São Francisco de Assis morreu em 3 de Outubro de 1226, e foi a enterrar a 4 de Outubro, e a partir de então, este passou a ser o dia em que se celebra o Santo que celebrou a Criação.
A igreja católica deveria seguir o exemplo de São Francisco de Assis, que considerava seus irmãos os animais não-humanos, que com ele partilhavam o Planeta.
Mas, infelizmente, os padres católicos julgam-se acima de Deus.
(Imagem: Internet)
Todos os animais são também meus irmãos. Todos os seres animados (com alma) e não animados (sem alma) são o resultado da mesma Criação.
Todos os dias, para mim, são dias de celebrar a Vida.
Mas hoje, especialmente hoje, dedicarei este texto, de Josefina Maller, aos meus irmãos animais…
POR QUE GOSTO DOS ANIMAIS NÃO-HUMANOS?
Todos sabem (os meus leitores, claro!) que eu sou uma defensora acérrima dos animais (de qualquer animal, seja doméstico ou selvagem, do cão, do gato, da formiga ao hipopótamo), dos seus direitos, e de como os considero meus irmãos, porque somos seres da mesma Criação, com quem partilho o mesmo Planeta e a mesma vida: respiramos o mesmo ar; bebemos da mesma água; alimentamo-nos do que a Natureza nos dá; temos as mesmas necessidades vitais, fome, sede, sono; sofremos as mesmas dores; somos fustigados pelo mesmo vento; ilumina-nos o mesmo Sol; vela-nos a mesma Lua; abrasa-nos o mesmo Fogo; somos atingidos pelos mesmos flagelos da Natureza, pelas mesmas doenças, pelos mesmos martírios que nos infligem os animais humanos.
Porém, nem todos saberão porquê.
in «A Hora do Lobo» © Josefina Maller
Gosto dos animais não-humanos porque:
- São-nos fiéis em qualquer circunstância: nos bons e nos maus momentos; na fartura e na miséria; na saúde e na doença.
- Não têm vícios, não se embebedam, não se drogam...
- Não são rancorosos.
- Não usam da violência para maltratar os da sua espécie, a não ser em legítima defesa ou por uma questão de sobrevivência...
- Não matam por prazer.
- Não são cruéis.
- Não sentem ódio, nem escárnio.
- Não massacram.
- Não são terroristas.
- Não desprezam os seus.
- Não poluem as águas, o ar, o solo, o ambiente...
- Não fazem guerras.
- Não são bombistas suicidas.
- Não destroem o seu habitat.
- Não inventam armas mortíferas.
- Não sequestram os seus.
- Não violam os seus.
- Não torturam os seus.
- Não impingem o seu modo de vida a ninguém.
- Não são intolerantes.
- Não mentem nunca.
- São afectuosos.
- São pacifistas.
- Não são hipócritas, nem cínicos.
- São amorosos, perspicazes, laboriosos, inteligentes, sensíveis.
- Não agridem, se não os agredirem.
- Não são ladrões.
- Não são corruptos.
- Não são traficantes de droga, nem de armas, nem dos seus.
- Respeitam as leis da Natureza e da Sobrevivência.
- Não andam no mundo só por ver andar os outros: intuem o verdadeiro sentido da Vida, porque a vivem de acordo com a Lei Natural... que é forma mais inteligente de viver...
QUE MOTIVOS TEREI EU PARA NÃO RESPEITAR OU NÃO GOSTAR DOS ANIMAIS NÃO- HUMANOS OU DE CONSIDERÁ-LOS INFERIORES A MIM?
Josefina Maller»
Fonte:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/por-que-gosto-dos-animais-nao-524277
Há por aqui algum aficionado de touradas que esteja a chorar baba e ranho pela morte do monstro de Las Vegas, que metralhou uma multidão pacífica, fez 59 mortos e mais de 500 feridos?
É que eu não estou. Não me regozijei com esta morte. Mas não estou a chorar baba e ranho. Simplesmente sou indiferente e digo: menos um a fazer o mal neste mundo.
(Imagem: David Becker /Getty Images)
«Se não estão a chorar deviam, têm muito em comum, este também matou porque sim. Porque gostava, porque fazia senti-lo poderoso, porque lhe dava prazer. Em suma porque como eles (os cobardes tauricidas) era uma besta desprezível, com baixo QI, problemas de auto-estima, problemas cognitivos, incapacidade de sentir compaixão ou empatia. Enfim um sub-humano, que finalmente se foi, embora tarde demais. Esta conclusão pode ser extensiva a seres similares...» (cobardes toureiros, forcados, bandarilheiros, ganadeiros e os sádicos que aplaudem a morte e a tortura na arena, para se divertirem)...
Um abominável artigo, sobre a abominável prática selvática da tourada, e o comentário de um amigo que subscrevo na íntegra
É esta a verdade da selvajaria em pleno século XXI depois de Cristo
«Começo muito mal o dia, ao ler este artigo (?) de propaganda das touradas – um nojo!
Quem o escreve é a aberração humana que preside à Federação Portuguesa de Tauromaquia (?) – como é possível a existência de uma agremiação deste tipo em Portugal, nos dias de hoje?
O artigo é um insulto a todos os portugueses verdadeiros, ou seja, dignos desse nome!
Vi no Facebook o que se escreveu em 2015 sobre a aventesma – que tem o descaramento de agora o repetir, acobertado pelo Governo, e nomeadamente pelo Ministério da Cultura.
Os três primeiros comentários, que aprovo, dizem muito: do irracional autor e da vergonhosa cumplicidade da direcção do jornal.
(Este o teor de um e-mail que me foi enviado por um amigo)»
Faço totalmente minhas as palavras do meu amigo.
Espero, muito sinceramente, que o BE, o PEV e o PAN (uma vez que o PS, PSD, CDS/PP e PCP (farinha do mesmo saco) são a favor da TORTURA ANIMAL reprovem este «texto que nos envergonha e enxovalha, e lutem para que o OE2018 não contemple, nem com um cêntimo, o "abono" à dita Federação - é preciso não esquecer: em Portugal há milhares de crianças com fome!»
O abominável artigo pode ser lido aqui:
E vai tudo dar ao mesmo. Quem se deleita com o sofrimento dos Touros, numa arena, são os carrascos de Touros, são monstros. São também sádicos, psicopatas. Atrasados mentais (não confundir com deficientes mentais). Deformados mentais. São a escumalha da humanidade. E não há palavras mansas que possam descrever estes seres desumanos.
«Um animal não pode defender-se; se tu te regozijas com a sua dor, desfrutas da tortura, gostas de ver como sofre esse animal… então não és um ser humano, és um monstro!» (José Saramago)
Esta carapuça serve a todos os que praticam, aplaudem, apoiam e promovem a selvática prática tauromáquica.
A Democracia só funciona em pleno, num país em que o povo é maioritariamente instruído, esclarecido e imbuído de espírito crítico.
Não sendo assim, a democracia será uma democracia manca.
E obviamente que é essa democracia manca que predomina em Portugal.
Os órgãos de comunicação social mais visíveis (as televisões) atulharam-nos com os resultados de Lisboa (cujo candidato PS perdeu a maioria); do Porto (cujo candidato independente ganhou a maioria); de Oeiras (a maior demonstração da falta de espírito crítico do povo); e Coimbra (cujo candidato PS ganhou sem maioria).
Depois era só falar da vitória do PS, com os melhores resultados de sempre; da derrota do PSD, a nível nacional; no bom resultado do CSD/PP em Lisboa; da perda de mandatos da CDU para o PS; do Bloco de Esquerda que consegue um deputado para a CM de Lisboa e mais alguns, por aí… mas não consegue a Câmara de Salvaterra de Magos, e ainda bem, pois assim temos menos uma aficionada de touradas (sem que o BE, que se diz anti-tourada, se importasse com isso) no poder; dos independentes que se destacaram nestas eleições; e do PAN? Ninguém dizia nada. Era como se não existisse.
No entanto, pela primeira vez, o PAN quintuplicou os seus resultados, conseguindo 26 deputados municipais e uma freguesia, tendo chegado a ficar acima do CDS/PP em vários concelhos, mas para sabermos disto, tivemos de andar a procurar informação.
E isto é muito significativo. Significa que a mosca continua a incomodar o elefante. E o elefante não gosta. E como não gosta passa a palavra: é proibido falar no PAN ::: Pessoas-Animais-Natureza nas televisões. E as televisões obedecem... servilmente...
Bem… safou-se Cascais, que rejeitou a aficionada de touradas do Partido Socialista, Gabriela Canavilhas;
Safou-se a Golegã, do candidato PSD, grosseirão e também aficionado assumido da selvajaria tauromáquica;
Em Viana do Castelo um candidato tauricida levou um grande banho de água gelada;
Em Ponte de Lima foi mais do mesmo, nem eram necessárias eleições, CDS/PP levou a melhor, mas não haverá mal que sempre dure…
Nos restantes municípios, onde o atraso civilizacional é evidente, onde ainda existe a ultrapassada prática medievalesca da diversão assente no sofrimento animal, a saber: Lisboa, Albufeira, Moita, Seixal, Vila Franca de Xira, Póvoa de Varzim, Montijo, Leiria, enfim, nestes lugares obscurantistas o PAN será a mosca que incomodará os elefantes.
A abstenção foi enorme, 45,5%; os votos nulos, 1,9%, e os brancos 2,6, e isto tudo somado dá 50%.
Assim sendo, metade dos eleitores portugueses não disse de sua justiça. Azar o deles. Agora não têm autoridade nenhuma para protestarem sobre o rumo que o país vai levar, se esse rumo não lhes agradar. Terão de aceitar servilmente o que lhes impingirem.
Sei que as leis estão feitas assim. Mas fazendo bem as contas, somando e tirando percentagens dos 50% que votaram, é tudo tão insignificante…!
Resumindo: num país em que o povo é maioritariamente desinstruído (temos a mais alta taxa de analfabetismo da União Europeia), é desiluminado e não tem o mínimo espírito crítico, para saber distinguir o trigo do joio, e não acreditar nos mentirosos, ainda não é desta que o nosso país dará um passo em direcção à evolução.
Continuará mais ou menos tudo na mesma, com tendência para piorar, uma vez que PS, PSD, CDS/PP e CDU tirando um ou outro detalhe, tocam sambinhas de uma nota só.
Contudo, espero com muita fé e esperança que eu esteja redondamente enganada.
Isabel A. Ferreira