1990

 

Porquê manter um acordo ilegal e inconstitucional (em Portugal), o qual, na verdade é um Tratado Internacional entre oito países de expressão portuguesa, regido pela Convenção de Viena, tendo esta sido violada por Portugal, assim como a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural e Imaterial (CSPCI), da UNESCO, e que não beneficia o chamado “mundo lusófono”, que de lusófono já quase nada tem, simplesmente porque cada ex-colónia tem a sua especificidade e diversidade linguística, que se deve manter, para garantir a identidade dos países que constituem a CPLP, que devia ater-se apenas aos negócios, e não acrescentar a estes, a negociata da Língua. Para mais detalhes sobre esta matéria, sugiro a leitura do texto «O NEGÓCIO DO ACORDO ORTOGRÁFICO», onde se conta como Antônio Houaiss, passando por Inácio Lula da Silva, se enredaram nessa negociata obscura, chamada Acordo Ortográfico de 1990 (AO90) que Portugal acolitou, e que acabou por não dar certo, só prejudicando o Brasil e a Língua Portuguesa, arrastando os restantes países lusófonos para esse brejo.

 

Além de se ter falhado redondamente, naquilo que era a principal justificação para o AO90 a unificação ortográfica, absolutamente impossível de concretizar, não só nos países de expressão portuguesa, como também em outros países, de outras expressões linguísticas.

 

Veja-se que na Commonwealth of Nations, constituída por 53 países que, à excepção de Moçambique (antiga colónia do Império Português), Ruanda (antiga colónia do Império Belga) e Namíbia (antiga colónia do Império Alemão), faziam parte do Império Britânico, do qual se separaram, tornando-se, de facto, independentes, e cujas línguas oficiais é o Inglês, nunca houve necessidade de fazerem “acordos ortográficos” para unificar o que é absolutamente impossível de unificar, por que cada país sofreu influências linguísticas e culturais dos diversos e diversificados povos que neles se foram fixando, e dos próprios dialectos indígenas, tal como acontece na CPLP.

 

Não é da inteligência o que está a passar-se na CPLP, com esta imposição da grafia brasileira, que é exclusiva do Brasil. E porque pertence apenas ao Brasil, seria da inteligência, o Brasil libertar-se desta amarra linguística, colonialista, e admitir que tem uma língua própria, com asas para voar longe e livre.

 

Recordo aqui que, na minha qualidade de Jornalista e Escritora   portuguesa, que viveu parte da infância e da adolescência e da juventude, no Brasil, num constante cá e lá, que me obrigou ora a falar e escrever à portuguesa, ora a falar e a escrever à brasileira, até que me fixei em Portugal e tive de aprender o Português, de raiz greco-latina, para poder dar aulas de Língua Portuguesa (a minha primeira profissão), e cedo me apercebi de que vivi em dois países com línguas diferentes, embora a língua do Brasil estivesse tão assente na Língua Portuguesa, como a Língua Portuguesa está assente na Língua Latina.

 

O Brasil, possuindo um riquíssimo léxico, que inclui vocabulário oriundo de diversos povos, e uma Literatura de excelência, tem potencial para seguir o seu próprio caminho, e desligar-se da herança linguística colonial. Tem o direito de ter uma Língua própria, como há muito, linguistas e escritores brasileiros e até gente do povo, vêm, legitimamente, reivindicado.

 

E nós, porque concordamos com essa reivindicação, particularmente eu,   porque aprendi a ler e a escrever Brasileiro, no Brasil, aos seis anos de idade, e quando vim para Portugal, aos oito anos, tive de aprender Português, e depois no meu cá e lá, foi sempre assim, sei, melhor do que ninguém, que o Brasil tem uma Língua especificamente brasileira, na sua fonética, na sua ortografia, no seu léxico, na sua sintaxe, na sua acentuação, e tem todo o direito e está na altura certa, passados 196 anos, desde o Grito do Ipiranga, de adoptá-la como Língua Oficial da República Federativa do Brasil.

 

O MPLP partilha a intenção das autoridades brasileiras discutirem a revogação deste acordo ortográfico, que não serve a nenhum país lusófono.

 

É preciso manter a diversidade linguística, para que realmente haja lusofonia.

 

Os coordenadores do MPLP,

Isabel A. Ferreira e Francisco João da Silva

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:43

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O que é preciso é criar desassossego...

 

Para os que não sabem dos propósitos que me moveram quando optei por agitar consciências (o meu ofício…)

Nenhuma estrutura imperfeita cai, se não for abanada…

 

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Sou uma cidadã portuguesa, livre-pensadora, desassossegada, e avessa à mediocridade e aos medíocres que ocupam cargos de responsabilidade no meu País.

 

Vejo o mundo com um sentimento de esplendor e, frequentemente, ajo dessa forma.

 

Sou possuída por um sentimento de “desejar estar aqui” e fico surpreendida quando os outros não co-participam desse sentimento.

 

Tenho grandes dificuldades em aceitar a autoridade absoluta sem explicações ou escolha.

 

Sou desassossegada. Logo, desassossego. Porque desassossegar é preciso.

 

O marasmo nunca fez avançar o mundo.

 

Eu, simplesmente, nunca farei certas coisas como, por exemplo, ver passar o vento sem entrar na tempestade. Nasci com asas no pensamento e preciso de “voar” para me realizar como pessoa.

 

Sinto-me frustrada com sistemas ritualmente orientados e que não necessitam de pensamento criativo. Como o sistema vigente. Parado num tempo antigo, que me sufoca. Que me esmaga. Que me estrangula.

 

Frequentemente encontro um modo melhor de fazer as coisas, o que me transforma numa questionadora e inconformista com qualquer sistema medíocre que se me apresente pela frente.

 

Por vezes, pareço anti-social, a menos que esteja com pessoas do mesmo tipo que eu. Se, ao meu redor, não existem outras pessoas com o nível de consciência semelhante ao meu, torno-me introvertida e, sentindo-me como se ninguém me entendesse, isolo-me.

 

As multidões incomodam-me. Gosto da solidão. De ficar só. De pensar, criar, idealizar. Sonhar com um mundo ideal, que sei, nunca existirá, porque os homens nunca serão seres perfeitos.

 

Sim, sou sensível, por isso sinto-me esmagada com a espantosa insensibilidade que me rodeia. Tenho um excessivo montante de energia cósmica, que me catapulta para cenários utópicos.

 

Sou bastante intuitiva e trago comigo, desde a nascença, uma perseverante tendência para o idealismo.

 

Distraio-me facilmente e, por vezes, tenho um baixo poder de concentração, mas tal não me arreda do caminho que devo seguir.

 

Sou bastante sensível às Artes, a todas as Artes, à Música, à Pintura, às paisagens grandiosas e sublimes, ao Belo, ao Bom e ao Bem (a Filosofia dos três Bês, que sigo religiosamente); as minhas paixões são História, Música, Religião e Arte, daí não me entender com a mediocridade que é promovida pelo sistema político vigente no mundo, e pelos líderes religiosos de todas as crenças; aprecio conversar sobre Deus (não aquele deus inventado pelo Homem), sobre o princípio do Mundo, sobre a Vida planetária e sobre o Universo e os outros seres que nele vivem. Costumo desenhar figuras exóticas, seres extraterrestres e formas estranhas, provenientes da minha imaginação cósmica.

 

Por isso, reajo mal à estupidez e à ignorância optativa.

 

Preocupo-me bastante com as questões humanitárias; com a fome no mundo; com as guerras, que são a maior prova da irracionalidade do Homem; com os problemas sociais e ambientais, com o uso e abuso dos animais não-humanos, por isso, vivo indignada com o poder podre que governa o mundo e o transforma num Érebo, reino da escuridão inferior, quando poderia ser um Paraíso.

 

Emocionalmente, preciso de estabilidade e segurança por parte das pessoas que me rodeiam.

 

Oponho-me particularmente à autoridade, se esta não for democraticamente orientada, por isso, não aceito ditaduras, nem de esquerda, nem de direita, e muito menos uma democracia opressora, como a que, actualmente, nos tiraniza.

 

É fácil sentir-me frustrada, porque tenho grandes ideais, mas a falta de recursos e de pessoas que me compreendam e acompanhem, por vezes, comprometem o meu objectivo final.

 

A minha aprendizagem faz-se através da explicação e do raciocínio, e resisto à memorização mecânica ou a ser simplesmente “ouvinte”.

 

Não consigo ficar quieta ou sentada muito tempo, a menos que esteja envolvida em algo do meu interesse maior.

 

Sou bastante compassiva, mas abomino os seres desumanos. 

 

Em geral, tenho um autoconceito elevado, não porque me sinta superior a um lagarto, mas porque consigo ver para além do visível, e isso incomoda-me, porque se eu consigo, por que não os que (des)governam o mundo?

 

Não tenho medo das ameaças que me fazem, com o intuito de me desviarem das minhas intenções, dos meus objectivos.

 

Se alguém me diz que estou a proceder mal, mas se eu entendo o contrário, simplesmente demonstro que não sabem o que dizem.

 

E este é o meu mundo pintado de azul. 

 

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E agora que já sabem quase tudo sobre a minha pessoa, espero ter contribuído para uma melhor compreensão daquilo que me propus concretizar, e a certeza de que não desistirei.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:05

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Quarta-feira, 24 de Abril de 2019

Em 45 anos desconstruiu-se o país que o "25 de Abril" tentou construir

 

Os governantes pós-25 de Abril mataram a Revolução dos Cravos. Os sucessivos governos, desde então, sufocaram-na com as cordas da corrupção, das vigarices, da roubalheira, do desgoverno, das falsidades, do desleixo, de condutas terceiro-mundistas, de imposições ditatoriais.

E os cravos de Abril murcharam.

Portugal desconstruiu-se e hoje vive num caos, pendurado no abismo, por um fio de teia de aranha. É a chacota do mundo, que lhe finge amizade, por mero interesse, algo que a cegueira mental não permite vislumbrar.

É urgente uma mudança.

É urgente uma nova Revolução, desta vez, a sério. Sem cravos, sem armas, sem ilusões vãs.

É urgente uma Revolução inteligente, que devolva a Portugal a Dignidade e a Identidade perdidas.

Já não somos Portugal.

 

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Em 25 de Abril de 1974, um grupo de ousados Capitães, que já estão na História como os Capitães de Abril, abriram uma porta para um futuro que se esperava promissor, sem correntes, sem pides, sem o regime opressivo do Estado Novo, sem mentiras, sem qualquer vestígio do passado. Os Capitães de Abril abriram uma porta para as tão ansiadas Democracia e Liberdade.

 

Mas o Poder é uma célula cancerígena corrosiva, que ataca quem ambiciona o Poder apenas pelo Poder. E depressa a ilusão da Democracia e da Liberdade foi abafada pela ganância e pela incompetência dos que iam jurando, por uma honra que neles não habitava, cumprir a missão que lhes era confiada.

 

E Portugal, que se abriu para o futuro, em Abril de 1974, tem vindo a regredir a olhos vistos, e Abril ainda não se cumpriu.

 

O Povo que, por essa altura, estava unido e pensava que jamais seria vencido, foi sub-repticiamente sendo enganado e alienado pelas manobras de diversão que, entretanto, os governantes foram promovendo, com a ajuda de uma comunicação social servilista, até à alienação total.

 

Foi-se desenvolvendo a política do pão e circo, uma política que nasceu no Império Romano, e que consistia no modo como os imperadores romanos lidavam com o Povo, para mantê-lo subjugado à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. A designação panem et circenses, no original em Latim, tem origem na Sátira X de Juvenal, humorista e poeta romano que, no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse pelos assuntos políticos, e só se preocupava com o pão para a boca (hoje, dinheiro no bolso) e com o divertimento.

 

Os tempos são outros, mas a política romana mantém-se, e o Povo só sai às ruas por motivos ligados ao vil metal. Os bolsos mais ou menos cheios e o futebol, as novelas, os reality shows de má catadura, mantêm o Povo amansado, alienado, distante do que é essencial, cego aos jogos políticos que se jogam em São Bento, e nos vão afastando da evolução.

 

E com esta política, acolitada pelo mais poderoso veículo de comunicação social, a televisão, instalou-se de tal modo no País, que o Povo acabou por ser vencido, sem se dar conta, por um Poder fantasiado de uma “democracia”, que esconde uma prepotência pior do que a de Oliveira Salazar, porque esse, ao menos, fazia as coisas às claras, e sabíamos com que contar.

 

Sim, podemos dizer que muitas coisas mudaram, depois de 25 de Abril de 1974.

 

Por exemplo, podemos votar livremente e escolher quem queremos que nos desgoverne.

 

Porém, de que serve o voto livre, se a maioria dos votantes não faz a mínima ideia do que faz, porque não é esclarecida? O padre da freguesia diz na missa: votem naqueles, e eles votam naqueles, sem saberem que aqueles vão para o Governo gerir os interesses dos lobbies e não os interesses do Povo, os interesses do País. Por isso, Portugal é, hoje, o paraíso de povos de várias nacionalidades, que aqui se abancam, podem e mandam e têm mais privilégios do que os Portugueses, e os portuguesinhos aceitam isto passivamente, servilmente, humildemente, parvamente, achando que o que é estrangeiro é que é bom, é que é moderno, é que é bué fixe.

 

Para complicar ainda mais as coisas, o Zé Povinho é adepto dos partidos políticos, como se os partidos políticos fossem o clube de futebol dele, portanto, vota nas cores dos partidos da sua predilecção, ainda que os candidatos possam ser incompetentes, corruptos, mentirosos e vigaristas. Esta parte não interessa ao Povo.

 

E isto não tem nada a ver com Democracia, mas com cegueira mental, ignorância, alienação, seguidismo.

 

As Democracias só funcionam plenamente quando o Povo é maioritariamente esclarecido, informado, instruído, pensante, dotado de espírito crítico. E não estou a referir-me aos canudos, porque os canudos só dão conhecimento específico em determinadas matérias. Um analfabeto pode ser muito mais esclarecido e informado e instruído e pensante e dotado de espírito crítico do que muitos doutores, que por aí andam de gravata ao peito, sendo a gravata a sua única medalha de mérito.

 

Em Democracia, os governantes são meros serviçais do Povo, que lhes paga o salário chorudo que ganham, para (des)governarem o País.

 

Em Democracia, os governantes, sendo nossos serviçais, têm o dever de responder às questões que o Povo lhes coloca, por escrito ou oralmente. Ora acontece que os governantes remetem-se ao silêncio, desprezando os apelos do Povo. Ignorando o Povo. E este desprezo não faz parte da Democracia que, se for verdadeira, o Povo é que é o detentor do Poder.

 

Daí a pergunta: o 25 de Abril entregou-nos uma Democracia a sério?

 

Os cravos de Abril murcharam, e Portugal não avançou para o futuro. Está prisioneiro de políticas retrógradas e de políticos incompetentes, corruptos, vigaristas, sem honra e sem brio, numa vergonhosa subserviência aos estrangeiros.

 

O Portugal hodierno limita-se a Lisboa, Porto, (e vá lá) Coimbra e ao Algarve, onde quem manda são os estrangeiros. O resto é território terceiro-mundista, nomeadamente o interior do País, onde ainda se vive sem água encanada, sem electricidade, onde ainda se passa fome, na maior miséria. Ao abandono total.

 

Eis o que temos para celebrar na passagem dos 45 anos do 25 de Abril (que os servilistas grafam “25 de abril”):

 

- Um país, onde ainda se continua a viver em pobreza extrema, com crianças e idosos a passarem fome.

- Um país, que continua a ter a maior taxa de analfabetismo da Europa.

- Um país dos que menos gasta na Saúde, com um Serviço Nacional de Saúde caótico, onde falta quase tudo, e o aumento da Tuberculose diz do subdesenvolvimento, do retrocesso e da miséria que ainda persistem por aí.

- Um país que empurra para o estrangeiro os seus jovens mais habilitados: enfermeiros, médicos, engenheiros, investigadores, artistas.

- Um país com o terceiro pior crescimento económico da Europa.

-  Um país com a 3ª maior dívida pública da União Europeia.

- Um país cheio de desigualdades sociais, onde os ricos são cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

- Um país cheio de banqueiros e outros que tais ladrões.

- Um país cheio de berardos a jogar ao gato e ao rato com o dinheiro do Povo.

- Um país onde a Justiça ainda é extremamente cara, desigual, lenta e injusta.

- Um país que promove a violência contra animais não-humanos, o que por sua vez gera a violência contra os seres humanos.

- Um país com um elevado índice de violência doméstica.

- Um país com um elevadíssimo número de crianças e jovens em risco.

- Um país que atira crianças para arenas de tortura de animais, e permite que sejam iniciadas em práticas violentas e cruéis, roubando-lhes um desenvolvimento normal e saudável, o que constitui um crime de lesa-infância.

- Um país cheio de grupos e grupelhos de trabalho, de secretários, de secretários de secretários, de assessores, de secretários de assessores, de comissões, de subcomissões, que não servem absolutamente para nada, a não ser para ganharem salários descondizentes com os serviços que (não) prestam.

- Um país que descura a sua Flora e a sua Fauna, mantendo uma e outra ao abandono e à mercê de criminosos impuníveis.

- Um país que mantém as Forças de Segurança instaladas em edifícios a cairem de podres, e com falta de quase tudo.

- Um país onde ainda existem Escolas com instalações terceiro-mundistas, sem as mínimas condições para serem consideradas um lugar de aprendizagem.

- Um país onde as prisões são lugares de diversão, com direito a vídeos publicáveis no Facebook.

- Um país cheio de leis e leizinhas retrógradas, que não servem para nada, a não ser para servir lobbies dos mais hediondos, e proteger criminosos impuníveis.

- Um país que não promove a Cultura Culta, e para o qual apenas a cultura inculta conta, e é assegurada, contra tudo e contra todos.

- Um país, cujo Sistema de Ensino é dos mais caóticos, desde a implantação da República, com a agravante de estar a enganar-se as crianças com a obrigatoriedade da aprendizagem de uma ortografia que não é a portuguesa, a da Língua Materna delas, estando-se a incorrer num crime de lesa-infância.

- Um país, que tinha uma Língua Culta e Europeia, e hoje tem um arremedo de língua, uma inconcebível mixórdia ortográfica, imposta ditatorialmente por políticos ignorantes e servilistas, que estão a fabricar, conscientemente, os futuros analfabetos funcionais, e a promover a iliteracia. E já sou poucos os que escrevem correctamente. 

- Um país onde, parvamente, se começou a dizer “olá a todos e a todas”.

- Um país, com um presidente beijoqueiro e viciado em selfies, e um primeiro-ministro que não tem capacidade para ver o visível, muito menos o invisível, que qualquer cego, de nascença, vê à primeira vista.

- Um país, que em 2018 foi marcado por uma constante contestação social, com o número mais elevado de sempre de greves em todos os sectores da sociedade portuguesa, número que continua a aumentar no corrente ano.

- Enfim, um País que perdeu o rumo, e faz de conta que é um país.

 

Enquanto tudo isto (e muito mais, que agora não me ocorre) não sair da lista do que não se quer para um País de Primeiro Mundo, evoluído e civilizado, o que há para comemorar neste 25 de Abril?

 

Há o facto de eu poder escrever este texto, sem ir parar ao Campo de Concentração do Tarrafal, o campo da morte lenta, para onde os médicos iam assinar certidões de óbito e não curar, criado pelo Estado Novo, na ilha de Santiago, Cabo Verde, num lugar ironicamente chamado de Chão Bom, de muito má memória.

 

Isabel A. Ferreira

***

Para complementar este texto, leia-se este outro, da autoria de Manuel Damas, publicado no Facebook:

 

45 anos depois...

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2332540223434593&set=a.133659383322699&type=3&theater

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:04

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Terça-feira, 23 de Abril de 2019

Quem verdadeiramente ama os Cavalos não os monta, se os monta saiba que está a torturá-los barbaramente

 

Como diz a Dra. Sônia T. Felipe "Se ama os cavalos, não os monte", mas na verdade nem sequer precisa de os amar, basta que os respeite, não os montando. Deixando-os livres na Natureza, como é do seu direito.

A este respeito só é ignorante quem quer, porque existe bastante informação.

 

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Um excelente texto de Luís Vicente, que testemunha a tortura constante que os “cavaleiros” cruelmente infligem ao Cavalo, um dos seres mais magníficos e sensíveis do Reino Animal.

 

«Um textozinho a todos aqueles que dizem amar os Cavalos e que dizem até que os ditos equídeos são animais mui nobres. Para mim, enquanto Biólogo que deambula entre o comportamento animal e a neurologia, esta nova taxonomia dicotómica que distingue   animais nobres de animais plebeus é deveras surpreendente. Nem o bom velho Lineu se lembrou de tal. Mas pronto, aqui vai para os que amam os nobres Cavalos e que me fazem cada vez mais pensar que o amor é um lugar deveras estranho (como diria o meu irmão José Augusto). 

 

«Mamíferos gregários ungulados, em particular perissodáctilos de um dedo e artiodáctilos de dois dedos, por razões adaptativas, em geral não exteriorizam dor nem sofrimento, pelo menos de forma perceptível para animais de outras espécies, em particular os seus predadores. É uma estratégia evolutiva e de sobrevivência. Por outro lado, tratando-se de um animal gregário que vive em grupos com uma organização social baseada em hierarquias de dominância, mostrar debilidades pode pôr em causa a sua posição no grupo e, consequentemente, fazer diminuir o seu sucesso reprodutor. Não exteriorizar sofrimento é não mostrar fraqueza e mostrar ou não fraqueza pode ser a diferença entre a vida e a morte.

 

Mas a contenção na exteriorização dos sinais de sofrimento não significa que os cavalos não sintam dor. Os cavalos sentem dor. Aliás, como veremos, muita dor camuflada.

 

Sabemos que sentem e, muito provavelmente, de forma mais aguda do que nós, humanos.

 

A epiderme do cavalo é significativamente mais fina do que a nossa, ou seja, a camada de células entre o meio externo e os receptores de dor é menos espessa, estando os receptores de dor, portanto, mais expostos. No cavalo os receptores de dor estão protegidos por uma camada de epiderme de 0,05 mm de espessura, enquanto que nos humanos essa camada tem 0,08 mm. Ainda por cima a densidade de receptores dérmicos de dor no cavalo é superior à dos seres humanos.

 

O chicote ou as esporas devem, logicamente, causar dores mais atrozes do que em nós.

 

Quem se serve destes animais e tem um conhecimento empírico, não científico, está redondamente enganado quanto à insensibilidade à dor dos cavalos. É que uma coisa é sentir, mas outra completamente diferente é exibir. Avaliar a sensibilidade de um animal na forma como ele exterioriza a dor é, do ponto de vista científico, um absurdo. As minhocas também não gritam, nem os caracóis quando são mergulhados em água a ferver.

 

É muito bonito dominar outro ser vivo, seja da nossa espécie, seja de outra. Fazê-lo obedecer. Obedecer é memória e o cavalo tem memória como qualquer ser vivo. É a memória de uma dor que seria bem maior caso não obedecesse.

 

Fazer com que obedeça. Controlar. Quando queres controlar alguém, como fazes? Certo. Descobre o “ponto fraco”. O “ponto fraco” mais fácil de manipular é a dor. Chicotes, esporas e embocaduras conjugam-se no filme de terror da vida dos cavalos.

 

O simples facto de ser montado deve causar sofrimento. Após um período de doze a quinze minutos de transporte de um adulto humano médio começa a haver comprometimento da microcirculação da musculatura dorsal e a partir de vinte e cinco minutos começam a surgir isquémias e a ocorrer pequenas lesões do tecido muscular com consequente dor.

 

Particularmente significativa deverá ser a dor causada pelas embocaduras. Embocaduras são aquelas peças metálicas que se colocam dentro da boca do cavalo para o “controlar”. Embocaduras há-as de vários tipos e de vários materiais. Bridão, bridão-freio e freio são as mais comuns. O bridão pode ser de borracha cujo uso é aconselhado por alguns “peritos” nas primeiras fases de adestramento e que, dizem estes “sábios”, preparam o animal para mais facilmente tolerar as embocaduras metálicas. O bridão, o bridão-freio e o freio são usualmente de ferro ou de aço inoxidável.

 

No que respeita aos efeitos, a diferença fundamental entre o bridão e o freio está na multiplicação da força do cavaleiro ao manipular as rédeas. O freio promove a multiplicação da força com que as rédeas são manipuladas, por efeito de alavanca.

 

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O bridão actua, não só mas fundamentalmente nas comissuras labiais enquanto que o freio actua no diastema (espaço mandibular sem dentes). O primeiro tende a levantar a cabeça e o pescoço e o segundo a baixar a cabeça e a induzir a flexão da nuca.

 

Defendem os “amantes dos cavalos” que o bridão é uma embocadura mais suave do que o freio. Falar em profundidade destas embocaduras todas seria uma longa conversa e faria perder a paciência aos leitores menos interessados em pormenores técnicos. De qualquer forma, basta uma busca na net para encontrar descrições muito pormenorizadas dos diferentes tipos de embocadura e da sua utilização.

 

O que escrevo a seguir aplica-se totalmente às embocaduras ditas suaves, os bridões, os quais podem ainda ser leves ou pesados. Ficar-me-ei pelos leves e, tudo o que eu pudesse vir a dizer de todos os outros seria bem mais aterrador.

 

Tenho ouvido aos que dizem que “amam” os cavalos que a “arte de bem cavalgar toda a sela”, como escreveu el-rei D. Duarte, passa por nunca exercer força na boca do cavalo, nunca puxar, nunca magoar o cavalo. Portanto, depreendo que para estes “apaixonados” o bridão não passa de um adorno dentro da boca do cavalo, o que me leva a interrogar-me, então, neste caso, para que raio serve o bridão? Expliquem-me.

 

O bridão é uma peça dupla articulada e a articulação fica dentro da boca sobre a língua do cavalo. Actua exercendo pressão directa na boca do cavalo. Cada um dos dois extremos que ficam fora da boca possui uma argola onde se prendem, tanto as rédeas como a cabeçada.

 

Quando o cavaleiro exerce pressão nas rédeas, o bridão exerce pressão na língua, nas comissuras labiais, nos dentes, na gengiva, no palato e nas barras maxilares inferiores do cavalo.

 

Aprofundemos então o efeito dessas coisas metálicas dentro da boca do cavalo e que, segundo tenho ouvido argumentar, em nada perturbam o bem-estar do cavalito que já é obrigado a suportar um peso-morto de 60, 70, 80, 90 ou 100 kg às costas, sem que para isso tenha sido consultado.

 

Logo à partida, imagino que seja bastante desconfortável respirar pela boca com a garganta seca. É que o bridão pressiona a língua, o que impede o cavalo de engolir normalmente a saliva e que faz com que as partículas aspiradas vão direitinhas para os pulmões sem qualquer processo de filtragem. É que a saliva também tem esse papel.

 

A boca de qualquer animal é uma região extremamente sensível e possui uma grande quantidade de ramificações nervosas. Pensem na vossa, não é preciso ir mais longe. Os bridões impactam nessas ramificações nervosas. O resultado é uma dor intensa que se propaga a todo o rosto e pescoço do animal, o que é facilmente comprovado por imagiologia térmica. Aliás, seria muito estranho se não houvesse dor, desconforto e lesões.

 

Estudos mostram que um forte puxão no bridão gera um impacto de 300 kg/cm² na boca do cavalo, enquanto que uma pressão suave gera um impacto de 50 a 150 kg/cm². Esta pressão leve nas rédeas já deve ser suficiente para gerar impacto significativo e consequente dor ao animal.

 

O bridão actua no diastema, como referi, o espaço sem dentes do maxilar. Ora é no diastema que se localiza o troço mais sensível do nervo trigémeo. O ferro pressiona e impacta exactamente nesse ponto, causando dor aguda. Essa pressão repetida no osso hipersensibiliza os nervos faciais. Desenvolve-se a chamada neuralgia trigeminal. É em consequência dessa dor que se torna crónica que o cavalo faz movimentos repetitivos com a cabeça.

 

É frequente observar uma baba branca e espessa na boca dos cavalos submetidos ao uso destes instrumentos de tortura, desculpem, de controlo. Conjugam-se três factores que determinam a produção dessa baba. A toxicidade do metal do bridão, a dificuldade em engolir saliva que leva a um ressecamento da garganta, e lesões nas glândulas salivares pela pressão do bridão na língua. A conjugação destes factores altera a composição química da saliva o que, ainda por cima, pode estar na origem de gastrites e outras lesões gástricas.

 

A articulação do bridão, normalmente entre a língua e o palato, exerce um atrito permanente sobre este último, causando inflamação “de contacto” e ulcerações recorrentes muito dolorosas. Acontece frequentemente, para combater estas dores, os cavalos colocarem a língua entre a articulação do bridão e o palato, causando úlceras na face inferior da língua, o que também é extremamente doloroso.

 

E desenganem-se os que julgam que eu escrevi muito. Apenas levantei a ponta do iceberg. Se querem saber mais, procurem, por exemplo, os trabalhos do meu colega Robert Cook. Tem vários online bem elucidativos.

 

Espero que o que aqui deixo seja já suficiente para compreenderem que há outras formas de amar os cavalos.

 

Como diz a minha amiga Isabel, “Quem ama os Cavalos não os monta!"  

 

Luís Vicente

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10156236191473837&set=a.10150637539043837&type=3&theater

 

***

Para complementar o que o meu amigo Luís Vicente escreveu, deixo aos leitores mais dois textos que se completam.

Porque, na realidade, quem verdadeiramente ama os Cavalos jamais os monta, porque se os monta, pode ter a certeza absoluta de que está a torturá-los barbaramente.

 

EM LOUVOR DOS CAVALOS

https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/em-louvor-dos-cavalos-738102

 

«SE AMAM OS CAVALOS NÃO OS MONTEM»

https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/se-amam-os-cavalos-nao-os-montem-493785

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:21

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QUEM PENSA REJEITA O (POR LARGA MAIORIA REJEITADO) AO90

 

Ao cuidado de todos os que, por dinheiro ou mania de grandezas, estão a tentar destruir a Língua Portuguesa.

 

Hoje, a minha proposta é que reflictam no que diz quem sente a Língua Portuguesa como um pedaço da própria alma…

 

Sempre ouvi dizer que quem não sente, não é filho de boa gente… E não é.

 

No que ao AO90 diz respeito, quem não sente as dores, pelas quais a Língua Portuguesa está a passar, não é português, é um apátrida sem rumo, sem passado, sem presente e principalmente sem futuro…

Isabel A. Ferreira

 

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NINGUÉM PARA O ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990 OU NINGUÉM PÁRA O ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990?

A RESPOSTA É: NÃO HÁ QUÓRUM PARA O AO90, PORQUE O AO90 É A MAIS CONSAGRADA INUTILIDADE PÚBLICA.

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:57

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Segunda-feira, 22 de Abril de 2019

Repúdio à garraiada na Trofa em honra de Nossa Senhora do Desterro

 

A Trofa vive no século XXI ANTES de Cristo?

Não, não vive.

A Trofa ainda não evoluiu.

É uma triste localidade.

 

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Sr. Presidente da Junta de Bougado, Luís Paulo Sousa,

Sr. Presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto,

 

Uma vez mais, venho repudiar veementemente a realização da garraiada que terá lugar no próximo dia 27 de Abril, por ocasião das festas em honra de Nossa Senhora do Desterro, que deveria ser uma festa de amor, compaixão, alegria e diversão, sem implicar a violência sobre outros seres. E não é.

 

Os animais não estão no mundo para serem usados como instrumento de diversão. A espécie humana é melhor do que isso.

 

Os da Trofa serão da espécie humana?

 

Não são. Se fossem, não se divertiriam a massacrar um animal, em honra de Nossa Senhora que, lá do alto, temos a certeza de que também repudia esta prática selvática. Logo, são da espécie desumana.

 

O modo como tratamos os animais e como os perspectivamos denota o grau de evolução do ser humano. Este tipo de práticas em nada dignifica um Povo, uma Junta de Freguesia, um Concelho como o da Trofa ou o Norte do país.

 

É lamentável que a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal da Trofa compactuem com um evento que só contribui para o retrocesso civilizacional, ainda mais, usando dinheiros públicos que deveriam servir para o bem da Comunidade, e não para tortura animal, porque a garraiada é uma prática bruta e cruel, ainda que não-sangrenta.

 

A Trofa ainda é uma localidade atrasada civilizacionalmente. Uma localidade, pois, a evitar.

 

Reflictam nisto, senhores autarcas.

Na vida, o dinheiro não é tudo.

Na vida a dignidade humana é que conta, nas contas que os Santos fazem lá em cima.

 

Esperando que a racionalidade vença e desistam desta prática troglodita,

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:13

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«O BRASIL QUER LIVRAR-SE DO ACORDO ORTOGRÁFICO? TAMBÉM NÓS»

 

Elucidativo texto de Nuno Pacheco, jornal PÚBLICO

18.04.2019

 

NUNO PACHECO.jpg

Nuno Pacheco

 

Numa semana de perdas para a Cultura (o terrível incêndio que desfigurou a Notre-Dame de Paris, ou as mortes de Maria Alberta Menéres e Bibi Andersson) pode parecer desajustado falar disto. Mas não é possível ignorar um certo tweet brasileiro que prenuncia a extinção do “acordo ortográfico”, em coincidência temporal com a entrega, na Assembleia da República, das mais de 20 mil assinaturas da iniciativa de cidadãos (ILC-AO) que batalha para revogar a decisão que reduziu a três os países necessários para viabilizar o acordo.

 

Mas o que se passou, afinal? Isto: o jovem Filipe Martins, assessor especial da Presidência da República [do Brasil] para Assuntos Internacionais, publicou dia 6 de Abril no Twitter (agora governa-se por Twitter) o seguinte textinho: “Depois de nos livrarmos do horário de verão, temos que nos livrar da tomada de três pinos, das urnas electrônicas inauditávris [sic; seria ‘inauditáveis’, mas as teclas “r” e “e” estão lado a lado e ele devia ter pressa] e do acordo ortográfico.” Somou, em pouco tempo, 706 comentários, 6100 likes e 1100 partilhas.

 

Filipe Martins, 30 anos, é tudo menos um sujeito recomendável. Antes da segunda volta que deu a vitória a Bolsonaro, afirmou: “O que está acontecendo no Brasil é uma revolução – a fucking revolution – e não há meios de pará-la.” Os seus gestos, declarações e provocações, muitas vezes em tom de pilhéria, valeram-lhe, segundo a imprensa brasileira, os epítetos de “revolucionário de Facebook”, “líder da direita jacobina” ou “Robespirralho”, referência ao temível Robespierre, propagador do terrorismo de Estado durante a Revolução Francesa.

 

Com tais pergaminhos, poder-se-á concluir, apressadamente, que a anunciada “morte” do “acordo ortográfico” (AO) no Brasil será um golpe da direita mais radical contra a esquerda. Nada mais errado. A lista de coisas a abater, onde o AO agora se inclui, reflecte o pendor pretensamente nacionalista que o Brasil copia de Trump (género “O Brasil primeiro”), menorizando ou deitando fora tudo o que tenha um aroma de acordo externo, importação ou até de simples concertação entre pares mais distantes. Daí que a lista inclua o horário de Verão (que Bolsonaro já garantiu que não vai aplicar em 2019), as placas para matrículas de automóvel com padrão do Mercosul, a tomada eléctrica de três pinos (importada em 2000 e obrigatória desde 2011), as urnas para votação electrónica (em uso no Brasil desde 1996, o governo contesta agora a sua fiabilidade) e, finalmente, o dito “acordo ortográfico”, tendo este último uma explicação simples. Não se trata da língua, já que essa pouco dirá a tais ditames, mas de negócio. Veja-se só este delirante parágrafo da notícia que dava conta do tweet de Martins, no portal brasileiro ClickPB: “O acordo ortográfico completou 10 anos no início deste ano. A padronização do idioma permitiu um aumento do intercâmbio cultural, com livros de ficção, didáticos, paradidáticos e científicos, e documentos, escrituras, contratos e textos de todos os gêneros circulando entre os países sem necessidade de revisão.” Como se sabe, e comprova, isto é absolutamente falso; hoje, como há dez anos. Mas foi este canto de sereia que hipnotizou muitos políticos, alguns intelectuais e legiões de analfabetos.

 

Embalado nesta onda, esperava o Brasil ter negócios garantidos com Angola e Moçambique, os maiores países africanos, pois com Portugal já tem. Azar: nenhum destes países ratificou o acordo nem mostra vontade de o fazer (Angola, aliás, é particularmente crítica do processo). Nem eles, nem a Guiné-Bissau, nem Timor-Leste. Só Portugal, Brasil e, por arrasto, Cabo Verde (que tornou o crioulo língua primeira, não o português) e São Tomé e Príncipe. Para que quer, então, o Brasil, tal acordo? Para exibir em cimeiras multilaterais? Para a CPLP? Nem pensar. O Brasil de Bolsonaro dispensa enfeites, sobretudo se não rendem nada.

 

Se o Brasil cumprir o “chilrear” do passarão Filipe Martins, repetir-se-á a patética situação em que Portugal ficou quando o Presidente brasileiro Café Filho revogou por decreto, em 1955, a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira que representantes de Portugal e do Brasil haviam assinado em 1945, já depois do falhado Acordo Ortográfico Luso-Brasileiro de 1931. Serão os mesmos dez anos, para assinar e rasgar o acordo. Só que em 1945 a ortografia consagrada no acordo respeitava o sistema vocálico português, e assim ficou – aqui e nas colónias africanas que viriam, felizmente, a tornar-se países independentes; enquanto a do “acordo” de 1990 se conforma mais ao sistema vocálico brasileiro, resultando absurdo e injustificável por cá.

 

Que fazer? Crescer, que já é tempo para isso. Libertados deste imenso logro “unificador”, os países nele envolvidos podem, além de definir as suas ortografias, cooperar cientificamente na feitura de um grande dicionário (deixem os vocabulários, que nada resolvem), partilhável em linha, com as variantes vocabulares e ortográficas dos vários países aí consagradas, para que todos possamos saber como se fala e escreve no espaço lusófono. Só encarando a diversidade que existe, e se pratica no dia-a-dia dos nossos países, podemos celebrar a Língua Portuguesa.

 

Fonte:

https://ilcao.com/2019/04/20/o-brasil-quer-livrar-se-do-acordo-ortografico-tambem-nos-nuno-pacheco-publico-18-04-2019/?fdx_switcher=true&fbclid=IwAR17sVeQ6elUnonFsAKgkoDXzwdk2eVxl3UDsbiFYqn68H_yA4VCtUVrL00

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:23

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