Mais gente na arena do que nas bancadas. Boa!
E dizem eles que a tauromaquia está de boa saúde! A verdade é que ela está moribunda. Com os pés na cova. Vamos dar-lhe o empurrão final para que caia no abismo e fique soterrada para sempre no fundo dos infernos, onde já devia estar há muito tempo.
O texto que se segue diz da situação de Espanha, que é o que se passa exactamente em Portugal. Sem tirar nem pôr.
Lá como cá, estamos a trabalhar para que 2013 seja o ano da morte das touradas.
Este é um texto que é OBRIGATÓRIO LER.
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«Agoniza em declive e ferida de morte» estas seriam as palavras com as quais, no dia de hoje, definiríamos a situação da tauromaquia em Espanha.
(E também em Portugal e nos restantes países tauricidas do mundo).
Palavras que começam a ouvir-se da boca dos próprios ganadeiros, empresários, jornalistas, críticos taurinos, aficionados e toureiros.
A consciência social, a apatia dos aficionados taurinos, a falta de dinheiro, a forte crise que golpeia a Espanha (e também Portugal) e o esforço que algumas Câmaras Municipais estão a fazer, hoje, mais do que nunca, permite que tauromaquia esteja à beira do precipício.
Desde 2007, os festejos taurinos decresceram 47% em toda a Espanha (e em Portugal o mesmo se passa).
Os ganadeiros já destinam mais bovinos para os matadouros do que para as arenas, e dia após dia, vêem-se a braços com enormes perdas económicas, pelo que já planeiam seriamente a alternativa dos matadouros como única via de escapar à crise.
A ferida aberta pela Catalunha, em 2010, proibindo as corridas de Touros, longe de cicatrizar, torna-se mais funda, à medida que as Organizações de Defesa dos Animais, com o apoio de mais de 73% da população (em Portugal chega-se aos 87%) continuam a trabalhar para abolir esta tradição cruel, digna apenas de um povo primitivo.
Dois anos depois da sua proibição na Catalunha, parece chegar a vez de San Sebastian, cujo alcaide quer pôr fim a esta atrocidade e, deste modo, não derramar mais sangue inocente nas arenas daquela localidade.
«O sofrimento dos animais não deve converter-se num espectáculo público», referiu o alcaide Juan Carlos Izaguirre.
É de realçar que com um país prestes a pedir um resgate financeiro, se desperdicem mais de 500 milhões de Euros em festejos taurinos e que apesar de utilizarem a palavra “austeridade”, muitas Câmaras Municipais continuem a endividar-se, ano após ano, realizando corridas de Touros em praças CADA VEZ MAIS VAZIAS.
Apesar de 73% da população estar contra ou ser indiferente à tauromaquia, o governo central faz ouvidos de mercador ao grito unânime da população que pede o fim da tortura e da morte de milhares de Touros, todos os anos.
(O mesmo acontece em Portugal, com governantes CEGOS E SURDOS)
A tauromaquia sobrevive graças aos interesses privados de alguns políticos, ao endividamento das Câmaras Municipais, às entradas gratuitas a centros escolares de algumas comunidades e aos turistas que lá vão ao engano.
A estes últimos vende-se-lhes um espectáculo de dança entre um Touro e um Cavalo, na qual em nenhum momento se maltrata o Touro. Uma vez iniciada a lide, os turistas saem horrorizados, com lágrimas nos olhos pelo que presenciaram.
(Além de tauricidas são mentirosos e traiçoeiros).
A Organização Internacional pela Defesa dos Animais “AnimaNaturalis" , continuará a trabalhar para que num futuro próximo, esta mal denominada “festa nacional” seja abolida em todo o Estado Espanhol , e deixe de envergonhar a maioria dos cidadãos que não querem ser identificados com tal atrocidade.»
Guillermo Amengual,
Coordenador para Espanha de «Campanha Antitauromaquia».
Fonte: http://animanaturalis.org/p/1584
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Em Portugal estamos a trabalhar também para o funeral da tauromaquia. Talvez demore mais do que gostaríamos. Mas a abolição é CERTA.