Quarta-feira, 28 de Setembro de 2011

A tourada do Miguel Sousa Tavares

 

 

 

 

(Um texto com o qual estou inteiramente de acordo, por isso aqui o transcrevo com a devida vénia)

 

 

Por Richard Warrell

 

«Caro Miguel Sousa Tavares,

 

Tenho um filho com 2 anos que está a começar aos poucos a aprender a fazer chichi no bacio.

 

No outro dia, a minha mulher sentou-o no bacio, na casa de banho, e ausentou-se por uns segundos enquanto o pequenito esperava que o chichi chegasse.

 

Eu, que estava na sala, comecei a ouvir um barulho que me era familiar, mas que não reconheci de imediato. Levantei os olhos e lá o vi, todo nú, barriga espetada para a frente, a fazer um enorme chichi para o chão da sala.

 

Não pode ser, não é? Peguei nele, ralhei e levei-o de imediato para a casa de banho, enquanto ele esperneava e estrebuchava por todos os lados. Aquele tipo de comportamento infantil que tanto o incomoda quando está num restaurante, onde ainda por cima já não o deixam fumar em paz, está a ver?

 

Conto-lhe isto a propósito da intervenção que fez na SIC, no Domingo à noite, sobre o fim das touradas na Catalunha. Creio que disse que era "um caminho da estupidez", comparou com a Casa dos Segredos (essa sim, verdadeira barbárie e selvajaria, disse o Miguel), disse que era falta de cultura querer a abolição, citou pintores espanhóis que pintaram touradas (AH!; se Goya pintou touradas, então está tudo bem!), usou aquele argumento típico que a "espécie" acaba quando acabarem as touradas, chamou ignorantes a quem não gosta delas e que não percebem nada da vida no campo...

 

Deixe-me só esclarecê-lo um pouco, mas nem me vou alongar muito que não tarda nada tenho uma fralda para ir trocar e isso é mais importante: a espécie Bos Taurus já existia muito antes das touradas e vai continuar a existir. Talvez se referisse a raça, mas também não existe uma raça "touros de morte", porque não cumprem as 3 regras básicas de uma raça: características morfológicas próprias, características psicológicas diferenciadores e descrição científica dessas características. O que existe sim, são fundos comunitários. E €2000 por cada touro. Informe-se, não lhe deve ser difícil. E nesse processo, veja quais as raças autóctones portuguesas estão realmente ameaçadas de extinção e ajude também a protegê-las.

 

Mas talvez tenha razão: torna-se complicado estes animais sobreviverem quando acontece o que aconteceu no outro dia em Idanha-A-Nova, onde a Direcção-Geral de Veterinária pediu a ajuda a elementos especiais da GNR para abaterem a tiro centenas de bovinos que pastavam em liberdade, numa herdade de dezenas de hectares, só porque o proprietário não os deixou verificar in-loco se os ditos animais respeitavam todas as regras de saúde pública que o ser humano acha que os animais "selvagens" têm de cumprir.

 

E depois vem a velha história da liberdade e do "não gostam, não vejam". Como se alguém tivesse alguma vez perguntado ao touro se ele queria ser retirado do seu habitat, enfiado numa camioneta durante horas (onde perde 10% do seu peso), ficar fechado outras tantas horas na praça de touros, ver as pontas dos seus cornos serem serradas a frio, ser picado, torturado, ficar sem comer nem beber e depois ser lançado numa praça, rodeado de gente aos berros que berra ainda mais de cada vez que um ferro de 4cm lhe perfura a carne. Não senhor, não gosto e não vejo. E assim como não fico de braços cruzados ao ver o meu filho fazer chichi no meio da sala, também não posso ficar perante a barbárie e a tortura gratuita a um animal.

 

No seu caso, vê-se que fica irritado por lhe limitarem a liberdade. Mas o seu discurso, a mim, faz-me lembrar o meu filho. Até parece que vejo o Miguel Sousa Tavares em pequenino, o Miguelito, de calções e meias até ao joelho, deitado de costas no chão, a espernear e a estrebuchar, porque não deixam o menino ver a tourada.

 

Mas olhe Miguel, vá-se preparando, porque com birra ou sem birra, esse dia há-de chegar.

 

PS - é mais que justo que deixe aqui um link para as suas declarações:

http://aeiou.expresso.pt/proibicao-de-touradas-e-o-caminho-da-estupidez=f676502

 

Até porque a causa anti-taurina precisa de mais momentos destes.»

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:45

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Segunda-feira, 26 de Setembro de 2011

CARTA ABERTA À PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA PORTUGUESA (4)

 

 

Touros, animais como nós, tranquilamente no prado, imagem que se quer eterna...

 

 

 

EM NOME DA CULTURA, DA CIVILIZAÇÃO E DA ÉTICA ANIMAL

 

 

Exma. Sra. Dr.ª Assunção Esteves,

Presidente da Assembleia da República Portuguesa:

 

Com conhecimento de todos os Grupos Parlamentares

 

 

Começarei esta carta com uma citação que me parece oportuna: «O homem, seja qual for o glorioso nome com que se adorna, é, em minha opinião, um animal infeliz. Fazemos pouco bem e muito mal e, o que é mais grave, fazemos mal o pouco bem que fazemos» (Jean-Baptiste Alphonse Karr – crítico, jornalista e novelista francês).

 

Portugal é um Estado de Direito (é o que dizem). É uma Democracia (é o que dizem). É um país onde existe liberdade de imprensa (é o que dizem). Pertence à União Europeia (uma realidade periclitante).

 

Tem um atraso civilizacional acentuado (é verdade). Muitas das leis do País são caducas, inadequadas aos tempos modernos, leis que defendem mais os pecadores do que os justos (é verdade). Portugal é um País onde existe muita gente tacanha, ignorante, sinistra e sádica, graças às políticas desajustadas no que respeita ao Ensino, à Educação e à Cultura, que têm sido postas em prática ao longo de vários anos (é verdade).

 

É um País onde se promove a mediocridade, a crueldade, a tortura, um País envolto ainda num nebuloso e pavoroso primitivismo (é verdade).

 

Portugal é um País onde a Lei n.º 92/95 de 12 de Setembro, elaborada com intenção de proteger os animais não humanos, diz o seguinte: «são proibidas todas as violências injustificadas contra animais, considerando-se como tais os actos consistentes, sem necessidade, se infligir a morte, o sofrimento cruel e prolongado ou graves lesões a um animal» (...) Utilizar chicotes com nós, aguilhões com mais de 5 mm, ou outros instrumentos perfurantes, na condução de animais, com excepção dos usados na arte equestre e nas touradas autorizadas por lei...

 

Na “arte” equestre e nas touradas, autorizadas por lei. “Arte!? Saberão os legisladores o que é ARTE? Não sabem. Autorizada por lei? A tortura? A violência, com chicotes e aguilhões?

 

Daqui posso deduzir que um sapo é um animal a proteger de toda a violência injustificada (aliás toda e qualquer violência sobre um ser vivo é injustificada). Contudo os Cavalos e os Touros não sendo considerados animais pelos legisladores portugueses, podem sofrer as mais cruéis violências porque a lei permite.

 

Senhora Dr.ª Assunção Esteves, isto é de um pobreza de espírito extrema. Esta Lei ENVERGONHA qualquer País de terceiro mundo, quanto mais um que se diz um Estado de Direito, uma Democracia, um País civilizado. É uma lei que envergonha os Portugueses. Envergonha Portugal.

 

Isto é brincar aos legisladorzinhos.

 

Aliás, esta lei, além de estar muito mal redigida (quem a redigiu deve milhares de Euros à Mátrea Língua Portuguesa), em nenhum item é aplicada. É uma lei fantasma, porque nada do que nela está previsto (à excepção do massacre dos Touros e dos Cavalos nas arenas de triste memória, que fazem lembrar tempos primitivos), se cumpre, de facto.

 

Nós, que defendemos a VIDA, seja ela humana ou não humana, e o BEM-ESTAR de todos os seres viventes, passamos as passas do Algarve para que uma autoridade, que devia ser competente mas não é, faça valer o mais elementar direito consignado na Declaração Universal dos Direitos dos Animais, apresentada pela UNESCO em 15 de Outubro de 1978. É que somos autênticas bolas de pingue-pongue nas mãos dessas autoridades, e nada fica resolvido. Para que serve a lei ou a adesão à Declaração da UNESCO?

 

Senhora Dr.ª Assunção Esteves, sei que os tempos são de crise, e que na Assembleia da República, a prioridade vai para “como vamos sair desta”.

 

Contudo, a vida não pode parar cá fora. Trava-se uma luta desesperada pela subsistência dos seres humanos, e uma luta justa pela existência digna dos seres não humanos.

 

O Governo Português não pode ceder aos lobbies tauromáquicos, apenas porque estes têm e fazem dinheiro; se bem que um dinheiro sujo do sangue de animais inocentes, e tão animais como nós.

 

O Governo Português não pode ser cúmplice, como até agora tem sido, desta macabra e sádica prática de torturar animais. Não pode ceder às pressões desses lobbies, pondo em causa o exercício da governação.

 

Penso que é chegada a hora de a Assembleia da República tomar uma posição em relação a este assunto, se quiser seguir o rumo da Civilização. Até lá serão cúmplices e terão o vosso nome, colado como uma pele, ao ignominioso Massacre de Touros, condenado já em todo o mundo.

 

Deixo-vos com este texto da Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais que diz tudo o que é necessário para reflectirem sobre o assunto, e que eu subscrevo inteiramente:

 

«Cultura é tudo aquilo que contribui para tornar a humanidade mais sensível, mais inteligente e civilizada. A violência, o sangue, a crueldade, tudo o que humilha e desrespeita a vida jamais poderá ser considerado "arte" ou "cultura".

 

A violência é a negação da inteligência. Uma sociedade justa não pode admitir actos eticamente reprováveis (mesmo que se sustenha na tradição), cujas vítimas directas são milhares de animais.

É degradante ver que nas praças de touros, torturam-se bois e cavalos para proporcionar aberrantes prazeres a um animal que se diz racional.
 

Portugal não pode permitir-se continuar a prática do crime económico que é desperdiçar milhares de hectares de terra para manter as manadas de gado, dito bravo. A verdade é que são precisos dois hectares de terreno, o equivalente a dois campos de futebol, para criar em estado bravio cada boi destinado às touradas.

 

Ora isto é tanto mais criminoso quando Portugal é obrigado a importar metade da alimentação que consome. Decerto os milhares de hectares desperdiçados a tentar manter bois em estado bravio, produziriam muito mais útil riqueza se aproveitados em produção agrícola, frutícola, etc. 
 
Uma minoria quer manter as touradas e as praças de touros, bárbara e sangrenta reminiscência das arenas da decadência do Império Romano. De facto nas arenas de hoje o crime é o mesmo: tortura, sangue, sofrimento e morte de seres vivos para divertimento das gentes das bancadas. Como pode continuar tamanha barbaridade como esta, das touradas no século XXI (depois de Cristo.)

 

Só pode permanecer como tradição o que engrandece a humanidade e não os costumes aberrantes que a degradam e a embrutecem».

 

Respeitosamente,

Isabel A. Ferreira

(Cidadã portuguesa com direito à indignação)

 

 

 

Isto será a tal “arte” a que se refere a lei, Senhora Presidente da Assembleia da
República Portuguesa?

 

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/38589.html

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:58

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Domingo, 25 de Setembro de 2011

Carta Aberta ao Senhor Dom Duarte Pio de Bragança (3)

 

 

Aprazível é o pasto que acolhe os animais para se alimentarem tranquilamente...

 

 

EM NOME DA CULTURA, DA CIVILIZAÇÃO E DA ÉTICA ANIMAL

 

Senhor Dom Duarte Pio de Bragança:

 

Não posso negar que sempre tive uma certa simpatia por SAR, devido aos valores e princípios que põe nos seus discursos. Considero-o um homem culto e interessado pelo que se passa no nosso País e no mundo.

 

Certo dia, na inauguração da Caixa Agrícola da Póvoa de Varzim, estava eu a fazer a cobertura do acontecimento, para o já extinto jornal «O Comércio do Porto», aconteceu encontrar-nos no Casino local, onde foi dado um almoço volante aos convidados, nesse dia.

 

Então, já passando das 14 horas, deu-se o acaso de eu, o Senhor Dom Duarte e o Senhor seu irmão, ficarmos a um canto do salão, por não conseguirmos ter acesso à mesa, recheada dos mais variados manjares, por ter-se disposto ao redor dela uma muralha de gente intransponível.

 

Reparei então, na postura de dois membros da Casa Real Portuguesa, dois Príncipes que, humildemente, encostados a uma coluna da sala, conversavam, naturalmente com tanta vontade de comer, quanto eu. A mesa dos doces estava ali, à mão de semear. Olhei então para o Senhor Dom Duarte e atrevidamente “convidei-o” a comer doces, uma vez que não tínhamos acesso aos manjares, para eu não ficar a comê-los sozinha. Simpaticamente SAR acedeu, e pusemo-nos os três a comer os pastéis de nata que estavam enfileirados num prato.

 

Este episódio bastou para que a minha simpatia pelo Senhor Dom Duarte fermentasse. Afinal, um Príncipe, “aquele” Príncipe particularmente, não era a vedeta que se detesta. Era um ser humano, que tal como eu, sente fome e gosta de pastéis de nata.

 

Perdoe-me este aparte, que apenas teve a intenção de corroborar a minha simpatia por SAR.

Como Chefe da Casa Real Portuguesa o Senhor Dom Duarte tem sobre os seus ombros toda uma responsabilidade de postura cívica que se quer exemplar. Aliás gosto de deambular pelo Blog da Família Real e ler o que diz sobre vários assuntos pertinentes, postura com a qual até concordo.

 

Contudo, por vezes, no melhor pano cai a nódoa.

 

Existe uma nódoa muito negra na vida de SAR, que não se coaduna nem com a Cultura Culta nem com a Civilização, pondo o estatuto da Família Real Portuguesa muito abaixo da Realeza Europeia.

 

Naturalmente que me refiro à chamada “Tourada Real” que, exceptuando na nossa vizinha Espanha (que está no bom caminho em direcção à Era da Civilização, tendo já acabado com o massacre de Bovinos na Catalunha), não existe em nenhum outro país onde reina a Monarquia.

 

Pergunto-me: porquê?

 

Sabemos que em Portugal as Touradas, introduzidas no tempo dos Reis Filipes espanhóis, foram proibidas no tempo do Marquês de Pombal, não pelo motivo certo, isto é, pelo respeito que devemos a todos os seres vivos, e pela Ética Animal, mas apenas porque alguém, chegado a Dom José, morreu numa Tourada. Mas, enfim, foi um passo em frente.

 

Anos mais tarde essa prática foi retomada, e deu-se um retrocesso.

 

Uma vez que o “negócio dos Touros”  envolve muitos milhares de euros, sacrificam-se e massacram-se animais magníficos, em nome de uma diversão sangrenta, que não traz o mínimo prestígio a quem a promove, nem aos que nela se envolvem, directa ou indirectamente.

 

Na próxima sexta-feira, dia 30 de Setembro, teremos em Vila Franca de Xira a XIV Tourada Real, uma vergonha não só para Portugal, como também para a Casa Real Portuguesa.

 

Não será preciso lembrar a SAR o sofrimento dos Touros, para “divertir” umas tantas pessoas que, vai desculpar-me, sofrem de sadismo crónico, uma vez que aplaudem a crueldade, com grande manifestação de alegria. Ora isso não é uma atitude normal. Ninguém aplaude a tortura, a crueldade em pleno gozo das suas faculdades mentais.

 

A Educação quer-se para a Ética, para a Cultura Culta, para a Civilização, para a comunhão harmoniosa entre todos os seres vivos. Que valores estará SAR a passar aos jovens príncipes? A ética da crueldade? A cultura do desrespeito por um animal, como nós? A civilização do sangue derramado inutilmente? Uma comunhão desarmoniosa, contrária aos princípios Cristãos?

 

Que papel representa a Igreja Católica na “bênção” dos toureiros?

 

Senhor Dom Duarte, como Chefe da Casa Real Portuguesa, deveria dar o exemplo e abolir definitivamente as Touradas Reais, que só desprestigiam a Casa de Bragança. Não quererá, com certeza, SAR continuar a ser cúmplice destes massacres hediondos, e deixar que o nome dos Bragança fique ligado a esta «terrível e venal arte de torturar e matar animais em público», como considerou a UNESCO.

 

SAR poderá redimir-se, acabando com esses massacres. Dará um exemplo digno de um Homem de Cultura, e será aplaudido pela realeza europeia, tal como pelos milhares de Portugueses e cidadãos de todo o mundo que lutam pela abolição do Massacre de Touros, na meia dúzia de países, sobre os quais ainda pairam as trevas e os odores bolorentos da Idade Média.

 

Albert Schweitzer, que SAR saberá quem é, considerava que «uma ética que nos obrigue somente a preocupar-nos com os homens e com a sociedade, não pode ser a verdadeira Ética. Somente aquela que é universal e nos obriga a cuidar de todos os seres nos põe em contacto com o Universo e a vontade nele manifestada».

 

É este um princípio Cristão, que não vejo ser seguido por aqueles que se dizem cristãos, enveredando pelo caminho da crueldade exercida sobre um outro ser, também criatura de Deus.

 

Respeitosamente,

 

Isabel A. Ferreira

(Cidadã portuguesa com direito à indignação)

 

 

Consulte-se este link para uma visualização da "arte" taumomáquica

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/38589.html

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:59

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Sexta-feira, 23 de Setembro de 2011

Carta Aberta à Conferência Episcopal Portuguesa (2)

 

 

Um belo animal em plena campina, usando do seu direito à liberdade...

 

EM NOME DA CULTURA, DA CIVILIZAÇÃO E DA ÉTICA ANIMAL

 

Exmo. D. José Policarpo:

 

Melhor do que ninguém saberá que o púlpito de uma Igreja Católica é o lugar ideal para falar ao coração do povo, e acreditando esse povo que os Padres são os representantes legítimos de Deus na Terra, as palavras que proferem do alto dos púlpitos têm a força do vento, e tal como sementes, fazem germinar nas almas, frutos doces ou frutos amargos, dependendo do que pretendem transmitir.

 

Houve uma época, já bastante remota, em que os escravos e as mulheres eram considerados seres sem alma, tal como os animais não-humanos e as crianças. Este grupo de seres era desprezado e muito maltratado pelos elementos masculinos dos chamados “seres humanos”.

 

Felizmente deu-se um saltinho na evolução das mentalidades, e acabou-se por descobrir que, afinal, os escravos e as mulheres e as crianças eram seres humanos, todos filhos do mesmo Deus.

 

Deu-se um saltinho pequeno, mas fundamental. Contudo, continuou-se a pensar que os animais não-humanos não passavam de bestas que existem para servir o homem, e como não têm alma, podem ser maltratados à vontade desse homem.

 

Outro grande engano. Felizmente homens sábios, e tocados pela centelha divina, descobriram que os animais não-humanos são animais como nós. E têm alma. E vivem as alegrias e as tristezas da vida. E sofrem tal como nós, até porque têm os mesmos órgãos, têm as mesmas necessidades vitais, enfim, até lágrimas vertem, tal como nós.

 

Com respeito aos animais não-humanos, a Igreja Católica sempre teve uma posição nada condizente com a verdadeira essência Cristã e com o Humanismo. Nem sequer têm em conta os ensinamentos de São Francisco de Assis, que amava a Natureza e os Animais Não-Humanos, e por isso é hoje o Patrono dos Animais não-humanos e do meio ambiente. Para ele, os animais não- humanos eram seus irmãos. Não foi Deus que criou o Céu e a Terra e todos os seres viventes, e árvores, e águas e o Sol que aquece a todos, e a Lua, que ilumina a todos?

 

Grandes sábios da Humanidade estudaram e intuíram que a essência dos animais não-humanos era a mesma essência dos animais humanos.

 

Sabemos que em Portugal (e infelizmente por todo o mundo, até naqueles países que se julgam muito civilizados) os animais não-humanos são bastamente maltratados, com uma crueldade assombrosa. Massacrados friamente. Fazem deles objectos de diversão. Tudo devido a uma profunda ignorância que por aí escorre, viscosamente.

 

A Igreja Católica tem o dever de ensinar ao seu “rebanho” os ensinamentos de Cristo. É dos púlpitos que esses ensinamentos devem sair, porque o que o Padre diz, é a palavra de Deus. Não é o que dizem?

 

A mensagem de Jesus era de amor e compaixão por todos os seres criados pelo Pai, contudo não há nada de amoroso ou misericordioso no modo como os ditos seres humanos tratam os animais não-humanos, que vivem vidas miseráveis e morrem mortes violentas, cruéis e sangrentas. Jesus pede  bondade, misericórdia, compaixão, e amor por toda criação de Deus.

 

E é isto que também tem de ser ensinado nos púlpitos.

 

Albert Schweitzer, que como D. José Policarpo sabe, foi um teólogo, músico, filósofo e médico alemão, nascido na Alsácia, diz: «A Ética Animal é concordante com o princípio da não-violência de Jesus Cristo».

 

Albert Schweitzer tinha perfeita consciência das inconsequências e das lacunas expressas pelas concepções do Cristianismo oficial. Diz ele: «Aquilo que há dezanove séculos se apresenta neste mundo como Cristianismo não passa de um esboço cheio de fraquezas e erros, não o Cristianismo total, emanado do espírito de Jesus.»

 

Concordo plenamente com este teólogo.

 

São estes ensinamentos que os Padres devem transmitir nos seus púlpitos. Ensinar os ignorantes não será uma obra de misericórdia?

 

Por isso, D. José Policarpo, com todo o respeito, penso que é chegada a altura de a Igreja Católica tomar uma posição pública, junto ao Governo Português, relativamente ao Massacre de Touros (vulgo Tourada) – a nódoa negra da nossa Sociedade – e começar, nos seus púlpitos, a ensinar ao povo (àquele que aplaude tal "espectáculo" degradante, despido de qualquer valor humano e primitivo), que maltratar, massacrar cruelmente animais não-humanos, sejam quais forem, em arenas, em circos, corridas de cavalos, lutas de cães, de galos, mesmo dentro dos próprios lares (o caso dos abandonos de animais, ditos de estimação) nada condiz com os ensinamentos de Cristo.

 

Os animais existem por si próprios. Não para “servir” o homem-predador. São também criaturas de Deus.

 

O filósofo britânico Jeremy Bentham argumenta que «a capacidade de sofrer, e não a capacidade de raciocínio, deve ser a medida que nos conduza ao respeito, ao modo como tratamos os outros seres. Se a habilidade da razão fosse critério, muitos seres humanos, incluindo bebés e deficientes mentais, teriam também de ser tratados como "coisas"...»

 

O filósofo deixa-nos este famoso e sábio excerto, para que possamos nele reflectir: «A questão não é: Eles pensam? Ou: eles falam? A questão é: eles sofrem...»

 

D. José Policarpo, a Igreja Católica moderna não pode ser cúmplice desta barbárie (como já foi, noutras épocas, cúmplice de outras barbáries, que ficaram como nódoas das mais negras, na História da Igreja Católica).

 

Respeitosamente,

 

Isabel A. Ferreira

(Cidadã portuguesa com direito à indignação)

 

 

Touro, depois de "lidado", em frente ao Campo Pequeno (Lisboa). Ver link:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/38589.html

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:20

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Quarta-feira, 21 de Setembro de 2011

Carta Aberta à Ordem dos Médicos-Veterinários Portugueses (1)

 

 

 

Eis o magnífico ser, em toda a sua plenitude e dignidade, antes de ir para a arena

 

 

Esta será a primeira de algumas Cartas Abertas que tomarei a liberdade, como cidadã que tem o direito à indignação, de dirigir a determinadas entidades, que têm o dever moral de zelar pelo bem-estar de todos os seres, mas não zelam. Estão quietas, no seu canto, porque nada fazem que contribuia para melhorar a sociedade, tornam-se cúmplices da barbárie que reina no nosso País, e fazem dele um País muito abaixo do desejável, na questão da Ética Animal, não só por questões económicas, mas também por uma acentuada ignorância, que é necessário banir.

 

EM NOME DA CULTURA, DA CIVILIZAÇÃO E DA ÉTICA ANIMAL

 

Exmo. Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos-Veterinários Portugueses:

 

Como médico veterinário, ninguém melhor do que V. Exa. saberá sobre o sofrimento e a dor que um animal não-humano sente ao ser barbaramente molestado, ou simplesmente quando fica doente e necessita de cuidados médicos.

 

Porque sempre convivi com animais, sei do sofrimento deles, quando apanham SIDA, quando têm cancro de mama, quando ficam diabéticos, quando têm problemas renais, quando partem uma perna, quando têm um tumor maligno, quando cegam, quando se intoxicam, enfim, eu sei do sofrimento deles, e não sou médica-veterinária.

 

V. Exa., tal como eu, sabe perfeitamente que o corpo de um animal não-humano tem as mesmas características do de um animal humano. E um sistema nervoso central. Logo sentem a dor e sofrem tal como nós.

 

Não é verdade?

 

Posto isto, e sendo verdade que um animal da envergadura de um Touro, sofre atrocidades antes, durante e depois da “lide”, e tendo em conta que massacrar Touros numa arena é uma prática selvagem e inadequada a um povo que se quer civilizado, pois pressupõe o mais absoluto desprezo pela vida de um ser inocente, que é encurralado, torturado lentamente e morto perante um público insensível, sádico e sórdido, incapaz de ver a cruel e trágica realidade, mascarada de um espectáculo enganosamente alegre, vistoso e colorido, venho sugerir a V. Exa. que tome uma posição pública, perante o Governo Português, como é de sua obrigação, como cidadão e como médico-veterinário, e dê o seu contributo para que se limpe o nosso País desta nódoa negra, que não dá prestígio nem ao País, nem aos veterinários portugueses, que perante a tortura e a crueldade exercida sobre animais sencientes, que sofrem horrores às mãos de cobardes predadores, nada fazem, tornando-se, deste modo, cúmplices dessa crueldade.

 

Para terminar, Sr. Bastonário, e muito a propósito, deixo-o com a resposta de Voltaire a Descartes, no seu Dicionário Filosófico:

 

«Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas privadas de conhecimento, que procedem sempre da mesma maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Talvez porque tenho o dom de falar julgas que tenho sentimento, memória, ideias! Pois bem, Calo-me. Vês-me entrar em casa, aflito, procurar um papel com inquietude, abrir a escrivaninha, onde me lembro tê-lo guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que experimentei sentimentos de aflição e prazer, e que tenho memória e conhecimento? Vê com os mesmos olhos esse cão que perdeu o seu dono e procura-o por toda a parte, com ganidos dolorosos, entra em casa agitado, inquieto, desce e sobe e vai de aposento em aposento e por fim encontra no gabinete o seu ente querido, a quem manifesta a sua alegria através de latidos, saltos e carícias. Bárbaros agarram esse cão, que tão prodigiosamente vence o homem em amizade, pregam-no em cima de uma mesa e dissecam-no vivo para te mostrarem as veias mesentéricas dele. Descobres nele todos os mesmos órgãos de sentimentos de que te gabas. Reponde-me maquinista, teria a Natureza “encaixado” nesse animal todos os órgãos do sentimento sem objectivo algum? Terá nervos para ser um animal insensível? Não inquines à Natureza tão impertinente contradição».

 

O resto, Sr. Bastonário, deixo à consciência de V. Exa..

 

Respeitosamente,

 

Isabel A. Ferreira

(Cidadã portuguesa, com direito à indignação, consigndao na Constituição da República Portuguesa)

 

 

 

Eis o que resta do magnífico ser, depois de cobardemente massacrado na arena, por criaturas desumanas, cruéis e insanas.

Ver aqui a Exposição da "arte" tauromáquica

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:12

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Quinta-feira, 15 de Setembro de 2011

Massacre de Touros = barbárie, cobardia e sadismo

 
 

 

 

 

 

 

 

 

Sadismo é o prazer mórbido em ver ou fazer sofrer outra pessoa ou animal...

 
publicado por Isabel A. Ferreira às 15:48

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Segunda-feira, 12 de Setembro de 2011

POR TI, HOJE CHORO...

 

 

 

HOJE ESTOU SOLIDÁRIA COM O TOURO QUE MATARAM COVARDEMENTE EM REGUENGOS DE MONSARAZ, NUM ESPECTÁCULO DEGRADANTE A QUE CHAMAM "FESTA".

UMA TERRA TÃO LINDA, QUE AINDA NÃO SAIU DA IDADE DA PEDRA. LAMENTÁVEL.

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:21

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CARTA ABERTA ENVIADA (...) PARA VÁRIOS JORNAIS E REVISTAS DA ESPANHA

 

 

Carta aberta enviada em castelhano para vários jornais e revistas da Espanha.

 

Sou brasileiro e recentemente assisti, através de um canal de TV a cabo, o desenrolar de uma legítima tourada espanhola.

 

A idéia que eu tinha desse tipo de evento era a de um circo, montado em condições bastante desfavoráveis ao touro, com o objetivo e destacar acoragem do homem frente ao animal.

 

Mas eu estava errado. A tourada é mais do que um circo. É um espetáculo medieval de horrores, onde se enaltece a covardia e brutalidade humanas, para satisfazer os instintos sanguinários de uma espécie de gente torpe, embrutecida e degenerada, que se tem na conta de civilizada.

 

O primeiro choque veio com a expressão estampada nos rostos dos espectadores, pouco antes do início da "luta". Felizes, rindo à toa, como se o que estavam prestes a ver fosse um filme ou uma peça de teatro. Podia-se apostar que não se comportariam de forma diferente se lhes fosse dado apreciar cristãos sendo devorados por leões. Ririam e aplaudiriam com o mesmo entusiasmo, estremeceriam sob o mesmo êxtase macabro, usufruiriam o mesmo prazer mórbido em contemplar o sofrimento alheio.

 

O segundo choque foi múltiplo. Veio na forma de sobressaltos a cada banderilla que era cravada no dorso do animal. Eu simplesmente não podia acreditar no que estava presenciando. Enquanto o "matador", com sua reluzente fantasia, fazia rodopios de despiste sob olés encorajadores, o destemido banderillero vinha por detrás e fincava seus arpões no touro. Vivas e palmas contagiantes a cada vez que isso acontecia…

 

A emissora de TV ainda nos poupou do último choque: a morte cruel do animal. Ouvia-se apenas a voz do narrador informando como este, exausto e ferido, era sacrificado pelo toureiro num gesto de triunfo.

 

A câmera focalizou então mais detidamente as arquibancadas. Todos os espectadores, de pé, ovacionavam freneticamente o herói do dia. Uma vez mais fora demonstrada, de forma cabal e inquestionável, a superioridade do bicho homem.

 

Essas, em largos traços, as cenas do crime monstruoso que me foi dado testemunhar a milhares de quilômetros de distância.

 

E quando acessei alguns sites espanhóis sobre touradas, para me convencer da veracidade daquele pesadelo, deparei com fotos cujo horror mal pude assimilar. Vi touros torturados, massacrados, alguns correndo com os chifres pegando fogo, tentando inutilmente escapar dos seus algozes.

Ah, Espanha! Como é doloroso teu legado a este mundo! Os nomes Cortés e Pizarro ainda causam arrepios na América Latina. Cada nova geração de europeus ainda estremece ao saber das atrocidades da Inquisição. E os povos olham agora novamente horrorizados para ti, fomentadora da crueldade contra os animais!

 

Certamente muitos outros crimes contra os animais são praticados em todo o mundo, mas não com o beneplácito do Estado e o incentivo da população. Tu, Espanha, és uma triste exceção.

 

Roberto C. P. Junior

 

  


Resposta do ativista espanhol "Minotauro", que luta contra

as touradas em seu país.

 

Te puedo decir que tu carta ha calado hondo en mi corazón, te aseguro que me cuesta imaginar una visión más sincera del primer acercamiento al mundo de los toros.

 

Incluso nosotros, que luchamos contra esa barbarie nos cuesta imaginar el horror que debe sentir una persona sensible ante semejante monstruosidad.

 

Tu carta me hace confirmarme en mis convicciones y redoblar mis esfuerzos para acabar con los toros.

 

Lo terrible del caso es que tú viste sólo parte de "espectáculo", por desgracia hay más que el espectador no avisado no percibe, comprenderas cómo toda persona sensible huye de esta atrocidad.

 

Pero en España la presión es terrible, hace 15 días en Bilbao, los manifestantes fuimos tratados como criminales, en Mayo en Madrid quien expresó su disconformidad con la "fiesta" fué agredido por quien la defendía.

 

Aun así, tenemos el convencimiento que tenemos razón y que por ello conseguiremos nuestro objetivo.

 

Además ellos son ya una minoría, con poder, eso sí, pero una minoría, aunque quieran hacer creer al mundo lo contrario.

 

Cuento con tu permiso para incluir tu carta en la sección "colaboraciones" de mi WEB. Y me tomola libertad de tenerte informado de todo lo que ocurra en este tema.

 

MUY AGRADECIDO
MINOTAURO

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:00

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Sexta-feira, 2 de Setembro de 2011

TOURADAS COM OS DIAS CONTADOS?

 

 

 

A notícia chegou-me de Bruxelas.

Uma Organização Internacional de grande envergadura está a tomar medidas bastante enérgicas para obrigar os (raros) países, que ainda mantém esta primitiva prática (entre eles Portugal, naturalmente), a criarem legislação para se pôr fim "à terrível e venal arte de torturar e matar animais em público" .
 
Pois nem quis acreditar!
Mas tudo indica que É VERDADE!
Se assim for, brevemente veremos, finalmente, banido do mundo, um dos mais asquerosos e sanguinários divertimentos públicos.

A estas medidas seguir-se-ão outras, de molde a colocar o animal humano no seu devido lugar.

Como queremos ser bem governados se os governantes têm uma mentalidade pré-histórica, ao ponto de permitirem estes espectáculos sanguinários?

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publicado por Isabel A. Ferreira às 17:49

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