Transporte de animais vivos para o estrangeiro é um abominável delito
Do Brasil chegaram-me notícias de Joselene, uma activista que, tal como eu, luta pelo bem-estar dos animais não-humanos, o elo mais fraco do nosso Planeta.
O que ela denuncia e quer que o mundo saiba, também nós por cá o temos: exportação de animais vivos, transportados em navios ou camionetas, nas mais desgraçadas condições.
Joselene denuncia a crueldade exercida pelo Governo Central do Brasil, “a União”, em Santos, litoral do Estado de São Paulo.
Uma empresa do interior do Brasil, a maior exportadora de gado (carga viva) do país, uma tal de Minerva Foods, da cidade de Barretos, (a tal cidade onde é realizado o maior rodeo do Brasil), está a tentar exportar mais de 29 mil cabeças de gado para a Turquia, através do porto de Santos, o maior da América do Sul.
O gado foi apinhado em camiões, que percorreram mais de 500 quilómetros para chegar a Santos. Depois disso ficaram acondicionados, à espera de serem embarcados para a Turquia, num navio, onde permanecerão por quase um mês, até chegarem ao seu destino.
É inimaginável o sofrimento desses animais, retirados do seu habitat natural e metidos num porão, nas mais desgraçadas condições, fazendo lembrar o tempo da escravatura, quando os negros eram tratados de igual modo. Mas esse tempo já passou. Os negros já não são considerados “animais”, e os animais não-humanos têm direitos consignados na Declaração Universal dos Direitos dos Animais da UNESCO. Direitos esses que não são cumpridos em países que ainda sofrem de um atraso civilizacional bastante acentuado, como Portugal e Brasil.
Em Santos, o povo uniu-se ao governo municipal, para parar com esta exportação, mas a força do dinheiro é muito grande, diz Joselene. Além disso, no Brasil os portos não pertencem às cidades onde estão localizados, mas sim ao Governo Federal (a chamada UNIÃO), embora lhe chamem CODESP (Companhia Docas do Estado de São Paulo)/ CODERJ (Companhia Docas do Estado do Rio de Janeiro)/ CODEBA (Companhia Docas do Estado da Bahia), e assim por diante, apenas para indicar o Estado onde estão localizados. Na realidade nem as cidades e nem os Estados têm autoridade sobre eles.
Porém, no meio de tanta desgraça, conta Joselene que um juiz regional, Márcio Krammer de Lima, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Santos, sob uma ordem do Desembargador Luis Fernando Nishi, determinou o desembarque dos quase 27 mil bois que estavam a bordo do NADA (este é o nome do navio), atracado no Cais do Saboó, no Porto de Santos. O Desembargador Luis Fernando, da 2ª. Câmara Reservada ao Meio Ambiente atendeu a um agravo de instrumento apresentado pela Agência de Notícias de Direitos Animais, a ANDA, e pela Associação Itanhaense de Protecção aos Animais, parte da Acção Pública que estes movem contra os envolvidos nesta exportação. Na sua decisão, anunciada no dia 1 de Fevereiro, o desembargador também reforçou a suspensão do embarque de cargas vivas no complexo, e proibiu a partida do cargueiro, além de fixar uma multa de R$ 5 milhões para qualquer embarcação que carregar animais no Porto. Isto inclui esta e qualquer outra no futuro).
Na sua decisão, o Desembargador citou a “necessidade de melhor disciplina à actividade de transporte marítimo de animais, haja visto amplo material demonstrando crueldade manifesta, incompatível com o art. 225, parágrafo 1º, inciso VII, da Constituição Federal”. Ele referiu-se a este trecho da Constituição, que determina que o poder público deve «proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, às práticas que coloquem em risco a função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade».
As leis até podem existir, mas lá, como cá, não são para cumprir ou fazer cumprir.
Posto isto, o transporte do gado foi interrompido. Para já.
E Joselene diz: «Espero que realmente a exportação não venha a ocorrer, e que ninguém de nosso Governo Federal se sobreponha à decisão do Desembargador Nish, liberando esta exportação cruel. Quero ressaltar a importância das organizações protectoras dos animais que estão envolvidas, a todos os santistas que assinaram os abaixo-assinados ou que lutaram de alguma forma por esta causa; ao Juiz Márcio Krammer, e ao Desembargador Nish, que não se fez de rogado, e agiu conforme lhe manda a Lei e o coração. GOSTARIA QUE TUDO ISTO SERVISSE DE LIÇÃO A TODOS OS QUE DEFENDEM OU QUEREM DEFENDER UMA CAUSA EM PROL DOS ANIMAIS, E SE ACHAM DESMOTIVADOS A SEGUIR EM FRENTE POR CAUSA DO PODER DOS GOVERNOS OU DA GANÂNCIA ENVOLVIDA, bem como sensibilizar a quem até agora se mostrou alheio ao sofrimento dos animais».
O que Joselene gostaria que fosse mostrado fora do Brasil é a crueldade imposta aos animais, a força e a garra das ENTIDADES PROTECTORAS DOS ANIMAIS, MOSTRANDO COMO UNIDOS PODE CONSEGUIR-SE ALGUMA COISA; e a sensibilidade e carácter do juiz Márcio Krammer e do Desembargador do Meio Ambiente, Dr. Luis Fernando Nishi.
Também nós por cá, esperamos que se acabe com o transporte de animais vivos, por todas as vias, porque os animais não nasceram para serem transportados… nasceram para serem livres, no seu habitat natural.
E esta é uma causa pela qual vale a pena LUTAR!
Isabel A. Ferreira
Macaquinhos e humanos foram utilizados em testes de emissões de escapes de carros…
Os humanos estariam lá por vontade própria, por dinheiro... talvez!
Os macaquinhos foram levados à força, cobardemente... É como se tivessem lá posto crianças humanas de três anos de idade... Um acto inqualificável, nos tempos que correm... Os energúmenos que praticaram tal acto deviam ser devidamente punidos, por crime cometido contra a Vida de outrem. E não importa quem é esse "outrem".
Quanta cobardia!!!!
Volkswagen, Daimler e BMW financiaram estudo que testou os efeitos nocivos das emissões de gases de motores a gasóleo em humanos e macacos.
«Caso é denunciado no documentário "Dirty Money" da Netflix. Imagem: Netflix
Três dos principais fabricantes de automóveis alemães - Volkswagen, Daimler (empresa dona da Mercedes-Benz) e BMW - financiaram um estudo que testou os efeitos das emissões dos escapes de veículos a gasóleo em humanos e macacos.
O governo alemão já denunciou as experiências, afirmando que a exposição de humanos e macacos a fumos tóxicos "é inaceitável". A ministra alemã do Ambiente, Barbara Hendricks, classificou os testes como "abomináveis".
"Os testes em macacos ou até mesmo humanos não podem ser justificados de maneira ética", afirmou o porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert.
Estas experiências são "absurdas e abomináveis", criticou o político social-democrata Stephan Weil, que é também membro do conselho de supervisão da Volkswagen. "O lóbi não pode ser uma desculpa para tais testes", disse Weil citado pela BBC.
Os políticos alemães referiam-se às experiências que sujeitaram humanos e macacos à exposição de gases do escape de veículos a gasóleo com o objectivo de mostrar que a nova tecnologia deste tipo de motores era mais limpa e menos nociva.
A notícia foi avançada pelo jornal "The New York Times" na semana passada e foi também retratada no documentário "Dirty Money", que começou a ser emitido na plataforma de "streaming" Netflix na sexta-feira.
O estudo foi encomendado ao Grupo Europeu de Pesquisa sobre Meio Ambiente e Saúde no Sector dos Transportes (conhecido pela sigla EUGT, o acrónimo em alemão) e financiado pelas três marcas alemãs. A investigação terá sido projectada após a denúncia de que os gases do escape deste tipo de combustível eram cancerígenos.
A pesquisa tinha por objectivo mostrar que a mais recente tecnologia dos veículos a gasóleo tinha resolvido o problema do excesso de emissões associadas a uma série de doenças pulmonares e culpado por dezenas de milhares de mortes prematuras, dados que constam de um relatório da Comissão Europeia.
Testes com humanos na Alemanha, com macacos nos EUA
As experiências dos testes de emissões de gases de escape de carros com motores a gasóleo decorreram durante um mês, num laboratório em Aachen, no oeste da Alemanha, segundo o jornal "Stuttgarter Zeitung".
Durante os testes, 19 homens e seis mulheres foram expostos a diferentes concentrações de emissões de dióxido de nitrogénio (um gás extremamente tóxico e irritante). Os testes com humanos terão acontecido em 2016.
A experiência com macacos foi levada a cabo num laboratório em Albuquerque, no Novo México, nos Estados Unidos, em 2014, segundo o "New York Times".
Dez macacos foram colocados em câmaras herméticas a ver desenhos animados enquanto inalavam os fumos do escape, primeiro, de uma carrinha Ford (modelo de 1999) e, depois, de um Volkswagen Beetle a gasóleo (modelo de 2012), fornecido pela marca. Os fabricantes queriam usar os resultados da experiência para provar que a nova tecnologia "diesel" era mais limpa e menos maligna que a anterior.
O carro usado na experiência foi um dos muitos veículos cujo "software" foi manipulado para dar resultados de emissões mais baixos do que eram na realidade, um escândalo revelado em 2015.
Os testes de emissões feitos com macacos foram agora revelados na sequência de um dos muitos processos legais contra a Volkswagen que decorrem nos tribunais dos Estados Unidos.
Novo capítulo no escândalo das emissões poluentes
As três construtoras alemãs já vieram a público condenar a realização do estudo, que, apesar de ter sido levado a cabo nos Estados Unidos, foi pedido pelo centro de investigação europeu (e financiado pelos três fabricantes alemães).
Organizações de defesa dos direitos dos animais, como a PETA, não poupam nas críticas à experiência com os macacos e pedem à Volkswagen o fim imediato dos testes com animais.
Ainda não foi possível apurar se os três fabricantes alemães tinham ou não conhecimento da utilização de humanos e macacos para a realização dos testes, segundo a agência Reuters.
As três marcas já comunicaram que está em curso uma investigação aprofundada aos estudos realizados pelo gabinete europeu que fechou portas no final do ano passado.
O grupo Volkswagen afirma, em comunicado, que "os testes feitos em animais contradizem os princípios éticos" da marca.
Na mesma linha, a Daimler afirmou também que "condena veementemente a experiência", que "viola os valores e princípios da marca".
Por seu lado, o grupo BMW "condena os estudos levados a cabo pelo EUGT" e reforça que "não realiza testes em animais".
Fonte:
http://rr.sapo.pt/noticia/104208/humanos-usados-em-testes-de-emissoes-de-carros
Antes de dizer ao que venho, quero deixar aqui bem claro que a Língua Portuguesa é a Língua Portuguesa. Ponto. Uma língua de raiz indo-europeia e greco-latina. Ponto. Uma Língua que absorveu o léxico dos vários povos que viveram na Península Ibérica *, tais como os Celtas, os Iberos, os Lusitanos, os Romanos, os Suevos, os Visigodos, os Árabes. A Língua assimilada de todos estes povos constitui a Língua Portuguesa Culta. Ponto. A Língua dos Portugueses. Ponto.
(* Para quem não sabe, a Península Ibérica está situada na parte mais ocidental da Europa, e jamais pertenceu à América do Sul).
No que respeita ao AO90, não sei qual é a posição do José Alberto Carvalho (que conheci quando trabalhava na RTP, e sempre o tive como um Jornalista de excelência, profissionalmente e humanamente falando. Mas que esta “coação”, nesta imagem, não diz a treta com a careta, não diz, caro José Alberto. Não diz. E como é lamentável!
Pois é. Isto vai por aí uma “coação” pegada, na nossa muito subserviente comunicação social (e não só na TVI) destituída de qualquer brio profissional e de conhecimentos básicos da Língua Portuguesa. É que este substantivo feminino lê-se “cuâção”, (e posso afirmar que apenas os ignorantes lêem esta palavra abrindo o primeiro a), e o significado de coação (cuâção) nos dicionários de Língua Portuguesa **, é a acção ou o resultado de COAR, de filtrar um líquido; é sinónimo de coadura = passagem de um líquido pelo coador, ou o líquido já coado. Nada tem a ver, portanto, com COAGIR.
(** Nestes, não se incluem os dicionários acordistas que, cheios de erros básicos, são bons apenas para fazer fogueiras neste Inverno (com I maiúsculo) tão frio…
Isto é simplesmente, uma vergonha!
Já um destes dias, publiquei um texto sob o título
DEPUTADA DA NAÇÃO COAGIDA A NÃO VOTAR CONTRA O AO90 NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
http://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/deputada-da-nacao-coagida-a-nao-votar-98802
onde se refere a “moda” de os governantes andarem por aí a coagir (obrigar a fazer ou a não fazer algo, usando a chantagem, a força ou outro processo violento ou moralmente inadmissível, que nada tem a ver com COAR) deputados da Nação, quando se trata de votar matérias tabus, no Parlamento. Ora o AO90 (entre outras) é uma matéria tabu no Parlamento, a qual convém ao ministro dos Negócios Estrangeiros, ao primeiro-ministro e ao presidente da República silenciar ou puxar a brasa para a sardinha deles, quando se trata de votar.
Muitas vezes me pergunto o que levará “profissionais” da comunicação social portuguesa a escrever e ler mal a nossa Língua?
Há três hipóteses:
- ou já nasceram parvos, e como tal não deviam ocupar cargos que dizem respeito à coisa pública;
- ou fazem-se de parvos, a troco de dinheiro;
- ou sujeitam-se a ser parvos, com medo de serem despedidos.
Conheço alguns que se encaixam nas duas primeiras hipóteses e, portanto, são o que são, e a mais não são obrigados.
Também conheço muitos que, com medo de serem despedidos, sujeitam-se a fazer papel de parvos. E isso é terrível.
A mim, se me dissessem: «pagamos-te para fazeres-te de parva, ou vais para o olho da rua…», eu escolheria o olho da rua, porque é mais honesto andar a pedir esmola do que vender a alma ao diabo. Até porque há alternativas.
Simplesmente, esta geração de “jornalistas” tem medo de se UNIR, em bloco, e enfrentar as feras, e defender, com justa causa, o seu mais precioso instrumento de trabalho: as palavras bem escritas e bem ditas. Ou escrevemos e lemos correCtamente a nossa Língua, ou não há nada para ninguém… Sem jornalistas, a comunicação social PARAVA.
O mesmo acontece nas escolas: se os professores se UNISSEM e se RECUSASSEM, em bloco, a “ensinar” os alunos a escrever segundo a cartilha brasileira, sendo eles cidadãos portugueses, logo, europeus, logo, tendo o direito a ser tratados como europeus, e não como sul-americanos, as escolas PARAVAM. E como é fácil desensinar o que foi mal ensinado! As crianças aprendem e desaprendem tudo, rapidamente!
Conclusão: só os cobardes necessitam da mentira para iludir a realidade. E a realidade é que um tsunami da mais crassa ignorância está a assolar o país e a fazer dele a cloaca linguística da Europa. E o pior, é que quem poderia travar este tsunami, abraçou a cobardia.
Lamentável! Muito lamentável!
Isabel A. Ferreira
Espero que a venda de chocolates tenha o mesmo insucesso que teve este festival de “bailarinas triunfadoras”, que, reza a crónica, foi um autêntico fiasco. É que o campo pequeno não é um lugar de civilização…
Sim, sei que este título não é politicamente correcto, mas o que se faz na arena de tortura de bovinos do campo pequeno também não é nem politicamente, nem humanamente, nem moralmente, nem socialmente correcto e faz-se, ou não fosse aquela arena propriedade da Casa Pia (de má memória) e estar sob a alçada do Estado português…
Bem… isto para dizer que acabei de ver nas notícias da SIC, que ali, naquele campo, onde se torturam bovinos, e o cheiro a bosta, a urina, a suor, a álcool e a sadismo está impregnado, por mais lixivia que lhe atirem para cima, estão a vender chocolates…
Bolas! Nem dados, muito menos comprados!
Quem se desloca àquele antro tauromáquico tem de saber que está a contribuir para a tortura de seres sencientes e indefesos… em plena cidade de Lisboa, que dizem ser uma espécie de capital europeia…
Isabel A. Ferreira
A Responsável Territorial do PACMA, Ana Belén Martín, está na Galiza a trabalhar intensamente e contra-relógio para que o Ministério do Meio Ambiente e Ordenamento do Território da Xunta de Galicia (que só podia ser PP) ordene a suspensão da IX Taça de Espanha de Caça à Raposa. Os montes da Galiza transformaram-se em campos de batalha para as raposas.
O objectivo desta iniciativa é matar tantos espécimes quanto for possível, atentando indiscriminadamente contra a vida dos animais e contaminando o meio ambiente.
O PACMA (Partido Animalista Contra o Maltrato Animal – o correspondente espanhol do nosso PAN) está empenhado em pôr fim à caça.
Eu não disparo. STOP a Caça à Raposa!
FORÇA, PACMA!