A cobardia dos tauricidas não tem limites...
O texto que se segue é uma descrição fiel do que é o ritual macabro da tourada. Há quem diga que tudo isto é mentira. Mas os que já por lá andaram como profissionais de veterinária, dizem que é verdade.
Dias antes da realização da tourada, são colocados pesos sobre as costas do Touro, que lhe causam muitas dores. Um dia antes, o animal é posto num recinto escuro, sem água ou alimento. Dão-lhe laxantes, provocando diarreias que o desidratam. As pontas dos chifres são cerradas, a sangue frio, tornando-se sensíveis e dolorosas a qualquer toque. Os seus olhos são besuntados com vaselina, o que dificulta a visão.
Quando a porteira se abre e ele entra na arena cheia de claridade, está fraco, debilitado, dolorido e com a visão perturbada. As roupas coloridas e cheias de lantejoulas dos toureiros ainda mais confundem os olhos do desventurado animal. E isso é comprovado com aatitude confusa do Touro a investir no nada, quando entra na arena.
Montados a Cavalo, os tauricidas iniciam a sessão de tortura.
Bandarilhas são espetadas nas costas do Touro, perfurando-as, muitas vezes até ao pulmão. Outros ferros menores, com pontas em forma de anzol, para que não se soltem, continuam a ser cravadas no dorso do Touro, dilacerando-lhe ainda mais os pulmões, que se enchem de secreção e sangue e o Touro começa a não conseguir respirar.
O Engenheiro Zootécnico, João Simão, que já fez vigilância a duas touradas, garante que o horror passa muito além das farpas. Diz ele:
«Desde o transporte, à privação de água, ao fornecimento de sal aos animais (os bovinos são literalmente "viciados" em cloreto de sódio), que leva a uma debilidade, que no entanto não é perceptível, pois como todos infelizmente recordamos, o animal entra sempre em grande fulgor na arena.
Ora isto deve-se ao facto de serem criadas incisões na zona perineal, e nos cascos, na zona interdigital, onde de seguida é aplicado um ácido ou, de novo, cloreto de sódio, comum sal de cozinha...
Já viram uma criança que corre desesperada depois de se ter aleijado, enquanto grita pela mãe? É exactamente o mesmo reflexo.
Um "boost" de adrenalina e lá vai o animal, em agonia.»
E acrescenta João Simão: «Todos vocês, pró-touradas, pensam efectivamente nisto? Talvez achem que é mentira... Talvez não pensem nisto para não se sentirem desconfortáveis... Talvez apreciem tanto as roupas dos dementes que lá andam, onde, de mão dada, se dão o glamour e o sangue...»
Golfadas de sangue começam então a sair pelo nariz e pela boca. Alguns Cavalos (que, por serem animais bastante sensíveis, têm os olhos vendados, os ouvidos tapados e as cordas vocais cortadas, para não relincharem) muitas vezes são atingidos e têm as barrigas rasgadas, caindo ao chão com as vísceras de fora, acabando por morrer, também na arena.
Quando o Touro já não mais se aguenta de pé, chega o “heróico” matador, para o golpe final.
Uma espada é fincada na sua nuca para seccionar a medula. O Touro cai e não consegue mover-se, mas ainda está vivo e sente.
Um ajudante de matador tenta apunhalá-lo no coração, mas nem sempre acerta da primeira vez. Várias punhaladas são necessárias. Finalmente, o Touro morre, depois de um sofrimento que durou vários dias. A tortura terminou.
O “heróico” matador corta-lhe as orelhas e a língua e exibe-as, triunfante, para uma plateia que aplaude, endoidecida.
Como pode esta barbárie ser chamada de “arte”, “cultura” ou “divertimento”?
Ofendem-se os aficionados, porque lhes chamamos SÁDICOS.
Se não são sádicos, o que serão? SANTOS?
Fonte:
http://www.institutoninarosa.org.br/defesa-animal/exploracao-animal/entretenimento
Isabel A. Ferreira