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http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/2014/09/01/
Torno pública esta mensagem, porque a minha denúncia também foi pública, e por ser do interesse público
Exma. Senhora
Isabel A. Ferreira
Tenho a honra de acusar a recepção do seu e-mail de 3 de Setembro de 2014 e de informar que os factos que descreve poderão integrar a prática de ilícitos criminais, designadamente de ameaça, p.p. pelo art.º 153º do Código Penal (CP) e de difamação ou de injúria, p.p., respectivamente, pelos art.s 180º e 181º e eventualmente 184º do mesmo diploma legal.
O crime de ameaça tem natureza semipúblico (art.º 153º nº 2 do CP) e os demais crimes referidos têm natureza particular (art.º188º n.º 1, do CP), ou semipública quando os ofendidos exerçam autoridade pública, como será o caso do Sr. Presidente da Câmara e de V. Exa, caso exerça funções na autarquia (art.º 184º, 188º nº 1 al. a) do C. P..
Nessa medida, o Ministério Público apenas terá legitimidade para o exercício da acção penal pelos factos descritos se os ofendidos apresentarem queixa, manifestando o desejo de procedimento criminal (arts. 48º a 50º do Código de Processo Penal), o que não resulta do seu e-mail, sendo certo que também não existe qualquer manifestação nesse sentido do Sr. Presidente da Câmara.
Assim, caso deseje a abertura de procedimento criminal quanto aos factos que lhe respeitam, poderá apresentar queixa junto do Ministério Público da área dos factos (Viana do Castelo), descrevendo circunstanciadamente a factualidade em causa e a forma/meio da sua prática.
Com os melhores cumprimentos
PEL’A CHEFE DE GABINETE
O Assessor
(Raul Farias)
***
A MINHA RESPOSTA A ESTA MENSAGEM:
Exmo. Sr. Raul Farias,
Agradeço a gentileza da resposta da Procuradoria-Geral da República, à minha denúncia pública.
Na verdade, eu sou apenas uma cidadã portuguesa muito indignada com o atraso civilizacional em que vejo mergulhado o meu pobre País, para que cerca de duas dezenas de famílias “poderosas” possam continuar a ser “poderosas”, passando por cima da Vida, da Ética, da Lucidez, do Bom Senso, da Evolução.
Na verdade, do que eu mais gostaria, era que as autoridades do meu País pusessem fim a algo que conspurca o nome do meu País, ou seja, abolissem, de uma vez por todas, a vergonhosa prática da selvajaria tauromáquica.
Os que me ameaçam e difamam (e são muitos, desta vez tornei pública a ameaça porque também atingia o autarca de Viana do Castelo) não passam de criaturas produzidas por leis que legitimam a violência, a tortura, a incultura, a incivilização, a ilegalidade, e não terão grande culpa da estultícia em que estão mergulhadas. Afinal o Estado Português dá-lhes abrigo.
E então, quem sou eu para apresentar queixa de alguém que tem a lei do lado dele?
Com os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Apelo do Médico Veterinário, Dr. Vasco Reis
Touro bandarilhado até quando?????
Temos a maior admiração pela vossa/nossa dedicação e pelos vossos/nossos sacrifícios pelos patudos nossos companheiros da Terra, que tanto sofrem por crueldade, negligência e abandono dos humanos.
Apesar de tanta falta de apoio e de tantas dificuldades, a nossa consciência obriga-nos a prosseguir
Tudo seria mais fácil se as mentalidades evoluíssem no sentido animalista e ecologista.
Para isso é preciso proporcionar e repetir informação e chamar a atenção para a natureza e susceptibilidade dos animais não humanos.
MANIFESTAÇÃO = uma das acções mais eficazes para se afirmar a indignação contra a tortura tauromáquica e de alerta e sensibilização para pessoas ainda distantes de saberem o que é esta praga.
É ponto de encontro de seres humanos conscientes e compassivos, que abominam esta tortura pública.
QUEIRAM ESTAR CONNOSCO EM ALBUFEIRA NA MANIFESTAÇÃO DESTA SEXTA-FEIRA, 26 DE SETEMBRO.
VAMOS CONTRIBUIR PARA A EVOLUÇÃO DAS MENTALIDADES, E ASSIM BENEFICIAR TODOS OS ANIMAIS, NÓS PRÓPRIOS, ALBUFEIRA E O PAÍS.
Em Albufeira a tourada é um degradante cartaz turístico, que atrai visitantes estrangeiros com a mentira de que se trata de uma "brincadeira" com touros, que até "não são mortos"!!!
A MANIFESTAÇÃO ESTÁ AUTORIZADA E SOB VIGILÂNCIA DAS AUTORIDADES!
ESTA SEXTA feira dia 26/9 juntem-se a nós...se a crueldade contra animais indefesos vos impressiona...se sabem que eles MUITO sofrem...em nome de uma cultura/tradição de pessoas sádicas que gostam de aplaudir o enorme sofrimento destes pobres seres que NÃO se podem defender!!
20h Ponto de encontro Rotunda da Corcovada...marchamos JUNTOS para a praça de Touros de Albufeira!!!
JUNTEM-SE A NÓS por favor.
Protesto pacífico!!
Tragam cartazes, apitos, tambores, ou nada, mas estejam presentes. POR ELES!!!
Vídeo de 22 de Agosto 2014, da nossa manif em Albufeira em português e em inglês!
ooo
«Eles são ignorantes, mas se lhes fornecemos informação, optam por continuar ignorantes, e essa é a pior ignorância.» (I. A. F.)
«Negam a verdade, que os desclassifica. Refugiam-se nas falácias tauromáquicas, que muito mal os mascaram!» (Vasco Reis)
A diversidade genética dos touros ditos “bravos” ou de “lide”
“Raça (Zoologia) - subdivisão da espécie com uma unidade de constituição hereditária" - in Infopédia – Porto Editora
Normalmente, as raças bovinas são caracterizadas por três parâmetros: o peso, o perfil cefálico e as proporções corporais. Na suposta “raça brava” não é possível fixar parâmetros devido à grande variabilidade genética e diversidade de caracteres dos touros usados nos espectáculos tauromáquicos. Com efeito, entre os bovinos ditos de “lide” podem-se encontrar animais com morfologias, pelagem, cornaduras, perfil cefálico, tamanho e peso muito variados, pelo que não é possível distingui-los com clareza dos touros comuns (Bos Tauros). Não é de admirar, pois todos os bovinos existentes na actualidade, mansos e não mansos, descendem do mesmo antepassado comum – o Uro ou Auroch.
Os touros ditos de “lide” que existem na actualidade, para além de não constituírem uma espécie, não são uma verdadeira raça, mas sim um tipo de touros muito diversos entre si, que não pertencem a nenhuma raça bovina determinada.
Estudos apontam para cerca de 31 grupos genéticos distintos e para níveis elevados de diferenciação genética dos vários sub-grupos de touros de tipo “bravo” designados por “encastes”: Estes níveis de diferenciação são superiores aos que separam as raças de bovinos comummente aceites como tais. São pois animais mestiços, estando longe de estar provado com critérios científicos válidos que os touros que usam nas touradas são uma raça de bovinos distinta das demais. Para estarmos diante de uma raça propriamente dita tem de existir uma unidade de constituição hereditária, algo que não existe no caso dos bovinos de tipo “bravo”.
Na natureza não existem animais de lide, muito menos bovinos, animais herbívoros de índole pacífica. Uma raça, cuja razão de existir fosse apenas a tortura em arenas, seria uma aberração, só concebível por mentes doentes de quem quer perpetuar a violência contra os animais.
Ver mais informação aqui:
O animal humano na sua mais repugnante faceta
Para divertir os aficionados, a indústria tauromáquica não se limita a torturar bovinos, e atormenta e tortura muitos outros animais.
Cavalos, búfalos, cães, burros, mulas, póneis, leões, tigres, elefantes, galos, javalis e até seres humanos já foram ou são explorados e torturados pela macabra indústria tauromáquica.
Cavalos torturados e mortos pela indústria tauromáquica
Os cavalos e os bovinos são animais herbívoros e estão muito longe de serem inimigos naturais. No entanto, os cavalos são usados nos espectáculos tauromáquicos em que se colocam este nobres animais numa luta aberrante, estúpida e anti natural.
Como resultado da loucura selvática dos aficionados, cavalos são feridos, estripados e mortos.
Muitos cavalos morrem de ataques cardíacos fulminantes, pois não foram feitos para participar em espectáculos com tal nível de violência.
Ver mais informação aqui:
O animal humano na sua mais repugnante faceta
Assim, aterrorizados, estão os bezerros em Algemesí, aguardando que os levem para a arena. Vejam os olhos e as suas patas, comprimidos uns contra os outros, ouvindo os berros dos desgraçados que são torturados antes deles.
Hoje, em Algemesí, povoado de Valência, Espanha, começará o massacre de bezerros de apenas um ano, para diversão de um cambada de bêbados com carta-branca par fazerem o que quiserem aos touros bebés.
Se vives perto, vai até lá nem que seja apenas para clamar por eles.
Eles gritam, quanto podem, quando são atravessados, em qualquer parte do seu corpo, por espadas e todo o tipo de artefactos cortantes, mas dentro da arena ninguém os ouve.
A gritaria e a música “cadafalera” (assim se chamam as bezerradas), compõem um cenário dantesco e cruel, próprio de uma Espanha profundamente tosca e estúpida.
É repugnante o modo como o jornal Levante-EMV minimiza e mente sobre o maltrato e crueldade sobre os bezerros em Algemesí.
Fonte
«É o seu execrável gosto de quem se diverte com o sofrimento psicológico e físico de um animal mais sensível e inocente do que o Vasco de Sousa e dos seus aficionados.
Deve ser muito ignorante e pouco ou nada perceber de anatomia, fisiologia, neurologia.
Consciência e compaixão devem ser-lhe bastante estranhas. Veja lá se entende: às pessoas conscientes e dignas, não basta não assistir à tortura tauromáquica.
É preciso que ela termine, porque sem isso sabemos que touros e cavalos sofrem horrivelmente.
Isso indigna-nos, revolta-nos, provoca-nos ansiedade e desespero.
Nada disso aconteceria, se vocês deixassem os animais em paz e sem massacre.
E, por isso tudo vos culpamos! Além de serem torturadores dos animais não humanos, condenam os animais humanos, como eu, à indignação e à ansiedade.
Que vergonha e que sofrimento para animais, para Portugal e para portugueses é existir essa praga "tradicional, espectacular, sádica" e existirem pessoas que a executam, apoiam, aplaudem, negoceiam, legislam, autorizam.
Dou-lhe um conselho precioso! Pense por si, procure a verdade, informe-se junto de pessoas detentoras de senso comum equilibrado e no que a ciência ensina.
Não dê crédito a tanta falácia tauromáquica disparatada. Depois, esclarecido, mude para o nosso campo, arrependido de tanta aleivosia. Creio que o aceitaríamos, como exemplo de evolução».
Vasco Reis (Médico Veterinário)
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Comentário de Ana Luiza:
«É o que sempre digo, os criminosos e assassinos dos animais não humanos são os verdadeiros culpados por nossa desgraça e tormenta diária. O sofrimento vem por tabela, primeiro, os anjos indefesos animais são dizimados e logo vem o nosso... em conhecer como se dá todo o processo destrutivo dos seres mais puros do planeta, ou seja, os animais!!!»
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FAÇO MINHAS AS PALAVRAS DO DR. VASCO E DA ANA LUIZA
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Comentário de Jerónimo Augusto:
Excelente, amigo Vasco Reis, esse (que lamento chamar-se Vasco) de Sousa, não deve ser dotado do discernimento tão necessário para poder avaliar questões tão sérias e delicadas como os aspectos psicológico, fisiológico e emocional dos animais.
Infelizmente isso é uma característica comum a todos os que gravitam em torno da tauromaquia, isto é, aqueles que nela participam activamente, aos que assistem à barbárie e aos que legislam em favor dela.
De todos os que se dedicam a "tourejar", outra coisa não seria de esperar a não ser uma notória e acentuada imbecilidade que, para maior fatalidade, é apoiada por um governo que tem o sumo interesse em debelar a iliteracia em Portugal.
Mas enquanto não tivermos respeito por aqueles seres que connosco partilham o planeta e que como nós possuem emoções, por mais letrados que sejamos, seremos sempre um péssimo exemplo para a Europa e para o Mundo.
E ao senhor Vasco Sousa, aconselhamo-lo a despoluir a sua mente, e a civilizar-se, para merecer o respeito daqueles que lutam por uma sociedade digna e mentalmente mais saudável.
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Faço minhas as palavras do Jerónimo.
«Mas que país é este onde vivemos? Já não basta a barbárie da tourada tradicional, ainda conseguiram ir mais longe matando o touro em público?
Digam-me que formação é que têm os indivíduos que autorizaram esta carnificina?
Esqueceram-se de que estão no século XXI ou querem canalizar a fúria do povo perante a situação nacional e aplacá-la com sangue de animais inocentes?
Tanta correria para estarmos ao nível do resto da Europa e afinal para isto; sim, porque até em certas regiões de Espanha, já estão a abolir estes costumes infames.
Muito sinceramente é nestas alturas que tenho vergonha de ser portuguesa e quase que tenho ganas de adoptar a outra nacionalidade a que tenho direito.
A tourada, meus senhores, surge na linha de continuidade do Circo Romano e foi fomentada de modo intencional para acalmar pulsões de gressividade nas massas a par e passo com os três efes; Fátima, Futebol e Fado.
Já chega de entorpecerem as mentes para poderem governar à tripa forra com os conluios a que estamos sujeitos ao longo das gerações.
Só tenho um desejo: Que O Meu Povo Acorde E Perceba Que A Evolução Também É Viável Em PORTUGAL»
Ana Wiesenberger
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Faço minhas as palavras da Ana Wiesenberger (Isabel A. Ferreira)
Eu também não quero continuar a financiar as touradas com os meus impostos, mas que outra opção tenho, se me vêm ao bolso e roubam descaradamente, e nem sequer tenho como fazer queixa desse roubo, porque não há a quem me queixar...?
E deste modo os ladrões ficam impunes.
E as duas dezenas de famílias ricas mas broncas, que beneficiam deste financiamento, continuam a cometer biocídio também, impunemente.
E isto provoca náuseas, a mim e às pedras da rua.
Origem da imagem:
LUMINARIAS
TORO DE LA VEGA
TORO JUBILO
BECERRADA
TOURADA
Diz quem sabe e viu: o Médico-Veterinário Dr. Vasco Reis, o único que, em Portugal, dá a cara e luta pela Abolição das Touradas.
O que se segue é a descrição nua e crua da selvajaria tauromáquica que o governo português legitima numa lei parva e inconstitucional.
Brutalmente, tal como foram cravados, os ferros são agora retirados sem anestesia, arrancados ou por corte do couro
(O que talvez os governantes não saibam e é urgente saberem, para que possam legislar conforme a racionalidade)
Texto do Dr. Vasco Reis (Médico-Veterinário dos sérios, e que honra a profissão)
«O touro vive uns 4 anos na campina na boa companhia de outros da mesma espécie em espaço largo e com razoáveis condições.
Passará por momentos difíceis. Desenvolve-se.
Um dia é escolhido para a lide numa tourada.
Apartam-no violentamente, com ou sem medicação, com ou sem uso do bastão eléctrico, para uma manga e enfiam-no numa caixa apertada onde mal se pode mexer.
O stress da claustrofobia é tremendo, ao passar da liberdade e tranquilidade da campina para o caixote onde fica confinado, brutalmente afastado da companhia importante dos outros bovinos a que o ligam laços emotivos fortes.
A seguir acresce a ansiedade/pânico provocados pelo transporte.
Depois a espera, provavelmente, com pouco ou nenhum alimento e bebida.
Talvez sendo injectado, a ponta dos cornos será cortada até ao extremo vivo e muito enervado, ficando extrema e dolorosamente sensível ao contacto.
Para não sangrar cauterizam a sangue frio. Há touros que não resistem a esta operação. Sofre outras acções destinadas a fatigá-lo, debilitá-lo, retirar-lhe capacidade para a lide.
Mais tarde, a condução ao curro da praça de touros. Empurrado depois para a arena = beco cruel sem saída, suportando logo o enorme alarido, que ainda o assusta mais.
Depois a provocação, o engano, o cravar dos ferros, que o ferem e magoam terrivelmente, através da pele, de aponevroses, de mais ou menos músculos, atingindo tendões e, por vezes até pleura e pulmão (meu testemunho) e o fazem sangrar e sofrer.
Tudo isto o enfurece, magoa, deprime e esgota. Depois é retirado com as “chocas”. Brutalmente, tal como foram cravados, os ferros são agora retirados sem anestesia, arrancados ou por corte do couro.
Depois o sofrimento cresce pela dor provocada pelos ferimentos, infectando e provocando-lhe febre, ficando animicamente derrotado, até que o abate o liberte de tamanho sofrer.
Desgraçada vítima dos chamados humanos, “corrida” e torturada unicamente para diversão de aficionados, alimentar de vaidades, de negócios de tauromáquicos e no prosseguimento de uma cruel tradição.
É, portanto, uma aberração, comprovativa da maior hipocrisia, quando tauromáquicos e ganadeiros afirmam serem as pessoas que mais gostam dos touros.
Deixam-nos viver eventualmente bem durante cerca de 4 anos, para que então sejam torturados na tourada e abatidos em sofrimento uns dias a seguir, em vez de viverem no seu meio natural os 20 anos em média da sua expectativa de vida.
Revoltante e vergonhoso é que tal crueldade seja permitida legalmente, feita "espectáculo" e publicitada.
Percurso do Cavalo usado para toureio
O cavalo é um animal de fuga, que procura a segurança e que a atinge pondo-se à distância daquilo que desconfia ou que considera ser perigoso.
Defende-se do agressor próximo com o coice e por vezes com a sapatada do membro anterior, se for mais afoito ou considerar o perigo menor.
No treino e na lide montada, ele é dominado pelo cavaleiro com os ferros na boca, mais ou menos serrilhados, puxados pelas rédeas e actuando sobre as gengivas (freio ou bridão – este com acção de alavanca, ambos apertados contra as gengivas e língua por uma corrente de metal à volta do maxilar inferior– barbela), elementos castigadores.
Em alternativa pode ser usado o “hackamore”/serrilha exterior à boca actuando contra o chanfro e também submetido à acção de alavanca.
O cavalo é incitado pela voz e por outras acções, chamadas de “ajudas”, como sejam de esporas que são cravadas provocando muita dor e até feridas sangrentas.
Calcule-se o sofrimento físico e psicológico do cavalo, que por vezes provoca a morte em plena tourada por síncope cardíaca.
Ele é impelindo para a frente para fugir à acção das esporas, devido à dor que elas lhe provocam e a voltar-se ou travar pela dor na boca e pelo inclinar do corpo do cavaleiro.
Resumindo: o cavalo é obrigado a enfrentar o touro pelo respeito/receio que tem do cavaleiro, que o domina e o castiga, até cravando-lhe esporas no ventre e provocando-lhe dor e desequilíbrio na boca. Isso transtorna-o de tal maneira, que o desconcentra do perigo que o touro para ele representa de ferimento e de morte e quase o faz abstrair disso.
É, portanto, uma aberração, comprovativa da maior hipocrisia, quando cavaleiros tauromáquicos afirmam gostarem muito dos seus cavalos e lhes quererem proporcionar o bem-estar.
Revoltante e vergonhoso é que tal crueldade seja permitida legalmente, feita espectáculo e publicitada.»
Vasco Reis (Médico-Veterinário)
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Agora que os governantes já sabem, só têm uma opção: abolir esta verdadeira selvajaria exercida sobre dois magníficos animais sensientes, e que envergonha até as pedras da calçada portuguesa.
Como é possível que "gente" que se diz "civilizada" e exige respeito, pode praticar, apoiar e aplaudir tamanha barbárie?
Não, não merecem o mínimo respeito, a mínima consideração, e o perdão, poderá até acontecer, mas é preciso que se arrependam de actos tão vis e pugnem pela abolição de tais práticas desumanas, boçais e imensamente cruéis.
Isabel A. Ferreira