Tudo o que disse no seu comentário, Lilith, eu sei, e não estou a criticar.
Mas se lhe fizer esta pergunta: acha que um cavalo GOSTA de que o montem?
Como disse a Lilith, eles "são preparados" para serem montados. Logo não nasceram com essa função.
Agora se me perguntar a mim, se eu fosse cavalo gostaria de ser arreado e montado, eu dir-lhe-ia logo que não.
Nenhum gosta. Habituam-se aos donos. Têm uma ligação bonita com os donos. Mas são muito mais felizes sem os donos em cima deles.
Não veja nisto uma crítica. Só estou a colocar a questão do ponto de vista do cavalo.
Sou contra todo o tipo de espectáculos (hipismo, incluído) que utilize o cavalo. Para treiná-los é preciso "massacrá-los" com insistência. E nenhuma criatura gosta de ser "massacrada".
É como ensinar os cães a sentar, a obedecer a ordens, etc., sou contra.
Tudo o que não é natural não serve os seres, limita-os.
De Lilith Marleen a 18 de Setembro de 2012 às 14:22
Acho que isso é ser demasiado extremista. Os cães gostam de aprender truques, da mesma forma que os cavalos podem gostar de ser montados, dependendo da forma como são montados. Os cavalos são seres extremamente sensíveis, inteligentes e curiosos, e uma das melhores coisas que o cavaleiro pode fazer é apresentar-lhe novos desafios, ensinar-lhe coisas novas.
Já andei a ensinar o passo espanhol a um cavalo, usando cenouras, e o cavalo andava em liberdade atrás de mim, sem rédea, a fazer o que eu lhe indicasse, porque queria a guloseima. Já ouvi uma vez uma pessoa a dizer que tinha uma égua que adorava ser montada, e quando ela ia para ao pé da égua mas não tivesse intenção de montar, a própria égua ia buscar a cabeçada e trazia-a na boca para dar à cavaleira, porque queria ser aparelhada para ser montada. Com os cães funciona da mesma forma - quando se ensinam truques, transformam-se as lições em sessões de brincadeira, são apresentados novos desafios aos cães e eles são estimulados, tal como as crianças na escola, para aprender coisas novas. Não vejo nada de errado com isso.
Eu não chamo a isto ser extremista, Lilith.
Ponho-me apenas no lugar do outro.
E se eu fosse cavalo, ou cão, ou qualquer outro animal que é usado pelo homem, não gostaria nada dessas coisas, assim como humana, não gosto de cabrestos.
Os cães gostam de brincar. Os porcos também. Já criei uma porquinha como se fosse uma gata, e ela brincava ao escorrega comigo, e divertia-se muito, mas por escolha dela, não por minha imposição. E era livre. Vivia à solta no quintal, e vinha dormir a sesta no tapete do meu quarto, onde dava o Sol.
Compreende onde quero chegar?
De Lilith Marleen a 18 de Setembro de 2012 às 18:25
Compreendo, Isabel, mas o facto é que não podemos humanizar os animais à nossa imagem. Não são menos nem mais do que nós, são nossos irmãos, mas também não são iguais, têm necessidades diferentes das nossas, e nunca poderemos dizer com certeza do que é que eles gostam ou não gostam.
Eu sei que os cães gostam de aprender truques, porque para eles é brincar e é uma maneira de comer guloseimas, e da mesma forma, com o conhecimento que tenho dos cavalos, sei que se eles não gostassem de ser montados, não seriam tão dóceis nem os primeiros a vir ter connosco mal nos vêem, até porque é difícil obrigar um cavalo a fazer alguma coisa que ele não queira ;)
Reflexos condicionados, Lilith.
Neste aspecto não concordamos.
Já tive cães, muito brincalhões, mas nunca tive de lhes dar nada em troca pelas brincadeiras. Eram espontâneas.
Nunca tive Cavalos. Gostaria de ter pelo menos um na vida, porque são para mim criaturas divinas. Apenas para o ver correr num espaço aberto, com as crinas ao vento.
Tenho até escrito um belo conto dedicado a Rajid, um Cavalo Preto, modelado por Deus.
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