Texto de Jota Caballero
(transcrito para a Língua Portuguesa)
ESPECISMO, PRECONCEITO EM ESTADO PURO
Não há coisa mais abominável do que o preconceito, daquilo que não se conhece, do que não se vê, e daquilo que não se toca, quando falamos em vidas, sentimentos e existências.
O preconceito gera formas erróneas de ver as coisas, onde criamos obstáculos para não as vermos como elas são, e sim como aquilo que nos é conveniente. O ser humano acha-se o ápice da criação, mas esquece que depende até das abelhas e formigas para continuar a sua jornada na Terra.
Diante de biliões de espécies de seres vivos, nos destacamo-nos talvez pela liberdade de termos consciência, e possuir inteligência. Somos os únicos seres com essa capacidade desenvolvida, porém utilizamo-la para provocar o mal, o fútil e o desnecessário. Não há espécie no planeta, holisticamente falando, mais sem sentido do que a humana. Continuando assim, daremos sim, sentido a própria extinção.
Infelizmente a nossa inteligência veio acompanhada do egoísmo, e esse faz com que matemos até a nós próprios, por absolutamente nada, apenas por prazer temporário. O ser humano se auto protege, e subjuga todos à sua volta, e a isso se chama especismo.
Queremos acabar com o racismo, o sexismo, porém esquecemos também que temos de acabar com o especismo, pois não há maior cobardia do que descriminar seres que não falam, e não sabem defender-se da maldade humana, que os inclui na sua alimentação, na sua ciência, diversão e vestuário. É justo?
Lutar de igual para igual, é plausível, mas quando nessa luta só há vitória de um lado por imposição, isso já se chama cobardia. O ser humano é extremamente cobarde.
Preconceito é ignorância, porém não existe maior ignorância, do que pensar que os animais foram feitos para nos servir, isso é inconcebível para quem justifica a sua capacidade de raciocínio, e não aceitará que tal seja normal.
Fonte:
Uma capital da velha Europa que em 2015 ainda mantém a prática da selvajaria tauromáquica tal como em 1580, quando Filipe I de Portugal (II de Espanha) introduziu este costume bárbaro para recrear uma realeza decadente e inculta, não merece outra coisa senão ser distinguida pelos abolicionistas com a “Estrela de Ferro” que, este ano, “galardoará” todos os municípios portugueses, associações, instituições e empresas que apesar de toda a contestação a nível mundial, ainda teimam em apoiar este costume bárbaro, que não dignifica Portugal nem os Portugueses, em pleno século XXI.
Origem da imagem do Brasão de Lisboa:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:LSB.png
O socialista e aficionado António Costa que, por coincidência, hoje pediu a demissão das suas funções como Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, teve oportunidade de retirar a capital de Portugal do rol das localidades portadoras de um atraso civilizacional vergonhoso, nos tempos que correm.
Mas não o fez.
Pelo contrário, teve a ousadia de atribuir a medalha de mérito municipal grau ouro (decisão unânime da edilidade em Setembro de 2009), a um forcado, que mais não fez do que, cobardemente, torturar touros moribundos, indefesos, feridos na alma e no corpo, ao longo de uma vida completamente inútil.
Algo que nem os mais primitivos homens das cavernas o fizeram.
Com este acto insólito, aquele “galardão” municipal perdeu todo o seu significado simbólico, e o socialista e aficionado António Costa, candidato a primeiro-ministro de Portugal entrou para a lista dos proscritos que aplaudem o sofrimento de um ser vivo para se divertirem à maneira dos broncos.
Abrir este link para mais informação acerca deste acto insólito
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/tortura-gratuita-e-humilhacao-de-475652
A arena do campo pequeno, em pleno coração de Lisboa, continua de portas abertas á selvajaria tauromáquica.
Desde 2013, quando se declarou oficiosamente a Abolição da Tauromaquia, não houve qualquer esforço por parte dos responsáveis autárquicos, nem dos deputados da Assembleia da República (sediada em Lisboa) para limpar Lisboa desta nódoa negra, que besunta as belezas naturais e a história gloriosa da antiga Olisipo.
O ferro é considerado um metal vil.
E vil é a condição da capital de Lisboa, como uma cidade pró-tourada. A vergonha da Europa.
É urgente limpar esta nódoa, para que Lisboa possa respirar plenamente o ar cristalino da modernidade, e poder receber a “Estrela Dourada” dos que pugnam pela Evolução, pela Cultura Culta e pela Civilização.