Comentários:
De Maria João Brito de Sousa a 21 de Julho de 2012 às 18:42
Excelente artigo que subscrevo! E fico-me pelo "ferro curto no(s) reverendíssimos(s) cachaço(s)*", para ver se as consciências se espevitam um bocadinho...

Abraço :)

* e pelos "menos reverendíssimos" também, já que estou com "a mão na massa"...
De Isabel A. Ferreira a 21 de Julho de 2012 às 21:04
Bem merecem, poeta.
Obrigada. Um abraço.
De Rui Palmela a 25 de Maio de 2017 às 00:21
Entrei casualmente no Blog e aplaudo tudo o que nele se escreve contra a Tauromaquia de que o padre Vitor Melicias é fervoroso aficionado apesar de se dizer "franciscano".

Gostaria de partilhar aqui também uma CARTA ABERTA que dirigi há algum tempo ao padre Vitor Feitor Pinto por causa de uma afirmação que ele fez um dia dizendo que "os animais não têm alma"...

Em face disso escrevi-lhe uma carta que deixo aqui:

Caro sr. Padre Vitor Pinto:

Confesso que sempre gostei de o ouvir como homem da Igreja cheio de grande lucidez e sensatez falando das questões humanas cuja cultura não questiono pela sua dimensão, porém surpreendeu-me bastante pela forma como se exprimiu em relação aos animais que tal como diz o Génesis da Criação são criaturas de “almas viventes” criadas por Deus que fazem na Terra o percurso de sua evolução. O homem surgiria muito tempo depois para dominar sobre todas as espécies e direi mesmo que muitos já perderam sua alma e se comportam hoje como 'zombies' sem coração que devoram até ás entranhas seres viventes que confiam no homem mas este se tornou pior que as bestas-feras que mata todos os dias milhões de animais que sofrem mas como “não têm alma” são vistos como ‘coisas’ que vivem apenas para a nossa alimentação . É assim que pensam a maioria dos humanos e o sr. padre não é excepção!

Agora entendo porque é que muitas pessoas crentes em Deus desprezam e maltratam animais, inclusive com a benção da Igreja Católica que não reprova as touradas por exemplo, de que o Padre Vitor Melicias é um grande aficionado apesar de se dizer “Franciscano”. Creio que Francisco de Assis ficaria escandalizado com isso e mais ainda a “Nª Srª da Conceição” que vê horrorizada o que se passa em Barrancos por altura das festas em seu nome que culminam com a tortura e morte de toiros frente à Capela, em plena praça pública, tudo feito em nome de uma 'tradição' que a Igreja aprova quando devia condenar esta situação.

Mas, é claro, como “os animais não têm alma” (segundo a Igreja), então as pessoas pensam que eles não sofrem como nós e continuam a tratá-los de forma cruel e nisso tem muita responsabilidade a própria Religião. Talvez por isso o Pregador Eclesiastes já dizia o seguinte:

...”O que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, como morre um, assim morre o outro. Todos têm o mesmo fôlego (alma, pneuma, anima) ; e a vantagem dos filhos dos homens sobre os animais (a este respeito) não é nenhuma. Todos vão para um lugar, todos são pó (matéria perecível) e ao pó (à terra) tornarão. Quem adverte que o fôlego (alma) dos filhos dos homens sobe para cima (para os céus) e que o fôlego (alma) dos animais desce para baixo da terra (ao inferius)? - Eclesiastes, cap. 3:19 a 21, da Biblia.

Portanto, caro senhor Padre Vitor Pinto, espero que cultive melhor a palavra de Deus e não a sua que precisa ser mais repensada e cuidada para não induzir em erro quem lhe pede esclarecimentos ou explicações sobre coisas para as quais deveria estar melhor preparado e não criar mais confusões. Os animais têm mesmo sua alma e sofrem como nós e deveriam ser respeitados e não torturados nem transformados em refeições. É o que penso de minha alma e meu coração!

Com os meus cumprimentos,
De Isabel A. Ferreira a 29 de Maio de 2017 às 12:12
A resposta ao comentário de Rui Palmela está no seguinte link:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/carta-aberta-de-rui-palmela-ao-padre-721329

Obrigada, Rui.

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