Monsaraz - Évora District, Portugal
From tonight to September 10th, the "Celebrations of Our Lord Jesus of the Steps" will take place, and throughout the days of this "Feast", bulls will be tortured in a variety of ways, including a "Encerro" to introduce children to the "bullfighting world", with the apex being the "death of a bull inside a blanket" on the last day of celebrations.
Jesus will be really proud, what a shame Portugal!
WHAT A SHAME!
Isto não sou eu que digo. São os Defensores do Touro Unidos (Bull Defenders United).
Repare-se na boçalidade desta imagem. Mas se abrirem o link abaixo referido, encontram mais imagens degradantes, de uma localidade que não merece o povo bruto que nela habita. Se a estupidez matasse, esta "gente" estaria toda morta.
(Tradução)
Monsaraz – Distrito de Évora, Portugal
A partir de hoje (6 de Setembro) até o dia 10 de Setembro, as realizar-se-ão as celebrações de Nosso Senhor Jesus dos Passos, e ao longo dos dias desta "festa", os touros serão torturados de várias maneiras, incluindo um "encerro" para introduzir as crianças no "mundo das touradas", culminando com a "morte de um touro debaixo de um cobertor", no último dia das celebrações.
Jesus realmente ficará muito orgulhoso, que vergonha Portugal!
QUE VERGONHA!
Fonte:
Monsaraz: vista geral com a praça de touros no castelo e uma imagem da praça. Em nome do Nosso Senhor Jesus dos Passos, com BÊNÇÃO da Igreja Católica, começou hoje a tortura de animais...vão ser quatro dias de carnificina, em honra a Deus!!!
Perto do local da crueldade, a igreja...
Isto é PORTUGAL!
Publicado por Fernanda Almeida no Facebook
E é deste modo medievalesco, obscuro, grosseiro que se diverte um povo alienado, com um atraso de mentalidade e civilizacional considerável. O Touro será morto ilegalmente, para que os sádicos e psicopatas se babem como vampiros.
E isto, por mais incrível que pareça, é PORTUGAL!
Um touro torturado com fogo quase matou um troglodita em Ademuz (Valencia)
Não podemos suportar mais esta barbárie!
Os actos selvagens contra os animais devem acabar de imediato. Não só pela tortura e morte dos animais, mas também pelos mortos e feridos humanos, e pela pobreza moral infinita de quem goza com isto, e de quem o autoriza e o financia com dinheiro público.
O vídeo está disponível no Facebook. Basta carregar em Ver no Facebook.
Recebi um comentário curioso, que me proponho esmiuçar e divulgar, para servir de LIÇÃO a todos os que pensam com a cabeça do dedo mindinho do pé, e vêm ao meu Blogue fazer “discursos” machistas.
Se querem argumentar comigo sejam racionais e tenham um mínimo de conhecimento sobre as matérias que pretendem comentar.
É que já não há pachorra para tanta ignorância optativa, uma doença social que, no entanto, tem cura.
Vicente Dias comentou o post MONSARAZ - A INACEITÁVEL, INACREDITÁVEL E CONDENÁVEL RESPOSTA DA PRESIDENTE DA CNPDPCJ às 07:22, 06/09/2018 :
Achei muito engraçado o comentário da "harmonia entre os seres", vindo de uma pessoa que odeia o Brasil e os Brasileiros, tem preconceito não apenas contra o Brasil mas contra tantas outras coisas, como demonstra o seu facebook e este mesmo blogue. Quanto ódio, quanta negatividade. Que horror. Isabel A. Ferreira é uma pessoa triste, ou pelo menos é isso o que eu sinto após ter lido este blogue. |
Senhor Vicente Dias, agradeço o seu comentário, porque ele vai dar-me a oportunidade de lhe dar uma LIÇÃO (gratuita), uma vez que o seu problema, e o de todos aqueles que “pensam” como o senhor, é a grande ignorância que vos avassala; é a iliteracia, que vos faz ler “alhos” quando escrevo “bugalhos”; é um desconhecimento total da Língua Portuguesa, que vos faz confundir INDIGNAÇÃO ou REVOLTA (um direito que me assiste, consignado na Constituição da República Portuguesa) com ÓDIO; é não ter capacidade intelectual para discernir entre SENTIDO CRÍTICO e SEGUIDISMO (qualidade de quem segue ou é defensor incondicional de alguma ideia, teoria ou partido, sem NUNCA SE QUESTIONAR OU FAZER JUÍZOS DE VALOR); e finalmente é aquele complexo de inferioridade que esmaga os do sexo masculino, quando estão diante de uma MULHER que PENSA, que CONTESTA, que DENUNCIA sem papas na língua.
Aconselho-o a ouvir, até ao fim, esta grande mulher, de nome CIDINHA CAMPOS, neste vídeo, porque ela e eu temos a mesma GARRA, e quando uma mulher desta qualidade moral e cultural fala, os homens CALAM-SE. Ouça principalmente o silêncio dos homens quando a Cidinha começou a falar, e que perdurou durante todo o seu discurso.
Nesta brilhante e assertiva intervenção, Cidinha Campos não demonstrou ódio pelos seus parceiros políticos, demonstrou, isso sim, uma legítima REVOLTA igual à minha, quando tenho de abordar as indignidades cometidas por ignorantes do mesmo calibre dos que são “atacados” neste vídeo.
Posto isto, passo a responder às suas considerações, às considerações de alguém que olha para os meus textos como um boi para um palácio.
1.
Achou muito engraçado o comentário da "harmonia entre os seres", vindo de uma pessoa que odeia o Brasil e os Brasileiros? Pois não me surpreende que tivesse achado engraçado, porque como já referi acima, ao senhor falta-lhe capacidade intelectual para interpretar o que escrevo, sobre Portugal e os Portugueses, sobre o Brasil e os Brasileiros, sobre Espanha e os Espanhóis, o universo em que deambulo, nas minhas mais visíveis causas, e os quais apresentam atitudes bastante censuráveis.
Agora preste atenção: uma pessoa de Bem e do Bem não odeia pessoas, nem povos, nem países; eventualmente poderá odiar as atitudes prejudiciais às sociedades humanas, e acções abomináveis contra a VIDA e o Planeta, perpetradas pelos pobres de espírito, (não confundir com pobres em espírito) que deambulam pelo mundo e vivem num nível de evolução ainda muito primitivo, e são, obviamente, passíveis de críticas, para que possam evoluir. De contrário, achariam que as barbaridades que cometem são a coisa certa.
2.
A sua incapacidade para compreender as coisas é tanta que não sabe o significado da palavra negatividade e aplica-a incorrectamente. Não sei se já reparou que a negatividade está nos indivíduos que andam neste mundo a praticar acções que prejudicam as sociedades humanas e a VIDA do Planeta, incluindo os outros seres vivos.
A negatividade não está em quem DEFENDE a sociedade, a VIDA e o Planeta dos seus predadores.
3.
Que horror! digo eu, senhor Vicente Dias! Horrorizo-me com a falta de discernimento e senso comum que infestam a sociedade portuguesa e aqueles portugueses seguidistas, que não têm o mínimo sentido critico, e que se recusam a evoluir. E que se recusam a curar-se da doença social, denominada ignorância optativa.
O Professor Pedro Domingos diz que «quem tem falta de senso comum é idiota». Concordo plenamente. E são esses idiotas, que andam por aí a idiotar, que combato veementemente, exercendo o meu direito de cidadania.
4.
O senhor também não tem capacidade nem conhecimentos suficientes para avaliar psicologicamente a minha pessoa, por isso, errou no diagnóstico, até porque nem sequer sabe o significado da palavra triste, quando diz que a Isabel A. Ferreira é uma pessoa triste (taciturna, sinistra, trágica, sombria).
A Isabel A. Ferreira é tão-só uma pessoa indignada com a ignomínia dos maus, que dilaceram a harmonia entre os seres, e com a incompetência e inércia de governantes que fazem de Portugal o quintal deles, e nos envergonham perante o mundo civilizado.
A Isabel A. Ferreira é também insubmissa, tem espírito crítico, é dotada de senso comum, e não anda no mundo só por ver andar os outros.
Não é obrigado a ler o que escrevo, mas se lê e isso o incomoda, dou por cumprida a minha missão.
Isabel A. Ferreira
Demita-se senhora directora.
Não tem competência para exercer um cargo cuja função é o DEVER de proteger as crianças.
Isto é coisa de um país terceiro-mundista, na sua essência. Um país que tem uma ou outra coisa de primeiro-mundo, mas a essência, aquela que é extravasada desde São Bento e Belém, é viscosa e repugnante.
Portugal não merece isto. E muitos menos as desprotegidas crianças de Monsaraz.
Este Touro foi morto ILEGALMENTE em Monsaraz, à frente de crianças.
Origem da imagem: http://www.theportugalnews.com/news/bull-killed-illegally-in-monsaraz/6517
Rosário Farmhouse, presidente da INÚTIL Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e ProteCção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) respondeu, de um modo inacreditável, inaceitável e condenável, à solicitação que lhe foi feita, inclusa neste link:
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/a-abominavel-festa-em-honra-do-senhor-826195
Nota prévia:
A resposta veio grafada à brasileira, e como estamos em Portugal, e como esta grafia é ilegal no nosso País, e eu não pactuo com ilegalidades e inconstitucionalidades, marco-lhe os erros ortográficos a vermelho, como é da praxe escolar marcar. O que está em itálico, é da autoria da senhora Farmhouse. O que está a negrito é o que me apraz comentar acerca desta inconcebível resposta.
***
«Agradecemos o seu email sobre a denúncia da realização de atividades tauromáquicas, com menores, no âmbito das festas de Nosso Senhor Jesus dos Passos, em Monsaraz. Nesta sequência solicitou a esta Comissão Nacional que procedesse às diligências necessárias que levem ao cancelamento do espetáculo referido.
Contactada a organização das festas supra mencionadas e o Exmo. Senhor Vereador da Cultura, da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, Dr. Jorge Nunes, somos a informar o seguinte:
Em Monsaraz não há vereador da CULTURA. Poderá haver um vereador da “COLTURA”, que caracteriza um povo que não evoluiu.
- Em face das questões colocadas, não temos dúvidas sobre a pertinência das mesmas e merecem, sempre, desta Comissão, a maior importância;
- Os encerros têm semelhanças com as largadas de touros, novilhadas e touradas à vara larga praticadas em Portugal;
Tudo práticas medievalescas, grosseiras, violentas, e desadequadas aos tempos modernos.
- Neste caso em concreto, não há o envolvimento de animais. É utilizada uma tourinha, que simula o touro ou novilho, conforme imagem infra apresentada e, também, conforme o cartaz mostra.
Não haver o envolvimento de um animal vivo, não muda o facto de se estar a incentivar as crianças a actos violentos, que não conduzem a uma educação para a harmonia entre os seres, e que tornarão essas crianças violentas e deformadas mentalmente, tal como o são os adultos que as incentivam à barbárie.
- Quanto à intervenção das crianças, o espetáculo pretende demonstrar o que os adultos fazem para que estas tenham a oportunidade de conhecer de perto o mundo da arte tauromáquica em que a simulação é a estratégia de motivação.
Quanto o que pretende este deplorável “espeCtáculo” é dar um péssimo exemplo da brutalidade, da boçalidade, da crueldade que os adultos deformados mentalmente exercem sobre um ser vivo, o que não vai, de todo, contribuir para o desenvolvimento normal e saudável das crianças. E chamar “arte” à selvajaria tauromáquica é distorcer o verdadeiro conceito de ARTE, que só a ignorância confunde. E a motivação é a mais cruel que se possa imaginar.
No caso em apreço não vemos que o superior interesse da criança esteja em risco.
Esta frase resume a total incompetência da senhora Farmhouse: se não consegue discernir o que é o superior interesse da criança então não está no cargo certo. DEMITA-SE, se faz favor, porque o superior interesse das crianças não passa apenas pela violência física, mas também pela violência psicológica, que é o caso.
Acreditamos que a comunidade de Monsaraz, representada pela organização das festas, pelo poder local e por cada um dos cidadãos, congregará esforços, recursos, perspetivas sociocomunitárias em prol das suas crianças e jovens.
Aqui a única perspeCtiva é atirar as crianças para uma selvajaria, que as transformará em adultos embrutecidos.
Assim, agradecemos as vossas preocupações que também são as nossas e tudo fazemos para o cabal cumprimento da Lei e estamos conscientes do seu articulado: A Comissão Nacional, nos termos do seu artº 13º, tem por missão contribuir para a planificação da intervenção do Estado e para a coordenação, acompanhamento e avaliação da ação dos organismos públicos e da comunidade na promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens.
Pois não tem nada que agradecer as nossas preocupações, que não são as preocupações do Estado português, que se está nas tintas para os direitos e proteCção dessas crianças. Temos de ir mais longe, se quisermos proteger as crianças que tiveram a desventura de nascer num antro tauromáquico, onde predomina a psicopatia e o sadismo.
A senhora Farmhouse LEU BEM o que escrevemos? Se leu, devemos concluir então que a senhora não está ao serviço das crianças, mas do lobby tauromáquico que, estrategicamente, coloca aficionados no lugares-chave da governação.
Apresentamos os nossos melhores cumprimentos e estamos ao dispor para qualquer esclarecimento adicional.
Cumprimentos,
Rosário Farmhouse
Presidente
Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens»
E andamos nós a pagar (à força) o salário a alguém que devia estar ao serviço dos Portugueses, e que seria imediatamente despedida, caso vivêssemos em DEMO KRACIA
A minha indignação é infinita.
Isabel A. Ferreira
Triste, muito triste.
Não há palavras para dizer do sentimento que este vídeo provoca.
O Brasil está de LUTO.
Eu estou de LUTO.
Toda a Humanidade está de LUTO.
Quando o rio secar em Ponte de Lima, e a água faltar, os trogloditas, que negam a água a este bovino, terão de saciar a sede deles com a própria urina.
Ouçam a linguagem... que diz da baixeza moral e educacional destes energúmenos.
E sim, é uma vergonha para Portugal, que estas imagens andem a correr mundo.
Ponte de Lima, a vila mais antiga de Portugal, mas também a mais atrasada civilizacionalmente. A vergonha do Norte. Cheia de "gente" bronca dentro.
During the five minutes of this video (Vaca das Cordas - Ponte de Lima, Portugal), several times the bull tried to drink water from a mud puddle, but the sadists did not allow it. Someone shouted "Enough water!" - because for those sick minds, the suffering of the other means nothing as long as it gives them some pleasure.
(Tradução)
Durante os cinco minutos deste vídeo (Vaca das Cordas - Ponte de Lima, Portugal), várias vezes o touro tentou beber água de uma poça de lama, mas os sádicos não o permitiram. Alguém gritou "basta de água!" - porque para aquelas mentes doentias, o sofrimento do outro não significa nada, desde que lhes dê algum prazer.
Assinem a petição contra a Vaca das Cordas!
http://peticaopublica.com/mobile/pview.aspx?pi=EN89116
Inacreditável! Inaceitável! Absolutamente abominável!
Como se não bastasse a morte de um touro debaixo de um cobertor, em Monsaraz, mesmo com queixas umas atrás das outras (e, este ano, com a vergonhosa autorização expressa da IGAC), vem a "cereja no topo do bolo": como poderão ver no cartaz abaixo e também no FB da Comissão das Festas locais, Monsaraz encoraja as crianças a uma actividade violenta.
E tudo em honra do Senhor Jesus dos Passos
A Associação ANIMAL já enviou a devida queixa para a COMISSÃO NACIONAL DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS E PROTECÇÃO DAS CRIANÇAS E JOVENS, e pedem-nos que façamos o mesmo.
Poderão enviar a mensagem abaixo sugerida, ou, caso prefiram, a vossa própria mensagem (que vos pedimos que seja sempre respeitosa, por favor):
Para: cnpdpcj.presidencia@cnpdpcj.pt
CC: presidente@cm-reguengos-monsaraz.pt; info@animal.org.pt
Exma. Senhora Dra. Rosário Farmhouse,
Digníssima Presidente da CNPDPCJ,
(Com conhecimento ao Senhor Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, Dr. José Calixto)
Tomei conhecimento de que estão a ser promovidas e encorajadas actividades tauromáquicas com menores, no âmbito das Festas de Nosso Senhor Jesus dos Passos, em Monsaraz.
Pois bem, Portugal ratificou, em 1990, a Convenção sobre os Direitos das Crianças da ONU, significando que se comprometeu a acatar as suas recomendações. Em Fevereiro de 2014, o Comité dos Direitos das Crianças da ONU enviou uma recomendação ao Estado Português para que afastasse as suas crianças da actividade tauromáquica. Cito parte da referida recomendação:
"O comité está preocupado com o bem-estar físico e mental das crianças envolvidas em treino para touradas, bem como com o bem-estar mental e emocional das crianças enquanto espectadores que são expostos à violência das touradas", refere um relatório divulgado nesta quarta-feira por aquele organismo das Nações Unidas. Por isso, é recomendado que Portugal tome medidas legislativas para proteger todas as crianças envolvidas em touradas, "tendo em vista uma eventual proibição. O comité também exorta o Estado a empreender medidas de sensibilização e consciencialização sobre a violência física e mental associada às touradas e o seu impacto nas crianças".
Vejo como muito grave que Portugal, nomeadamente através do seu poder local, nada esteja a fazer para seguir a advertência daquele que é o bastião da defesa da dignidade e direitos das crianças. Na verdade, é meu entendimento que, não o fazendo, o próprio Estado Português está em incumprimento para com aquela Instituição.
Nos termos do n.º 1 do art.º 32.º Artigo 1 "Os Estados Partes reconhecem à criança o direito de ser protegida contra a exploração económica ou a sujeição a trabalhos perigosos ou capazes de comprometer a sua educação, prejudicar a sua saúde ou o seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social". Ora, a realização de espectáculos tauromáquicos com menores de idade não respeita o direito dessas/es que neles intervêm de serem protegidas, se não contra a exploração económica, pelo menos contra a "sujeição de trabalhos perigosos ou capazes de comprometer a sua educação, prejudicar a sua saúde ou o seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social", não só porque a criança em causa enfrenta animais com um porte e força superiores à sua, em cujo grau de perigosidade para a criança em causa é extremo -, mas também porque, segundo defendem diversos especialistas de psicologia clínica, psiquiatria e psicologia infantil, a exposição de crianças a touradas pode comprometer, justamente, o seu "desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social".
Importa ainda, a este propósito, salientar que é consideravelmente consensual, entre psicólogos clínicos, psicólogos da educação, psicólogos infantis e pedopsiquiatras, que a exposição de crianças a touradas, não só ao vivo mas também quando são transmitidas na televisão, prejudica o seu desenvolvimento harmonioso, nomeadamente pela contradição que a exposição destas a espectáculos tauromáquicos encerra - uma vez que em tudo contrasta com as mensagens educacionais de que as crianças são especiais destinatárias, incluindo na sua formação escolar.
Ora, tendo as crianças uma capacidade de pensamento crítico, evidentemente ainda pouco desenvolvida, poderão percepcionar a violência exercida contra animais em touradas como sendo normal, banal, aceitável e até vista como uma acção heróica, tendo em conta o modo como essa mesma acção diverte e entusiasma os espectadores, o que, para indivíduos altamente impressionáveis como são as crianças, poderá levá-las a associar a inflicção de lesões e o sangramento de animais a algo de lúdico e heróico, tendo essa situação um perigoso potencial de perda de capacidade de empatia das crianças face ao sofrimento dos outros - de animais e de humanos.
Assim, um processo de aprendizagem no qual o exercício de violência contra animais - que, independentemente de estar inserido numa prática passível de ser reconhecida como cultural, envolve um agente que não tem ainda maturidade intelectual e moral para fazer uma análise crítica dos seus actos e daquilo que lhe é ensinado e permitido fazer - é ensinado a crianças, por acção ou omissão, como algo de aceitável, belo e até heróico. E tal é, claramente, susceptível de comprometer o "desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social" das crianças que se encontram nesta situação.
Uma vez que nos termos do artigo 1.º da Convenção sobre os Direitos da Criança, adoptada pela Assembleia Geral nas Nações Unidas em 20 de Novembro de 1989 e ratificada pelo Estado Português em 21 de Setembro de 1990, "criança é todo o ser humano menor de 18 anos, salvo se, nos termos da lei que lhe for aplicável, atingir a maioridade mais cedo", venho pedir a V. Exas. se dignem tomar uma posição para impedir tal acto de violência para com as crianças.
Dois pesos e duas medidas
Enviarei este texto também para as autoridades políticas e eclesiásticas do meu desventurado país, no qual existem dois pesos e duas medidas no que respeita à protecção de crianças e jovens. Já vi retirarem crianças a pais desempregados, que não tinham meios para os alimentar. Esta era a única "violência" que lhes faziam. E em vez de dar meios a esses pais para alimentar as crianças, o governo português retira-as cruelmente do seio familiar.
No entanto, lançam à crueldade e à violência crianças que tiveram a infelicidade de serem filhos de aficionados de selvajaria tauromáquica, com progenitores que as incentivam a essa crueldade e violência, e não vejo as autoridades (in)competentes a mexerem uma palha para as retirar desse meio familiar doentio, perverso e depravado.
Isabel A. Ferreira
Depois não gostam que sejamos pelos Touros.
É que a cobardia e a estupidez não fazem parte dos valores humanos que defendemos.
Somos pelos Touros.
Abaixo os cobardes e os brutos!