Estamos a falar de um ser senciente e racional a defender-se da besta humana
Como ficam os bois transportados em navios entre países. Vómitos, urina e fezes por todo o lado, muitos não resistem e chegam ao destino mortos e espezinhados.
Os que sobrevivem são mortos brutalmente para consumo.
A propósito de um comentário ao texto de André Silva (deputado do PAN) sobre a caça.
Origem da imagem: Internet
Monteiro, deixou um comentário ao post «Não gosto de caça: serei extremista?» às 19:59, 2017-02-03.
Comentário:
Infelizmente, o PAN, que tanto ama os animais (e bem), anda a promover a eutanásia e outras formas de extermínio dos humanos (de CERTOS humanos). A Guerra os Humanos: https://www.youtube.com/watch?v=jqu_Xv12Cc4 Sou contra a tourada, mas não sou contra os seres humanos.
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Monteiro:
As pessoas inteligentes têm obrigação de PENSAR um pouco antes de comentar.
Têm obrigação de saber discernir as coisas. De separar as águas.
O seu comentário peca por misturar alhos com bugalhos.
Não sou advogada, e o PAN não me encomendou nenhuma defesa, mas abomino injustiças e esta vossa mania de confundir as coisas e de ver chifres em cabeça de cavalos.
De uma vez por todas: quem é defensor dos animais, obviamente é defensor dos animais humanos e dos animais não-humanos, na mesma medida. Repito: na mesma medida.
Animais somos todos nós, e todos nós temos direito à vida. E a vida será sagrada para cada um, de igual modo: do cão ao gato; da formiga ao piolho; do homem ao touro.
Ninguém anda a promover o “extermínio” dos humanos. E a eutanásia é algo que só diz respeito a quem a quiser cometer. O PAN (e não só o PAN) está a defender a Descriminalização da Eutanásia, para que esta possa ser realizada sem culpa, e as pessoas que desejem morrer (e apenas essas) com dignidade, o façam legalmente, e não às escondidas, ou suicidando-se aí pelos cantos… (Digo isto assim, porque isto é assim, mas não sou a favor da eutanásia).
O PAN (e não só) não pretende “exterminar” ninguém. Isto é uma ideia absolutamente primária, de quem não sabe o que diz.
Se essa lei for aprovada, ainda que a ideia fosse “exterminar” pessoas, (e este termo é seu e está bastante mal aplicado neste contexto, no contexto do ABORTO o termo que empregou está mais adequado e, aí sim, extermina-se seres vivos, sem o consentimento deles) não seriam “exterminadas” se elas não quisessem. Também sou contra o aborto.
Ninguém obrigará ninguém a cometer eutanásia. Isto é um problema de consciência de cada um: dos que querem ser eutanasiados e dos que eutanasiarem.
O vídeo que apresentou é tão estúpido, mas tão estúpido que chega a ser irracional, mais irracional do que se tivesse sido realizado por um rinoceronte que, esse sim, é um animal racional e jamais confundiria os conceitos.
E outra coisa: quem é contra as touradas obviamente é a favor dos seres humanos. Uma coisa está ligada à outra como unha e carne.
Não sei de onde foi tirar essa ideia estapafúrdia de que se se é contra as touradas é-se contra os seres humanos. É a coisa mais idiota que já ouvi na vida.
Talvez a sua confusão resida no facto de um defensor dos animais não considerar (eu não considero) “ser humano” a besta humana, que tortura e sente prazer em torturar animais: humanos e não-humanos, porque a besta humana também se deleita a torturar seres humanos (veja-se o que os tauricidas e os caçadores fazem connosco: torturam-nos a alma, com as suas práticas mórbidas, cruéis, violentas e cobardes).
A besta humana é um hominídeo que ainda não evoluiu. Mas daí a dizer que queremos “exterminá-los” vão milhares de anos-luz.
O que queremos é que a besta humana evolua.
O problema é que a besta humana recusa-se a evoluir, e isso tira-nos do sério, pelo menos a mim. A ignorância optativa tira-me do sério.
Fui clara?
Isabel A. Ferreira
Excelente artigo, de André Silva, deputado do PAN na Assembleia da República.
Apenas um Ser Humano, dotado de uma mente superior, lúcido e avançado no tempo, escreveria deste modo um artigo sobre uma prática que já não se justifica no século XXI d.C., e que só existe por dois motivos: interesses económicos obscuros e porque existem ainda criaturas que não evoluíram e carregam instintos assassinos que precisam de exorcizar, divertindo-se a MATAR cobardemente animais indefesos.
A caça, hoje em dia, é uma prática exclusiva de COBARDES.
(I.A.F.)
André Silva
Texto de André Silva
«Ofegava de exaustão e tropeçava nos galhos secos dos trilhos, nem se atrevia a olhar para trás. Saber qual seria o seu destino se os seus perseguidores o capturassem era o que lhe dava combustível para continuar, num movimento de auto preservação instintivo. Os filhos, desprotegidos, já tinham sido mortos. A aflição da perseguição durava já há muitas horas, a energia vital finava. Não percebia porque o queriam matar. Sentia o troar forte dos cavalos mesmo atrás de si, o ladrar dos cães, treinados para o efeito, e os brados eufóricos dos líderes da "corrida". Se o alcançassem seria encurralado e, sem defesa ou escapatória possível, seria espancado com paus até à morte pelos acossadores ou mordido e dilacerado pelos cães. Precisava continuar a correr pela vida…
A Lei da Caça vem dizer que a caça à raposa e ao saca-rabos pode ser exercida de salto, à espera e de batida, podendo ainda a raposa ser caçada a corricão. O processo de caça a corricão é aquele em que o caçador se desloca a pé ou a cavalo para capturar espécies cinegéticas com o auxílio de cães de caça, com ou sem pau, no qual podem ser utilizados até 50 cães.
Estes são os métodos, permitidos na Lei de Bases Gerais da Caça, para perseguir e matar raposas e saca-rabos. Estes são os métodos que os predadores humanos, ditos "evoluídos", utilizam para conviverem e se divertirem aos fins-de- semana numa actividade que lhes proporciona "prazer de viver", conforme ouvimos dizer frequentemente. Uma área económica "muito importante", lá vão tentando convencer-nos também, o mesmo é dizer que estes modos medievais de nos relacionarmos com as outras formas de vida dão lucro. Ah, e defendem que o fazem sempre em harmonia com a natureza, como não poderia deixar de ser. E fazem sempre questão de nos lembrar que não há ninguém que goste mais de animais do que aqueles que os perseguem, os espancam e os matam. Haverá conceitos de harmonia e de equilíbrio mais elevados que aquele que se baseia em divertimento e confraternização em torno de rituais de violência contra seres sensíveis?
A caça à raposa é uma actividade legal no nosso país. Mas significa que é eticamente correcta? Diz-nos a História da humanidade que uma das maiores manifestações de violência são leis injustas que subjugam os mais fracos e indefesos aos interesses dos que detêm poder.
Carimbar de extremistas e fundamentalistas as opiniões e perspectivas diferentes das nossas é, desde sempre, a forma menos sofisticada e mais fácil de tentar manter tudo como está. Para quê mudar leis injustas e práticas violentas? Para não se colocar em crise as tradições, mesmo que isso signifique continuar a estimular crueldades injustificadas.
É irresistível a tentação de invocar conhecimentos científicos como argumentos em defesa de interesses políticos ou corporativos. São vários os argumentos que tentam justificar essa "nobre" actividade da caça à raposa e a utilização de substrato científico para tentar iludir os incautos é, por demais, "sedutora", porque tem funcionado. Para os argumentos de que a raposa não tem predadores, representando uma ameaça para outras espécies, existem várias explicações e soluções científicas. A gestão de um ecossistema, tanto quanto se sabe hoje, consiste em criar condições para que este se mantenha estável, sem perturbação antrópica. Esclarecendo, para não confundir os leitores: as populações de presas são moduladas pelas populações de predadores, mas o reverso também é verdadeiro. As populações de predadores também são moduladas pelas populações de presas. Quando a densidade populacional de predadores é muito elevada as presas diminuem a sua taxa de reprodução, o que tem como consequência a diminuição da população de predadores.
É o que se chama controlo retroactivo de predadores. Interferir com estes sistemas que são dinâmicos por definição dinâmicos só prejudica as suas dinâmicas naturais. A caça é uma das actividades que mais perturba a vida selvagem. Provoca perturbações nas populações locais das espécies-alvo, mas igualmente das espécies não visadas. Os seres humanos são reconhecidos pela fauna como potenciais predadores e quando detectam a sua presença, os animais adoptam comportamentos de fuga para sobrevivência. A energia disponível de um animal é finita e é gerida de acordo com as suas actividades vitais (procura de alimento, abrigo, defesa de território, reprodução, cuidados parentais, etc.). O aumento do gasto energético nos comportamentos de fuga causa diminuição da aptidão e redução do sucesso reprodutor. A sobrevivência dos juvenis depende principalmente dos cuidados parentais. Se os progenitores abandonam o ninho devido à perturbação antrópica, este abandono pode ser letal. A fuga representa um dispêndio energético suplementar imediato e, frequentemente, o abandono do ninho ou da prole.
É também importante sabermos que os distúrbios causados pela caça não só afectam as espécies-alvo, mas quase todas as espécies presentes no território de caça. O balanço não necessita de tender sempre para o lado dos predadores. Se não confundirmos a natureza da fauna com a parte oportunista e competitiva da natureza humana, talvez consigamos analisar estas questões com uma mente verdadeiramente aberta à mudança. E se não for possível aceitar a diferença de pontos de vista, éticos e científicos, respeitá-la com dignidade é uma aprendizagem bem mais nobre do que caçar outras espécies de forma cruel para manter interesses financeiros, tradições bolorentas e "prazeres" levianos.»
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André Silva nasceu a 2 de Abril de 1976, formado em Engenharia Civil e vegetariano, é deputado e porta-voz do PAN, Pessoas - Animais - Natureza
Fonte:
http://www.sabado.pt/opiniao/convidados/andre_silva/detalhe/nao_gosto_de_caca_serei_extremista.html
Um texto capital, escrito pelo médico-veterinário, Dr. Vasco Reis, em 26 de Janeiro de 2014, ainda actual, e que nos conduz pelo mundinho tauromáquico da ilha Terceira, que envergonha o Arquipélago dos Açores, Portugal, o Mundo e a Humanidade com o que os terceirenses chamam “cultura taurina”, ou seja, a selvajaria das selvajarias, como podemos ver na imagem…
(Estou a pensar traduzir para Inglês estes e outros textos semelhantes, e enviá-los às agências turísticas de todo o mundo, para que se fique a saber que Portugal não é apenas a Ilha da Madeira, o Algarve, Lisboa e os seus hostals, o Porto e o Rio Douro. Existe este submundo que muito nos envergonha.)
Esta imagem diz tudo sobre a “coltura” taurina da ilha Terceira….
«A PROPÓSITO DO III FÓRUM MUNDIAL DA CULTURA TAURINA NOS AÇORES
Um dos intervenientes pretende que os touros plantam biodiversidade???
Ou será uma falácia para servir a ânsia de inventar vantagens ambientais da criação de gado bravo que é explorado nas touradas???
A informação objectiva que eu tenho, é que o gado bravo ocupa largas áreas da Ilha Terceira, o que impede que essas áreas sejam percorridas por pessoas/turistas com gosto por passeios na natureza.
Por isso, tais potenciais turistas devem procurar outros destinos, que não a Ilha Terceira.
A presença desses animais representa um perigo para quem inadvertidamente, ou por não conhecer a zona, ande por ali.
Já aconteceram ataques por touros.
- A tourada à portuguesa implica uma enorme tortura para touros e cavalos e é degradante para a sociedade e para o prestígio do país.
- A Sorte de Varas como autorizada em Espanha, não é permitida em Portugal. É uma modalidade de tortura maquiavélica destinada a perfurar e destruir musculatura do pescoço do touro, que deixará de poder levantar a cabeça ao investir contra o toureiro. O animal sangrando, debilitado, torturado por dores fortíssimas, fica impossibilitado para a luta.
Agora as autoridades estão "generosamente" a autorizar este massacre para agradar aos visitantes do FÓRUM, desrespeitando a lei proibitiva.
- A tourada à corda é propagandeada como atractivo turístico e como evento festivo, muito interessante, popular, emocionante, desopilante, lucrativo, etc.
Na realidade o que ali acontece é grave:
- um grande sofrimento psicossomático para o touro, que arrisca ser ferido gravemente e até a morte;
- elementos do público, mais afoitos, mais exibicionistas, mais alcoolizados, mais estúpidos, menos ágeis, arriscam-se a sofrer acidentes mais ou menos graves e até mortais por quedas, colhidas pelo touro, síncopes, etc.;
- despesas várias, desde organizativas (policiamento, bombeiros, ambulância, pessoal médico e enfermeiro, médico veterinário. etc) até outras, mais do que prováveis, em consequência de acidentes, tais como, de exames clínicos, hospitalização, cirurgia, morgue, autópsia, funeral, tudo à custa de dinheiros públicos alimentados pelos impostos dos contribuintes;
Daí resulta uma reputação lastimável para a cultura, para a ética das gentes, das autoridades, da Ilha, da Região.
O interesse pelo turismo na Terceira fica muito abalado.
É enorme a vergonha que recai sobre a Ilha Terceira e os Açores, por tanta exploração, por tanta tortura, por tanta mentira!
Vasco Reis»
Fonte:
https://www.facebook.com/vmmreis/posts/1219164091507302?notif_t=notify_me¬if_id=1485440731300468
A sede de sangue dos tauricidas é inesgotável
Estes são os últimos momentos de vida de um touro torturado numa bárbara corrida de touros
A filmagem foi gravada numa das arenas da Colômbia