Quem deu a notícia foi a SIC, com grandes parangonas, destacando a Banda Filarmónica, a tocar o Paso Doble "A Tourada", para dizerem, logo ali, ao que vinham.
Para disfarçar falaram de comezainas, abordaram a “amizade da festa” e a terminar, um indefeso e desventurado Touro a ser assediado na rua… tudo com muita boçalidade à mistura…
Pergunto: as gentes de Benavente (vila portuguesa do distrito de Santarém) não conhecerão os divertimentos civilizados dos tempos modernos? Têm de se “divertir” a molestar um bovino indefeso, retirado do seu habitat, e fazer dele um brinquedo, como se ele fosse de borracha?
A criança da foto foi colhida por um Touro, em Benavente, durante uma largada de touros, aqui há tempos. Estava acompanhada daquele que tem o dever inalienável de a proteger, e não a protegeu: o progenitor. Portugal continua a não cumprir as suas obrigações e a fugir a responsabilidades que lhe compete, no que respeita à protecção de menores, que são expostos à violência da tauromaquia.
Os de Benavente saberão que a "largada de Touros” é uma prática medieval, cruel e violenta, e não é coisa que se ofereça aos olhos das crianças, como se fosse um divertimento civilizado? Isto não é normal, nos tempos que correm.
Isto ainda consta do rol dos divertimentos do século XXI D.C.? Sabem que os bovinos são mamíferos ruminantes, e como tal, pacíficos, e que é uma crueldade retirá-los do seu habitat e andar a assediá-los na rua, aos gritos, como se ali também fossem largados uns tantos doidos saídos de um manicómio?
Sabem que este tipo de "divertimento" pertence a um tempo medievalesco, que há muito ficou para trás?
Sabem que esta é uma coisa que não dignifica Benavente, nem educa as crianças da terra, no sentido da civilização?
Sabem que a "largada de Touros” é sinónimo de atraso civilizacional?
Se não sabem, estou a informar-vos.
Gostaria que esta minha informação vos fosse proveitosa, e que retirassem da vossa falsa “festa da amizade” a vossa profunda inimizade pelos Touros. Amizade significa sentimento de afeição e simpatia recíprocas, uma relação de entendimento, concordância, afinidade, entre dois ou mais seres, que podem ser humanos ou não-humanos?
Pois é! Uma “festa de amizade” onde se molesta psicologicamente e até fisicamente seres vivos, incluindo seres humanos, não é uma “festa de amizade”, é um castigo, configura uma prática de maus-tratos.
Espero tê-los sensibilizado no sentido de substituírem a “largada de Touros” por uma prática mais condizente com o século XXI, como por exemplo, um festival de música, com os cantores da moda. Ou um arraial de música popular portuguesa, que, isso sim, é cultura portuguesa.
Sabem, na semana passada fui a um arraial e fartei-me de dançar aquelas modinhas a que chamam música pimba. Adoro dançar música pimba, sabiam? Mas só nos arraiais das festas de aldeia e dos Santos Populares.
Não conheço Benavente. Gostaria de ir a Benavente dançar num arraial. Jamais irei a Benavente, enquanto não sair do rol das terras atrasadas civilizacionalmente.
O povo de Benavente merece melhor.
Aqui deixo esta sugestão civilizada. Garanto-vos que as crianças e até os adultos divertir-se-iam muito mais. E civilizadamente. Que é o mais importante. E Benavente deixaria de estar virada para trás.
Isabel A. Ferreira
Na verdade, a "apanha do porco", que estava anunciada para amanhã, dia 1 de Julho, e constava pela primeira vez no cartaz das Festas de Reixida, aldeia da freguesia de Cortes, concelho de Leiria, é uma prática medieval desadequada aos tempos modernos, e muito menos destinada a crianças.
Entendeu a Comissão de Festas emitir o comunicado que aqui se reproduz, cancelando o evento.
Parabéns, à Comissão de Festas de Reixida.
Eu, pessoalmente, estou muito orgulhosa do vosso gesto.
Para mim é uma alegria não ter de colocar Reixida no rol das localidades atrasadas civilizacionalmente.
Muito obrigada e um bem-haja!
Isabel A. Ferreira
Em Portugal tudo está à venda.
E os estrangeiros, com poder de compra, estão a infiltrar-se em tudo: bancos, empresas, hospitais, palácios, conventos, ruas, prédios…
Até a Língua Portuguesa foi a leilão!
O Convento do Beato acaba de ser vendido a um grupo imobiliário suíço…
E a muito badalada Madonna, ouvi hoje, vai ter direito a estacionamento gratuito, num terreno da Câmara Municipal de Lisboa, para 15 carros… ali perto da sua mansão…
Eu também quero! Não queremos todos?
Convento do Beato: um lugar ideal para eventos.
Fonte da imagem: Internet
Pois é: e enquanto Portugal se despedaça, o Celinho canta e dança. E o Toninho também. E o Nandinho idem...
(Obviamente, o Zé Pedro mereceu a homenagem)
Fonte da imagem:
E, na verdade, como diz Martin Luther King, «nada no mundo é mais perigoso do que a ignorância sincera e a estupidez conscienciosa» que, instaladas no Poder, podem destruir um país, a sua cultura culta e a sua identidade.
Neste momento, uma e outra coisa (a ignorância sincera e a estupidez conscienciosa) mantêm a Língua Portuguesa prisioneira de um acordo que uma minoria inculta está a impor a Portugal.
E isto é um facto. Não é um insulto.
E para que não se diga que uso palavras mais ousadas para definir esta coisa do acordo ortográfico, aqui deixo as palavras do grande Cícero. E eu limitar-me-ei a concordar com ele. (Isabel A. Ferreira)
Isabel A. Ferreira
Coitados! Ainda não se aperceberam de que as touradas não são factos, nem realidades ancestrais do povo português, nem tão-pouco tradição.
As touradas são apenas o reflexo de uma época bárbara, onde reinava uma ignorância que passou de geração em geração e entranhou-se como uma lepra incurável na pele dos últimos cavaleiros do apocalipse do Século XXI D.C.
Hoje, algures em Lisboa, um grupo de trogloditas tentará derrubar projectos civilizados, esquecendo-se de que a voz da minoria que representam até pode sair da sala, mas só dirá do desespero deles e da sua profunda miséria moral.
O que se vê neste vídeo é a realidade espanhola, que é igualmente a realidade portuguesa. Condutas macabras, que nem os homens primitivos praticavam, acontecem em Barrancos e Monsaraz, em arenas sempre quase vazias…
E apesar desse vazio, eles acham que são muitos. Eles acham que isto é tradição. Eles acham que isto é cultura, é arte, é coisa civilizada…
E o pior é que vivem virados para trás, para um passado que já passou, tão virados, que não conseguem ver a realidade e que o mundo avançou…
E a realidade é que as touradas estão mesmo à beirinha do abismo, e à menor brisa elas nele cairão, para sempre.
Podem reunir-se. Podem bradar aos céus. Podem viver na ilusão da mentira.
Porque os factos e as realidades das touradas são que elas estão definhadas, moribundas e os seus poucos aficionados deliram ao achar que este costume bárbaro está vivo e que ainda tem futuro.
E é como diz Cícero:
Pois, hoje, algures em Lisboa, ir-se-á perseverar no erro.
Isabel A. Ferreira
Um texto imperdível, para todos os que se dizem amantes da Língua Portuguesa.
Um importantíssimo e magnífico texto assinado por J. Nuno A. P. S. Ferreira que põe a nu a irracionalidade da mais monumental fraude linguística de todos os tempos, em todo o mundo: o mal dito e escrito AO90.
E isto acontece em Portugal.
Pobre país quando cai nas mãos de pobres de espírito (não confundir com pobres em espírito, que é outro conceito).
Discórdia Ortográfica
1 - A unificação que não existe
Não existe nenhuma Língua global que seja unificada.
Admitindo que seremos (erradamente) pioneiros numa iniciativa deste tipo, fica apenas a certeza de que haverá o dia em que um povo adoptará numa nova palavra ou ortografia não adoptada por outros.
A unificação é uma miragem que o tempo se encarregará de levantar.
Ficará apenas a certeza dos erros cometidos.
As Línguas, faladas ou escritas, não pertencem a nenhum governo.
Pertencem ao povo que as falam e escrevem.
A fala e a escrita estão tão vivas quanto o povo, e sofrem as influências do ambiente que as rodeia.
Em Portugal diz‐se “betão” do francês “béton”, enquanto que no Brasil usa‐se um “concreto” do inglês “concrete”.
Ainda no Brasil, “espingarda” é “rifle” (“rifle” em inglês), “travões” são “breques” (“breaks” em inglês), e “congéneres” são “contrapartes” (“counterparts” em inglês).
Demonstra‐se apenas a ignorância a respeito das regras e práticas das restantes Línguas que se querem como exemplo, mas também a respeito na nossa própria Língua.
Em discussão, esta ignorância fica patente quando os defensores do Acordo Ortográfico referem como exemplo a seguir uma Língua Inglesa que, segundo estes, não têm diferenças de ortografia entre os vários países com esta Língua Oficial.
Nada poderia estar mais errado.
Existe “color” nos USA e “colour” no UK, “gray” e “grey”, “modeling” e “modelling”, e muitas outras diferenças ortográficas.
Isto para além das análogas a um “betão/concreto” como é o caso do “solicitor/lawyer”.
Não existe qualquer mal na ignorância, apenas na omissão de se informar antes de argumentar.
A verdadeira unificação é a aceitação das diferenças. É entender que as diferenças contribuem para um enriquecimento da Língua.
Quantos mais países falarem a Língua, mais contribuições existirão para o enriquecimento da mesma.
Isto é riqueza linguística, cada país com a sua variante:
O que o Acordo Ortográfico promete, é a substituição do “Português (Brasil)” e do “Português (Portugal)” por um tímido e fraco “Português”.
No entanto, aquilo que deveríamos almejar seria um “Português (Brasil)” e “Português (Portugal)” acrescidos de: • “Português (Angola)” • “Português (Cabo Verde)” • “Português (Guiné)” • “Português (Macau)” • “Português (Moçambique)” • “Português (São Tomé e Príncipe)” • “Português (Timor)”
E já agora, porque não: • “Português (Galiza)” • “Português (Goa)”
Os mais atentos terão certamente reparado que a versão que possuo do Microsoft Word é em inglês.
Lá chegaremos em momento oportuno.
Outro aspecto, que só pode ser distracção, é a eliminação das ditas consoantes mudas, sustentada em argumentação de facilidade de aprendizagem.
Resta saber o que fica dificultado.
Se actualmente se escreve “colecção” (do latim “collectio”), e se pretende mudar para “coleção”, gostaria que explicassem como facilita a aprendizagem de Línguas estrangeiras (ou a Língua Portuguesa por estrangeiros), quando temos “collection” em inglês e “collection” em francês.
Voltamos à base do facilitismo.
A iliteracia é elevada.
Escreve‐se mal Português.
Mudar o sistema de ensino está fora de questão.
Muda‐se a Língua.
Albarda‐se o burro à vontade do dono.
Enquanto nos outros países se aumenta a exigência do sistema de ensino, de modo a produzir recursos humanos com maiores competências, em Portugal promove‐se as passagens de ano administrativas.
O resultado de anos de facilitismo, tanto em Portugal como no Brasil, salta à vista, como facilmente se pode observar:
2 - Força da Língua
Muito se fala em torno da Língua Portuguesa ser a quinta ou a sexta mais falada em todo o mundo.
Como se a quantidade de pessoas fosse assim tão relevante quanto isso.
Na lógica da quantidade temos à frente do Português o Mandarim, Hindi, Castelhano, Inglês e, dependendo de como se conta, o Árabe.
Mas será a quantidade assim tão importante, tão relevante? Ou será a qualidade?
Não será mais importante a qualidade dos artigos, documentos, livros originais escritos nessa mesma Língua? Não será mais importante a excelência profissional e intelectual das pessoas com essa Língua nativa?
E assim anda a "inteletualidade" da comunicação social televisiva…
Onde está o Mandarim? O Hindi? Alemão, Francês, Polaco, Japonês, Italiano e Holandês à frente do Português? Como?!
Parece óbvio que o desenvolvimento económico, tecnológico e cultural dos países é mais importante para a projecção de uma Língua do que a quantidade de falantes.
Nem entendo como é possível pensar o contrário.
Repare‐se como o Espanhol (Castelhano) foi prejudicado (de segunda Língua mais falada para nono lugar na WIKIPÉDIA) pelo fraco desenvolvimento da generalidade dos países com esta Língua materna.
Se Portugal pretende dar projecção mundial à Língua Portuguesa, não alcançará o sucesso através de Acordos Ortográficos, mas sim através do apoio económico, tecnológico e cultural aos restantes países de Expressão Portuguesa.
O problema é que ainda nem nos conseguimos apoiar a nós mesmos.
Urge resolver o problema do sistema de ensino Português.
Aumentar o nível de exigência.
Acabar com os facilitismos.
3 - Exemplos de bom senso
Ainda ao abrigo da ignorância, há quem torture os números para que estes digam que a Língua Portuguesa está em oitavo lugar na WIKIPÉDIA devido às diferenças ortográficas, que sem elas estaríamos num lugar muito mais honroso.
Como, uma vez mais, o problema não é a ignorância, mas sim a falta de pesquisa de informação que sustente a argumentação, aqui fica, preto no branco, essa mesma informação em falta.
Informação esta que denota o bom senso e elevação demonstrado por uma comunidade de colaboradores na WIKIPÉDIA que terá, certamente, um elevado nível cultural.
Vejamos de que se trata: «Wikipédia: Versões da língua portuguesa (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)
O Português escrito em Portugal, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Guiné‐Bissau, Angola, Moçambique, Timor‐Leste e Macau (chamado de ʺportuguês europeuʺ) tem diferença sensível em relação ao português escrito no Brasil (chamado de ʺportuguês brasileiroʺ). Ainda, entre cada país do considerado ʺportuguês europeuʺ há diferenças locais relevantes.
No próprio território brasileiro, entre uma região e outra, também há diferenças no modo da escrita e nas gírias locais.
Por exemplo, na página principal aparece em vários sítios a palavra ʺprojectoʺ.
Esta palavra está escrita na norma seguida em Portugal e na África.
No Brasil, escreve‐se ʺprojetoʺ, omitindo a letra ʺcʺ.
Qual das duas versões está correcta? Ambas.
Simplesmente uma versão é usada no Brasil e outra em Portugal, África e territórios asiáticos.
Como acontece nas outras grandes línguas internacionais, não existem versões superiores ou inferiores: são apenas diferentes.
Por isso, não veja algo que não está escrito no seu português como incorrecto apenas por isso.
Este projecto é a Wikipédia em língua portuguesa, também chamada de Wikipédia lusófona.
Ou seja, é de todos os falantes do português, seja qual for a norma que utilizam.
Consequentemente, mudar da norma ʺAʺ para a norma ʺBʺ não é bem‐vindo, porque isso implica uma falta de respeito com os utilizadores das edições anteriores. (...)»
Se os defensores do Acordo Ortográfico partilhassem deste mesmo bom senso e elevação, e estivessem despidos de outros interesses que não a riqueza da Língua Portuguesa, não haveria certamente lugar a um tão ridículo acordo.
Mas ainda se pode ir mais longe.
Podemos chegar ao topo da lista: a Língua Inglesa. «National varieties of English (See also: Wikipédia: Manual of Style (spelling).
The English Wikipedia has no general preference for a major national variety of the language. No variety is more correct than the others. Users are asked to take into account that the differences between the varieties are superficial. Cultural clashes over spelling and grammar are avoided by using four simple guidelines. The accepted style of punctuation is covered in the punctuation section. Consistency within articles Each article should consistently use the same conventions of spelling and grammar. For example, center and centre are not to be used in the same article. The exceptions are: quotations (the original variety is retained); titles (the original spelling is used, for example United States Department of Defense and Australian Defence Force); and explicit comparisons of varieties of English. Strong national ties to a topic An article on a topic that has strong ties to a particular English‐speaking nation uses the appropriate variety of English for that nation. For example:
American Civil War—(American English) Tolkienʹs The Lord of the Rings—(British English) European Union institutions—(British or Irish English) Australian Defence Force—(Australian English) Vancouver—(Canadian English) Retaining the existing variety If an article has evolved using predominantly one variety, the whole article should conform to that variety, unless there are reasons for changing it on the basis of strong national ties to the topic. In the early stages of writing an article, the variety chosen by the first major contributor to the article should be used, unless there is reason to change it on the basis of strong national ties to the topic. Where an article that is not a stub shows no signs of which variety it is written in, the first person to make an edit that disambiguates the variety is equivalent to the first major contributor. (…)»
Como se pode observar, exactamente os mesmos problemas (ou ainda maiores, com os problemas derivados das unidades de medida), e ainda assim conseguem ter o maior número de artigos na WIKIPÉDIA.
4 - Perigos e certezas
Muitos são os que olham para este Acordo Ortográfico como uma oportunidade de negócio.
Um longo caminho se percorreu para evitar que os manuais escolares fossem substituídos anualmente.
Neste momento as editoras esfregam as mãos de contentes para terem a oportunidade de substituir novamente todos os manuais escolares. Em 2009 os do primeiro ano, em 2010 os do segundo, e assim sucessivamente.
Poucos são aqueles que se apercebem dos perigos vindos de Oeste.
Grandes editoras, com matérias‐primas mais baratas, mão‐de‐obra ainda mais barata e sem garantias de qualificações apropriadas.
Por coincidência, ainda há pouco tempo peguei em alguns manuais dos tempos da universidade.
Em dois manuais de apoio (probabilidade e estatística), um era de origem brasileira.
Desconheço a situação actual a nível universitário, mas a nível profissional sei que a grande maioria de traduções para Português de livros técnicos de informática são em Português do Brasil.
Mas não se restringe a livros impressos.
Não é necessário estar muito atento para entender as dificuldades que os tradutores Portugueses têm em Portugal para encontrar trabalho, com a concorrência dos congéneres Brasileiros.
Com o Acordo Ortográfico a situação só tende a agravar‐se.
É um Acordo muito mais vantajoso para o Brasil que para Portugal.
Não só pela mão‐de‐obra mais barata, como também pela facilidade na desvalorização da moeda para facilitar as exportações.
E quem fala em livros, fala em filmes, em programas de computador, etc.
As legendagens estão entregues a mão-de-obra barata brasileira daí este “de dia 23”…
Estes são os perigos.
Quanto às certezas, apenas as de que não existe nenhum Acordo Ortográfico que obrigue as pessoas a mudar o modo como escrevem, nem que obrigue a ler o que quer que seja que esteja nessa forma imposta.
Não posso falar pelos outros Portugueses, mas, no que me diz respeito, posso afirmar que continuarei a escrever do mesmo modo, e que evitarei comprar tudo o que não esteja na forma pré‐Acordo.
Aliás, a esse respeito pouco irá sofrer alguma alteração.
Como se pôde observar, faço os possíveis por ter software apenas em Inglês, sempre que tenho possibilidade de escolha.
Quando não encontro em lojas nacionais, compro através da Internet no UK.
Prática que adquiri desde que fui confrontado nos finais dos anos 80 com a tradução de “help” por “socorro”.
O mesmo se passa com os livros técnicos.
O único livro técnico que tenho em Português do Brasil está vergonhosamente escondido atrás de muitos outros, e apenas consta na minha biblioteca porque foi oferecido num curso de formação que frequentei.
Nunca o teria comprado.
Livros técnicos em Português (poucos) só mesmo os de autores portugueses.
Canais de TV sofrem do mesmo tratamento.
A evitar as dobragens e as legendagens de fraca qualidade.
Para telenovelas não há pachorra.
A avaliar pela quantidade e qualidade dos opositores ao Acordo Ortográfico, fico com a sensação de que a única garantia é que este Acordo irá conseguir afastar ainda mais estas mais‐valias para a Língua Inglesa, empobrecendo cada vez mais a Língua Portuguesa.
Imagino que a tendência seja para haver cada vez mais crianças a frequentar colégios Ingleses, Franceses. Espanhóis e Alemães.
Realmente haverá muita gente a lucrar com este Acordo Ortográfico.
A perder só fica o País.
Penso mesmo existir uma excelente oportunidade de negócio, a editar livros em Português pré‐Acordo.
Quem sabe se não poderá chegar‐se ao extremo de criar um sistema de ensino paralelo. E com a certeza de uma qualidade claramente superior. Também imagino ser difícil fazer pior que o sistema de ensino que existe actualmente.
5 - Referendo
Como já foi referido, a Língua Portuguesa não é propriedade do Estado, nem de nenhum Governo, e muito menos de um qualquer partido político.
A nossa Língua apenas ao povo pertence, seja ele Português, Brasileiro ou outro.
Não me recordo, tão pouco, de um qualquer partido político ter feito referência à sua posição a respeito do Acordo Ortográfico em campanha para qualquer uma das eleições legislativas.
Se o Tratado de Lisboa poderá ser considerado como uma opção política, já o mesmo não se passa com esta questão da Língua que apenas ao povo diz respeito.
Tal ingerência apenas pode ser legitimada através da consulta popular num referendo.
6 - Autoria
J. Nuno A. P. S. Ferreira
Fonte:
http://fs1.nuno.net/DiscordiaOrtografica.pdf
Recebi um comentário do Hugo Pinto, e que aqui destaco, para que, de uma vez por todas, fique demonstrado que os forcados são os maiores cobardes de uma tourada, porque atacam em bando, um Touro já moribundo. E isso nem é arte nem valentia. É a mais pura e repugnante cobardia.
Veja-se este vídeo com atenção.
(Vídeo indisponobilizado devido ao HORROR que nele é mostrado).
Ataque em bando a um Touro moribundo, cheio de farpas, a sangrar, indefeso (com os cornos embolados) com as carnes já rasgadas. Repare-se no “reforço” que mostra a invirilidade dos forcados. Aos forcados falta-lhes umas coisas que eu cá sei, para enfrentarem um Touro com todas as suas faculdades físicas INTACTAS. Por isso eles tentam disfarçar essa falha com umas "almofadinhas", e só atacando um Touro moribundo conseguem sentir-se machos (não disse homens). Este Touro conseguiu reunir as derradeiras forças e defendeu-se legitimamente, dando uma boa lição de valentia ao cobarde forcado que o atacou. É que VALENTIA é estar moribundo e a sofrer horrores e ainda assim conseguir reunir as derradeiras forças para neutralizar o carrasco. Isso é que é valentia. E aqui o HERÓI é o Touro.
Hugo Pinto comentou o post Cobardia dos forcados portugueses motiva a selecção iraniana através da visão deformada de Carlos Queiroz às 09:35, 27/06/2018 :
Independentemente de gostar ou não deste ressabiado, o texto escrito no blogue é completamente errático e escrito por alguém que não sabe o que diz. Nas touradas, tradição aceite ou não por alguns, os forcados são os únicos que não magoam o touro. Os forcados são aqueles que se formam em linha em frente ao touro e quando o animal faz a investida o forcado tenta manter-se seguro entre os cornos do boi. Arte de valentia e coragem, única no mundo. Com os forcados o animal não tem qualquer sofrimento |
***
Hugo Pinto,
Quanta ignorância! Quanta estupidez! Quanta falta de saber! Quanta falta de sensibilidade! Quanta falta de discernimento! Este seu comentário tresanda ao mofo.
Primeiro: saiba que não está a dirigir-se a uma leiga, nestas coisas de crueldade e violência. Quem não sabe o que diz é quem diz que nas touradas (que NÃO É uma tradição, mas sim um costume bárbaro herdado dos monarquistas espanhóis) os forcados são os únicos que não magoam o Touro.
Segundo: quando os cobardes forcados formam em linha diante do Touro, estão diante de um TOURO JÁ MORIBUNDO. E quem investe contra o Touro são os cobardes forcados, porque o Touro, já ferido de morte, nem sequer tem forças para se defender. E quando o cobarde forcado tenta manter-se seguro entre os “cornos” do BOI (disse bem, porque o Touro não passa de um boi, e os bois são bovinos, herbívoros mansos que só investem contra qualquer coisa, unicamente para se defenderem) é preciso acrescentar que são CORNOS EMBOLADOS (queria ver um forcado a segurar-se em cornos à vista, bem afiados). E isso não é arte nem valentia. Insulta- se a Arte e a Valentia ao chamar arte e valentia à maior das cobardias do mundo: atacar um ser vivo já moribundo e a sofrer atrozmente. E mais: com o ataque dos cobardes forcados o Touro sofre em dobro, por já se encontrar moribundo e cheio de dores. E puxam-lhe o rabo, e atiram-se para cima dele, e rodopiam-no, com os corpos em cima das bandarilhas, fazendo pressão e provocando ao Touro ainda mais dores.
Depois não gostam que eu diga isto: todos os forcados deviam ser torturados, como os Touros são, se algum dia se encontrassem feridos de morte, a sangrar e moribundos, e alguém lhes viesse puxar o rabo, os cabelos e andar com eles às voltinhas, para saberem o que isto é. Não sofreriam nada? Se os touros não sofrem, eles também não sofreriam, porque nenhum deles é um animal? Ou não? Como poderiam sofrer? Só mentes muito deformadas acham que os Touros não sofrem com a investida dos cobardes forcados.
Terceiro: posto, isto é, da Ciência Humana e do Senso Comum que os forcados são os maiores cobardes das touradas porque ATACAM, em bando (oito para um) um touro já moribundo, indefeso e inofensivo, sem forças, com os cornos (as suas defesas) embolados, perfurado por bandarilhas, a sangrar por dentro e por fora, a sofrer horrores, dores atrozes, como qualquer forcado sofreria (?) se lhe espetassem bandarilhas no lombo. E atacar um ser vivo nestas condições não é ser valente. É ser o maior cobarde à face da Terra. Atacar seres indefesos é a maior das COBARDIAS. Mais cobardes do que isto não há.
Valentia seria enfrentar um LEÃO esfomeado na arena, como faziam os desventurados gladiadores no Coliseu de Roma, para divertir os anormais daquela época. Agora, atacar um Touro moribundo e a sangrar, com as carnes rasgadas, e cornos embolados, só mesmo de grandes cobardes sem um pingo de virilidade. E os sádicos aplaudem, porque os sádicos gostam de ver sangue e sofrimento. É da natureza doentia deles.
Por vezes, os Touros, ainda que moribundos, reúnem as suas derradeiras forças e defendem-se valentemente (e aqui sim, há valentia) e mandam um forcado desta para melhor, com toda a legitimidade. Porque morrer, por morrer, ao menos, leva o carrasco com ele.
Percebeu Hugo Pinto?
Não há valentia nenhuma num forcado. Isso é a maior mentira da tauromaquia. E uma mentira repetida muitas vezes até pode parecer verdade, mas continua a ser uma grande mentira.
Isabel A. Ferreira
Depois do jogo entre Portugal e Irão, Carlos Queiroz afirmou, em conferência de imprensa, que motiva os jogadores da selecção iraniana “mostrando-lhes vídeos dos forcados portugueses, vídeos de bravura, da forma como os forcados vão para dentro de uma arena e sozinhos enfrentam o touro e colectivamente, dominam um animal que é mais forte”.
Coitados daqueles que não sabem o que dizem!
Carlos Queiroz motiva-os a ser COBARDES, porque se há cobardes neste mundo, esses cobardes são os forcados, que atacam um Touro já moribundo, indefeso e inofensivo, embolado, perfurado por bandarilhas, a sangrar copiosamente e a sofrer horrores. Mais cobardes do que isto não há.
Agora percebe-se por que a selecção iraniana é tida como uma das mais violentas! Repararam como um grupinho de jogadores investiram para cima do árbito, tal como os forcados fazem ao Touro?
Isabel A. Ferreira
Fonte: https://ionline.sapo.pt/617111
Esteve Eduardo Teixeira, deputado da Nação, pelo PSD, mais um punhadito de sádicos… Veja-se como a arena está a abarrotar deles…
Nesse dia, o Touro foi literalmente sacrificado, ao cair na arena depois de ser sido trespassado por um arpão que lhe atingiu um ponto nevrálgico. Os torturadores tentaram levantá-lo, cansado e ensanguentado, já em grande sofrimento. O Touro não aguentou. Recusou-se e consumou-se o sacrifício, para gáudio dos poucos sádicos que a esta barbárie assistiam e aplaudiam…
E isto acontece em Lisboa, cidade da moda, mas apenas à superfície, porque nos seus subterrâneos, pratica-se os mais brutos r brutais actos, longe dos olhos dos turistas…
E é esta miséria moral, cultural, civilizacional e social que adia um país chamado Portugal…
Um lugar belo, tranquilo, a cheirar a flor de laranjeira, com cantos e recantos que nos encantam, e onde o Sol se espreguiça logo pela manhã.
E quem ama a Arte, este é também um lugar onde a Arte está presente, numa arquitectura bem concebida, que cinge a modernidade e o antigo, e em objectos que dão à “Dona Graça” toda a graça que ela tem. E também os livros, astuciosamente pousados, aqui e ali, convidando-nos a leituras mais ou menos breves.
Enfim, este é um lugar que recomendo, porque ali há laranjeiras que florescem no Inverno e nos dão a ilusão de Primavera.
Isabel A. Ferreira
Site para marcações:
http://www.dona-apartments.com/
Dona Graça, a primeira Dona...
Diz a lenda que o pai era um fidalgo boémio e de bom coração e a mãe uma fadista atraente com muitos pretendentes. Viveram felizes e deixaram-lhe de herança a casa de família na Rua da Bela Vista à Graça, onde tinham um restaurante e casa de fados. Dona Graça transformou-a mais tarde numa casa de hóspedes e foi uma figura central do bairro até à sua morte.
Há dois anos, três amigos reabilitaram a casa, mantendo a traça original, o restaurante, o verde do jardim, ao qual estão a acrescentar uma piscina para refrescar nos dias de Verão, o carinho pelos produtos portugueses e a arte de bem receber quem procura a experiência de viver intensamente Lisboa, num dos bairros mais carismáticos da cidade.
Entre as sete colinas, a da Graça é a que se ergue mais alto.
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