Ninguém é obrigado a cumprir LEIS PARVAS.
A DESOBEDIÊNCIA a leis parvas é um DEVER (adaptado de uma ideia de Gandhi)
«Mais uma Ameaça dos Terroristas-Tauromáquicos da “Prótoiro”
Por PRÓTOURO
O grupelho terrorista-tauromáquico “Prótoiro”, entregou um pedido de licenciamento na Câmara Municipal de Viana do Castelo, para a instalação de uma praça de touros portátil em Darque. Este pedido de licenciamento mais não é que uma nova provocação ao autarca da edilidade e ao povo vianense.
Diogo Monteiro, após a entrega do pedido, afirmou ao jornal “Público” : “Se ele indeferir nós actuaremos em consonância”.
Ou seja, se o edil de Viana, não se vergar à máfia da “Prótoiro”, eles entrarão com uma providência cautelar acreditando que o resultado será o provimento da mesma tal como aconteceu em 2012.
Ora bem, qual é o real valor das providências cautelares? E até que ponto é que as decisões resultantes das mesmas são cumpridas?
O que é que aconteceria se o tribunal aceitasse a providência e o autarca de Viana desrespeitasse essa decisão? Perderia o mandato?
Em teoria sim na prática nim.
Senão vejamos:
Quantas providências cautelares foram interpostas contra os touros de morte em Barrancos? Muitas. Quantas foram respeitadas pelo Sr. Tereno? Nenhuma.
O Sr. Tereno perdeu o mandato? Não.
Tendo em conta que à época os touros de morte eram proibidos por lei, o Sr. Tereno ao desrespeitar várias decisões judiciais, não só deveria ter perdido o mandato como deveria ter sido preso.
Nada disso aconteceu, bem pelo contrário ainda hoje é autarca de Barrancos.
No caso de Viana, a Câmara tem poder decisório para emitir ou não licenças para espectáculos itinerantes, portanto, se negar a licença para a instalação da praça portátil, não está a violar nenhuma lei.
Assim sendo, caso o Sr. Presidente da Câmara de Viana, desrespeite uma decisão judicial o que é que lhe acontece a menos de dois meses de eleições autárquicas? Perde o mandato?
A julgar pelo caso Barrancos/Tereno não.
Não volta a ganhar as eleições? A julgar pelas sondagens, não só ganhará como terá maioria.
É caso para dizer, que neste país, quem respeita as leis/decisões judiciais é penalizado e quem as desrespeita é premiado.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte:
Se os terceirenses tivessem vergonha na cara, atirar-se-iam todos ao mar, ou iam para uma ilha deserta e desapareceriam do mapa civilizado.
Belo cartaz turístico a Terceira oferece! Divulguem bastante para que se perceba a violência que existe na tourada à corda!!
«Foto de um touro que "desmaiou" numa tourada no Porto Martins, Ilha Terceira, Acores. E o sádico que esta ao pé dele a sorrir... Mostra bem a psicopatia destes mentecaptos! Note-se que esta foto foi retirada, à pressa, de circulação na Internet, para os anti tauromaquia não a apanharem!!!! Mas não se esqueçam que há muito boa gente, que não se manifesta, mas que não gosta e vos denuncia!!! Bandidos sem vergonha!!!» ( P. Y.)
Fonte:
***
O que vemos neta imagem é o resultado de um costume bárbaro, que os terceirenses teimam em dizer que é “tradição”. Também dizem que não maltratam os animais, como se todos nós fôssemos parvos!
Pois se isto não é maltratar um animal, então o que será?
Que ideia de “bem tratar” farão os broncos que cometem tais actos?
Veja-se a expressão de regozijo sádico do parolo que está a torturar um ser vivo.
E o que mais revolta, é que as autoridades da ilha Terceira são cúmplices destes actos bárbaros, grosseiros, primitivos, coisa de criaturas que não estão no seu juízo perfeito, e deviam estar internadas num manicómio.
Demitam-se autarcas terceirenses. Não servem para gerir os destinos de um município. Deviam ser também internados, por permitirem tal demência.
Isabel A. Ferreira
Quem não tem vergonha na cara e está a ver que o poder lhe escapa das mãos, usa destes estratagemas para angariar votos numa terrinha com um atraso civilizacional acentuado, onde ainda existe uma fatia de povo que não sabe distinguir um boi de um palácio.
Se isto não fosse GRAVE, poderia dar para rir…
Estocada repetindo o sofrimento de touros e cavalos, a angústia de pessoas conscientes, o atentado à educação e à paz na sociedade, o desperdício cruel de dinheiros públicos, o desprestígio do país... (Dr. Vasco Reis – Médico Veterinário)
Fonte:
Desesperada, a prótoiro tenta uma “jogada” que lhe vai sair furada.
O Presidente do município de Viana do Castelo recebeu ontem um grupo de cidadãos defensores dos Direitos dos Animais, que lhe entregaram um documento com mais de 1.500 assinaturas, no qual se solicita a proibição da realização de touradas no concelho.
A iniciativa de recolha de assinaturas para este documento, que vai continuar no terreno, está a cargo do movimento local “Viana Anti-touradas” e arrancou há apenas cerca de 15 dias, de acordo com Ana Macedo, porta-voz do grupo.
«Temos estado em paz e sossego e sem necessidade nenhuma de ter touradas em Viana. Temos muita gente a vir visitar a cidade, não é preciso a tourada para trazer ninguém», sublinhou Ana Macedo, admitindo que o abaixo-assinado poderá vir a ser alargado a todo o país.
Esta posição surge numa altura em que a federação "prótoiro" anunciou para 18 de Agosto, em plenos festejos da Romaria da Senhora d'Agonia, a realização de uma corrida de touros no concelho, à semelhança do que aconteceu em 2012, quando Viana do Castelo recebeu a primeira tourada, em quatro anos.
No referido documento, os signatários - segundo os promotores todos residentes no concelho - assumem que se "revêem" na deliberação da Câmara Municipal de 27 de Fevereiro de 2009, que declara Viana do Castelo anti-touradas e "decide não autorizar a realização de qualquer espectáculo tauromáquico no espaço público ou privado do município, sempre que ele dependa de qualquer autorização a conceder pela autarquia".
"Esta entrega simbólica de assinaturas prende-se com o facto de, mais uma vez, uma entidade se achar no direito de manchar o nome da cidade e as suas festas anuais, tentando impor-nos espectáculos sangrentos e de tortura que em nada representam a vontade e forma de estar dos cidadãos de Viana do Castelo", afirmam os autores deste abaixo-assinado.
Pelo seu turno, o presidente da Câmara, José Maria Costa, afirmou que "Isto representa o sentir da sociedade civil e da comunidade civil vianense de que os touros não fazem parte da nossa cultura e não são bem-vindos. Esta intenção de fazerem uma tourada em Viana do Castelo não deixa de ser uma provocação".
O autarca reassume a intenção de impedir a realização desta tourada, tendo em conta que "manifestações que têm como único fim o maltrato dos animais não fazem parte já do nosso estado civilizacional".
Acrescente-se que após o indeferimento do município ao pedido da "prótoiro" para instalação de uma arena amovível na freguesia de Areosa, em Agosto do ano passado, a tourada acabou por realizar-se, uma vez que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, através de uma providência cautelar interposta por aquela federação das associações taurinas, deu um prazo à autarquia para se pronunciar.
A autarquia não se pronunciou no devido tempo e a tourada realizou-se ILEGALMENTE, pois não havia uma AUTORIZAÇÃO de parte alguma, para a sua realização.
Algo falhou, em 2012.
NADA falhará em 2013.
Fonte:
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/abaixo-assinado-contra-touradas-viana-ja-reune-1-500-apoios
É o fim! Sim... É o fim...! E não sou eu que o digo...
(Imagem da primeira página do Jornal i)
Touradas. Uma tradição pelo país fora mas "sem margem de lucro"
Por Diogo Pombo
Publicado em 29 Jul 2013 - 14:00
Viana do Castelo volta a viver a polémica à volta da proibição de uma tourada. O i foi à procura do impacto de um negócio que sempre dividiu mais do que uniu
Às touradas por causa dos touros. O trocadilho é repetitivo e fácil de montar, mas ajuda a descrever uma guerra, que tem em Viana do Castelo a sua mais recente batalha. E logo no primeiro concelho do país a assumir-se como "anti-touradas": em 2009 aprovou uma declaração para obrigar qualquer organizador a pedir-lhe autorização para realizar um espectáculo com animais.
Logo, uma tourada ou corrida de touros. Mas a Prótoiro (Federação Portuguesa das Associações Taurinas), pelo segundo ano consecutivo, resolveu, sem consultar a autarquia, agendar uma tourada para a cidade.
No meio do finca-pé entre a autarquia de Viana do Castelo e a associação - que vai durar, pelo menos, até 18 de Agosto, data da corrida - está a logística de um negócio que já pode "ter os dias contados".
O presságio é carregado pela voz de Joaquim Pinta Negra. Do outro lado da chamada, sempre vazia de alegria, nota--se o conformismo de quem passou "os últimos 40 ou 50 anos" a organizar corridas e touradas, a grande maioria na região de Torres Vedras. Responde com um "não" misturado entre risos quando queremos identificá-lo como empresário tauromáquico.
Organizador de touradas então? "Pode ser." É o único momento descontraído da conversa, até Joaquim traçar com pessimismo o caminho onde hoje vê a tauromaquia em Portugal.
As touradas e corridas, lamentou, "têm tendência para acabar." Uma análise ao número de espectáculos tauromáquicos realizados em Portugal desde 2000 não afasta esta previsão. No ano passado realizaram-se 274 eventos no país, de acordo com os números da Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide (APCTL).
Nos últimos 12 anos, aliás, só 2007 ficou como a excepção à regra - de resto, o número de espectáculos diminuiu sempre face ao ano anterior.
Sinal de que o interesse na tauromaquia está a diminuir, ou um reflexo da própria crise financeira do país? O último relatório da Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC), datado de 2011, mostra que, nesse ano, cerca de 660 mil pessoas assistiram a espectáculos tauromáquicos em Portugal.
Em 2012, o número caiu para os 533 mil, segundo dados contabilizados pela APCTL. O IGAC, entidade tutelada pela Secretaria de Estado da Cultura, ainda não publicou o seu relatório de actividades referente a 2012.
Os números por si só não esclarecem a questão, mas Joaquim já opta pelo pessimismo. "Todos temos os dias contados: as ganadarias estão à rasca, muitas a fechar ou a reduzir efectivos, e os toureiros não têm dinheiro para os cavalos", previu.
A conversa, por fim, acaba por chegar às touradas. Este ano, só entre Maio e Setembro da temporada tauromáquica, estão agendadas 84 touradas em Portugal. Lisboa, com 12 espectáculos, é o distrito mais concorrido, seguido de Santarém (11) e Évora (10). Só três dos 18 distritos do mapa não tinham qualquer corrida prevista nestes cinco meses (ver infografia ao lado).
Muitos destes espectáculos aterram em praças móveis e desmontáveis, espalhadas por localidades que nem sempre contam com arenas fixas. Os custos, como tudo, variam. Uma corrida montada numa destas praças fica à volta dos 25 mil euros? "Se tiver bons nomes [de cavaleiros], uma coisa com nível, ficará pelo menos no dobro", corrige Joaquim, ao responder, entre risos, à quantia sugerida pelo i à primeira tentativa. "É sempre muita despesa, muita mesmo", desabafa.
AS DESPESAS
As primeiras começam logo com as obrigações legais, definidas pela IGAC. A tabela de serviços da entidade obriga a cada corrida de touro o pagamento de 1077,30 euros de taxa "até cinco dias úteis antes do espectáculo". O montante varia depois consoante o tipo de actividade tauromáquica em questão: entre novilhadas (887 euros), variedades taurinas (760 euros) e novilhadas populares ou festivais taurinos (443 euros).
Além da taxa, o recinto da tourada terá sempre de ser sujeito a uma vistoria, executada por delegados da IGAC. Caso se trate de uma arena com capacidade superior a mil lugares, esta despesa nunca será inferior a 373 euros. Só em obrigações com a tutela, portanto, uma tourada implica o pagamento de quase 1500 euros.
E fica a faltar o resto - os custos com delegados técnicos tauromáquicos (da IGAC), policiamento, serviços de bombeiros, ambulâncias, touros (e o seu transporte), promoção do evento e até direitos de autor das músicas tocadas no recinto. "Uma corrida nunca fica por menos de 25 mil euros", esclarece Hélder Milheiro, membro da comissão executiva da Prótoiro, actualmente ocupado em organizar a (prevista) tourada de Viana do Castelo, antes de acrescentar que, em média, são necessárias 175 pessoas para montar e preparar um recinto.
Isto quando a tourada é acolhida por uma praça móvel. Passar a conversa para o Campo Pequeno, a praça lisboeta com capacidade para cerca de 10 mil pessoas, dá logo direito a inflacionar os números.
SEM LUCRO
Neste caso, só em encargos fixos, uma tourada implica um custo a rondar os 20 mil euros. Já o policiamento, bombeiros e ambulâncias, juntos, correspondem a quase 1500 euros. "Há encargos muito grandes, [por isso] não há grande margem de lucro", confessa ao i fonte da organização de espectáculos da praça. Algo compreensível quando alguns dos artistas e cavaleiros de maior renome no país "chegam a pedir quase 25 mil euros" para actuarem como cabeças de cartaz nas maiores corridas do ano.
O cachet reservado aos artistas ocupa mesmo uma das fatias mais dispendiosas dos gastos ligados às touradas. E depende de factores "que podem ir desde a distância [da residência do cavaleiro] à praça, da simpatia do toureiro por uma localidade ou da força que este tenha para meter gente" na arena, como enumerou ao i Hugo Ferro, da Associação Nacional de Toureiros.
A quase ausência de lucros é uma queixa também partilhada por quem se dedica a criar animais com destino marcado à nascença. "Neste momento gastamos mais dinheiro a criar um touro do que ganhamos a vendê-lo", revelou João Santos Andrade, presidente da associação que congrega os criadores de touros de lide. Até chegar à praça, cada animal implica, "em números redondos", um investimento entre os 1000 e os 1500 euros dividido entre custos com ração, veterinária ou manutenção de infra-estruturas.
"No mínimo", explicou o dirigente, criar um touro demora "três ou quatro anos", até ser vendido por uma verba a rondar "quase sempre" os 1500 euros. As contas, portanto, são fáceis de fazer. "Não há ganhos nenhuns, de uma maneira geral estamos sempre a perder dinheiro. Isto funciona mais como uma tentativa de manter a tradição e o negócio", admite, por fim, João Santos Andrade.
Manter o negócio e a tradição custa, e só o gosto pelo tauromaquia parece ir aguentando quem lida diariamente com o meio. "Se fizéssemos touradas com a intenção de pôr dinheiro na algibeira, era impossível", confessou Joaquim Pinta Negra, ao introduzir a missão a que hoje se dedica - a de "fazer um espectáculo com qualidade" para "a receita ir toda parar" a instituições de solidariedade.
No caso da "Corrida da Liberdade" de Viana do Castelo, porém, a questão está antes presa na legalidade do evento. Hélder Milheiro, da Prótoiro, nem coloca em causa a realização da tourada agendada para 18 de Agosto. "Do ponto de vista legal, é à IGAC que compete autorizar a corrida. Nenhuma autarquia em Portugal tem poder para proibir uma corrida", argumentou, ao classificar o problema como "puramente administrativo".
O dirigente defendeu que o projecto de "antitouradas" da autarquia "nunca chegou a ser aprovado em Assembleia Municipal" e "vai contra a lei que regula o bem-estar animal", já que esta "admite a tauromaquia como excepção". Até porque, prosseguiu o dirigente, os municípios "governam para o bem público e de acordo com aquilo que a comunidade deseja."
Em 2011, um inquérito realizado a 1133 pessoas pela Eurosondagem, em parceria com a Prótoiro, mostrou que 32,7% dos inquiridos era aficionado de espectáculos taurinos, enquanto 32,8% não gostava, embora também "não concordasse com que se tirasse a liberdade a quem gosta de assistir a actividades com toiros."
Fonte:
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/touradas-uma-tradicao-pelo-pais-fora-sem-margem-lucro
Eis um comentário que vou responder com um texto que escrevi, no meu livro Manual de Civilidade, e espero que o Tomás Tudela entenda que não é o dono do mundo, mas simplesmente uma pequena partícula do Universo, que se a Mãe Natureza quiser esmagar, esmaga sem que ele nada possa fazer.
Nem sei como é possível existir alguém que pense como o Tomás Tudela, nos tempos que correm… É de PASMAR!
Tomás Tudela, deixou um comentário ao post Feira medieval na freguesia de São Pedro de Sintra às 19:04, 2013-07-28.
Comentário:
A Isabel insiste em confudir seres humanos com os restantes animais e em colocá-los no mesmo patamar. Na comunidade internacional, a DUDA não tem o mesmo valor que a DUDH, e o mesmo se passa no nosso país e em muitos outros países. A DUDH é foi proclamada e aprovava pela ONU, com o apoio do nosso País. A DUDH consagra um conjunto de princípios que se impostos a todos os países pela comunidade internacional e está consagrada na nossa Constituição. Portugal não assumiu compromisso nenhum relativamente à DUDA. Eu não tenho o mesmo valor que um animal, por isso não faz sentido a Isabel tentar comparar a minha vida à vida dos animais. Os seres humanos não podem usar cavalos para o Hipismo, nem burros ou póneis para o trabalho? O entretenimento de crianças, neste caso, é o trabalho do dono do burro ou do pónei. Podemos ter cães em casa, ou isso é uma crueldade e um atentado à liberdade dos cães? Os animais não nascem com direitos invioláveis, dotados por qualquer entidade divina. Isabel, o facto de os animais nascerem selvagens ou livres não significa que tenham que o ser. Não significa que os seres humanos não os possam utilizar. Senão o ser humano também não podia utlizar as florestas, os campos, os mares ou os rios. Qual é o propósito desssa coisas? O propósito dessas coisas, tal como dos burros e dos póneis, é aquele que os seres humanos quiserem que seja. Os seres humanos são um fim em si próprios. Os animais têm o fim que os seres humanos lhes atribuam. A Razão separa-nos.
***
Primeira noção: O Respeito
«Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti»
A primeira noção a reter é a do respeito.
O que é o respeito?
É a consideração pelo outro. Quem é o outro? É tudo o que existe à nossa volta. Tudo o que faz parte do nosso mundo, da nossa vida: pessoas, animais, plantas, águas, ar, terra, enfim, todas as coisas, o que é nosso, por exemplo, a chávena por onde tomamos o leite, e o que não é nosso, ou seja, a chávena por onde o nosso irmão toma o seu leite.
O Respeito está na base do equilíbrio de todo o Universo. Se o Sol não respeitasse a Lua, se a Lua não respeitasse as estrelas, se as estrelas não respeitassem os planetas, se os planetas não respeitassem o Sol, o Sol talvez não respeitasse a Terra e provavelmente morreríamos queimados, num dia em que ele – o Sol – acordasse mal disposto.
A noção de Respeito está intimamente ligada ao princípio: «não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti».
Repara:
Se não gostas que te rasguem as carnes com um punhal ou com outra coisa qualquer, deves rasgar as carnes de outro ser com um punhal ou com outra coisa qualquer?
Se não gostas que cuspam no teu prato de sopa, deves cuspir no prato de sopa de quem contigo come à mesma mesa, ou na mesa ao lado?
Todas as pessoas têm Direitos. Todas as pessoas têm também Deveres. Só podes exigir que respeitem os teus direitos, se respeitares os direitos dos outros. E esse respeito que deves aos outros é apenas um dos teus muitos deveres.
Terás o direito de exigir respeito, se não respeitas o tudo que te rodeia?
Lembra-te de que não és a única criatura do mundo. Há os outros seres, com quem tens a obrigação de partilhar o Planeta, que não é apenas teu. Tu não és a medida de todas as coisas. O erro maior do homem foi um dia julgar-se o centro do mundo.
Todavia, o homem não passa de mais uma criatura entre milhares de outras criaturas, que antes dele já existiam.
O equilíbrio do Universo depende também do teu equilíbrio.
Primeira condição para saberes respeitar: começa por te respeitar a ti próprio, dizendo: «Sou uma pessoa, não importa se feia, se bonita. O que importa é que sou uma pessoa, e devo respeitar o que sou, para ser digno de mim mesmo e, a partir daí, digno de todos os outros seres».
A noção de respeito aparecerá muitas vezes ao longo deste Manual, porque o respeito é a medida de todas as nossas atitudes.
in «Manual de Civilidade» © Isabel A. Ferreira
*
Tomás Tudela conclui: «Os seres humanos são um fim em si próprios. Os animais têm o fim que os seres humanos lhes atribuam. A Razão separa-nos.»
Engana-se, Tomás Tudela: os animais não têm o fim que os seres humanos lhes atribuem. Os animais, infelizmente, têm o fim que os seres desumanos e desprovidos de razão lhes atribuem. assim é que é. Não se esqueça de que o Planeta pertence aos animais não-humanos, que nele apareceram muito antes do homem. O homem chegou para destruir o equilíbrio ecológico que então existia. Quando o homem desaparecer da face da Terra, os animais não-humanos continuarão a habitá-la e a viver então mais tranquilamente, livres da acção perniciosa do desumano e irracional homem-predador.
Isabel A. Ferreira
Hoje, a Póvoa de Varzim demonstrará a sua propensão para a barbárie, e a RTP, com dinheiros públicos, prestará um serviço de baixo nível aos portugueses
É esta imagem que ficará para a História: um acto bárbaro perpetrado por psicopatas, para sádicos aplaudirem…
A imagem do sofrimento infligido inutilmente a um ser vivo, por criaturas que optaram pela ignorância e recusam-se a evoluir.
Além disso, cada bandarilha trespassada nas carnes de um animal como nós, é como se fosse cravada no coração dos seres humanos que abominam esta selvajaria.
E nem os autarcas poveiros, nem os que administram mal a RTP têm esse direito.
Seguem a lei dos homens predadores, mas o povo culto, evoluído, sensível e civilizado, rejeita essa lei grosseira, e segue a Lei Natural, a Lei que rege o Universo. A Lei dos Seres Compassivos.
Dizem às crianças: «Os animais são nossos amigos». E as crianças, que sabem perguntar, perguntam: «Se os animais são nossos amigos, por que é que os adultos não são amigos dos animais?»
Que resposta terão para dar a esta pergunta tão apropriada?
Carta aberta aos autarcas sintrenses
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Sintra
Exmo. Senhor Presidente da Junta de freguesia de S. Pedro de Sintra
Exma. Senhora Presidente da Assembleia de Freguesia de Sintra
Excelências,
Começo por felicitar-vos pela majestosa feira Medieval de Sintra, realizada anualmente na freguesia de S. Pedro de Sintra, e aprecio a valorização que é dada ao artesanato, bem como a promoção de ofícios da época e danças populares, entre outros motivos de interesse recreativo.
No entanto, gostaria de sugerir, para futuras Feiras Medievais nesta ou noutra Freguesia do Vosso Conselho (p. ex. na Feira Setecentista de Queluz), a exclusão da exploração de animais para actividades de “entretenimento”, nomeadamente o uso de póneis para recreação de crianças, e o desfile de burros.
Não é de todo necessária a presença destes animais nas Feiras, posto que a Época Medieval tem várias formas de ser dignamente retratada, sem necessidade de recorrer á exploração de Animais.
Sabemos que a exploração de animais era um costume medieval, mas não há necessidade de “mostrar” a parte negativa dessa época.
A Feira proporciona às crianças e adultos diversas formas de divertimento e actividades lúdicas isentas de exploração, e ficará bastante mais rica sem este tipo de actividades.
A utilização de póneis para divertimento é perfeitamente prescindível, uma vez que os animais são sujeitos a um extremo cansaço de horas de trabalho, em prol da vontade humana, deambulando entre as centenas de visitantes, no meio de ruído e confusão, num ambiente totalmente desaconselhado para a presença de animais, o qual não faz parte do habitat deles.
Igualmente os burros mirandeses, expostos à curiosidade de todos, sujeitos ao mesmo stress, deveriam ser protegidos deste ambiente nocivo, e cada vez mais afastados do conceito de “burro de carga”.
Nos tempos que correm, já não há necessidade disso, e o cansaço visível destes animais é absolutamente desaconselhado a crianças, às quais dizem que “os animais são nossos amigos”, e elas perguntam com propriedade: «Se os animais são nossos amigos, porque é que os adultos não são amigos dos animais?»
Relembro o Artigo constante na Declaração Universal dos Direitos dos Animais:
Artigo 10º
“Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
1) – As exibições de animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.”
Sintra tem-se vindo a afirmar como uma vila progressista, moral, social e politicamente evoluída, que não deixa de cuidar da protecção dos animais, nomeadamente não autorizando espectáculos que envolvam a tortura física e/ou psíquico-emocional de animais. No entanto, mantém os passeios em charretes puxadas por Cavalos, uma violência tremenda contra animais extremamente sensíveis.
Neste sentido, reitero a sugestão/apelo para que não seja permitido o uso destes animais nas Feiras Medievais, nem em qualquer outra actividade promovida ou realizada, no conselho, mantendo este, deste modo, uma imagem digna e moderna que tem perante a sociedade, munícipes e outros, ou seja, a imagem de uma Vila que se preocupa com o bem-estar de todas as espécies.
Agradecendo a atenção de V. Exas., apresento os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
A pergunta a fazer é: porquê?
«As touradas existiram em praticamente toda a Europa medieval.
Com o iluminismo desapareceram de todos os países mais desenvolvidos ficando os resíduos dessa tradição na Península Ibérica. Facto que mereceu muitas críticas em Portugal ao longo dos séculos XVIII e XIX por parte de várias personalidades, como foi o caso de Alexandre Herculano:
"Espectáculo de eras bárbaras (as touradas) que a civilização desenvolvendo-se gradualmente por algumas civilizações, ainda não pode desterrar da Península" - Alexandre Herculano. Jornal do Comércio de 15 de Setembro de 1874.»
Agostinho Rio Novo
Fonte: