…enfrentar um Touro na sua plenitude de animal senciente…
Os cobardes carrascos atacam os Touros já enfraquecidos e moribundos…
Mas a realidade é esta: Touro e Criança em perfeita harmonia…
«Eles não são animais violentos nem "gozam" com a dor e a tortura. São herbívoros e amáveis, apenas querem viver em paz assim como todos os seres vivos»
Assim são desperdiçados os dinheiros públicos: Arena de Tortura da Ilha Terceira
(Foto de Duarte Roxo)
Foi entregue no dia de hoje, 21 de Junho, uma petição para acabar com o financiamento público das touradas por parte da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.
A petição reuniu até ao momento um total de 2.589 assinaturas, estando ainda a decorrer a sua recolha na plataforma “change.org”: https://www.change.org/p/c%C3%A2mara-municipal-de-angra-do-hero%C3%ADsmo-acabar-com-o-financiamento-p%C3%BAblico-das-touradas-em-angra-do-hero%C3%ADsmo-a%C3%A7ores
Os peticionários protestam pelo valor exorbitante de dinheiros públicos que são gastos anualmente por parte da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo na realização da feira taurina que integra o programa das suas festas concelhias. Nos últimos cinco anos foram gastos nesta feira um milhão e trezentos mil euros (1.300.000 euros) de dinheiros públicos e no presente ano a mesma autarquia vai gastar mais cem mil euros (100.000 euros).
A este elevado montante devem somar-se ainda, por exemplo, os duzentos mil euros (200.000 euros) que a câmara ofereceu recentemente à indústria tauromáquica com a cessão do direito de propriedade do terreno municipal onde foi construída a praça de touros da ilha Terceira.
A petição, criada pelo Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA), considera imoral que num momento de crise para a ilha Terceira, com reiteradas dificuldades e cortes sociais, a mencionada autarquia continue a destinar dinheiro público dos impostos para touradas, em detrimento de verbas para educação, solidariedade social e iniciativas culturais.
A petição afirma que as touradas são uma prática anacrónica, baseada na tortura e no sofrimento animal, que não acrescenta nada de positivo à ilha e que envergonha cada vez mais os açorianos e a própria humanidade.
Os peticionários, que se consideram chocados com esta situação, apelam à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo para que termine com o financiamento público de touradas.
Comunicado do Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/
21/06/2016
E os inocentes Pombos, seres sencientes e indefesos, símbolos da Paz e do Espírito Santo (dos católicos) são massacrados impiedosamente, cobardemente, aos milhares… apenas para que os sádicos se divirtam…
O PAN denuncia a ilegalidade deste “desporto” sangrento e que diz do primitivismo em que se encontra um município que há pouco tempo disse querer ter uma “nova” relação com os animais…
E dizer que a Póvoa de Varzim também promove os “Encontros pela Paz” cujo símbolo é precisamente uma Pomba…
Mas que raio de política será esta?
PAN DENUNCIA A ILEGALIDADE DO DESPORTO DE TIRO AOS POMBOS
O PAN acaba de apresentar uma providência cautelar com o objectivo de impedir a realização do Campeonato Mundial de Tiro ao Voo 2016 realizado na Póvoa de Varzim, entre 20 e 26 Junho.
O evento consiste na largada de pombos para que os “atletas” participantes possam atirar ao alvo – pombo a voar - com o único objectivo de os matar. O “atleta” que matar mais pombos é o vencedor. Este tipo de provas resulta na morte de milhares destas aves.
Os pombos utilizados são criados apenas para o efeito de serem “alvo”, num processo violento que culmina numa prova “recreativa”. Significa isto que vivem toda a sua curta vida em pombais – pequenas gaiolas, até ao dia em que são libertados como alvos para serem mortos.
A providência cautelar apresentada pelo PAN foi acompanhada de pareceres de diversas entidades, entre elas, a Provedora Municipal do Animais de Lisboa, Inês Real, a Médica Veterinária, Alexandra Pereira e do Jurista e Professor Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Fernando Araújo.
Os pareceres são unânimes quanto à ilegalidade da prática uma vez que viola o artigo 1.º da Lei de Protecção dos Animais e o artigo 13.º do Tratado de Funcionamento da União Europeia.
O Professor Doutor Fernando Araújo explica que esta não pode ser considerada uma tradição cultural "em Portugal: “Respondamos enfaticamente que não, seja porque se trata da importação – extremamente minoritária – de uma "tradição" britânica que, até já foi abolida no seu país de origem, deixando de constituir, aí, qualquer "tradição"”. (…) O país fundador da prática do "live pigeon shooting", a Grã-Bretanha, baniu essa prática em 1921.
Já a médica veterinária, Alexandra Pereira, alerta para a questão da sensibilidade e do sofrimento que esta prática agressiva representa para os animais: “A prática de tiro aos pombos provoca um grande sofrimento, atendendo ao número de animais envolvidos e ao sofrimento que lhes é infligido. Face ao exposto, o tiro aos pombos constitui um grave problema em termos de bem-estar animal por desrespeitar, pelo menos, quatro das cinco liberdades: (1) livre de desconforto, (2) livre de dor, lesões e doenças, (3) livre para expressar comportamento normal e (4) livre de medo e stress.
Esta profissional relembra que o pombo é um animal senciente, ou seja, que tem sensibilidade, que sente. Já o Professor Doutor Fernando Araújo, para além de uma análise jurídica conclusiva sobre a ilegalidade desta prática, recorda ainda que a utilização de seres vivos, de pombos, para aferir “desportivamente” a pontaria de um atirador, “podendo estes ser substituídos por alvos artificiais” é totalmente desnecessária, alertando para a necessidade de se abolir esta prática por um “decisivo imperativo de consciência correspondente ao nosso estádio civilizacional”.
A organização deste evento é da responsabilidade exclusiva da Federação Portuguesa de tiro com armas de caça. Os pombos utilizados são conhecidos por pombo-comum (Columba Livia Domestica), esta é uma ave da família Columbidae que se desenvolveu a partir da domesticação de pombos selvagens ocorrida há milhares de anos, sendo detidos por muitas pessoas como animais de companhia.
O PAN considera que esta prática é ilegal e está a encetar todos os esforços para que esta prova não só não aconteça este ano, como para a sua abolição definitiva no país, visto que Portugal continua a ser, na companhia de Espanha, México, Argentina e alguns Estados Norte-Americanos, um dos últimos redutos dessa prática cruel e anacrónica.
Fonte:
http://pan.com.pt/comunicacao/noticias/item/973-pan-denuncia-ilegalidade-desporto-tiro-pombos.html
A abolição da barbárie tauromáquica acontecerá, não por via da Assembleia da República, onde o lobby tauromafioso está instalado, para vergonha da Nação.
A abolição da tortura de Touros e Cavalos acontecerá nas arenas, esvaziadas de sádicos, onde nem as moscas ousam entrar, para não se conspurcarem.
Apenas uma minoria, já muito mínima, sempre os mesmos tauricidas e sádicos se dispõem a ir até ao “campo pequeno”, o antro lisboeta da selvajaria tauromáquica, para assistir à prática cruel e cobarde de tortura de Touros e Cavalos, como podemos constatar nesta imagem recentíssima.
Origem da imagem:
https://protouro.wordpress.com/2016/06/19/os-aficionados-entraram-em-depressao/
Claro, já não é chique entrar numa arena para assistir a tal asselvajamento.
Apenas “gente” perversa, sem carácter, inculta e selvática, precisamente por ser perversa, sem carácter, inculta e selvática, não se dando conta da deselegância da atitude, lá vai aquecer um assento aqui, outro ali, nas arenas, onde esta selvajaria ainda é praticada por e para trogloditas.
Desde que a presente temporada da tortura teve início, as arenas portuguesas têm estado (não mais às moscas, como era hábito dizer-se) mas à poalha imunda que atulha os recintos, agora vazios.
E não, não é por causa da crise (que crise? se os verdadeiros espectáculos atraem milhares de pessoas, seja qual for o preço das entradas?), nem do tempo (da chuva, do vento ou do frio)…
O tempo é outro. O tempo é de evolução. Quem entra numa arena, hoje, fica estigmatizado, como o lixo da sociedade.
Os carrascos (vulgo toureiros e forcados) que nunca, em tempo algum foram heróis, mas passavam por isso, hoje sabemos que são uns colossais cobardes que, para mostrarem uma virilidade inexistente, atacam seres sencientes completamente indefesos.
Que mérito terá ir a uma arena ver um bando de cobardes a torturar um animal? Absolutamente nenhum.
O desinteresse por este tipo de prática cruel está a crescer.
E quem o diz não somos nós.
O Miguel Alvarenga, autor do “Farpas Blogue” refere: «Não é a crise nem muito menos a falta de dinheiro que está a deixar as praças de toiros vazias… é, apenas e só, a falta de interesse e a falta de ídolos que está a deixar as pessoas em casa. Não se esqueçam disso, não tapem o sol com uma peneira com falsas justificações…»
Falta de ídolos? Mas que ídolos?
Andou-se quatro centenas de anos (mais precisamente 436 anos, pois foi em 1580, mais dia, menos dia, quando Filipe II de Espanha, I de Portugal, introduziu no nosso país este costume bárbaro espanhol) a achar que na selvajaria tauromáquica havia ídolos e heróis, quando não passavam dos mais autênticos, dos mais verdadeiros, dos mais legítimos cobardes.
Não surpreende que uma mentira repetida durante quatrocentos e tal anos se tenha tornado na verdade dos incultos, dos involuídos.
Mas agora o tempo é de informação, de formação, de evolução.
Chega de mentiras.
A selvajaria tauromáquica já não tem mais lugar nos tempos modernos.
Texto de José Brazil
No passado dia 12 de Junho, a revista de péssima qualidade “Açores”, que se publica aos domingos com o jornal “Açoriano Oriental”, brindou os seus cada vez menos leitores com um suplemento sobre as sanjoaninas.
Como não podia deixar de ser, os amantes da tortura de bovinos voltaram a ter um espaço dedicado a divulgar a barbaridade das touradas, tendo aproveitado o mesmo para demonstrar a sua falta de humanidade e de cultura.
Não conhecendo ou deturpando a história da sua terra, num texto publicado, o presidente de uma agremiação que promove a desumana “Festa Brava” veio a público dizer que as touradas são quase tão antigas como as festas de São João, o que é um perfeito disparate, e que “houve um tempo em que as próprias sanjoaninas eram as corridas de touros”, o que é outro disparate já que, ao longo dos tempos, sempre houve outras actividades, infelizmente por vezes também associadas a maus tratos a alguns animais,
Para os leitores poderem conhecer, sem distorções, um pouco das tradições das festas de São João, na ilha Terceira, aconselhamos a leitura do texto “As festas de São João” da autoria do historiador Frederico Lopes (João Ilhéu) que se encontra no livro “Notas Etnográficas”, publicado pelo Instituto Histórico da Ilha Terceira.
Outra falsidade repetida é a de que há muitas pessoas a visitar a Terceira por causa das touradas. A verdade é que já este ano o número de turistas a visitar a ilha cresceu, durante o período em que não torturam animais.
Todos os anos (e este não foi excepção) repete-se o argumento da ida à Terceira de muitos turistas para verem as touradas da Feira de São João. A verdade é que bastava comparar o número total de visitantes e o número dos que vão às touradas de praça para facilmente se chegar à conclusão de que o primeiro é esmagadoramente maior e que aos “espectáculos de tortura” vão os do costume repetidamente e outros cidadãos que se dizem humanos, mas que não respeitam os outros seres vivos que devem viver e morrer com dignidade.
A ilha Terceira vale pelas suas belezas naturais, pelo saber receber das duas gentes, pelo património arquitectónico de Angra e as sanjoaninas seriam melhores e atrairiam muito mais pessoas, se não estivessem associadas a práticas arcaicas e sangrentas como são as touradas.
17 de Junho de 2016
José Brazil
(AVISO: uma vez que a aplicação do AO/90 é ilegal, não estando efectivamente em vigor em Portugal, este texto foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático).
(Um texto baseado em dados científicos, que os deputados da Assembleia da República Portuguesa devem ler e ponderar, e no fim, tomar medidas adequadas, para proteger as crianças portuguesas da violência e crueldade inúteis e gratuitas, exercidas sobre animais não-humanos e sobre elas próprias, e que deformam a personalidade e o carácter de qualquer ser humano, em qualquer idade.)
Isabel A. Ferreira
Diante de um Touro morto, depois de barbaramente torturado, estas crianças, insensivelmente, ainda o amesquinham… Que tipo de educação será esta?
As crianças e a tourada: o dever de protecção social
O Comité dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas, no seu documento CRC/C/PRT/CO/3-4 de 31 de Janeiro de 2014, a par de outras problemáticas sociais da realidade portuguesa, expressa, claramente, a sua preocupação com a integridade das crianças envolvidas nos espectáculos tauromáquicos, quer como participantes quer como espectadores.
Reconhecendo o carácter violento da actividade tauromáquica, o Comité incentiva Portugal a tomar as necessárias medidas legislativas e administrativas para proteger a integridade física e psicológica das crianças. Deixa ainda em aberto uma eventual recomendação futura no sentido da proibição total da participação de crianças em touradas. No referido documento, é expressamente recomendado o aumento da idade mínima para participação e assistência a espectáculos tauromáquicos, à altura da elaboração do documento nos 12 e 6 anos, respectivamente. Foi aliás neste seguimento que o governo português aprovou no artigo 27º do Decreto-lei nº 23/2014, de 14 de Fevereiro, a subida da idade mínima para assistir a touradas para os 12 anos.
A recomendação do Comité dos Direitos da Criança, bem como a consequente legislação do governo português, vem finalmente atestar inequivocamente que a tourada constitui um espectáculo violento e, como tal, deve estar sujeita às mesmas restrições etárias que outros espectáculos de natureza artística e divertimentos públicos considerados violentos.
Deste modo, torna-se evidente que a recente recomendação do Comité dos Direitos da Criança a Portugal encontra-se solidamente ancorada em evidências científicas.
Enquanto os riscos para a integridade física das crianças que participam activamente nos espectáculos tauromáquicos são óbvios e inquestionáveis, tendo em conta a estatura e força dos animais envolvidos e a natureza da interacção dos mesmos com as crianças intervenientes, os riscos para a sua integridade psíquica, moral e social são menos óbvios, porém não menos negligenciáveis.
Diversos estudos comprovam que a exposição a violência explícita nos media provoca efeitos significativos a curto-prazo, aumentando a probabilidade de originar comportamentos agressivos ou de medo. Este efeito é particularmente preponderante nas crianças mais novas, e em especial, do sexo masculino (para uma revisão, ver Browne & Hamilton, 2005). Ocorre também um efeito de dessensibilização face à violência, podendo esta ser aceite como forma de solução de problemas violentos (Bartholow, Sestir & Davis, 2005) o que, por seu turno, pode contribuir para o aparecimento de comportamentos desviantes (Fitzpatrick, C., Barnett, T. & Pagani, 2012).
Especificamente no respeitante à tourada, um estudo realizado em Madrid com 240 crianças dos 8 aos 12 anos de idade (Graña et. al., 2004) demonstrou que a maioria das crianças apresentava naturalmente uma atitude negativa face à mesma, expressando reacções emocionais negativas quando a ela expostas. O mesmo estudo atesta, ainda, que o facto de a tourada ser apresentada aos menores como um espectáculo cultural, chega a aumentar os efeitos nefastos que tem nos mesmos: as crianças que assistem a touradas sendo sugestionadas para as ver como um espectáculo festivo obtém resultados significativamente mais elevados em escalas de ansiedade e agressividade do que crianças que assistem a uma tourada sem qualquer sugestão.
Os estudos sobre empatia revelam uma correlação positiva entre a capacidade de empatizar com seres humanos e a capacidade de empatizar com animais não-humanos (Signal & Taylor, 2007). Assim, é pertinente pensar que ao ensinar as crianças a ignorar o sofrimento do touro, estamos a potenciar um défice na sua capacidade de empatizar com seres humanos, o que acarreta, necessariamente, consequências psíquicas, morais e sociais. Importa salientar que a empatia não só sustenta a maioria das decisões morais que tomamos (Miller, Hannikainen.& Cushman, 2014) mas também se encontra na base dos comportamentos cooperativos, imprescindíveis para a vida em sociedade (para uma revisão sobre a evolução e papel da empatia ver Castro, Gaspar & Vicente, 2010). Comprovando tal fato, tem sido demonstrado que a promoção de atitudes de respeito e afecto para com os animais não-humanos é benéfica para o bom desenvolvimento das crianças a vários níveis (para uma revisão ver, por exemplo, Endenburg. & van Lith, 2011).
Deste modo, torna-se evidente que a recente recomendação do Comité dos Direitos da Criança a Portugal encontra-se solidamente ancorada em evidências científicas. Como tal, e muito além de quaisquer considerações acerca da legitimidade das actividades tauromáquicas, deve ser claro para todos os seus intervenientes que, no supremo interesse da criança, devem ser célere e claramente transpostas para a legislação portuguesa medidas que a protejam dos possíveis riscos desta actividade.
Dr.ª Constança Carvalho
Psicóloga Clínica, especialista em desenvolvimento infantil
Referências Bibliográficas
1 - Bartholow, B., Sestir, M. & Davis,E. (2005) Correlates and consequences of exposure to video game violence: hostile personality, empathy, and aggressive behavior. Pers Soc Psychol Bull. 31(11), pp.1573-86.
2 - Browne, K.D. & Hamilton-Giachritsis, C. (2005). The influence of violent media on children and adolescents: a public-health approach. Lancet; 365(9460), pp. 702-10.
3 - Castro, R., Gaspar, A., Vicente, L. (2010). The Evolving Empathy: hardwired bases of human and non-human primate empathy. Psicologia, XXIV(2), pp.131-152
4 - Endenburg, N. & van Lith, H.A. (2011). The influence of animals on the development of children. Vet J., 190(2), pp.208 Fitzpatrick, C., Barnett, T. & Pagani L.S. (2012). Early exposure to media violence and later child adjustment. J Dev Behav Pediatr.,33(4), pp. 291-7.
5 - Graña, J., Cruzado, J., Andreu, J., Muñoz-Rivas, M., Peña, M. & Brain, P. (2004). Effects of viewing videos of bullfights on Spanish children. Aggressive Behavior, 30 (1), pp. 16–28.
6 - Miller, R., Hannikainen, I.& Cushman, F. (2014). Bad Actions or Bad Outcomes? Differentiating Affective Contributions to the Moral Condemnation of Harm. Emotion. 2014 Feb 10. [Epub ahead of print]
7 - Signal, T & Taylor, N (2007). Attitude to Animals and Empathy: Comparing Animal Protection and General Community Samples. Anthrozoos, 20(2), pp. 125-130.
Fonte:
http://basta.pt/as-criancas-e-a-tourada-o-dever-de-protecao-social/
(AVISO: uma vez que a aplicação do AO/90 é ilegal, não estando efectivamente em vigor em Portugal, e este Blogue não ser cúmplice de ilegalidades, este texto foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático).
Reportagem espectacular sobre touradas. Todos os argumentos, todos os factos, todas as razões num brilhante trabalho.
"O Touro é um animal que, quando uma mosca pousa no seu dorso... ele afasta-a com a cauda. Ele é hipersensível".
O touro "bravo" ou de "lide" não é agressivo. Estes animais são, por natureza, tão ou mais afáveis do que os cães. O Fadjen, um mediático touro "bravo", salvo de um ganadeiro Espanhol, é neste momento, um excelente exemplo de que a agressividade genética do touro se encerra num mito propagandeado pela tauromaquia. A etologia, como ramo da zoologia, explica que o comportamento não é determinado pela genética, mas pelo ambiente e interacções do animal. Ou seja, independentemente das características genéticas, o seu comportamento será sempre condicionado, em última análise, pelo propósito e personalidade de quem os cria, tal como acontece com os cães. Para os tornarem, não agressivos, mas mais reactivos de modo a que seja possível toureá-los (ou lidá-los), os ganadeiros criam-nos em sistema extensivo, com pouco contacto com humanos, sujeitando-os a duros "treinos" a todos os níveis, sendo os físicos, dignos de um atleta de alta competição e, de vez em quando, alguns morrem subitamente devido ao exagerado esforço a que são sujeitos. Por vezes, os Touros são drogados com Rompum e Calmivet, duas substâncias anestésicas que administradas em pequenas quantidades, causam um efeito calmante. Mas nem sempre a dose "certa" é bem calculada, levando a que alguns sucumbam à dose excessiva, mesmo antes de entrar na arena.
Há muito que a ciência provou o sofrimento do touro. Todos os seres sencientes, ou seja, os que possuem um sistema nervoso central, grupo do qual faz parte o ser humano, têm a capacidade de experimentar sofrimento físico e psicológico, tal como stress, medo, pânico, angústia e tristeza. Sofrem ainda traumas psicológicos e desenvolvem depressões, bem como afectos e constroem ainda relações com outros seres, incluindo o Homem. Na capacidade de sentir, os animais não são diferentes do ser humano.
O touro "bravo" tem direito à sua integridade física e psicológica e principalmente tem direito a não ser utilizado como objecto de tortura para gáudio de uma minoria que nem sequer é representativa do povo português. À semelhança de tantas outras espécies, o touro poderá perfeitamente viver em liberdade e em paz no seu habitat, nem que seja em zonas protegidas, não sendo também por isso, aceitável o "argumento" da sua preservação como justificação da tauromaquia.
Não é portanto admissível que no século XXI, um país civilizado como Portugal, acolha ainda uma tradição que viola 90% (!) dos pontos considerados na Declaração Universal dos Direitos dos Animais da UNESCO:
1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida.
2 - Todos os animais têm direito ao respeito e à protecção do homem.
3 - Nenhum animal deve ser maltratado.
4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.
5 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve nunca ser abandonado.
6 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.
7 - Todo o acto que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.
8 - A poluição e a destruição do meio ambiente são consideradas crimes contra os animais.
9 - Os direitos dos animais devem ser defendidos por lei.
10 - O Homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.
Mas não são apenas os direitos dos animais os que são violados pela tauromaquia.
A psicologia, a psiquiatria e a neurociência provaram que assistir a touradas provoca traumas psicológicos nas crianças, tornando-as tolerantes à violência gratuita e contribuindo para que se tornem adultos agressivos. Este foi um dos argumentos que levou à abolição das touradas na Catalunha, em Espanha, país onde a tradição é muito mais forte do que em Portugal, pela sua origem.
***
As touradas: Violência, Crueldade, Ignorância, Futilidade
A vergonha de Portugal
Fonte:
http://ruportugal.blogspot.pt/2016/05/brilhante-reportagem-sobre-touradas-em.html
Apenas um em Portugal: Viana do Castelo
Portugal vai na cauda dos oito tristes países que permitem a prática da selvajaria tauromáquica…
Sempre na cauda…em tudo…
Que vocação será esta?
Os municípios nesta lista declararam-se oficialmente contra a selvajaria tauromáquica. A declaração foi uma decisão dos municípios.
Espanha
1 - Tossa de Mar (Girona, Catalunha, 1989)
2 - Vilamacolum (Catalunha, 1991)
3 - La Vajol (Catalunha, 1991)
4 - Palafrugell (Catalunha 1991)
5 - Calonge (Catalunha, 1997)
6 - Barcelona (Catalunha, 2004).
7 - Torelló (Barcelona, Catalunha 2004)
8 - Calldetenes (Barcelona, Catalunha, 2004)
9 - Olot (Girona, Catalunha, 2004)
10 - Ripoll (Girona, Catalunha, 2004)
11 - Tavertet (Barcelona, Catalunha, 2004)
12 - Manlleu (Barcelona, Catalunha, 2004)
13 - Granollers (Barcelona, Catalunha, 2004)
14 - San Feliu del Llobregat (Barcelona, Catalunha 2004)
15 - Valls (Tarragona, Catalunha, 2004)
16 - Badía del Vallès (Catalunha, 2004)
17 - Molins de Rei (Barcelona, Catalunha, 2004)
18 - La Roca (Catalunha, Dezembro 2004)
19 - Sitges (Penedès, Catalunha, 2005)
20 - Sant Cugat (Barcelona, Catalunha, 2005)
21 - Bellpuig (Lleida, Catalunha, 2005)
22 - Banyoles (Girona, Catalunha, 2005)
23 - Coslada (Madrid, 2005)
24 - Abrera (Barcelona, Catalunha, 2005)
25 - Cerdanyola (Barcelona, Catalunha, 2006)
26 - Sant Andreu de la Barca (Barcelona, Catalunha, 2006)
27 - Mollet del Vallès (Barcelona, Catalunha, 2006)
28 - Teià (Barcelona, Catalunha, Maio 2006)
29 - Sant Quirze de Besora (Barcelona, Catalunha, Maio 2006)
30 - Gironella (Barcelona, Catalunha, Maio 2006)
31 - Biure de l’Alt Empordà (Girona, Catalunha, Maio 2006)
32 - Cabrera de Mar (Barcelona, Catalunha, Maio 2006)
33 - Cabanes de l’Alt Empordà (Girona, Catalunha, Junho 2006)
34 - Sant Iscle de Vallalta (Barcelona, Catalunha, Junho 2006)
35 - Guissona (Lleida, Catalunha, Junho 2006)
36 - Moià (Barcelona, Catalunha, Setembro 2006)
37 - Artesa de Segre (Lleida, Catalunha, Setembro 2006)
38 - Vilabertran (Girona, Catalunha, Setembro 2006)
39 - Sanaüja (Lleida, Catalunha, Outubro 2006)
40 - Torrelavit (Penedès, Catalunha, Outubro 2006)
41 - Torrebesses (Catalunha, Novembro 2006)
42 - Riudarenes (Girona, Catalunha, Novembro 2006)
43 - Costitx (Ilhas Baleares, 2006)
44 - Fornells de la Selva (Girona, Catalunha, Fevereiro 2007)
45 - Brunyola (Girona, Catalunha, Março 2007)
46 - La Fatarella (Tarragona, Catalunha, Julho 2007)
47 - Morera de Montsant (Tarragona, Catalunha, Outubro 2007)
48 - Calella (Costa Brava, Catalunha, Outubro 2007)
49 - Dels Pallerrols (Tarragona, Catalunha, Novembro 2007)
50 - La Bisbal (Girona, Catalunha, Dezembro 2007)
51 - Basauri (País Basco, Junho 2008)
52 - Castrillón (Astúrias, Julho 2008)
53 - Sant Cebrià de Vallalta (Barcelona, Catalunha, Outubro 2008)
54 - Palamós (Girona, Catalunha, Novembro 2008)
55 - Les Franqueses del Vallès (Barcelona, Catalunha, Janeiro 2009)
56 - Castellar del Vallés (Barcelona, Catalunha, Janeiro 2009)
57 - Tagamanent (Catalunha, Março 2009)
58 - Pallejà (Catalunha, Março 2009)
59 - Arenys de Munt (Catalunha, Março 2009)
60 - Caldes de Montbui (Catalunha, Março 2009)
61 - Hostalric (Catalunha, Março 2009)
62 - Vacarisses (Catalunha, Março 2009)
63 - Santa Eulàlia de Ronçana (Catalunha, Março 2009)
64 - Aiguafreda (Barcelona, Catalunha, Março 2009)
65 - Sant Pere de Vilamajor (Catalunha, Abril 2009)
66 - Sabadell (Barcelona, Catalunha, Abril 2009)
67 - Vilassar de d’Alt (Barcelona, Catalunha, Abril 2009)
68 - Martorell (Barcelona, Catalunha, Abril 2009)
69 - Castellbisbal (Barcelona, Catalunha, Abril 2009)
70 - Vallgorgina (Barcelona, Catalunha, Maio 2009)
71 - Sentmenat (Barcelona, Catalunha, Maio 2009)
72 - Sopelana (País Basco, Maio 2009)
73 - Sant Esteve de Palautordera (Barcelona, Catalunha, Junho 2009)
74 - Arenys de Mar (Barcelona, Catalunha, Outubro 2009)
75 - Esportes (Ilhas Baleares, 2009)
76 - Puigpunyent (Ilhas Baleares, 2009)
77 - Cangas (Galiza, Janeiro 2010)
78 - Begues (Barcelona, Catalunha, Janeiro 2010)
79 - Vedra (Galiza, Março 2010)
80 - Dodro (Galiza, Abril 2010)
81 - Mutxamel (Valencia, Abril 2010)
82 - Pobra do Brollón (Galiza, Julho 2010)
83 - Teo (Galiza, Julho 2010)
84 - Sestao (País Basco, Agosto 2010)
85 - Ares (Galiza, Julho 2011)
86 - Santurzi (País Basco, Outubro 2011)
87 - Barakaldo (País Basco, Vovembro 2011)
88 - Abanto-Zierbana (País Basco, Novembro 2011)
89 - Consell (Ilhas Baleares, 2011)
90 - Donostia – San Sebastian (País Basco, Março 2013)
91 - Olvera (Andaluzia, Fevereiro 2014)
92 - Artà (Maiorca, Junho 2014)
93 - Sencelles (Maiorca, Julho 2014)
94 - Santa María del Camí (Maiorca, Julho 2014)
95 - Algaida (Maiorca, Setembro 2014)
96 - Capdepera (Maiorca, Setembro 2014)
97 - Lloseta (Maiorca, Setembro 2014)
98 - Porreres (Maiorca, Setembro 2014)
99 - Santa Margalida (Maiorca, Setembro 2014)
100 - Manacor (Maiorca, Outubro 2014)
101 - Campanet (Maiorca, Novembro 2014)
102 - Deia (Maiorca, Novembro 2014)
103 - Sant Joan (Maiorca, Novembro 2014)
104 - Ariany (Maiorca, Janeiro 2015)
105 - Mancor de la Vall (Maiorca, Julho 2015)
106 - A Coruña (Galiza, Julho 2015)
107 - Son Servera (Maiorca, Julho 2015)
108 - Palma de Maiorca (Maiorca, Ilhas Baleares, Julho 2015)
109 - Valldemossa (Maiorca, Ilhas Baleares, Setembro 2015)
110 - Alaró (Maiorca, Ilhas Baleares, Setembro 2015)
111 - Búger (Maiorca, Ilhas Baleares, Setembro 2015)
112 - Llucmajor (Maiorca, Ilhas Baleares, Setembro 2015)
113 - Maria de la Salut (Maiorca, Ilhas Baleares, Outubro 2015)
114 - Orihuela (Alicante, Outubro 2015)
115 - Bunyola (Maiorca, Ilhas Baleares, Outubro 2015)
116 - Banyalbufar (Maiorca, Ilhas Baleares, Outubro 2015)
117 - Calvià (Maiorca, Ilhas Baleares, Outubro 2015)
118 - Binissalem (Maiorca, Ilhas Baleares, Novembro 2015)
119 - Marraxtí (Maiorca, Ilhas Baleares, Julho 2015)
120 - Llubí (Maiorca, Ilhas Baleares, Novembro 2015)
121 - Santanyí (Maiorca, Ilhas Baleares, Dezembro 2015)
122 - Sant Antoni de Portmany (Ibiza, Ilhas Baleares, Janeiro 2016)
123 - Sóller (Maiorca, Ilhas Baleares, Fevereiro 2016)
124 - Sa Pobla (Maiorca, Ilhas Baleares, Junho 2016)
França
1 - Mouans-Sartoux (2005)
2 - Bully-les-Mines (Dezembro 2006)
3 - Montignac (Outubro 2007)
4- Joucou (Julho 2009)
Portugal
1 - Viana do Castelo (Fevereiro 2009)
Equador
1 - Baños de Agua Santa (2007) mais ainda fazem corridas de touros.
2 - Loja (Abril 2010)
Colômbia
1 - Zapatoca (Fevereiro 2008)
2 - Bello (Julho 2008)
Venezuela
1 - Carrizal (Outubro 2008)
2 - Caracas (Abril 2009)
3 - El Hatillo (Maio 2011)
4 - Valera (Agosto 2011)
5 - Cabimas (Março 2013)
6 - San Felipe (Março 2015)
Perú
1 - Concepción (Junho 2012)
2 - Surquillo (Novembro 2013)
México
0 - Teocelo, Veracruz (Julho 2012-Janeiro 2015*
1 - Fortín de las Flores, Veracruz (Março 2013)
2 - Xalapa, Veracruz (Março 2013)
3 - Boca del Rio, Veracruz (Abril 2013)
4 - Veracruz, Veracruz (Junho 2013)
5 - Córdoba, Veracruz (Junho 2013)
6 - Tangancícuaro, Michoacán (Junho 2013)
7 - Tlalpujahua, Michoacán (Maio 2014)
8 - Tzintzuntzan, Michoacán (Maio 2016)
*Teocelo já não é município anti-tourada.
Fonte: CAS
Fonte:
«Ponho-me a pensar…
… Que insignificante é a existência de um toureiro.
São idólatras, narcisistas, exibicionistas, sádicos, assassinos e carniceiros. Os seres inferiores aplaudem-nos pelos touros que mutilam, sangram e matam. Nos tempos de hoje, os seres superiores lançam-lhes vitupérios e cospem-lhes na cara.
Que insignificância, a de um toureiro!»
Juan Carlos Poó (escritor e fotógrafo mexicano)
Fonte da imagem:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=219837058379606&set=gm.1028623890540460&type=3&theater
E é este tipo de “diversão” que o governo português considera apropriado para crianças, adolescentes e jovens, sim, porque isto também acontece em Barrancos, às claras, com crianças na assistência, e em Monsaraz (debaixo de panos); e toureiros portugueses menores de idade, como um tal de Juanito, vão para Espanha, torturar e matar bovinos indefesos, cobardemente, cruelmente, sadicamente…
Isto será “coisa” humana?