Terça-feira, 23 de Junho de 2009

DA «HOMOCATAPSIA» À BARBÁRIE

 

Copyright © Isabel A. Ferreira 2009
 
 
 
Corre uma brisa ligeira junto a este riacho de águas mansas… (Gerês)
 
 
 
Corre uma brisa ligeira junto a este riacho de águas mansas, em cujas margens me encontro recolhida na companhia do ser exótico, meu companheiro das horas que passo fazendo o tempo passar.
 
Ali, mais adiante, naqueles rochedos, por entre os quais a hábil Mãe Natureza teceu as mais belas e pequeninas folhagens, dormem ao sol, descontraídos, alguns lagartos verdes e ratos da beira-rio.
 
À nossa volta respira-se harmonia, e a vivência entre os seres que nestas paragens coabitam: pássaros, formigas, borboletas, peixes, árvores, águas, flores silvestres, arbustos, dá-nos uma noção do equilíbrio que não encontramos entre o racional homo sapiens, aquele que descobriu que os rios correm para o mar, no dia em que um deles caiu à água e uns quilómetros mais adiante se viu nos braços de uma sereia, a qual lhe comeu o cérebro, transformando-se ela num imortal ser alado que abandonou as profundezas do oceano e ascendeu às alturas eternas, e ele num poderoso e arbitrário governante de povos.
 
E esta, supõe-se, foi a origem da primeira de todas as tradições que desde o início dos tempos se enraizaram nos usos e costumes das gentes do nosso planeta. Quando um homo sapiens pretendia governar, atirava-se ao rio e deixava-se deslizar pelas suas águas até ao grande oceano, onde sabia haver uma sereia sempre ávida de lhe comer o cérebro, para o tornar todo-poderoso e, desse modo, poder manter os povos sob o seu domínio.
 
Esta incrível história foi-me contada pelo ser exótico que sabe tudo sobre tradições. Claro que, com o passar dos tempos, as técnicas foram se requintando, e hoje, quem quer governar já não se atira ao rio, para que mais adiante, em pleno oceano, uma sereia possa comer-lhe o cérebro, até porque esta começou a ser considerada uma prática demasiado primitiva e consequentemente, dispensável, tendo-se abandonado por completo. Hoje, aplicam-se métodos menos líricos, quiçá mais sofisticados, mas que têm o mesmo efeito e conduzem ao mesmo fim: o poder pelo poder.
 
— Quer ouvir a história da mais curiosa de todas as tradições conhecidas? – pergunta-me o ser exótico, enquanto se acomoda entre a folhagem de um abeto.
 
Respondi-lhe que sim.
 
— Ouça-a então:
No início dos tempos, quando as sociedades existentes eram dominadas por animais falantes e inteligentes, e o homo era apenas um homo entre espécies muito mais evoluídas, uma das tradições dessas comunidades, que de primitivas nada tinham, comparadas com as sociedades exterministas dos nossos dias, consistia em, por ocasião da Lua Nova, três valentes touros mostrarem a sua arte acrobática, usando três dos mais corpulentos homos da vizinhança, numa arena própria para este género de espectáculo, muito apreciado pelos animais daquela época.
 
O recinto enchia-se. Um vozeio estranho ouvia-se a léguas de distância, porque a excitação era muita. À hora marcada, ou seja, no pino do sol, o galo mais distinto de entre todos os galos, democraticamente eleito para o efeito, soltava um cocorocó de um só fôlego, e este era o sinal para se abrirem as portas do recinto onde religiosamente se mantinham, com todo o respeito que mereciam, os homos que seriam lidados naquele dia.
 
Da entrada principal da arena, saíam então os três touros. Magníficos. Lindos. Com olhos cor-de-mel. Garbosos. Bem alimentados. Pelo negro, lustroso. E as ovações às suas figuras imponentes constituíam um verdadeiro delírio!
 
O espectáculo começava. Depois de saudarem com uma respeitosa vénia (delicadeza própria dos grandes seres) os homos escolhidos para aquela tarde, os touros tentavam equilibrá-los ora sobre os membros dianteiros, ora sobre os de trás, ora sobre o nariz, ora sobre o dorso, num espectáculo com paralelismo nos actuais números circenses de equilibrismo e malabarismo. Por fim, ganhava o touro que mais tempo sustentasse um homo e mais destreza e habilidade mostrasse nessa lide. Por outro lado, era desclassificado aquele que, inadvertidamente, de algum modo, ferisse o homo. O prémio consistia unicamente na atribuição do título Notável, que manteria até perdê-lo para outro Notável.
 
A plateia vibrava com tal demonstração de perícia e mansidão perante o homo, agreste, que normalmente tudo fazia para resistir com valentia. Era, de facto, um espectáculo emocionante e único. Um mero e inofensivo entretenimento, para saudar a ascensão da Lua Nova.
 
Com o passar dos tempos, contudo, virou-se o feitiço contra o feiticeiro. Os homo, minados pelo ódio que dedicavam secretamente aos outros seres, foram desenvolvendo sociedades paralelas mais sofisticadas do que a dos outros animais, introduzindo-lhes um instrumento fundamental que lhes assegurou definitivamente a supremacia sobre todas as outras espécies, incluindo o próprio homo: armas de todo o género e calibre. Aliás, diga-se, que a sua “valentia” assenta até hoje, inteiramente nas armas. Sem elas o homo é a mais cobarde de todas as criaturas, sendo incapaz de se impor unicamente pela inteligência superior que diz possuir.
 
E um dia houve em que decidiram inverter o jogo: na mesma arena começaram os homo, agora chamados homens, a fazer acrobacias sobre valentes touros. E assim da original homocatapsia, passou-se à primitiva taurocatapsia, que, como sabe, era uma espécie de tourada que se realizava em Creta e que consistia em fazer acrobacias sobre os touros.
 
Contudo, ao contrário dos touros, que sempre respeitaram a inferioridade do homo, este, ávido do sangue vivo daqueles magníficos seres (e quanto mais magníficos, mais catártico seria o espectáculo) começou a utilizar farpas que rasgavam as carnes, fazendo jorrar o sangue dos animais, pela arena. Os touros, cujas entranhas são em tudo semelhantes às dos homens, tentavam defender-se como podiam, e mediam forças num plano absolutamente díspar. Covardemente, numa luta desigual, os homens utilizavam as tais armas, que foram evoluindo de farpas a espadas bem afiadas. E contra armas tão mortais o que poderiam fazer os bravos touros desarmados? Morrer em lenta agonia, com o corpo dilacerado, rasgado, trespassado, e quase sem sangue que os mantivesse de pé. De facto, assistia-se a um espectáculo absolutamente caótico, deplorável, primitivo, sanguinário, deprimente, lamentável, onde a cobardia, a pequenez e a mesquinhez dos homens eram mostradas em toda a sua plenitude, para gáudio dos espectadores, ávidos de sangue, quais vampiros insaciáveis.
 
— Sei do que fala, meu amigo. De facto, trata-se de uma prática que, em nome da civilização, da humanização, da cultura culta e da evolução da mentalidade e do comportamento humanos, já deveria ter sido banida há muito. Mas pelo que sabemos, ainda a temos enraizada entre nós, em pleno início do terceiro milénio de uma era dita cristã! – respondi-lhe com amargura.
 
Quanta barbárie a juntar a tantas outras ainda em vigor!...
 
E burburinhando, para não ferir o silêncio, na margem deste riacho de águas mansas, a nossa tarde amena à beira-rio foi manchada pela imagem de sangue jorrando das carnes rasgadas dos magníficos touros, nossos companheiros de percurso, na aventura da vida, neste planeta que a uns pertence tanto quanto aos outros!
publicado por Isabel A. Ferreira às 10:18

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Domingo, 14 de Junho de 2009

DA ESSÊNCIA E DO ESSENCIAL

 

Copyright © Isabel A. Ferreira 2009
 
 
 
 
O importante é saber que o saber
é importante
 
 
(Foz do Rio Douro - Porto)
 
 
 
Vivemos rodeados de coisas, vivemos para as coisas, vivemos das coisas e nem sempre sabemos da importância ou da insignificância dessas coisas.
 
É necessário, portanto, conhecer a natureza das coisas – a sua essência – e delas saber o essencial para podermos tirar proveito do que temos à nossa disposição e tornar a vida tão harmoniosa como as belas sinfonias dos grandes mestres da música.
 
O ovo é importante. Porém, a essência do ovo é a gema. O nosso corpo também é importante. Menos importante é o comprimento do nosso nariz, porque a essência do ser humano é o seu carácter, a sua dignidade. Qual o mérito de termos um nariz bem proporcionado e uns belos olhos verdes, cor de esmeralda, se gostamos de esfolar gatos vivos?
 
Um pão com manteiga, um copo de leite e uma banana não será o suficiente para quebrar o teu jejum? Porém, se a tua gula te levar a comer seis pães com manteiga, seis copos de leite e seis bananas de uma só vez, tal atitude não constituirá um esbanjamento de alimentos que em nada beneficiará a tua saúde? E o que comeste a mais sem qualquer utilidade para a tua subsistência, não poderia alimentar cinco bocas famintas?
 
Para te sentares precisas apenas de uma cadeira. É o essencial para ti. Se estiveres com um amigo, então necessitarás de duas cadeiras. Já oito cadeiras para ti e para o teu amigo não é um perfeito desperdício?
 
Se quiseres partilhar com alguém o teu deleite, quando ouves cantar a cotovia, nas manhãs silenciosas, precisarás contar-lhe a tua vida desde pequenino? Ao dizeres apenas: «Ouve», não dirás o essencial?
 
No Universo não criado pelo homem, nada está a mais. Tudo foi minuciosamente gerado com equilíbrio, com harmonia. Todos os burros têm duas orelhas, as que precisam, tal como nós. E se algum nasce com três orelhas, dizemos que é uma aberração da natureza, que as há, devido a anomalias na engrenagem da vida, impossíveis de evitar. O Sol, esse, lá está todas as manhãs, para nos garantir a luz, sem a qual viveríamos numa eterna escuridão.
 
Por outro lado, no mundo dos homens que se dizem civilizados, reina a desarmonia e o desequilíbrio. Eles constroem cidades para nelas viverem, mas ao mesmo tempo fabricam armas para as destruírem.
 
E o que é essencial? Uma cidade viva ou uma cidade morta?
 
Precisamos de conhecer a essência das coisas, para podermos distinguir o essencial. E porque o importante é saber que o saber é importante, o que devemos fazer?
 
Tu responderás, porque tu és a essência.
 
 
in MANUAL DE CIVILIDADE
 
(Um livro que escrevi como um grito de revolta contra uma sociedade esvaziada dos valores que eu prezo e não sei onde encontrá-los. Mas ele é essencialmente o eco do vazio perceptível nos olhos das crianças e jovens que por aí vagueiam, perdidos, sem saberem do futuro, porque ouvem dizer: a água escasseia, faltam alimentos, faltam igualmente empregos, o buraco de ozono aumenta, o ar torna-se irrespirável, bactérias e vírus desconhecidos atacam o homem, o homem ataca outros homens, a vida na Terra está em risco de desaparecer…)
publicado por Isabel A. Ferreira às 15:12

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Domingo, 7 de Junho de 2009

Estranho mundo, o nosso…

 
«Exige-se do jornalista que faça quase instantaneamente um trabalho parecido com o do historiador. Daí a importância da sua cultura, do seu conhecimento da actualidade, do seu sentido crítico, e também da sua habilidade em utilizar os meios que estão à sua disposição para se informar tão completamente quanto possível e assim informar os outros com eficiência» (Philippe Gaillard, mestre do Jornalismo Francês).
 
 
Que mundo será este, o nosso?
 
 

Deus.png

 
Copyright © Isabel A. Ferreira 2009
 
 
Aldous Huxley, considerado um dos maiores escritores de Língua Inglesa bem como um dos mais aliciantes e inquietantes romancistas do século XX, escreveu uma obra intitulada Admirável Mundo Novo, na qual apela para a consciência dos homens e denuncia o perigo que ameaça a Humanidade se o homem não se tornar surdo ao canto da sereia do falso progresso.
 
Neste livro, o autor apresenta-nos uma visão de um futuro (imaginado) onde o selvagem (o homem que não foi mecanizado) não tem outra saída senão a do suicídio.
 
Tempos mais tarde, Huxley escreve um outro romance que intitula Regresso ao Admirável Mundo Novo, onde nos revela até que ponto o que fantasiou no seu primeiro romance se tornou realidade. E, de um modo irónico, apresenta-nos os aspectos da vida do seu tempo que lhe confirmaram ou tenderam a confirmar a fantasia do seu Admirável Mundo Novo.
 
Sem o engenho nem a arte de Aldous Huxley, evidentemente, proponho-me igualmente a apelar para a consciência dos homens do tempo que passa, e denunciar uma certa ignorância que ameaça transformar o nosso país, num lugar sem lei, onde qualquer indivíduo faz o que bem entende, violentando com isso a imagem humana de uma sociedade que se diz responsável e orgulhosa dos seus valores culturais, sociais, religiosos e morais, sem que alguém, de direito, interfira, com lucidez.
 
Assim, tal como Aldous Huxley (ainda que mal me compare) vejo-me impelida a reflectir sobre este Estranho mundo, o nosso, onde, curiosamente, as leis não se fazem cumprir, e com tal reflexão tentar alertar os cidadãos menos atentos, para o que ao nosso redor se vai passando.
 
E se os cães ladram e a caravana passa, isto é, se aqueles que têm um objectivo definido (ainda que esse objectivo seja o de infringir a lei), não se preocupam com a desaprovação alheia e continuam a provocar os cidadãos e as autoridades, temo que estes cidadãos e estas autoridades tenham perdido o respeito por si próprios, permitindo todo o género de abusos sem reagirem firmemente, e necessitam rever urgentemente o seu código de ética pessoal e profissional, regressando à escola para estudar as leis que ainda vão vigorando no país e que não permitem que se violente, por exemplo, os direitos das crianças, uma vez que os homens perderam a vergonha e a dignidade, não sei se definitivamente.
 
Cada cidadão tem (ou devia ter) um papel específico a representar na sociedade pela qual é responsável, ou seja, aos médicos cabe cuidar de todo e qualquer doente; aos padres alimentar com palavras do Evangelho o espírito dos crentes; aos advogados defender os bons e atenuar as penas dos maus; aos juízes fazer justiça, e não apenas cumprir leis inadequadas, e assim por diante…
 
Quanto aos jornalistas, o melhor é utilizar as palavras dos grandes mestres (que a nova geração, ao que parece,  já não lê): «Qualquer que seja o seu posto, o jornalista honesto exerce uma função social relevante» (Victor Silva Lopes).
 
«O jornalista é o historiador do quotidiano: tem de ver o que muitos ignoram; tem de estar onde os outros não estão. É o homem dos mil olhos dividido em mil homens: vive de factos e de ideias – alimenta a curiosidade dos leitores com palavras. Com palavras que terão sempre de possuir força, dignidade e honra. Imagem devolvida do que se passa no coração do Mundo, o jornal é um comportamento moral e o jornalista um estafeta que passa o testemunho, desde há milénios, quando o homem primitivo comunicou, para todos os séculos, a verdade circundante – gravando nas grutas de Altamira as rudes tarefas, os seus doces amores, os seus amargos desesperos» (Baptista-Bastos).
 
«Exige-se do jornalista que faça quase instantaneamente um trabalho parecido com o do historiador. Daí a importância da sua cultura, do seu conhecimento da actualidade, do seu sentido crítico, e também da sua habilidade em utilizar os meios que estão à sua disposição para se informar tão completamente quanto possível e assim informar os outros com eficiência» (Philippe Gaillard, mestre do Jornalismo Francês).
 
Finalmente, às autoridades, entre outras atribuições, cabe fazer cumprir as leis aplicáveis (porque existem algumas completamente inaplicáveis, inúteis e destrutivas), zelar pela integridade física e moral dos cidadãos e defendê-los contra toda e qualquer afronta.
 
Mas vá-se lá agora saber por que é que no nosso país somos agredidos continuamente pelas mais diversas perversidades, sem que haja uma luz ao fundo do túnel, que nos dê, pelo menos a esperança de que algo está a fazer-se para se modificar as leis decadentes, que são as nossas, para podermos dizer: até que enfim, a tranquilidade que merecemos está connosco.
 
Miguel de Cervantes, que tinha uma visão de águia, além do D. Quixote e outras obras interessantíssimas, deixou-nos este pensamento, depois de ver os seus carrascos a serem condenados, o qual cito frequentemente, porque também creio nele: Deus suporta os maus, mas não eternamente…
 
Quanto ao Homem, que é mortal e imperfeito, deverá suportar esses maus eternamente?
 
 
Isabel A. Ferreira
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 15:22

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