Este é um testemunho comum na cidade tauricida de ALBUFEIRA… a NÁUSEA DO ALGARVE…
O que se ouve no vídeo são palavras de um turista brasileiro, contudo, precisamente a mesma coisa, dizem os Ingleses, os Franceses, os Americanos, entre outros turistas que vão AO ENGANO assistir a esta SELVAJARIA ABOMINÁVEL e acabam por abandonar a arena da tortura, com uma ENORME REPUGNÂNCIA.
A mim também me aconteceu: a primeira vez que fui assistir a uma tourada, também ENGANADA, a meio do primeiro touro tive de abandonar o recinto, porque fiquei com vontade de VOMITAR e não o quis fazer para cima dos tais idiotas que aplaudiam cada picada no touro...
Se soubesse o que sei hoje, VOMITAVA primeiro, e saía depois…
E não foram os tribunais que venceram. Não foram os autarcas vianenses que venceram.
Foi a racionalidade que venceu através do Movimento Anti-touradas de Viana do Castelo, aguerridamente liderado por Ana Macedo, a grande mentora desta vitória (à qual se seguirão muitas mais vitórias), e das centenas de abolicionistas que se uniram por uma Viana do Castelo livre da selvajaria tauromáquica.
A união faz a força
E a força dos que lutam pela abolição da tauromaquia em Portugal e nos outros sete atrasados países, entre os 193 que existem no mundo, é cada vez mais poderosa.
Que adianta dizerem que a selvajaria tauromáquica é legal?
É legal mas não é racional.
Existem leis injustas. E esta lei que legitima a violência e a crueldade gratuitas sobre seres vivos indefesos, que nem sequer são considerados animais, é injusta, além de ser inconstitucional.
E quando as leis são irracionais e injustas, não existe justiça.
É chegada a hora de o Estado Português se convencer de que ou avança na evolução, e se coloca ao nível dos países civilizados, ou ficará novamente orgulhosamente só, no mundo, uma vez que os outros sete países, onde ainda se pratica a selvajaria tauromáquica, estão a caminho da abolição deste comportamento bárbaro, selvático e cruel, que nem os mais primitivos homens das cavernas praticavam.
O retrocesso é total.
O Movimento Anti-touradas de Viana do Castelo ganhou uma batalha. Falta ganhar a guerra. E essa ainda agora começou.
Vamos a isto, companheiros e companheiras abolicionistas!
Gritemos como gritou Miguel de Cervantes, que viu todos os carrascos que o torturaram no seu longo cativeiro, caírem um a um: «Deus suporta os maus, mas não eternamente.»
Aguardem-nos, carrascos de Touros e Cavalos!
Nós também não vamos suportar mais a vossa violência, a vossa crueldade, a vossa maldade, a vossa ignorância e a vossa ignominiosa maneira de estar no mundo.
Havemos de vos ver cair, um a um… a começar pelos “de cima”…
O mundo tauromáquico impunemente corrói psicologicamente as crianças, como esta imagem documenta.
O mundo tauromáquico, impunemente destrói psicologicamente crianças. E o legislador, não toma nenhuma atitude, para preservar o bem-estar e os direitos destas crianças.
Mais. A ONU, instou o governo português a por fim às crianças na tauromaquia, quer a assistir quer a participar. Mas o governo português, nada fez.
O legislador assiste crianças a serem educadas para a violência, para a barbárie, e assobia para o lado, como se não fosse nada consigo. É uma vergonha.
Trata-se de crianças.
As crianças têm de ser protegidas. Têm de ser protegidas das mãos de Monstros, de Psicopatas, que vilmente as educam, para se tornarem pessoas violentas, tal como quem as educou!
Mário Amorim
Fonte:
Com o aval do governo português e de progenitores irresponsáveis
Levam as crianças a assistirem a estes espectáculos degradantes e violentos! Exemplos de pais que não formam devidamente os filhos para que amanhã não se volte a ver a arena tingida de sangue e um touro exausto, ferido, dorido às mãos de quem ainda vive nos tempos medievais! (Paulo Serrão)
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10207562449249103&set=o.140617089292623&type=1
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Respondo-lhe à letra, F. Brazão? (I.A.F.)
«PERVERSÃO DA INOCÊNCIA»
Esta imagem mostra a realidade bárbara e cruel de uma actividade, que impunemente, actua contra os direitos das crianças e contra os direitos de animais não-humanos. Esta imagem mostra um crime contra os direitos das crianças e contra os direitos de animais não-humanos.
Paremos com esta realidade.
Paremos com estes crimes, de uma vez por todas!
ABOLIÇÃO DA TAUROMAQUIA!
Fonte:
Está prevista a realização de uma tourada à corda na freguesia da Feteira, Ilha do Faial, integrada nas festividades de Nossa Senhora de Lourdes.
Uma vez mais vamos escrever ao Bispo dos Açores para dizer-lhe que a Nossa Senhora de Lourdes celebra-se com orações, música sacra, flores, enfim, coisas mais dignas de Nossa Senhora, que não abençoa a crueldade cometida contra as criaturas de Deus…
Exmo. e Revmo. Senhor:
Dom António de Sousa Braga
Integrada nas festividades de Nossa Senhora de Lourdes, está prevista a realização de uma tourada à corda, actividade que anualmente é responsável por mais de 300 feridos e a média anual de uma morte.
Considerando a crise socioeconómica em que os Açores estão mergulhados, à qual não ficam imunes as paróquias que se debatem com falta de recursos;
Considerando que não há tradição ou divertimento que justifiquem o sofrimento e maus tratos a um animal, seja uma tourada, circo, ou uma apanha ao marrão que também está inserida no programa;
Considerando que a Igreja Católica deveria ter uma posição clara relativamente às touradas, que, foram condenadas e proibidas pelo Papa Pio V que as considerava como espectáculos alheios de caridade cristã;
Considerando que as touradas em nada contribuem para educar os cidadãos e cidadãs para o respeito aos animais, além de causarem sofrimento aos mesmos e porem em risco a vida das pessoas;
Considerando que a tourada à corda prevista vem conspurcar as respeitadas festas de Nossa Senhora de Lourdes;
Vimos apelar a V. Reverendíssima para que intervenha junto de quem de direito para que retire do programa a referida tourada a qual origina sofrimento, sem qualquer justificação, aos animais e que use com parcimónia o dinheiro esbanjado para o efeito.
Ressalvo que embora seja argumentado que a tourada é de iniciativa privada, em nada justifica que uma freguesia, uma cidade e uma ilha, tenham a sua imagem manchada com a prática violenta, na qual se recorre ao uso de animais para diversão das pessoas.
O movimento de consciencialização, relativamente à manutenção destas práticas, é cada vez maior, chegando à própria ONU que já se manifestou em relação aos danos psicológicos e orais que causa às crianças.
Não permitam que o Faial fique marcado como mais uma localidade que tende a regredir naquilo que são as boas práticas. Não permitam que a boa imagem, de natureza viva, de vida náutica, de misticismo, seja marcado pela realização de práticas violentas que nada acrescentam de positivo.
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
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Contactos, para enviarem esta ou outra carta mais personalizada:
Para: geral@diocesedeangra.pt, seminariodeangra@mail.telepac.pt, geral@feteira.com, geral@cmhorta.pt, jornalincentivo@gmail.com, tribunadasilhas@gmail.com
Está em vigor, em Portugal, um regulamento do dito “espectáculo” tauromáquico que obriga os cartazes que anunciam a selvajaria tauromáquica (vulgo touradas) a mencionar a seguinte advertência: «Este espectáculo pode ferir a susceptibilidade dos espectadores».
Depois de a ONU ter reconhecido a “violência física e mental da tauromaquia”, o Estado português foi obrigado a reconhecer também o carácter violento das touradas e o seu impacto negativo e traumatizante nos espectadores mais sensíveis (pois só quem é feito de cimento armado não é sensível a esta barbárie).
Acontece que nos cartazes onde já se colocou essa frase, esta está de tal modo DIMINUÍDA que nem um super olho a lê.
Portanto, seria da HONESTIDADE que o Estado português obrigasse os fazedores de cartazes a colocar essa frase em letras garrafais, para que até um cego a leia.
Ou não será essa a intenção do Estado português?
Fonte
https://www.facebook.com/Basta.pt/photos/np.1439536935126598.100000123032483/815531955144279/?type=1
Faço minhas todas as palavras dirigidas por Jorge ao seu amigo aficionado
Quanto a mim, dirijo-as aos aficionados que aqui vêm ameaçar-me, insultar-me com as ordinarices próprias de quem anda neste mundinho sangrento, e que me odeiam do mesmo modo que odeiam os Touros
(Este é um texto publicado neste Blog, em 8 de Julho de 2014, que aqui reproduzo hoje, porque, hoje, recebi um comentário do Jorge a dar-me conta de que se tornou vegetariano.
Bem-haja, Jorge!)
«Manel M., já somos amigos... sei lá... há 25 anos?! e sabes bem que numa coisa sempre me mantive fiel. O meu amor aos animais. Já discutimos sobre este assunto por diversas vezes e não quero que tomes a integridade da minha posição como uma "farpa" espetada a nível pessoal, mas sobre as touradas já sabes que nunca nos encontraremos do mesmo lado da "arena".
Manel, sabes bem que não posso admitir que hoje, em pleno século XXI; que hoje, em que sou Pai e tenho duas filhas que educo promovendo o respeito pelos seres vivos e para que tenham coragem para ajudar os mais fracos; que hoje, ainda se pratique e promova uma actividade de tortura de seres vivos como espectáculo.
Tu, que és aficionado, poderias por exemplo divulgar DETALHADAMENTE como se "preparam" os touros antes das touradas. Sim, porque as touradas não são lantejoulas, trajes de luzes, cornetas e cavalos.
Conta por exemplo, como se deixam os touros sem água e sem comida na escuridão, como se serram as pontas dos chifres até aos nervos, fazendo com que cada marrada lhes provoque dor, como se lhes coloca vaselina nos olhos para evitar que vejam bem, como são manuseados, picados e espancados dentro dos curros... para depois serem soltos numa arena barulhenta, estranha, plena de ódio e cheia de pessoas sedentas de sangue que se divertem e regozijam com cada ferro que lhes é espetado no dorso... tu, que és aficionado diz-me o comprimento da lâmina serrilhada que tem cada farpa... 4cm? 6cm? 8cm? 10cm?
Manel, fomos colegas de carteira nas aulas de Biologia, lembras-te? Não me venhas dizer que o touro não sofre, que não sente a dor ou que o seu instinto o preparou para aquilo... amigo, até tu, um aficionado, sabe que não é assim.
Sim, sou contra as touradas, sou contra a forma como os animais são abusados e sabes porquê? Porque me coloco no lugar deles e aí sinto a dor, a humilhação e o estupro... sim, Manel, também sou contra a forma como os animais são criados, transportados e mortos nos matadouros, por isso sou quase vegetariano...
Já não me recordo quem disse que o nível cultural e de evolução de um Povo se mede pela forma como trata os seus animais...
Tira daí as conclusões que queiras sobre quem és e sobre quem todos nós somos e quem queremos ser; recebe um forte abraço com amizade,
Jorge»
Fonte:
Arco de Almedina
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/as-touradas-nao-sao-lantejoulas-441134
É muito triste chegarmos ao ano de 2015 depois de Cristo e andarmos a lutar pela protecção da fauna e da flora do Planeta Terra.
Os ditos seres racionais REGREDIRAM MUITO em relação aos primitivos, porque os primitivos eram primitivos. Os de 2015 d. C. já foram à Lua, a Marte… Estão a destruir a Terra, e não descansam enquanto não forem pousar noutros planetas para os destruírem também...
Não é muito triste?)
(Ontem) dia 12 de Agosto, defensores de animais de todo o mundo estão reunidos para celebrar os elefantes e apoiar um futuro em que esses animais serão respeitados e protegidos. Este é o quarto ano que activistas celebram o Dia Mundial dos Elefantes. As informações são da Care2.
O Dia Mundial dos Elefantes foi lançado em 2012 pela documentarista canadense Patricia Sims e pela Elephant Reintroduction Foundation da Tailândia. No mesmo dia, estreou o filme “Return to the Forest“, de Sims, que explora a jornada e bela transformação que ocorre quando os elefantes cativos são devolvidos, de uma vida connosco, para a sua casa na floresta, e como a sua presença é vital na Natureza.
Apesar de ser uma espécie carismática e amada por pessoas de todas as idades, os elefantes da África e da Tailândia estão em sérios apuros. Desde o primeiro Dia Mundial do Elefante, indivíduos, celebridades e dezenas de organizações que estão trabalhando em soluções que visam garantir a sua sobrevivência futura em todo o mundo, uniram-se em apoio à causa, pois a ameaça de perdê-los para sempre está se tornando uma possibilidade real e iminente.
A caça na África atingiu níveis sem precedentes, sendo que alguns acreditam que, se continuar no ritmo actual, ela poderá acabar com os elefantes inteiramente nos próximos 10 anos. Estima-se que haja menos de 40.000 elefantes asiáticos restantes na natureza, que continuam a enfrentar a ameaça de caça, a perda de habitat e sendo levados para serem explorados pela indústria do turismo.
“Tantas pessoas ao redor do mundo amam os elefantes, mas não estão cientes de que os elefantes estejam em crise. O Dia Mundial do elefante ajuda a aumentar a segurança para os elefantes e expandir o habitat porque cria uma oportunidade de levantar um grito de guerra. «Temos de aumentar o volume sobre a crise pela qual passam esses animais, a fim de colocar mais pressão sobre os líderes para que tomem medidas significativas, para atrair recursos desesperadamente necessários, e convencer as pessoas a não comprarem marfim», disse Misty Herrin, director de campanha #SaveElephants da The Nature Conservancy, em um comunicado.
Infelizmente, elefantes selvagens não são os únicos em problemas. Activistas também têm trabalhado para acabar com a sua exploração em cativeiro e na indústria do entretenimento, e ampliar a consciência sobre o facto de os elefantes pertencerem ao meio selvagem, não a circos, jardins zoológicos ou atracções turísticas.
Como ajudar:
Neste ano, os defensores dos elefantes estarão novamente intensificando o trabalho no sentido de aumentar a conscientização sobre a situação dos elefantes cativos e selvagens, promovendo eventos, instando as autoridades a tomar medidas para proteger os elefantes e usando os media sociais para obter apoio. Enfim, há muitas maneiras fáceis de participar.
Apoiar o aumento da protecção legal para os elefantes
Em Junho, o Centro para a Diversidade Biológica entrou com uma petição para que os elefantes africanos fossem declarados como duas espécies separadas – elefantes da floresta e elefantes da savana – e para que o seu status fosse actualizado sob a Lei das Espécies Ameaçadas, o que acrescentaria ainda mais força com as leis destinadas a protegê-los.
Por favor, assine e compartilhar a petição instando o Fish and Wildlife Service dos EUA a reclassificar os elefantes e actualizar o seu status como espécie ameaçada de extinção.
Ajudar a pressionar os Estados Unidos pelo fim do comércio de marfim
Como o segundo maior mercado para o marfim atrás da China, aos EUA tem sido cobrado intensificar os seus esforços para combater o tráfico de animais selvagens com acções significativas. Agora, espera-se que uma regra, que foi formalmente anunciada pelo Fish and Wildlife Service (FWS) em Julho, venha praticamente a acabar com o mercado nos estados, na medida em que aplicará mais restrições às importações e exportações e proibirá a venda de marfim em todas as fronteiras.
Por favor, assine e compartilhe a petição instando o Fish and Wildlife Service a apoiar a proibição do comércio de marfim.
Você também pode fazer um comentário público em apoio às regulamentações mais rígidas para o comércio de marfim directamente no Registro Federal até 28 de Setembro.
Não comprar marfim
É desnecessário explicar que a aquisição de objectos de marfim – mesmo se forem anunciados como “legais”, ajudam a manter o mercado em movimento e a prover uma cobertura para o comércio ilegal do marfim de elefantes mortos recentemente.
Apoiar santuários de elefantes
Conheça e apoie organizações que trabalham para dar a elefantes cativos uma vida melhor, devolvendo-os a ambientes onde eles podem viver livremente, como a Elephant Reintroduction Foundation e a Elephant Nature Park, na Tailândia, assim como a David Sheldrick Wildlife Trust, na África. Nos Estados Unidos, dentre os principais santuários actuantes, estão o Elephant Sanctuary e o Performing Animal Welfare Society (PAWS).
Ser uma voz para os elefantes em cativeiro
Apesar de mais e mais áreas estarem proibindo o uso de animais selvagens em circos, e do Ringling Bros. ter dado recentemente um grande passo ao anunciar que iria “aposentar” os elefantes que explora, ainda existem outras empresas que viajam ao redor do mundo e que continuam a usar elefantes. Nós podemos enviar uma forte mensagem de que é hora de parar, evitando as empresas e locais que continuam a usá-los.
Assine a petição pedindo ao Congresso americano que aprove a Traveling Exotic Animal Protection Act, que irá proibir o uso de animais selvagens em circos, pelo bem desses animais.
Nós também podemos ajudar a dar voz aos elefantes que ainda se encontram em zoológicos e que precisam de ajuda, como Asha, Lucky e Lucy, assinando a petição em seus nomes, e a petição para países como o Zimbábue, pedindo para que pare de retirar os filhotes de elefantes das suas mães, na Natureza, para levá-los para o cativeiro.
Fazer um “Elegrama“
A Nature Conservancy, que é patrocinadora oficial do Dia Mundial dos Elefantes deste ano, está pedindo a simpatizantes que façam imagens à mão para o seu Projeto #Elegram, que será arrematado por 150.000 dólares por doadores generosos para o trabalho de preservação de elefantes na África. Basta pintar, desenhar, esboçar ou esculpir uma imagem de um elefante, tirar uma foto do trabalho e enviá-lo para a sua galeria.
Espalhar a mensagem
Se você está espalhando a mensagem sobre os esforços para ajudar os elefantes em sites dos media social, visite o site do World Elephant Day para obter banners para partilhar, e adicione as hashtags #WorldElephantDay, #GoGrey, #BeHerd, #Elegram, #SaveElephants, #JoinTheSTAMPede, # 96Elephants e #SayNoToIvory.
Para mais informações sobre maneiras de ajudar os elefantes e apoiar organizações que trabalham a favor dos mesmos, consulte o site.
Fonte: ANDA
(Este texto foi transcrito para Língua Portuguesa).
Fonte:
A candidatura de quase tudo e mais alguma coisa a património da Unesco parece estar na moda neste arquipélago onde o oceano que devia unir as ilhas tem servido mais para as separar.
São mais do que muitas as intenções de candidatura. Algumas merecem ser trabalhadas e levadas a bom porto, enquanto outras nem merecem que se perca muito tempo com elas, pois a serem apresentadas seriam alvo de chacota e ridiculizariam os seus proponentes.
Em Outubro de 2010, a Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo anunciou a candidatura à UNESCO da Festa Brava da Terceira como Património Imaterial da Humanidade.
Esta pretensão foi imediatamente contestada, tendo na altura sido lançado um abaixo-assinado a pedir à Unesco para não aceitar a candidatura em virtude das touradas “para além de não criarem riqueza e de desconceituarem os Açores aos olhos da maioria dos povos do mundo …em nada contribuírem para educar os cidadãos e cidadãs para o respeito aos animais, para além de causarem sofrimento aos mesmos e porem em risco a vida das pessoas”.
Desconhecemos se foram dados outros passos, mas tudo leva a crer que o que se pretendeu foi apenas ocupar espaço nos jornais e preencher tempo de antena na comunicação social.
Outra das candidaturas anunciadas foi a das Festas do Espírito Santo. Com efeito, em 2012, a comunicação social divulgou que estava em preparação, por um grupo de investigadores, a candidatura das Festas do Divino Espírito Santo a Património Imaterial da UNESCO.
Segundo Maria Norberta Amorim, uma das investigadoras envolvidas no processo de candidatura, o objectivo era “divulgar por todo o mundo estas festividades, que se caracterizam pela “irmandade, solidariedade, partilha e integração de novas gentes à comunhão na devoção”.
Desconhecemos o que terá emperrado esta candidatura que era apoiada pela Direcção Regional das Comunidades. O que sabemos, segundo o Diário Insular, é que a mesma havia surgido depois de uma outra do mesmo género ter sido rejeitada pela UNESCO.
Quer sejamos crentes ou não, as festas do Espírito Santo mereciam ser preservadas como manifestação de verdadeira autonomia e participação das comunidades locais e como espaços de solidariedade para com os menos bafejados pela sorte ou marginalizados pelas políticas implementadas por quem tinha a obrigação de governar ao serviço do bem comum.
Mas, para o sucesso da candidatura e para um regresso aos fins originais, as festas do Espirito Santo deviam ser expurgadas de algumas modernices que levam a que grande parte dos orçamentos seja usada em contratações de artistas, muitas vezes vindos de paragens longínquas, “apoio” a desnecessitados e de maus tratos a animais para divertimento de quem gosta de ver os outros, racionais ou não, sofrer desnecessariamente.
Em Abril do presente ano, a Associação de Mordomos das Festas Tradicionais da Ilha Terceira defendeu a classificação, pela UNESCO, da tourada à corda como Património da Humanidade. Tal como a proposta de candidatura da chamada festa brava esta, cremos, não passará disto mesmo, dada a falta de consenso existente sobre o assunto na sociedade açoriana e a quantidade de vídeos de marradas que mostram uma parte, a negra sem a qual os vídeos não se vendiam, do que é a tourada à corda.
Por último, está em fase de consulta pública, até ao próximo dia 15 de Agosto, a candidatura das Fajãs de São Jorge a Reserva da Biosfera, a que damos o nosso total apoio e apelamos à participação na mesma.
Teófilo Braga
(Correio dos Açores, 30703, 12 de Agosto de 2015, p.14)