«A vida é valor absoluto. Não existe vida menor ou maior, inferior ou superior. Engana-se quem mata ou subjuga um animal por julgá-lo um ser inferior. Diante da consciência que abriga a essência da vida, o crime é o mesmo.»
(Olympia Salete)
Um cartaz que envergonha e insulta a Póvoa de Varzim, os poveiros cultos e sensíveis e a sociedade civilizada
A cidade da Póvoa de Varzim (mais a sua “monumental” arena de tortura de Touros e Cavalos, o seu Clube de Caçadores, o seu Campo de Tiro aos Pombos, o Canil Municipal, e os Circos que utilizam animais) é a vergonha do povo nortenho.
Há muito que se tem tentado “sensibilizar” os autarcas poveiros para o facto de tais práticas, primitivas, sádicas e toscas, não trazerem nenhuma dignidade a uma cidade que se diz da “cultura e do lazer”. Uma cidade que se quer civilizada, e não passa de mais uma, no rol das que ficaram no passado, bolorento e primitivo, e das mais carniceiras de Portugal.
Senhor Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, DOUTOR José Macedo Vieira, o senhor como MÉDICO que é, deveria saber o que SOFRE UM ANIMAL, seja humano, seja não humano.
O Touro e o Cavalo na arena; os animais que são apanhados desprevenidos no seu habitat natural (nomeadamente a Raposa), por gente de caçadeira na mão; os Cães que são mortos à paulada ou simplesmente ficam a apodrecer no Canil, sem os mínimos cuidados médicos; os Pombos (símbolos da PAZ e do ESPÍRITO SANTO dos Católicos) que saindo das gaiolas onde os aprisionam, são depois COVARDEMENTE abatidos a tiro por gente sem um pingo de humanidade a correr-lhes nas veias, gente abrutalhada pelos bolores de um passado que ficou lá muito para trás.
(MAS SOBRE O TIRO AOS POMBOS VOLTAREMOS A FALAR).
O senhor DOUTOR Macedo Vieira, com certeza, estudou ANATOMIA. Com certeza, estudou BIOLOGIA. E não sabe que o Touro e o Cavalo são ANIMAIS, tal como o HOMEM? Não sabe que os Cães, os Pombos, as Raposas (entre outros) e os infelizes animais violentados nos Circos, SOFREM horrores às mãos dos homens predadores, ignorantes e cruéis?
O senhor DOUTOR Macedo Viera, não sabe o que são animais sencientes, animais com sistema nervoso central, animais com órgãos tal como os seus, como os meus, como os de todos os mamíferos superiores, que sofrem os mesmos horrores que um animal humano sofreria se fosse “lidado” ou abatido a tiro ou à paulada, ou domado à força de pancada?
O senhor DOUTOR, só pelo facto de ser um indivíduo que frequentou uma Universidade e estudou Medicina, deveria ser o primeiro a dar o exemplo da lucidez que é necessária ter para não se VERGAR AOS LOBBIES DOS CARRASCOS DE SERES NÃO HUMANOS.
Seja VERTICAL!
Quem não teve oportunidade de se instruir e de EVOLUIR não terá culpa de querer manter estes rituais selvagens (no pior sentido do termo), adequados apenas aos BRUTOS.
Contudo, os que frequentaram uma UNIVERSIDADE, como o senhor DOUTOR (Médico) Macedo Vieira (e aqui estendemos a nossa crítica ao DOUTOR Luís Diamantino, Vereador do Pelouro da CULTURA, e ao ENGENHEIRO Jorge Leal, director do Clube de Tiro aos Pombos) têm o DEVER de dizer NÃO a estas brutalidades, para DIVERSÃO, que só os SÁDICOS E NECRÓFILOS APLAUDEM.
Em tempos foi apresentado ao Executivo Camarário poveiro um projecto de reabilitação da ARENA DE TORTURA da Póvoa de Varzim, pomposamente denominada de “monumental”, (sim, a arena é monumental na perversidade de espectáculos que ali são permitidos) para um recinto onde pudesse realizar-se, por exemplo, o «Correntes d’Escritas», pois o Auditório Municipal é já demasiado pequeno para as centenas de interessados neste evento (os quais, contudo, desconhecem esta faceta MÓRBIDA do Executivo Camarário, tanto que quando lhes tocámos no assunto, nem quiseram acreditar!), que foi REJEITADO. O tauricídio é mais CULTURAL.
Senhor Presidente da Câmara e Senhor Vereador da Cultura, não acham que é chegado o tempo de pôr fim a estes rituais que nem os homens das cavernas praticavam?
Eles eram primitivos, sim. MATAVAM para comer, sim.
Mas não TORTURAVAM ANIMAIS por PURO PRAZER.
EVOLUAM, SENHORES AUTARCAS POVEIROS.
SAIAM DO PASSADO.
VENHAM PARA O SÉCULO XXI, DEPOIS DE CRISTO.
Isabel A. Ferreira
ACTIVISTA ESCREVE A TSUKAMOTO
FAÇO MINHAS AS PALAVRAS DESTA ACTIVISTA
«Exma. Senhora Presidente da Câmara Municipal de Nisa
É com alguma tristeza e frustração que, depois de ter visto Nisa celebrar o dia da criança, com uma tourada, ensinando crianças a banalizarem a violência e o desrespeito pelo outro. Sei agora que o concelho está prestes a reclamar como seu património cultural, a humilhação, o sofrimento, a crueldade, a insensibilidade e a ausência de espírito critico. Chame-lhe o que quiser, sob que argumento quiser, é esta uma das heranças que o seu executivo deixará no seu município: a salvaguarda da tauromaquia, uma prática bem popular durante a idade média.
Entristece-me também ver que, como mulher e eleita por uma força de esquerda, não parece ter qualquer vontade em incutir nos seus munícipes qualquer sentido de respeito e fomento à própria dignidade humana, ao compactuar com a violência gratuita.
Não lhe vou pedir que, como fizeram outras câmaras municipais - mais à direita que a sua, imagine só, erradique a violência do quotidiano dos seus concidadãos, pois bem sei que, apesar de ter conseguido um lugar na política, faltar-lhe-á o espírito livre e revolucionário que lhe daria a coragem para tal ato, contrariando as linhas mestras do seu partido.
Deixo apenas registada a minha vergonha alheia, pois esperava que, como mulher e de esquerda, pudesse primar pela diferença, pela (r)evolução, pela coragem de romper com tradições machistas, patriarcais e que usam o dinheiro dos contribuintes, de todos nós (dinheiros públicos) para entregar a meia dúzia!
Cassilda Pascoal»
http://portalegre.bloco.org/index.php?option=com_content&task=view&id=658&Itemid=1
Corre uma brisa ligeira junto a este riacho de águas mansas, em cujas margens me encontro recolhida na companhia do ser exótico, meu companheiro das horas que passo fazendo o tempo passar.
Ali, mais adiante, naqueles rochedos, por entre os quais a hábil Mãe Natureza teceu as mais belas e pequeninas folhagens, dormem ao sol, descontraídos, alguns lagartos verdes e ratos da beira-rio.
À nossa volta respira-se harmonia, e a vivência entre os seres que nestas paragens coabitam: pássaros, formigas, borboletas, peixes, árvores, águas, flores silvestres, arbustos, dá-nos uma noção do equilíbrio que não encontramos entre o racional homo sapiens, aquele que descobriu que os rios correm para o mar, no dia em que um deles caiu à água e uns quilómetros mais adiante se viu nos braços de uma sereia, a qual lhe comeu o cérebro, transformando-se ela num imortal ser alado que abandonou as profundezas do oceano e ascendeu às alturas eternas, e ele num poderoso e arbitrário governante de povos.
E esta, supõe-se, foi a origem da primeira de todas as tradições que desde o início dos tempos se enraizaram nos usos e costumes das gentes do nosso planeta. Quando um homo sapiens pretendia governar, atirava-se ao rio e deixava-se deslizar pelas suas águas até ao grande oceano, onde sabia haver uma sereia sempre ávida de lhe comer o cérebro, para o tornar todo-poderoso e, desse modo, poder manter os povos sob o seu domínio.
Esta incrível história foi-me contada pelo ser exótico que sabe tudo sobre tradições. Claro que, com o passar dos tempos, as técnicas foram se requintando, e hoje, quem quer governar já não se atira ao rio, para que mais adiante, em pleno oceano, uma sereia possa comer-lhe o cérebro, até porque esta começou a ser considerada uma prática demasiado primitiva e consequentemente, dispensável, tendo-se abandonado por completo. Hoje, aplicam-se métodos menos líricos, quiçá mais sofisticados, mas que têm o mesmo efeito e conduzem ao mesmo fim: o poder pelo poder.
— Quer ouvir a história da mais curiosa de todas as tradições conhecidas? – pergunta-me o ser exótico, enquanto se acomoda entre a folhagem de um abeto.
Respondi-lhe que sim.
— Ouça-a então:
No início dos tempos, quando as sociedades existentes eram dominadas por animais falantes e inteligentes, e o homo era apenas um homo entre espécies muito mais evoluídas, uma das tradições dessas comunidades, que de primitivas nada tinham, comparadas com as sociedades exterministas dos nossos dias, consistia em, por ocasião da Lua Nova, três valentes touros mostrarem a sua arte acrobática, usando três dos mais corpulentos homos da vizinhança, numa arena própria para este género de espectáculo, muito apreciado pelos animais daquela época.
O recinto enchia-se. Um vozeio estranho ouvia-se a léguas de distância, porque a excitação era muita. À hora marcada, ou seja, no pino do sol, o galo mais distinto de entre todos os galos, democraticamente eleito para o efeito, soltava um cocorocó de um só fôlego, e este era o sinal para se abrirem as portas do recinto onde religiosamente se mantinham, com todo o respeito que mereciam, os homos que seriam lidados naquele dia.
Da entrada principal da arena, saíam então os três touros. Magníficos. Lindos. Com olhos cor-de-mel. Garbosos. Bem alimentados. Pelo negro, lustroso. E as ovações às suas figuras imponentes constituíam um verdadeiro delírio!
O espectáculo começava. Depois de saudarem com uma respeitosa vénia (delicadeza própria dos grandes seres) os homos escolhidos para aquela tarde, os touros tentavam equilibrá-los ora sobre os membros dianteiros, ora sobre os de trás, ora sobre o nariz, ora sobre o dorso, num espectáculo com paralelismo nos actuais números circenses de equilibrismo e malabarismo. Por fim, ganhava o touro que mais tempo sustentasse um homo e mais destreza e habilidade mostrasse nessa lide. Por outro lado, era desclassificado aquele que, inadvertidamente, de algum modo, ferisse o homo. O prémio consistia unicamente na atribuição do título Notável, que manteria até perdê-lo para outro Notável.
A plateia vibrava com tal demonstração de perícia e mansidão perante o homo, agreste, que normalmente tudo fazia para resistir com valentia. Era, de facto, um espectáculo emocionante e único. Um mero e inofensivo entretenimento, para saudar a ascensão da Lua Nova.
Com o passar dos tempos, contudo, virou-se o feitiço contra o feiticeiro. Os homo, minados pelo ódio que dedicavam secretamente aos outros seres, foram desenvolvendo sociedades paralelas mais sofisticadas do que a dos outros animais, introduzindo-lhes um instrumento fundamental que lhes assegurou definitivamente a supremacia sobre todas as outras espécies, incluindo o próprio homo: armas de todo o género e calibre. Aliás, diga-se, que a sua “valentia” assenta até hoje, inteiramente nas armas. Sem elas o homo é a mais cobarde de todas as criaturas, sendo incapaz de se impor unicamente pela inteligência superior que diz possuir.
E um dia houve em que decidiram inverter o jogo: na mesma arena começaram os homo, agora chamados homens, a fazer acrobacias sobre valentes touros. E assim da original homocatapsia, passou-se à primitiva taurocatapsia, que, como sabe, era uma espécie de tourada que se realizava em Creta e que consistia em fazer acrobacias sobre os touros.
Contudo, ao contrário dos touros, que sempre respeitaram a inferioridade do homo, este, ávido do sangue vivo daqueles magníficos seres (e quanto mais magníficos, mais catártico seria o espectáculo) começou a utilizar farpas que rasgavam as carnes, fazendo jorrar o sangue dos animais, pela arena. Os touros, cujas entranhas são em tudo semelhantes às dos homens, tentavam defender-se como podiam, e mediam forças num plano absolutamente díspar. Covardemente, numa luta desigual, os homens utilizavam as tais armas, que foram evoluindo de farpas a espadas bem afiadas. E contra armas tão mortais o que poderiam fazer os bravos touros desarmados? Morrer em lenta agonia, com o corpo dilacerado, rasgado, trespassado, e quase sem sangue que os mantivesse de pé. De facto, assistia-se a um espectáculo absolutamente caótico, deplorável, primitivo, sanguinário, deprimente, lamentável, onde a cobardia, a pequenez e a mesquinhez dos homens eram mostradas em toda a sua plenitude, para gáudio dos espectadores, ávidos de sangue, quais vampiros insaciáveis.
— Sei do que fala, meu amigo. De facto, trata-se de uma prática que, em nome da civilização, da humanização, da cultura culta e da evolução da mentalidade e do comportamento humanos, já deveria ter sido banida há muito. Mas pelo que sabemos, ainda a temos enraizada entre nós, em pleno terceiro milénio de uma era dita cristã! – respondi-lhe com amargura.
Quanta barbárie a juntar a tantas outras ainda em vigor!...
E burburinhando, para não ferir o silêncio, na margem deste riacho de águas mansas, a nossa tarde amena à beira-rio foi manchada pela imagem de sangue jorrando das carnes rasgadas dos magníficos Touros, nossos companheiros de percurso, na aventura da vida, neste Planeta que a uns pertence tanto quanto aos outros!
Isabel A. Ferreira
A JUNTAR A ISTO, TEMOS QUE O DIA MUNDIAL DA CRIANÇA FOI ALI CELEBRADO COM UMA MINI-TOURADA...
IMAGINE-SE!!!!!
http://espaconoa.wordpress.com/2012/06/12/dia-da-crianca-celebrado-em-nisa-com-uma-mini-tourada/
NÃO FICARÁ TUDO DITO, SOBRE ESTA TERRA QUE NÃO EVOLUIU?
SENHORA MARIA GABRIELA PEREIRA MENINO TSUKAMOTO, ELEITA PELA CDU, PRESIDENTE DA
CÂMARA DE NISA, COMO ENGª. AGRÍCOLA NÃO DEVERIA TER INSTRUÇÃO SUFICIENTE PARA SABER DISCERNIR ENTRE “CULTURA” E “COLTURA”, E NÃO DEIXAR PASSAR ESTA MOÇÃO APRESENTADA PELO PARTIDO SOCIALISTA, QUE TAMBÉM TEM O MESMO PROBLEMA DE DISCERNIMENTO?
NISA ENVERGONHA PORTUGAL, COM ESTAS INICIATIVAS, NADA CONDIZENTES COM GENTE QUE SE QUER REALMENTE CULTA.
É este tipo de imagem, muito instrutiva, muito cultural, muito artística, muito educativa, destinada a crianças maiores de seis anos?
Muito mais instrutiva do que a Abelhinha Maia...?
ERC DÁ PARECER NEGATIVO AO PROJECTO-LEI DO BLOCO DE ESQUERDA SOBRE PROIBIÇÃO DAS TOURADAS
http://tourada-portugal.blogspot.com/2012/06/erc-da-parecer-negativo-ao-projecto-lei.html
Quando li este parecer, estarreci! O quê? Não posso acreditar que o senhor Carlos Magno, que um dia conheci, e até me pareceu ser um homem com “H” grande, pudesse dar um parecer tão terceiromundista.
Serão todos batatas cozidas no mesmo tacho?
Que temos leis estúpidas em relação a touradas, isso já é do conhecimento público: todos os animais são animais à excepção do Touro e do Cavalo, a tourada é um espectáculo destinado a crianças maiores de seis anos, etc., etc.. Só em Portugal!
A lei é estúpida, mas cumpra-se a lei.
Nem sequer colocaram a hipótese de eliminar a lei, de rever a lei, ou de fugir à lei, porque é absolutamente obsoleta. Não! Cumpra-se a lei, ainda que a lei seja completamente inadequada aos tempos que correm...
Então o senhor Carlos Magno, do alto da sua posição na ERC, tornou público este VERGONHOSO parecer (os sublinhados são meus):
«Domingo, 24 de Junho de 2012
«A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deu parecer negativo à proposta do Bloco de Esquerda para a proibição da exibição de espectáculos tauromáquicos na televisão pública e a alteração da Lei da Televisão. A ERC justifica num parecer que a alteração proposta seria “susceptível de quebrar a unidade e coerência do sistema jurídico”.
Num parecer divulgado, o Conselho Regulador da ERC refere que quanto à proibição da transmissão de touradas no serviço público de televisão, não pode “deixar de levar-se em linha de conta as obrigações específicas da concessionária do serviço público”. “Independentemente do juízo ético que se possa formular sobre o espectáculo tauromáquico, e ainda quando se qualifique o mesmo como incluindo ‘actos de violência’ que implicam necessariamente ‘a exposição pública da imposição de sofrimento’ a ‘animais sencientes’, não pode em caso algum negar-se que o mesmo constitui uma manifestação cultural integrante da tradição portuguesa ou, em todo o caso, de uma parte relevante da tradição regional portuguesa”.
A ERC conclui, nesse sentido, que seria "contraditório" proibir a transmissão destes espectáculos "cuja transmissão parece imposta pelas obrigações decorrentes desse mesmo serviço público”.
No que se refere à argumentação do BE de que as crianças são afectadas a ERC esclarece “na formação da personalidade de crianças e adolescentes”, a ERC explica que, “à luz da liberdade de programação”, não pode a “Administração Pública ou qualquer outro órgão de soberania, com excepção dos tribunais, impedir, condicionar ou impor a difusão de quaisquer programas”.
Ao argumento do Bloco sobre a violência contra animais praticada nas touradas, o Conselho Regulador da ERC lembra que a lei "excepciona e exclui, em regra, os espectáculos tauromáquicos dos actos proibidos". É ainda sublinhado que as touradas são considerados espectáculos “destinados a maiores de seis anos” e que seria contraditório “proibir ou condicionar a determinados horários e sinais identificativos a transmissão televisiva”.
“Perante o exposto, não pode a ERC deixar de emitir parecer no sentido de declarar a alteração visada suscetível de quebrar a unidade e coerência do sistema jurídico, nos termos em que tal unidade e coerência é postulada pelo artigo 9.º do Código Civil”, conlcui o documento.
Carlos Magno»
***
Perante este “exposto”, não posso deixar de emitir o meu parecer no sentido de declarar este discurso uma AFRONTA À EVOLUÇÃO. Um INSULTO à LUCIDEZ.
A lei é estúpida.
Nem sequer ponderam modificá-la ou anulá-la, ou revê-la.
Isto é um parecer que me parece de ceguinhos mentais.
São todos batatas cozidas no mesmo tacho!
UMA VERGONHA, SENHOR CARLOS MAGNO.
ESPERAVA MUITO MAIS DE SI.
Isabel A. Ferreira
É ISTO QUE OS DEPUTADOS DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA DEFENDEM?... POIS SÓ VOS DESQUALIFICA...
Ontem, houve uma audição pública organizada pelo Bloco de Esquerda para apresentação de dois projectos-lei sobre touradas.
Mas de tudo o que já se sabe, de tudo o que é público, de tudo o que exaustivamente se tem mostrado aos nossos deputados AINDA PRECISAM de audições públicas para debaterem o que é ABSOLUTAMENTE ÓBVIO?
Porquê?
Não têm a CORAGEM de mandar o lobby tauromáquico para a sarjeta, que é o lugar dele?
É que ninguém aplaude a atitude nem dos tauricidas nem dos governantes.
No Blog Prótouro, um blog muito interessante que descobrimos, podem ler-se as seguintes palavras, que fazemos inteiramente nossas:
«Dia 22 de Junho, audição pública na Assembleia da República para apresentação de dois projectos de lei do Bloco de Esquerda sobre touradas. Os aficionados apelaram em redes sociais e websites à mobilização geral. A palavra de ordem era todos à Assembleia da República para mostrar que não aceitamos que toquem nas nossas “tradições” e “cultura”. Não podem segundo eles coartar a liberdade, deles, de assistiram à tortura de um animal numa praça de touros.
Os poucos que compareceram mostraram a sua verdadeira cultura que passou por ameaças a deputados e insultos. Caiu-lhes a máscara.
Mostraram finalmente aquilo que são na realidade. Um bando de pessoas agressivas e violentas. Nada que possa espantar vindo de pessoas que se movimentam num mundo de violência. Porque torturar e aplaudir a tortura é próprio de pessoas violentas e agressivas.
Esperemos que os deputados deste país tenham percebido de uma vez por todas com que tipo de gente estão a lidar e se deixem de vergar a lobbies tauromáquicos. Que o dia de ontem sirva de lição para o país. O mundo da tauromaquia é um mundo povoado por pessoas violentas, agressivas e que não respeitam ninguém especialmente quando o que está em causa é a perda de subsídios do Estado e o seu negócio sangrento».
http://protouro.wordpress.com/
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Nos links que aqui deixamos temos mais notícias do que se passou realmente, ontem, naquela audição, e que só vem demonstrar que o MUNDO DA TAUROMAQUIA É UMA ALARVICE:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=262632
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2626326&page=2
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2626326&page=3
http://www.ionline.pt/portugal/touradas-audicao-publica-be-marcada-insultos-ameacas
AUDIÇÃO PÚBLICA DO BLOCO DE ESQUERDA SOBRE TOURADAS MARCADA POR INSULTOS E AMEAÇAS
VEJAMOS O QUE SE PASSOU:
22/06/2012
«Um aceso confronto de argumentos pró e contra as touradas, pontuado por insultos e ameaças, marcou esta sexta-feira a audição pública convocada pelo Bloco de Esquerda para debater o fim do apoio institucional a espetáculos tauromáquicos.
Esta matéria consta de um dos dois projetos de lei apresentados pelo BE - no outro, defende-se que seja proibida a exibição de touradas na televisão pública - que serão debatidos na Assembleia da República a 4 de julho.
A sessão começou logo com um incidente. Enquanto a deputada bloquista Catarina Martins explicava o conteúdo dos dois projetos de lei, uma assessora do BE tirou uma foto à plateia, onde se encontravam cerca de 70 pessoas, e vários dos elementos pró-tourada insurgiram-se de imediato, exigindo que a fotografia fosse eliminada à frente deles.
Após uma inflamada troca de palavras, contentaram-se, a contragosto, com a garantia do deputado bloquista que moderava o debate, Pedro Filipe Soares, de que a imagem seria apagada.
"Então, é consigo que eu venho falar se a fotografia sair amanhã no jornal", rematou um dos indignados fotografados.
Depois, seguiu-se hora e meia de intervenções de representantes de associações e movimentos e de algumas pessoas que falavam a título individual, algumas de tom mais sério, com posições fundamentadas, outras mais revoltadas e sarcásticas, com acusações e interrupções de parte a parte, recebidas com palmas e "olés" no final.
Catarina Martins sublinhou, no início da sessão e depois, novamente, no final, que nenhum dos projetos de lei do Bloco de Esquerda "sugere a proibição das touradas", embora a realidade dos maus-tratos infligidos aos animais "não seja subjetiva", porque existe conhecimento científico sobre o sofrimento animal.
"A única coisa que o BE defende, nestes seus projetos de lei, é que o Estado, o dinheiro público, não deve financiar a exposição do sofrimento animal" e que a RTP não deve exibir espetáculos tauromáquicos, frisou.
"Com estas leis, ninguém fica proibido de fazer touradas, assistir a touradas ou mesmo transmiti-las em circuito fechado, onde bem lhe aprouver. O que está aqui em causa é o apoio público", insistiu.
Apesar destes esclarecimentos, houve quem defendesse que, como a tourada faz parte da herança cultural portuguesa, acabar com ela seria "uma medida ditatorial", que as pessoas que se manifestam em locais públicos contra a realização de touradas são pagas, recebendo 25 euros cada uma, e que "quem gosta de toiros não é atrasado mental" - embora ninguém, durante a sessão, tenha assim designado os apoiantes da tourada.
Um acérrimo defensor da causa tauromáquica chegou mesmo a insultar a presidente da Associação Animal, Rita Silva, que falara antes, acusando-a de "falta de inteligência".
Um outro, José Reis, representante da Prótoiro - Federação Portuguesa das Associações Taurinas, classificou o debate como "do mais demagógico" a que tem assistido, porque não só "não há apoios públicos à tauromaquia", sustentou, como "as associações de animais vivem à custa da tauromaquia".
Por sua vez, o secretário-geral da Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça (ANPC), João Carvalho, manifestou a sua preocupação com o facto de, a serem aprovados estes projetos, "atividades intimamente ligadas aos espaços rurais não poderem receber apoios públicos".
Catarina Martins respondeu-lhe no final: "Há atividades ligadas à tauromaquia, sejam agrícolas ou de preservação de certos ecossistemas, cuja importância nós reconhecemos e respeitamos - apenas queremos que o Estado deixe de financiar um espetáculo de violência sobre os animais".»
ISTO FOI DEMASIADO DEGRADANTE, MAS SERVIU PARA VERIFICAR QUEM REALMENTE OS DEPUTADOS PORTUGUESES ESTÃO A DEFENDER.
***
Quem lá esteve, foi o CARLOS RICARDO, um activista que confirma tudo:
«Eu estive presente nesta Audição Pública e atesto que TUDO que está escrito no artigo que o Ricardo Sequeira Coelho postou (link no final deste texto) reflecte exactamente o que se passou. Eu próprio, após ter feito a minha intervenção, fui vítima de tentativa de humilhação, a que a Mesa de imediato pôs cobro. Um taurino, que se identificou como advogado e jornalista, quase agrediu uma anti-taurina, durante a intervenção desta.
A falta de argumentos e a costumada agressividade dos apoiantes de touradas foi o ponto mais saliente.
Não tenho qualquer vínculo ao BE (apenas ao PAN), mas considero que a Mesa (constituída pelos deputados do BE) teve uma postura absolutamente IMPARCIAL e um controlo bastante grande conseguindo que certas atitudes mais agressivas dos taurinos não fossem por diante.
Considero também, como já tinha constatado no "Debate Sobre Touradas" promovido pelo Manuel Luis Goucha na "Você na TV", onde também estive presente:
http://www.youtube.com/watch?v=MZ0oEsnNqKk&feature=youtu.be
que qualquer tentativa de diálogo, esclarecimento ou chamamento à razão dos taurinos é absoluta perda de tempo!!!»
http://www.ionline.pt/portugal/touradas-audicao-publica-be-marcada-insultos-ameacas
UM COMUNICADO QUE SUBSCREVO INTEIRAMENTE:
http://pan.com.pt/comunicados/357-comunicado-sobre-a-audicao-publica-do-be-sobre-as-touradas.html
***
Posto isto, só temos a acrescentar uma nota final:
SENHORES DEPUTADOS DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, V. EXAS. ESTÃO DO LADO ERRADO.
DEFENDAM A VERDADEIRA CULTURA PORTUGUESA, E RECUSEM APOIAR A “COLTURA TAUROMÁQUICA” PORQUE APOIÁ-LA SÓ VOS DESQUALIFICA.
Uma imagem que diz do primitivismo deste ritual, que não dignifica o ser humano que o pratica, nem as gentes de Terras de Bouro... E obviamente São Brás não aplaude a tortura de uma criatura, que também é de Deus...
Senhor Presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, Dr. Joaquim José Cracel Viana:
Tivemos conhecimento de que durante as festas concelhias, em honra de São Brás (de 3 a 6 de Agosto de 2012), no dia 4, pelas 15 horas, as «vacas de corda» andarão à solta pela vila de Terras de Bouro.
Gostaria de dizer a V. Exa. o que disse ao Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, onde esse ritual do tempo das cavernas também é praticado.
O Senhor Presidente, que é um homem instruído (pelo menos utiliza o “DR.” que indica ter frequentado uma Universidade) não tem culpa da incultura do povo que governa, pois não está nas suas mãos REFORMAR O SISTEMA DE ENSINO EM PORTUGAL para que não haja tanta IGNORÂNCIA espalhada por aí, mas é RESPONSÁVEL pela permissão deste ritual estúpido, da “Vaca das Cordas”, onde um animal não humano é covardemente atormentado, não como na tourada, mas psicologicamente, o que também é uma grande maldade.
O senhor Presidente, como um homem estudado (que DEVE SER), deveria ser o primeiro a dar o exemplo CÍVICO de EVOLUÇÃO, CULTURA E CIVILIZAÇÃO, não permitindo que as Terras de Bouro sejam conspurcadas com um ritual tão primitivo, de que nem os homens das cavernas se lembrariam: percorrer as ruas, a arrastar uma pobre Vaca amarrada, não podendo esta sequer defender-se, com um bando de gente desvairada a correr atrás dela, aos berros, puxando-a para cá e para lá, socando-a, enfim, martirizando-a para puro DIVERTIMENTO, realmente é um divertimento de gente MUITO PRIMITIVA, nada adequado aos tempos que correm, e que não dignifica uma autarquia dirigida por um SENHOR DOUTOR.
Não saberá o senhor Presidente que os animais não humanos não são objectos para serem usados deste modo tão tosco, e para diversão?
Não terá o Senhor Presidente ideias MAIS CIVILIZADAS para divertir o seu povo?
Terras de Bouro, lugar antigo, com História, tem de abandonar esta prática desprezível, se quer EVOLUIR.
A culpa não é do povo, porque o povo não tem instrução suficiente para raciocinar com lucidez, e ajuizar o quão ignaro é este tipo de divertimento.
A culpa é dos governantes, que também eles não evoluindo, não podem passar a mensagem da EVOLUÇÃO ao povo que governam.
Espero tê-lo sensibilizado para pensar nesta questão, que envergonha Terras de Bouro e Portugal.
Reflicta, senhor Presidente, e não permita que esta crueldade volte a fazer parte das festas dedicadas a São Brás, um Santo que merece mais RESPEITO.
E a CUMPLICIDADE da IGREJA CATÓLICA continua a ser ESCANDALOSA.
Com os meus mais respeitosos cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
http://terrasbouro.blogspot.pt/2012/06/festas-concelhias-em-honra-de-s-bras-de.html
... espectáculo TOSCO, VIOLENTO E CRUEL, que só os SÁDICOS aplaudem...
Uma pergunta:
Por que é que os empresários da tauromaquia (uma minoria) hão-de ser MAIS PRIVILEGIADOS do que os empresários da hotelaria ou de todos os outros ramos empresariais?
É que fala-se no problema que a abolição das touradas pode causar aos coitadinhos dos empresários da tauromaquia, e PAROU TUDO...
Mas ninguém pára nada quanto aos problemas que têm os empresários da hotelaria, por exemplo, que estão a fechar restaurantes e hoteis todos os dias, devido à subida do IVA para 23%.
Que se amanhem os tauricidas.
Que se amanhem os ganadeiros.
Que se amanhem como todos os outros, que não recebem APOIOS PÚBLICOS.
Isto não pode ser argumento para justificar a continuidade de um espectáculo TOSCO, VIOLENTO E CRUEL, que só os SÁDICOS aplaudem...