(Ao cuidado das autoridades portuguesas responsáveis pelo bem-estar físico e pela saúde mental das nossas crianças)
Por motivos óbvios, por mim era um rotundo NÃO ao acesso a menores de 90 anos, e para cima dessa idade, apenas aos que perderam a vista.
A selvajaria tauromáquica não é coisa para olhos humanos verem.
«Os franceses estão preocupados com os problemas que a juventude enfrenta, e num lugar destacado encontra-se com frequência o problema da violência: a violência sofrida, a violência observada ou a violência exercida.
Nos últimos anos tem-se assistido a um especial interesse pela questão da violência observada pelas crianças e pelos adolescentes. Distinguem-se neste caso dois tipos de situação:
- Por um lado, a criança como testemunha de violências reais, seja fora da família, seja mais frequentemente dentro da família;
- Por outro lado, a criança como espectadora de violências virtuais, e entra aqui o debate sobre o efeito dos filmes, da televisão e dos jogos de vídeo.
Sobre o segundo tipo de situação, nomeadamente os filmes, dois relatórios ministeriais foram elaborados em 2002: o «Relatório Brisset» (As crianças face às imagens e às mensagens violentas difundidas pelos diferentes meios de comunicação – Relatório de Claire Brisset, Defensora das crianças, para Dominique Perben, Ministro de Justiça, Dezembro de 2002) e o «Relatório Kriegel» (A violência na televisão – Relatório de Blandine Kriegel, para Jean-Jacques Aillagon, Ministro da Cultura e Comunicação, Novembro de 2002).
(AQUI RESSALTE-SE A EXIBIÇÃO DA SELVAJARIA TAUROMÁQUICA NO PEQUENO ECRÃ, ACESSÍVEL ÀS CRIANÇAS ENTREGUES A TAURICIDAS)
Há também um capítulo dedicado ao “Impacto dos Media” no relatório colectivo de peritos, publicado pelo Inserm em Setembro de 2005, intitulado “Problemas de conduta nas crianças e nos adolescentes”, no âmbito mais específico dos comportamentos agressivos».
Os espectáculos de violência humana que eles analisam referem-se implícita ou explicitamente a uma violência exercida sobre outros humanos, e as suas conclusões devem ser tomadas dentro desse enquadramento. No entanto, fica aberta a questão de saber se certas conclusões destes relatórios podem ser alargadas à violência do espectáculo das touradas.
É notório que as touradas escapam à distinção antes referida, devido a que a violência é ao mesmo tempo real e constituída em espectáculo.
Fogem também às análises habituais pelo facto de se referirem não a violências contra seres humanos, mas contra animais. Colocam desde este ponto de vista duas questões, por um lado a questão em si da violência contra os animais, por outro lado a questão da relação entre a violência contra os animais e a violência contra os seres humanos.
A literatura médica sobre o impacto dos espectáculos violentos nas crianças e adolescentes incide geralmente sobre dois tipos de efeito:
- O efeito traumático;
- A incitação e/ou a habituação à violência.
Outras reflexões referem-se à fragilização do sentido moral e à perturbação da escala de valores, e são mais difíceis de definir, analisar e validar.
Fonte: Texto original disponível na página:
NON À L'ACCÈS DES MOINS DE 16 ANS AUX CORRIDAS
Argumentaire présenté lors des Rencontres Animal et Société
Não ao acesso de menores de 16 anos às touradas. Argumentos apresentados nos Encontros “Animais e Sociedade”.
Estes argumentos foram apresentados em 2008, para o atelier «Touradas e jogos taurinos» dos «Encontros Animal e Sociedade». Estes Encontros foram organizados na altura pelo governo, com o objectivo de reflectir sobre o lugar dos animais na nossa sociedade.
Nota: a única correcção a fazer diz respeito às "escolas taurinas" que formam para a tourada à espanhola: a de Hagetmau desapareceu em 2009, no entanto, outra surgiu em Cauna, nas Landes.
Fonte:
Respeitar e amar os animais, não é submetê-los a tortura, física e psicológica, tal como acontece com a tauromaquia e com os circos com animais. Respeitar e amar os animais é isto:
Kevin Richardson – LION MAN
Fonte:
https://blogcontraatauromaquia.wordpress.com/2014/12/03/kevin-richardson-lion-man/
Congratulo-me bastante com esta notícia.
Já posso dizer que vejo uma luz ao fundo do túnel.
Já era tempo de Lisboa se transformar numa cidade moderna, civilizada, e deixar aqueles laivos medievais que ainda a caracterizam.
O PAN está no bom caminho.
Agora o próximo passo terá de ser a abolição da selvajaria tauromáquica, para que Lisboa fique completamente limpa.
(Foto: Henry Romero/Reuters)
Recomendação contra o licenciamento de circos com animais foi levada à Assembleia Municipal de Lisboa pelo PAN. Proibição depende da aprovação da câmara municipal.
Lisboa pode vir a juntar-se ao Funchal na lista de cidades portuguesas que proíbem o licenciamento e a instalação de circos com animais. A decisão está pendente da aprovação da Câmara, uma vez que a Assembleia Municipal já debateu e aprovou a recomendação, apresentada pelo Grupo Municipal do PAN (Pessoas, Animais, Natureza)
“Circo sim, crueldade não — proibição de espectáculos circenses com animais” é o nome da recomendação, debatida e aprovada esta terça-feira, 25 de Novembro, com votos contra do CDS, do MPT, de um deputado do PSD e de outro independente. Três deputados abstiveram-se. Miguel Santos, do PAN, foi o responsável pela apresentação da recomendação.
A nova provedora dos animais de Lisboa, Inês Sousa Real, tomou posse esta quarta-feira, 26 de Novembro, e assegurou defender “todos os animais” e “não só “o cão e o gato”, escreve a agência Lusa. Inês Sousa Real garantiu ainda que vai incluir na sua agenda de trabalho os animais utilizados em “espectáculos circenses, touradas, exposições e venda”.
«O ser humano, hoje em dia, já não se regozija com o sofrimento dos animais. E os laços sociais que se foram estabelecendo impõem hoje um outro tratamento», justificou, também à Lusa.
O PAN salientou, na recomendação que escreveu, o facto as crianças serem “presença assídua nos circos”, em nada beneficiando “do ponto de vista pedagógico”. «Nenhum número do circo que envolve animais constitui uma recriação dos comportamentos que os mesmos teriam se estivessem no seu habitat, muito pelo contrário», lê-se.
Já no início de Novembro, o Funchal proibiu a instalação de espectáculos com animais na cidade, numa decisão inédita na altura. A proposta também foi apresentada pelo PAN e aprovada pelo Presidente da Câmara madeirense, Paulo Cafôfo.
(Fonte)
http://p3.publico.pt/node/14765?fb_action_ids=958352160845543&fb_action_types=og.comments
Porque simplesmente os Cavalos, seres extremamente sensíveis, não nasceram para ser montados, e sofrem horrores quando os usam para tal...
(O texto que se segue é de Sônia Teresinha Felipe, doutora em filosofia moral e teoria política pela Universidade de Konstanz, Alemanha, professora da graduação e pós-graduação em filosofia, e do doutorado interdisciplinar em ciências humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil), orienta dissertações e teses nas áreas de teorias da justiça, ética animal e ética ambiental. É pesquisadora permanente do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, Membro do Bioethics Institute da Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento, autora de «Ética e experimentação animal: fundamentos abolicionistas», Edufsc, 2007, e, «Por uma questão de princípios», Boiteux, 2003.
«Ama os cavalos? Não os monte! (Drª. phil. Sônia T. Felipe) [20/11/2014]»
«Não existe monta sem sofrimento para os Cavalos, quer o montador tenha consciência da agonia e tormento do Cavalo, seja bondoso, ou um psicopata que “ama" tanto o seu cavalo a ponto de odiá-lo e chicoteá-lo quando não consegue fazê-lo entender o que quer.
O que importa é o que o corpo e o espírito do cavalo sentem, quando há qualquer "disciplina", "domação", “quebra” e “castigo”. O cavalo sempre sofre. A única forma de ele não sofrer é não ser montado nem encilhado. E, não sendo montado nem encilhado, não há desporto de qualquer tipo: bigas, troikas, corridas em plano raso, vaquejadas, touradas, rodeios, olimpíadas, polo, cavalhadas e tudo o que hoje existe porque o Cavalo paga com a sua dor e não raro com a sua vida o gozo de quem o monta.
Quando leio e escrevo sobre a agonia dos cavalos, concentro-me nos cavalos. E faço-o, exactamente, porque quem os monta e lhes passa o freio (o ferro) sobre a língua nunca pensou nem entendeu nada de anatomia e fisiologia de cavalos. Pode até ter tido muita aula prática de equitação, mas não teve luz alguma sobre o que se passa debaixo do seu traseiro bem acomodado sobre o lombo de outro animal, tão ou mais sensível do que aquele que o monta.
Se eu escrever uma linha dizendo que há pessoas boazinhas com os cavalos, todas, leia-se, todas as pessoas vão se aconchegar nessa linha. Só existe um tipo de pessoa boa para os cavalos: a que não os monta. A que cuida deles e a deixa viver a seu modo. Rara pessoa humana, rara pessoa equina, a que tem tal chance de vida, em paz, sem a agonia dos ferimentos invisíveis aos olhos de toda gente e também de quem a monta.
E os cavalos continuarão a ser montados na manhã seguinte, a ter o ferro cruzando a sua língua na manhã seguinte, a receber chicotadas na manhã seguinte, a ter uma sela amarrada sobre o seu lombo para levar uma sedentária ou um sedentário, por horas, sobre a sua coluna, sofrendo, no galope, cada golpe do peso de quem o monta e da sela que nunca é desenhada para respeitar a singularidade do corpo do animal. O cavalo sofrerá tudo isso na manhã seguinte àquela na qual a pessoa leu algo e se classificou como pertencendo ao grupo das que "amam" cavalos.
Quem ama os Cavalos não os monta!
Escrevo para o animal. É o meu dever. Quem não coloca freio nem cabresto, não coloca sela, não usa esporas, não usa chicote, quem controla o animal apenas comunicando-se com ele, sem qualquer meio repressivo e doloroso (só os Nevzorov sabem fazer isso!), não precisa de se magoar com o que eu escrevo.
E quem faz tudo de mal ao Cavalo em nome do "amor" que tem por ele, deve ir para um analista. Os Cavalos não são seres masoquistas. Se estão com um sádico montado no seu lombo, é porque o sádico é um psicopata, quer tenha consciência de si, quer não. Há muita gente que "ama" o seu cão de estimação. Ama tanto que o condena à prisão perpétua e à solidão. Tranca-o no apartamento sozinho a semana toda, de manhã até à noite, para ter algo vivo à sua espera quando chega exausto do trabalho ou das noitadas. Isso não é amor. É escravização. É privação. É condenação.
Entendo bem a angústia de quem conhece pessoas sem maldade que dizem amar os Cavalos e não querem machucá-los. Mas não tem excepção na equitação e na tracção. Usou freio, rédeas, esporas e chicote, é sessão de sadismo puro. Mesmo que a pessoa não veja toda a dor que causa.
E quem está sentado atrás da cabeça do Cavalo não vê a dor dele. E a dor que ele sente dentro da boca é indescritível. E a dor de uma úlcera também é indescritível. E a de uma pata lesada, idem. E a dor do pulmão, pelo esforço extraordinário de puxar uma carga morta ou levá-la sobre a coluna, idem.
E exactamente por serem indescritíveis todas as dores do Cavalo é que ele obedece. Porque o seu espírito evoluiu para não gritar de dor, pois, na natureza, o cavalo, assim como a vaca, não recebem ajuda de ninguém quando estão feridos. Pelo contrário, se gritarem de dor os predadores os elegem como alvo na próxima rodada.
Então, o Cavalo estrebucha, mastiga o freio nervosamente, balança a cabeça de um lado para o outro, dá ré, recusa-se a seguir, tudo isso porque está doendo demais e ele não tem como avisar ao peso morto sobre as suas costas. Ao peso morto que vive causando toda essa dor a ele sem “sentir” no próprio corpo, porque o corpo do peso morto sente mesmo é prazer em estar lá em cima, seguindo o seu passeio ou fazendo o “seu (?) “desporto” preferido.
Não porque tenha gostado da prática ou do peso da gorda e do gordo, da magra e do magro, sentados sobre a sua coluna, é que o cavalo segue. Não. Ele obedece porque é um animal fisiológico. A sua existência é o seu sentir. E ele sente horrores de dores com tudo o que fazem para que ele faça o que não tem interesse ou motivação natural alguma para fazer.
E, quando o cavalo obedece, é porque tem memória viva de que uma dor ainda maior virá, caso não siga em frente: uma puxada firme das rédeas, que lhe produzem o choque no sistema dos nervos craniais, uma chibatada sobre as carnes já inflamadas pelas chibatadas do dia anterior, dos minutos anteriores.
E, muitas vezes, não é somente na boca que a lesão é manifesta. É nas patas que está uma inflamação. É no lombo, pelo atrito do corpo da montaria impactando com a sela as partes da carne do animal, a cada passo, a cada galope. É no estômago. É no pulmão.
Até ao ano de 2008, Alexander Nevzorov (Nevzorov Haute École) ainda montava 5 minutos ao dia, podendo chegar a 15, excepcionalmente. Desde 2008, a monta foi definitivamente abolida das suas práticas. Ele escreve: "The year 2008 was a turning point in the history of the School. This was the year that we fully rejected horseback riding. The horse is not intended for riding even the slightest degree. Not physiologically, not anatomically, not psychologically. I had come a pretty long way to have this realization, and it is based not only on my feelings but first of all on the results of long term research. I understand how difficult is to accept this fact. But the ability to abandon horseback riding is a guarantee of a true, high relationship with the horse. Today horseback riding is a turning point of our history. Now we comprehend and bring into this world another beauty - the beauthy of a conversation with the horse as an equal." The horse crucified and risen, 2011, p. 223. Por quê?
Porque as carnes ficam inflamadas. A Lydia Nevzorova é fisiologista. Ela faz os exames de termografia computadorizada nos cavalos, e, pelas imagens coloridas, detecta cada área do corpo inflamada e grau dessa inflamação. Esse exame é muito caro. Só os "cavalos ricos" são examinados para a detecção das áreas de inflamação. E o são apenas quando começam os fracassos nas competições, quando eles não têm mais forças psicológicas para obedecer, apesar da dor das puxadas das rédeas na sua face e boca, ou das chicotadas e esporadas. Quando, apesar de toda essa dor, ainda assim o animal não mais obedece, se o "dono" é rico, então o leva para o exame termográfico computadorizado. E o que Lydia Nevzorova encontra é um corpo inflamado da boca às patas, quando não ao ânus (no caso de choques eléctricos).
As fotos são impactantes. Na foto de um Cavalo sem inflamação alguma, a de um não usado para montaria, a imagem do corpo todo aparece em azul, sem manchas luminosas. Os animais montados e lesados nas patas, nos tendões, na nuca, no dorso, nos flancos, aparecem com as lesões todas em cores de ondas longas, mais vivas, evidenciando os machucados invisíveis a olho nu. E esses ferimentos internos estão ali todos os dias nos quais o animal é montado e quem o monta não vê. Todos os dias. Cego pelo seu amor à prática, o equitador nada vê.
É um tormento ter o corpo todo inflamado. E ser usado todo o dia para dar a um humano prazeres que só existem à custa dessa dor. E a maldade não é minha, nem do cavalo. E tudo isso sempre foi guardado como segredo, a sete chaves, para que ninguém pudesse abrir os olhos e ver o que está fazendo, quando monta um cavalo. Não está só a montar o animal. Está, literalmente, a levá-lo para mais uma sessão de tortura.
Fonte:
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=10205175596651099&id=1280753559&hc_location=ufi
(Texto transcrito para Língua Portuguesa)
Uma vergonhosa união, que só fica mal à desprestigiada universidade espanhola
É que nas I Jornadas Internacionais de Tauromaquia (leia-se selvajaria tauromáquica, conforme a moderna terminologia), organizadas pela Fundação de Estudos Taurinos em colaboração com a Universidade de Sevilha, realizadas de 5 a 7 de Novembro, chegou-se a esta desiluminada e inacreditável conclusão: esta selvajaria poderia ser inscrita como Património Cultural e Imaterial da Humanidade
Eis o que os incultos tauricidas de Sevilha querem elevar a Património Cultural Imaterial da Humanidade! Só um imbecil não se apercebe da insanidade desta pretensão
Tanto quanto sabemos o património cultural imaterial (ou património cultural intangível) abrange as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva em respeito à sua ancestralidade, para as gerações futuras. São exemplos de património imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições.
Neste rol de significações não consta a selvajaria tauromáquica que segundo a declaração da UNESCO, em 1980, é «a terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras, a qual traumatiza as crianças e adultos sensíveis, e agrava o estado dos neuróticos atraídos por esta prática cruel, e desnaturaliza a relação entre o Homem e o animal, afrontando a moral, a educação, a ciência e a cultura.
Como é possível a Universidade de Sevilha estar envolvida com esta turba de «psicopatas, falaciosos, sádicos, perversamente autorizados a praticarem esta infâmia torcionária sobre touros, com impacto pernicioso sobre a sociedade e o país? Com esta escória e vergonha da Humanidade» (como bem o define o médico veterinário, Dr. Vasco Reis)?
E ainda citando este mesmo médico, «miseráveis são os Estados que pactuam com isto».
Esta turba ridícula teve a petulância de basear as “conferências” e as “comunicações” destas jornadas tauricidas na relação (e atente-se neste absurdo!) da cultura do touro com a História, a Arte e a Literatura na Europa e na América.
Pomposo, não é?
Do que se esqueceram foi de especificar que essa “cultura” é a cultura saloia; a “história” é a história negra; a “arte” é a terrível e venal arte de torturar e matar animais; a “literatura” é a literatura de psicopatas; essa Europa é apenas Espanha, sul de França e Portugal, (três tristes e miseráveis Estados); e essa América é apenas o México, Colômbia, Perú, Venezuela, Equador e Costa Rica (outros seis tristes e miseráveis Estados).
A tauromaquia remonta à Idade do Bronze, época em que os homens eram primitivos e ignorantes mas não tão requintados na crueldade como são os carrascos tauricidas contemporâneos.
Mas a selvajaria tauromáquica nasceu em Espanha, no século XII, em plena Idade das Trevas, e espalhou-a por territórios que ocupou, como foi o caso de Portugal (na época filipina) e nas ex-colónias da América do Sul.
E é um costume bárbaro que causa um imensurável sofrimento aos bovinos, que são animais herbívoros e pacíficos, e insulta a inteligência do mais comum dos mortais.
Os dementes que participaram nestas jornadas trocaram impressões tão grotescas que chegaram a redigir uma declaração de princípios, evocando a origem remota da tauromaquia (leia-se um costume bárbaro perdido no tempo em que reinava a ignorância), recordando que tal “festa” (leia-se ritual macabro) deu lugar a incontáveis celebrações (leia-se práticas sanguinárias), obras de arte e cultura (leia-se manifestações insanas da cultura saloia), salientando uma importância económica (leia-se apenas para o enriquecimento de ganadeiros), turística (leia-se apenas uns tantos broncos incultos) e sócio-cultural (leia-se apenas uma pequena parte de uma sociedade não evoluída que pratica a cultura dos broncos).
Como se isto não bastasse, para dizer da demência destas criaturas, acrescentaram esta coisa delirante: o respeito que os ganadeiros, toureiros e aficionados sentem pelo touro durante a lide…
Veja-se aqui o respeito que se tem pelo bovino durante a lide
… e durante a sua criação, que decorre em condições óptimas de liberdade e em espaços preservados que constituem reservas ecológicas únicas, uma mentira descarada, facilmente demonstrável, pelo facto de torturarem o bovino desde a nascença, antes, durante e depois da lide, com requintes de malvadez.
E depois disto esperam que a UNESCO valide a candidatura desta selvajaria.
Só se a comprarem a peso de ouro, mas para isso é preciso que a UNESCO seja subornável. O que é pouco ou mesmo nada provável.
Mas deixem sonhar os loucos. É a única coisa que lhes resta!
Esta farsa de Natal no campo pequeno serve para financiar a SELVAJARIA TAUROMÁQUICA que ali se pratica
Boicote-se esta iniciativa HIPÓCRITA, patrocinada pela caixa agrícola, e apoiada pela rádio renascença, pelo jornal correio da manhã e pela revista sábado (que devem ser boicotados também)
TOLERÂNCIA ZERO PARA QUEM NÃO RESPEITA A VIDA
Eis uma óptima notícia.
Nem tudo está perdido.
Eis as ruínas do que antes foi “património” (já que o querem assim) dos broncos tauricidas. A tortura e a cobardia são património, sim, mas da estupidez. Apenasmente.
Passados seis anos de ter sido desactivada a arena de tortura de bovinos, depois de Viana do Castelo ter-se declarado cidade anti-tourada, o presidente do município, Dr. José Maria Costa, veio demonstrar uma “vontade clara” de dar resposta à falta de condições físicas com que se debate a Escola Desportiva de Viana (EDV), daí a intenção de transformar a antiga num espaço polivalente para a prática de várias modalidades, tais como ginástica, esgrima, patinagem artística e hóquei em patins e basquetebol.
Esta arena, de construção recente (1948), para a longevidade da selvajaria tauromáquica, que vem do tempo das trevas, serviu para a prática da tortura durante alguns anos, numa terra onde nunca a barbárie esteve de facto enraizada, como nas terras atrasadas lá mais para sul…
Há vários anos que está desactivada, e é chegado o tempo de lhe dar uma utilidade moderna, condizente com a civilização e não com a incultura dos tauricidas, que consideram a iniciativa da autarquia um atentado contra o “património” deles, isto é, dos broncos.
Pois tudo o que seja “património” dos broncos é para transformar, demolir, esmagar, trucidar, queimar, fazer desaparecer para sempre, da face da Terra.
No mundo moderno não tem mais cabimento a estupidez que já se prolonga há demasiado tempo.
O Norte de Portugal não cultiva a selvajaria tauromáquica. Os nortenhos (tirando uma minoria selvática e cobarde) é gente de trabalho honesto, e não se diverte a ver torturar seres vivos indefesos.
Os bárbaros invadiram Viana do Castelo contra a esmagadora maioria dos vianenses, através de marosquices e ilegalidades, com a conivência de autoridades que deviam estar na cadeia.
Desprezo total pela incultura dos broncos tauricidas, pela ignorância dos broncos tauricidas, pela cobardia dos broncos tauricidas, pelo atraso de vida que os broncos tauricidas representam na sociedade portuguesa, se bem que sejam uma minoria insignificante e inútil, que a seu favor tem apenas uma lei parva e inconstitucional, porque promove a violência, a crueldade e a tortura gratuitas, que transgride o direito do povo português à integridade moral e à qualidade de vida.
Bárbaros que nem sequer sabem que são bárbaros, porque desconhecem em absoluto a civilização.
Por isso esta iniciativa da autarquia de Viana do Castelo é salutar, e totalmente bem-vinda e aplaudida.
Numa cidade que se diz e se quer turística, capital de um País que caiu em desgraça, mal visto no estrangeiro pelas suas desgovernanças, e filho bastardo de uma União Europeia xenófoba, acolheu um “acontecimento” onde a selvajaria contra seres indefesos foi protagonizada pelos habituais cobardes de serviço.
Origem da foto: http://farpasblogue.blogspot.pt/2013/02/as-fotos-da-final-do-encontro.html
Esta aberração aconteceu em 2013 (de 2014 não se encontrou notícia) naquele que é considerado o símbolo de uma Lisboa medieval, com laivos nazistas – o campo pequeno – um antro de tortura, violência, crueldade e maldade puras, onde uma imbecilidade entranhada se esparrama como o vómito de uma “humanidade” apodrecida.
E a empáfia dos indivíduos que promovem tal anormalidade é de tal modo desmedida que não têm a noção do ridículo, quando abrem a bocarra para chamarem “academia” ao antro de toureio do campo pequeno, que promoveu esta iniciativa de tão baixo nível.
E foi um aprendiz da crueldade, pertencente ao antro lisboeta, que ganhou o prémio - capote de brega - oferecido pelo real (virá da realeza que se dedicava a divertimentos indignos de gente “fina”?) clube tauromáquico português.
Para quem não sabe, o termo brega, como aliás tudo o que se refere à selvajaria tauromáquica tem origem em Espanha (o que significa que este costume bárbaro de português nada tem), e diz respeito à lide dos cobardes carrascos nas arenas.
Mas o termo brega” tem também uma origem obscura, e que se adapta adequadamente aos indivíduos que se dedicam à prática da tortura de bovinos.
Brega significa aquele que não tem maneiras refinadas; aquele que se considera de mau gosto ou não tem refinamento; aquilo que é de qualidade inferior, ou seja, reles; e existe ainda uma outra significação que tem a ver com zona de prostituição, o que se de certa maneira encaixa na tauromaquia, cujos praticantes se dedicam a uma abjecta prostituição mental.
Outros cobardes de Espanha também se distinguiram pelo requinte de crueldade com que provocam sofrimento em seres indefesos.
E no final deste cobarde acto patético (de pateta), onde um punhado de indivíduos premeia a imbecilidade legitimada por uma lei parva, torturaram bovinos bebés, oferecidos por ganadeiros que recebem chorudos subsídios para este negócio da tortura e da morte, quando se corta verbas para a saúde, para a educação, para o apoio a deficientes, para alimentar crianças, para a cultura culta, enfim… dá-se para o enxurro o que se tira ao essencial.
A esta vergonhosa e imbecil iniciativa esteve ligado o município de Arruda dos Vinhos, uma terreola que sofre de um desmedido atraso civilizacional.
Tudo a condizer com um ritual primitivo, que conspurca a cidade de Lisboa, dirigida pelo aficionado socialista António Costa, que não se resolve a banir da capital portuguesa esta nódoa negra que a enxovalha.