Quarta-feira, 12 de Setembro de 2012
Poderá um sujeito destes ter crédito como médico-cirurgião, depois de ter escrito o que escreveu, num artigo para um jornal de Estremoz, com ódio a sair-lhe por todos os poros?
“Desejo, àqueles que ladraram felizes pelo sucedido ao Nuno, que numa estrada qualquer um touro bravo lhes entre pelo vidro do carro e depois de os cobrir com a sua bosta lhes arranque as cabeças com as suas hastes afiadas!” (António Peças)
Cuidado, anti-touradas de Estremoz, isto é conversa de FORCADO, não de médico-cirurgião.
E o que diz da AMI (Assistência Médica Internacional) não será dor de cotovelo?
Mas quem se atreverá a convidar um ex-forcado (que aliás nunca deixou de o ser, pela linguagem que utilizou no seu texto) a ser médico da AMI?
No meio de toda esta guerra suja, quem será o bandalho?
É preciso que esta gente que tira um CURSO SUPERIOR, não fique só pelo curso, na superioridade, mas também no carácter, nas atitudes e na postura perante a sociedade, para poder ter alguma credibilidade e dar exemplo aos MENOS ESCLARECIDOS.
Isabel A. Ferreira
Fonte:
http://www.imprensaregional.com.pt/linhasdeelvas/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czoxMDoiaWRfbm90aWNpYSI7czo0OiI1MzUwIjtzOjk6ImlkX3NlY2NhbyI7czoyOiI3NyI7fQ%3D%3D
De Filipe Garcia a 24 de Junho de 2019 às 08:16
Estimada Isabel
Nunca a expressão "Há bons médicos e há maus médicos" fez tanto sentido"...
O exercício da medicina requer, desde logo, uma componente empática que é absolutamente essencial á boa e nobre prática da medicina, isto é, para ser bom médico, não basta ter os conhecimentos "técnicos" e de análise para definir diagnósticos correctos e respectivas terapêuticas, vai muito para além disso... É necessário a capacidade de perceber o sofrimento do outro, de ser solidário, de ser empático, isto é, de "entrar" no nosso interlocutor e perceber as suas angustias e anseios, ora, pelo que li até aqui, parece por demais evidente que este cavalheiro Peças, não tem essa capacidade.
As touradas são uma prática aberrante, que nada têm que ver com "cultura", mas que subsistem meramente por razões de natureza económica e financeira, atento a importância que assumem na economia regional (nas localidades onde se pratica), que é ainda subdesenvolvida. Este é o factor central que importa combater. Enquanto os governos sucessivos não apostarem verdadeiramente no interior, dotando de infra-estruturas que permitam instalar e fixar pessoas, desenvolver o tecido empresarial criando empregos e apostar na formação não apenas académica (esbá bom de ver porquê) mas também cívica e humana, este degradante e hediondo espetáculo irá manter-se. Mais, isto é uma especie de "desporto" dos "senhores feudais" lá do burgo, que exploram a pobreza de espirito da plebe, numa especie de feira de vaidades, de pseudo-afirmação, de poder, de protagonismo bacoco, para manter o "culto do Endeusamento" perante a plebe. Depois chamam-lhe "cultura"...um autêntico embuste.
Recentemente, houve uma Câmara Municipal no Norte que resolveu a questão, de forma radical mas certamente eficaz. Perante a persistência destes energúmenos das touradas, tomou a corajosa decisão de "arrasar" a praça de touros, ou seja, vão demolir. Acabou-se o recreio!
Cumprimentos para si.
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