A imagem da cobardia: tantos contra um, estando esse um já bastante torturado... É este evento que a Cruz Vermelha Portuguesa tem a missão de apoiar, Joana Pereira?
Bem, isto vem a propósito do nosso texto intitulado «Comunicado da Criz vermelha Portuguesa (Delegação de Évora) sobre a garraida da Queima das Fitas 2012», publicado neste Blogue, no seguinte link:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/114861.html
Então a JOANA PEREIRA (não sei se pertencerá à CVP) enviou-nos o comentário que se segue, que preferimos publicar aqui, e responder aqui, a negrito.
«Em resposta ao comentário ignorante da Sra. D. Isabel A. Ferreira, que revela uma enorme falta de informação, cumpre esclarecer.
A Garraiada Académica, espetáculo inserido na Queima das Fitas, é autorizado pelo IGAC (Inspecção Geral das Actividades Culturais)».
(Sabemos disso. E daí?).
«Assim sendo, uma vez autorizados por quem de Direito, devem ser legalmente fornecidos todos os meios necessários para que o evento ocorra em segurança, tal como apoio dos Bombeiros Voluntários e Ambulância para assistir eventuais feridos».
(Sabemos disso. E daí?)
«Aliás, o mesmo sucede com a meia dúzia de provocadores, nos quais a senhora seguramente se inclui, que se deslocam à porta das praças de toiros deste país para passar o tempo, que por pura cobardia solicitam "escolta policial", ocupando estes profissionais com assuntos menores, impedindo-os de combater a criminalidade deste país, ao passarem horas de trabalho a "aquecer as costas" a meia dúzia de provocadorzecos, que não têm a noção do que significa acabar com esta tradição da festa brava, com séculos de história no nosso País. Quer queiramos, quer não, é assim que funciona, se a manifestação é autorizada, se solicitado, é concedido apoio policial.»
(Ora aqui quem são os cobardes? Quem vai dar a cara por uma causa justa, isto é, pela Abolição da tortura de seres vivos, ou os que vão torturar, ver e aplaudir seres vivos inocentes e indefesos para se divertirem?
O que significa acabar com esta "tradição de festa brava"?
Significa acabar com um acto cruel, primitivo, a cheirar a mofo, que não dignifica Portugal, nem os seres humanos.
E quer queiram, quer não, a tradição é a personalidade dos imbecis (citando Albert Einstein, o Sábio).
«Um comentário dessa natureza, esse sim, choca a sensibilidade de qualquer pessoa de bem, sugerindo que uma instituição como a Cruz Vermelha se abstenha de prestar cuidados aos intervenientes e assistentes de um espetáculo que é legal em Portugal.»
(Chocar a sensibilidade de quem?????????????? Daquelas pessoas que vão torturar, ver e aplaudir a tortura de seres vivos? Isto é uma anedota, Joana Pereira? Sensibilidade? Vem falar-nos em sensibilidade?
Nem tudo o que é legal é conveniente. Veja-se: uma droga chamada "álcool" é legal e tão, mas tão maléfica que nem todos podem ingeri-la).
«Por último, em face deste brilhante comentário, cumpre salientar que ao não patrocinar a Cruz Vermelha está, de facto, a assumir uma posição de neutralidade, abstendo-se de tomar uma posição, mas assegurando os cuidados de saúde aos cidadãos e abstendo-se de praticar o acto criminoso que esta senhora sugere, omitindo auxílio e cuidados de saúde a pessoas que, única e exclusivamente, têm uma opinião divergente da sua.
Joana Pereira»
(Se fosse assim tão simples, Joana Pereira... A Cruz Vermelha Portuguesa tem o dever de prestar auxílio a quem dele precisar, em situações de guerra, de conflito, de festas, de paradas gay... Mas não em cenários de tortura de seres vivos para divertir psicopatas e sádicos...
A Cruz Vermelha Portuguesa se se recusasse a apoiar um evento bruto para diversã9o, estaria a cumprir a sua maior missão: zelar pela vida dos seres vivos. Ou a Joana Pereira acha que apoiar garraiadas, touradas e outras práticas que impliquem tortura física ou mesmo psicológica de seres vivos, ainda que não-humanos, para divertir um punhado de sádicos é uma missão nobre?
Se todas as entidades (Bombeiros, PSP, GNR, veterinários/carniceiros se recusassem a apoirar eventos sangrentos e cruéis, eles não se realizariam.
Qualquer pessoa com uma profissão humanista pode recusar uma missão sangrenta, apelando para a Objecção de Consciência, ou seja, é considerado objector de consciência quem, por motivos de ordem filosófica, ética, moral ou religiosa esteja conicto de que lhe é legítimo obedecer a uma ordem específica, por considerar que atenta contra a vida, a dignidade da pessoa humana ou contra o código deontológico.
Ora aqui encontramos matéria suficiente para tal objecção de consciência.
A Cruz vermelha Portuguesa ao apoiar um evento cruel, não está a cumprir qualquer missão humanitária. Está, tão-só, a ser cúmplice da barbárie.
E basta!
Portugal tem de se ver livre destes insultos à inteligência e à essência dos seres humanos.
Basta de ignorância!
Só mais um pormenorzinho enviado por alguém que sabe das coisas:
«O espectáculo até pode ser legal, mas vejamos, enquanto a Cruz Vermelha está a dar apoio a umas dezenas de energúmenos que se dedicam a brutalizar garraios num espectáculo deplorável, está a ser afastada de outras missões e de pessoas que realmente necessitam. Pessoas que não se magoaram ou feriram porque se queriam divertir a torturar animais.
O mesmo acontece quando se realiza uma tourada em que o hospital mais próximo está de prevenção e em caso do "artista" se lesionar é atendido preferencialmente mesmo que nas urgências estejam outras pessoas com lesões graves e que nada fizeram para acabar numa urgência hospitalar.
Quanto à protecção policial ela é necessária porque é por demais sabido que sem essa protecção seríamos linchados pelos aficionados que se auto-proclamam de pessoas pacíficas e não violentas.
Essa senhora também deve desconhecer que cada vez que ocorre uma tourada os polícias também deixam de combater a criminalidade para estarem presentes na tourada. E não são só polícias fardados, são também polícias à paisana. Se todos estes agentes não tivessem Ee ser mobilizados para o tal espectáculo legal estariam a combater a criminalidade».