Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2019

Programa da Cristina - André Silva (PAN) vs. Rui Salvador (toureiro) – Mais um passo em direcção à abolição

 

O programa foi muito bem conduzido pela Cristina. Nota 10.

André Silva esteve politicamente correcto. Nota 10.

O toureiro Rui Salvador apresentou as falácias habituais, em que a tauromaquia assenta, desde que foi introduzida em Portugal, pelos monarcas espanhóis, a partir de 1580. Perdeu o debate e só enterrou a tauromaquia, mais do que ela já estava enterrada. Nota ZERO.

 

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Origem da imagem:

https://www.facebook.com/o.programa.da.cristina.na.sic/photos/a.1143061482509877/1165010373648321/?type=3&theater

 

Mais um passo foi dado em direcção à abolição desta prática, assente em muitas mentiras, já bastamente desmascaradas pela Ciência.

 

Confesso que cheguei a ter dó do toureiro que, desesperadamente, tentou defender a sua querida "dama", mas não convenceu: cada sentença, cada machadada.

 

Dizer-lhe que a tauromaquia vai acabar, como acabaram outras práticas desumanas, teve um impacto tão destruidor na mente deste toureiro, como se lhe dissessem que os pais que ele conhece desde que nasceu e que ama profundamente, afinal, não são os seus pais verdadeiros. E isto custa a ouvir. E o desespero ficou bem patente no semblante de Rui Salvador.

 

André Silva baseou-se em factos comprovados pela Ciência, em estatísticas da IGAC, e em suportes humanísticos vistos à luz dos valores éticos do Século XXI depois de Cristo.

 

Os Touros - que não são mais do que mansos bovinos, torturados para serem “bravos”, ou seja, para se defenderem das sevícias provocadas pelos seus carrascos - seres sencientes, são retirados do seu habitat para serem cruelmente massacrados, rasgados, sangrados, humilhados, o que lhes provoca um sofrimento físico e psicológico atroz, antes, durante e depois da lide, acabando por morrer lentamente, sem os mínimos cuidados paliativos.

 

Dizem as estatísticas da IGAC que não só o número de touradas diminuiu consideravelmente nestes últimos anos, como também o número de espectadores, cada vez menos interessados em “espectáculos” bárbaros.

 

Esta será uma herança cultural (se é que a tortura é algo cultural) já ultrapassada pela evolução.

 

Rui Salvador, que frisou já ter recebido das mãos de António Costa (actual primeiro-ministro de Portugal) uma medalha de mérito (ficámos sem saber se foi pelo mérito de serviços prestados ao país ou ao bem-estar animal) disse que toureia há 44 anos, ou seja, tortura Touros há 44 anos, criou-se numa família apaixonada pelos animais, sobretudo Cavalos (sabemos que existem paixões doentias que retiram prazer fazendo sofrer o alvo da sua paixão, neste caso os Cavalos e os Touros), e disse que é com paixão que lida um Touro, que é o mesmo que dizer que é com paixão que tortura um Touro.

 

E o resto foi mais do mesmo. Mentiras, mentiras e mais mentiras, que reperidas ao longo dos séculos revestiram-se de verdade..

 

Fazem touradas para preservarem os Touros bravos, como se os Touros bravos existissem na Natureza! Santa ignorância!Os ditos Touros "bravos" são produto de uma selecção de bezerrinhos retirados às mães-vacas para, desde bebés, sofrerem as mais horríveis sevícias: os que aguentam, serão os tais Touros "bravos". Os outros são abandonados à pouca sorte de terem nascido. Quando as touradas acabarem, os bezerrinhos continuarão a nascer, e serão deixados em paz, junto das suas progenitoras.

 

“Produzir” seres vivos, para viverem durante apenas quatro anos (quando poderiam viver de 18 a 22 anos) uma vida mais ou menos, para depois acabarem numa arena e serem torturados cruelmente, é coisa de mentes deformadas. Também está comprovado pela Ciência.

 

Ficou comprovado que o toureiro Rui Salvador vive numa bolha onde a ilusão tem uma dimensão de mundo. Ele acha que os aficionados são meio milhão, negando as estatísticas; ele acha que a tortura de Touros e Cavalos faz parte do Património Cultural Português, desconhecendo que tal prática não passa de um costume bárbaro herdado dos bárbaros espanhóis; ele também acha grandiosa e coisa única no mundo, a actuação dos cobardes forcados que, no final da lide, vão para a arena atacar um Touro já moribundo e a sangrar abundantemente e em grande sofrimento; ele diz que em Portugal não se matam Touros nas arenas, esquecendo-se de Barrancos (acto legal, mas cruel) e de Monsaraz (acto ilegal, cruel e consentido pelas autoridades); ele diz que todos os bovinos nascem para morrer, esquecendo-se de que esse é o destino de todos os seres vivos, incluindo ele próprio, e que entre o nascer e o morrer há uma VIDA a preservar; ele também acha que as touradas não vão acabar nunca, quando já estão a acabar, nos outros sete países, em processo de evolução.

 

Senhor Rui Salvador, obrigada pela sua intervenção desastrosa. Só contribuiu para apressar a abolição desta prática, que nada tem de meritosa, e está assente na mais descomunal ignorância.

 

Isabel A. Ferreira

 

A entevista completa no vídeo:

 

(Nota em 21/12/2020: a entrevista já não está disponível, porque tudo o que demonstre que a tauromaquia é tortura,  sai do ar. Por que será, se é arte, cultura e tradição, como dizem?)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:02

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Segunda-feira, 30 de Julho de 2018

UMA HISTÓRIA DE AMOR E GLÓRIA

 

Esta história corre mundo, e diz da mansidão de um ser magnífico, que os tauricidas diabolizam e torturam, para exorcizarem os demónios que habitam neles, e para disfarçar a invirilidade que os impossibilita de serem homens inteiros.

 

Os tauricidas invejam o vigor dos Touros, por isso os torturam até à morte, oferecendo o sangue desses inocentes aos tais demónios que neles se alojaram à nascença.

 

 

Fadjen, um touro de lide e o seu dono Cristophe, um jovem que, desde pequeno, teve a ideia de regatar um touro, para demonstrar que podem ser tão carinhosos e dóceis como qualquer outro animal de companhia, e assim romper com o chavão dos touros bravos, e da tortura animal inerente às corridas de touros.

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:33

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Segunda-feira, 23 de Julho de 2018

TAUROMAQUIA: RESPONDENDO A TOINO MAKO

 

Não sei quem é Toino Mako, só sei que Toino Mako, num comentário a um texto inserido neste link

http://basta.pt/aplataforma/?fb_comment_id=140726072788416_518409248353428&comment_id=352695198258168&reply_comment_id=518409248353428#f34e2a59cc9a02a

quis que lhe respondessem a três perguntinhas, aliás muito “inocentezinhas”, sobre coisas das touradas:

 

TOURO.jpg

 

Toino Mako

 

Olá gostaria por favor de saber a resposta a 3 perguntinhas apenas:

# quantos toiros bravos existem em Portugal?

# os toiros bravos são comestíveis? a carne é "comercial"?

# se acabarem as toiradas quantos toiros bravos sobreviverão?

 

 ***

 

Como ninguém se prestou a responder-lhe, respondi-lhe eu:

 

Toino Mako, eu respondo-lhe às suas três perguntinhas tão singelinhas:

 

  1. Não existem touros bravos na Natureza. Na Natureza existem bovinos mansos, que carrascos mal-intencionados e sem carácter algum torturam desde que nascem, para os tornar "bravos", ou seja, DEFENSIVOS para poderem defender-se dos seus carrascos.

 

  1. Touros bravos, como não existem, não podem ser comestíveis nem comerciáveis. Aliás a "carne" humana é que é comerciável. Se é que me entende...

 

  1. Se acabarem as touradas, os bovinos mansos (a que chamam indevidamente touros bravos) continuarão a existir pacificamente, alegremente, por toda a eternidade, livres dos tóinos. Quem não sobreviverá são os carrascos que, aliás, já estão em vias de extinção.

 

A propósito, sabe o que é um “toino”?

 

De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, é uma pessoa com falta de habilidade, sensatez ou desembaraço = IDIOTA, PALERMA, TOTÓ.

 

***

Mas se quiserem saber mais sobre esta matéria, sugiro a leitura deste artigo:

«A TOURADA, RAZÃO DA EXISTÊNCIA DO TOURO BRAVO?» OU A QUEDA DE UM MITO

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:37

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ESTA É A IMAGEM DE COBARDES QUE ATACAM BEZERRINHOS

 

São assim os cobardes tauricidas: atacam touros moribundos, atacam bezerrinhos, espetam-lhes picos, ferem-lhes as carnes, sem dó nem piedade, gozam com o atroz sofrimento deles, e depois ofendem-se quando dizemos que não são seres humanos, não são homens, não são nada, não merecem o mínimo respeito, nem tolerância alguma…

E pensar que existem outros cobardes que num hemiciclo e dentro de templos cristãos dão aval a esta barbaridade, que nem o mais primitivo homem das cavernas cometia!

Grandes cobardes! Cruéis trogloditas! Repugnantes criaturas das trevas, amantes da brutalidade!

COBARDE.jpg

 Fonte da imagem:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=464076296945120&set=a.463412173678199.107608.100000282613126&type=3&theater

 

COBARDIA.jpg

Origem da imagem:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=464076343611782&set=a.463412173678199.107608.100000282613126&type=3&theater

 

Esta cobardia acontece logo que os bezerros nascem. É assim que passam de crias de bovinos a candidatos a touros bravos, ou seja, a bovinos defensivos, que aprendem a defender-se dos seus carrascos e dão a ilusão de "bravos", mas "bravo" também significa corajoso, destemido, e apesar de todas as torturas que sofrem antes, durante e depois da lide, existem Toros que reúnem as derradeiras forças e mandam desta para melhor os seus carrascos. 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:25

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Domingo, 12 de Novembro de 2017

«TAUROFILIA»

 

Breve reflexão sobre a tauromaquia, da autoria de Paulo Borges

O texto publicado na revista CAIS, nº 178 (Novembro de 2012), foi-me enviado via e-mail.

 

TAUROFILIA.jpg

 Passados séculos, os taurófilos continuam sem evoluir, divertindo-se com o sofrimento de um ser vivo…

 

«A tauromaquia, o combate do homem com o touro, tem a sua origem na ritualização de mitos dualistas acerca do combate originário entre a luz e as trevas, o bem e o mal, para que o cosmos possa vencer o caos. Estes mitos expressam na verdade o sentimento humano de uma divisão e combate interno entre a luz da consciência e da razão ética e as trevas da irracionalidade dos instintos e das emoções destrutivas.

 

Neste ciclo de civilização antropocêntrica, o homem foi identificado com o positivo e o animal com o negativo, sendo convertido num bode expiatório de toda a violência, conflitos e tensões dos instintos reprimidos pela vida social. Projectar a necessidade de triunfo da luz sobre as trevas interiores, do melhor sobre o pior de nós, num combate exterior com um animal, como se humilhá-lo, torturá-lo e vencê-lo, pela morte na arena ou mais tarde no matadouro, tornasse alguém melhor, é uma manifestação grosseira de ignorância da dimensão simbólica daqueles mitos arcaicos.

 

Esquecida de tudo isto, a tauromaquia converteu-se num espectáculo de pura agressão gratuita contra um ser senciente e pacífico, que é forçado a sofrer terrivelmente num confronto que não deseja. Na tauromaquia há uma dissimulação do mal da violência e do sofrimento, ficando anestesiada a tendência humana para a empatia e para se colocar no lugar do outro: em primeiro lugar pela convicção, entranhada desde há milénios no subconsciente humano, de que o homem é o “bom” e o animal o “mau”; em segundo lugar pela estética do espectáculo, estimulante dos sentidos com as luzes, as cores, a música, as vestes e os movimentos rituais; em terceiro lugar, pelo êxtase emocional de uma multidão a vibrar em uníssono, onde se esquecem os problemas da vida e as razões da consciência em momentos fugazes de diluição numa festa social com parentes, amigos, comida e bebida.

 

Para além dos que estão directamente ligados aos interesses económicos da indústria tauromáquica, a maioria dos aficionados vê apenas nas corridas de touros a estética do espectáculo e o convívio social, que lhes confere um sentimento de identidade e participação comunitária numa era de globalização e fragmentação das relações humanas. É por isso que ganadeiros, cavaleiros, toureiros, forcados e aficionados não vêem nas corridas de touros senão isso e nunca o evidente sofrimento do animal, seja o cavalo ou o touro. Mas esse sofrimento dos animais, capazes como nós de sentir a dor e o prazer psicofisiológicos, é o que acima de tudo vêem os que lutam pela abolição da tauromaquia, pois esse sofrimento e a transgressão da regra de ouro de toda a ética – o não fazer ao outro o que não desejamos que nos façam a nós – surgem em toda a sua injustificada e brutal nudez quando despidos dos véus da mítica superioridade humana, da tradição cultural, da beleza estética e da festa social. A tortura, a violação e o assassínio serão sempre tortura, violação e assassínio, e inaceitáveis, por mais que nalgum lugar do mundo se convertam numa tradição cultural apreciada por alguns e numa festa social encenada com requintes estéticos de luz, cor, som e movimento.

 

Todavia, a abolição da tauromaquia, que lenta mas firmemente se desenha no horizonte da civilização, apenas exige o fim da presença dos animais, touros e cavalos, no espectáculo, e não o do próprio espectáculo. Tal como os montados e os touros bravos podem sobreviver ao fim da tauromaquia, convertendo-se em santuários da vida selvagem, reservas ecológicas e pólos de atracção turística, também o actual espectáculo, sem animais, se pode converter numa encenação não-violenta, mantendo a sua estética tradicional, a exemplo do que aconteceu com práticas semelhantes em todo o mundo, hoje apreciadas como artes lúdicas livres de sangue e morte, como as antigas artes marciais do sabre japonês, o kendo, e da capoeira afro-brasileira. Livre de animais, o actual espectáculo continuará a ser uma festa de convívio e coesão social, mas deixará de ser a festa da violência e da dor que actualmente indigna e envergonha a nossa consciência e fere o mais fundo da nossa sensibilidade humana à dor do outro, à aflição do próximo, humano ou não-humano.

 

Paulo Borges, 2012»

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:09

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Terça-feira, 30 de Agosto de 2016

Tauromaquia - Doença do foro psiquiátrico

 

RECOMENDAÇÃO

Devido aos comentários disparatados que tenho recebido acerca deste texto, recomendo que os leitores o leiam com os olhos do cérebro (se é que me entendem).

Este texto é para ser interpretado, não é para ser deturpado.

Façam esse favor a vós próprios.

Obrigada.

Isabel A. Ferreira

 

Há uns dias, escrevi um texto onde considerava a tauromaquia uma doença do foro psiquiátrico, mas há quem a considere do foro urológico:  «Estes tipos sofrem todos de disfunção eréctil!» diz José Melo.

 

A este propósito, um “ilustre desconhecido” enviou-me o seguinte comentário:

 

Comentário no post QUANDO OS AFICIONADOS NASCEM COM O CÉREBRO DESCIDO...

 

Quando diz que é uma doença, pode indicar-me qual é a classificação DMS? Obrigada

Desconhecido a 25 de Agosto 2016, 11:33

 

Pois é a esta pergunta que tentarei responder, à luz das modernas descobertas das Ciências da Psicologia e da Psiquiatria e das Ciências Biológicas

 

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Os primeiros registos desta prática sangrenta remontam ao século XII, tendo como principal palco de acção a Espanha. Em Portugal, esta barbárie foi introduzida em 1580, quando o nosso País foi ocupado pelos Reis Filipes (Filipe I, Filipe II e Filipe III de Portugal, respectivamente II, III e IV de Espanha) tendo depois sido disseminada pelo mundo, nomeadamente na América do Sul (onde se situam cinco dos oito tristes países que actualmente ainda mantém esta prática medieval e selvática), durante o período da expansão colonizadora, levada a cabo por ambos os países.

 

Portanto, durante alguns séculos, a tauromaquia e tudo e todos os que a rodeavam, desde toureiros a cavalo e a pé, forcados, bandarilheiros, novilheiros, campinos, e obviamente os aficionados, aqueles que frequentavam as ditas praças de touros, para aplaudir aquilo que consideravam um acontecimento cultural e artístico, dos mais majestosos, frequentado pela populaça, mas também por reis, rainhas, príncipes e princesas, artistas e escritores, o que demonstra que as doenças mentais ou os desvios comportamentais podem ocorrer no seio de qualquer classe social, da mais baixa à mais alta e indepentendemente do nível de instrução, era algo que fazia parte de uma sociedade ainda pouco ou nada evoluída, com poucas opções de divertimentos cultos, numa época em que a Santa Ignorância e o Santo Obscurantismo imperavam, a todos os níveis, e em que as mulheres e as crianças não tinham nenhuns direitos, e muito menos os animais não-humanos que, nessa época, eram tratados por bichos, sobre os quais recaíam as mais hediondas superstições, e muitas delas ainda hoje perduram nas localidades portuguesas mais atrasadas civilizacionalmente.

 

Aliás, este conceito de direitos do homem só apareceu nos finais do século XVIII (em 1789, em plena época da Revolução Francesa). A Declaração Universal dos Direitos da Criança, só foi proclamada em 1959, e até esta data as crianças eram consideradas ao nível de qualquer animal não-humano. Quanto à Declaração Universal dos Direitos dos Animais só foi proclamada pela UNESCO em 1978, assinada por quase todos os países do mundo, e promulgada por Portugal.  

 

TOUREIRO2.jpg

 

Ora foi a partir deste ano de 1978 que os activistas, com base neste documento, começaram a “fazer barulho” que se ouvisse, ao redor dos maus tratos infligidos aos animais não-humanos, nos países terceiro-mundistas, mas também nos ditos primeiro-mundistas.

 

E os tempos foram evoluindo, e com eles milhares de pessoas também, ficando, no entanto, uma parte dessa humanidade parada no tempo das trevas e de um obscurantismo que permanece até aos dias de hoje.

 

Paralelamente, as Ciências Biológicas foram também evoluindo, e descobriu-se a senciência animal (como se tal fosse necessário para condenar a tortura) e demonstrou-se que os animais, até então considerados irracionais, não eram assim tão irracionais, e começou-se a designá-los por não-humanos, e até apareceu a expressão “pessoas não-humanas” para designar algumas espécies, como os Símios e Cetáceos, entre outros.

 

Mas não só as Ciências Biológicas evoluíram.

 

No campo da Psicologia e da Psiquiatria foram surgindo novas áreas de estudo, e o que antes parecia normal, hoje é considerado um comportamento desviante, do foro da insanidade mental.

 

Na Grécia antiga, por exemplo, a pedofilia era uma prática comum e aceitável socialmente, até porque a criança não tinha quaisquer direitos, e era tratada como um animal irracional e sem alma. Aliás, tal como a mulher e os escravos.

 

Hoje, a pedofilia não só é considerada um crime, como está entre as doenças classificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) entre os transtornos da preferência sexual.

 

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Deterioração mental

 

O mesmo se passa em relação à tauromaquia e a todos os seus intervenientes, desde os que a praticam (psicopatas), aos que a aplaudem (sádicos), como também aos que a apoiam e promovem, os aficionados, também sádicos, a qual, hoje em dia, é uma prática contestada em todo o mundo, pela sua descomunal perversidade.

 

Até a terminologia na tauromaquia mudou.

 

A tauromaquia passou a designar-se selvajaria tauromáquica.

 

O heróico toureiro hoje não passa de um cobarde tauricida ou torcionário; o cavaleiro é um cavalgador; o “valente” forcado é apenas um cobarde carrasco, bem como os bandarilheiros e novilheiros não passam de desalmados carrascos.

 

E tudo começa na infância.

 

Até há poucos anos, nos distúrbios revelados na psicopatia, na sociopatia, na condutopatia e no transtorno de personalidade, não estavam incluídos aqueles que, num passado medieval, eram considerados uns heróis, por lidarem um bovino a que chamavam touro bravo (que não existe na Natureza) e que nada sofria, mas que na realidade não era mais do que um manso e senciente herbívoro, torturado desde a nascença para se apresentar agressivo (bravo) diante dos seus carrascos.

 

E esta mentira circulou durante séculos e tornou-se verdade para aqueles que hoje se recusam a aceitar as evidências científicas, que, entretanto, ficaram mais do que provadas: o bovino é um ser pacífico, herbívoro, senciente e sofre horrores quando está a ser lidado pelos cobardes psicopatas, seus carrascos, tal como qualquer humano sofreria.

 

A partir desta comprovação, os tauricidas e aficionados passaram a ser incluídos no rol dos portadores de distúrbios mentais, afectivos e sexuais.

 

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 Os psicopatas costumam maltratar animais na sua infância e juventude. Esta é uma afirmação do FBI norte-americano, a partir de um estudo baseado em entrevistas a homicidas e psicopatas. Decapitar gatos e esquilos ou disparar sobre cães são algumas das crueldades que estes jovens podem cometer.

 

Ora tendo em conta que animais somos todos nós (humanos e não-humanos) e que está provado cientificamente que os bovinos, sendo animais como nós, são sencientes e padecem dos mesmos sofrimentos, como se fossem um de nós, e o que lhes fazem a eles é como se o fizessem a um de nós, o termo psicopata encaixa-se na perfeição a um tauricida e a um aficionado de tauromaquia, pois esse termo é atribuído a indivíduos com um padrão de personalidade caracterizado por um comportamento desviante, pela ausência da capacidade de sentir empatia/remorso e compaixão, falham em relação aos valores éticos e morais, são clinicamente indivíduos perversos e portadores de distúrbios mentais graves.

 

Os aficionados e tauricidas vivem na zona fronteiriça entre a normalidade e a doença mental.

 

Os indivíduos já nascem velhos e com essa predisposição, e se crescem num meio propício, estas características tendem a desenvolver-se e a cristalizar-se nos seus cérebros emurchecidos.

 

Em sociedade eles agem como indivíduos normais, por isso fazem questão de se considerarem “seres humanos como os outros”, mas apresentam manifestações patológicas no seu comportamento.

 

São bastante desequilibrados emocionalmente e sofrem de distúrbios afectivos e sexuais.

 

Prova disto mesmo são os impropérios que aficionados e tauricidas lançam, nomeadamente, às activistas, onde a nota principal recai sobre uma frustrada actividade sexual que eles transpõem para nós, como se estivessem a dirigir-se às mães, mulheres e filhas deles, algo que Sigmund Freud denominou Projecção Psicológica.

 

Vejam neste link, do que estou a falar:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/358058.html

 

Estes indivíduos necessitam de atacar violentamente um bovino indefeso e inofensivo, ou de aplaudir esse ataque cruel e violento para exorcizar a invirilidade de que sofrem (eles) e a frustração sexual (elas). Para além disso precisam de atacar também os que defendem a Vida, qualquer Vida, porque para eles a Vida dos outros não tem qualquer significado. Apenas a deles interessa.

 

Normalmente a classe social onde estão inseridos pode ser um factor desencadeante desses comportamentos desviantes, mas não são preponderantes, e os estudos universitários não são garantia, nem remédio para erradicar essa patologia. Por isso, vemos professores catedráticos, presidentes da República, ministros, deputados, artistas, escritores e jornalistas, entre os que aplaudem a tortura de um ser vivo.

 

O sadismo é um desequilíbrio patológico do controlo das emoções e dos impulsos dos indivíduos que já nascem com a propensão para sentir prazer com o sofrimento de um ser vivo; frequentemente têm um comportamento anti-social e sofrem de um excesso de crueldade.

 

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Assim sendo, e usando as palavras do psiquiatra forense brasileiro Guido Arturo Palomba, aparentemente, os aficionados e tauricidas são indivíduos normais e lúcidos, mas têm uma conduta deformada.

 

Os aficionados de tauromaquia podem apresentar-se como indivíduos “normais”, mas são extremamente sádicos, portadores de transtornos de personalidade e de perturbação de comportamento, deformação moral e, no limite, são psicopatas, nomeadamente os tauricidas e cobardes forcados.

 

Vamos analisar os portadores deste transtorno de personalidade:

 

De acordo com o psiquiatra, Guido Arturo Palomba, um indivíduo com transtorno de personalidade apresenta alguns defeitos básicos:

 

- São altamente egoístas (não pensarão os tauricidas e afins só neles, e em satisfazer o seu desejo mórbido de ver sofrer um ser vivo, o que os leva a arrastarem-se até a uma arena para “gozarem” o sofrimento de um animal como eles?);

 

- Não se arrependem dos seus actos (não é verdade que nenhum deles jamais admite que o acto de aplaudir ou de praticar a selvajaria tauromáquica é um acto reprovável, e não se arrependem nunca do que fazem, porque acham que é o certo?); «assim, destaca-se enfaticamente a completa falta de remorso do criminoso psicopata, os seus critérios de emoção destoam em género, número e grau dos critérios normais do paradigma de normalidade psico-emocional do homem e mulher classificados como normais, daí o profundo mal-estar que as suas práticas criminosas provocam na sociedade em geral.»;

 

- Têm valores morais distorcidos (os aficionados não acham que podem torturar um ser vivo apenas porque é “tradição”, apesar de lhes serem apresentados dados científicos que provam que os bovinos são seres sencientes, tal como todos nós?;

 

- Gostam ou não se incomodam com o sofrimento alheio (este é o maior indicador do transtorno mental e de personalidade dos aficionados e tauricidas: não só sentem prazer como não se incomodam com o ATROZ E VISÍVEL sofrimento dos bovinos.

 

O que dizer dos indivíduos que aplaudem o que se passa nestas imagens tão cruéis?

 

De acordo com o psiquiatra Guido Arturo Palomba, e como já se referiu, aparentemente, os psicopatas são indivíduos normais e lúcidos, mas têm uma conduta deformada, e este problema foi descrito pela primeira vez em 1835, como insanidade moral (...) e ao longo dos anos, já foi chamado de psicopatia, sociopatia, condutopatia e transtorno de personalidade.

 

E as características apresentadas pelos tauricidas e aficionados não farão parte destas doenças do foro psiquiátrico?

 

Para finalizar posso ainda acrescentar o contributo da Ciência das Expressões Faciais, através da qual um especialista pode diagnosticar a insanidade mental, por exemplo, destes exemplares de tauricidas com que ilustrei este meu texto.

 

Isabel A. Ferreira

***

Fontes:

Este texto foi escrito a partir de estudos publicados na Internet, nomeadamente o do psiquiatra Guido Arturo Palomba e também no Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais - DSM-5, da American Psychiatric Association (Climepsi Editores).

 

EL MALTRATO ANIMAL ES UNA PSICOPATÍA

https://www.psicologiapuebla.com/maltrato-animal-una-psicopatia/

SAIBA AS CARACTERÍSTICAS QUE MARCAM UM PSICOPATA

https://saude.terra.com.br/doencas-e-tratamentos/saiba-as-caracteristicas-que-marcam-um-psicopata,c0398c3d10f27310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html

OS TORTURADORES DE ANIMAIS

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/os-torturadores-de-animais-571714

PERSONALIDADE E PSICOPATIA: IMPLICAÇÕES DIAGNÓSTICAS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

http://www.scielo.br/pdf/epsic/v17n3/14.pdf

PROJECÇÃO FREUDIANA/ PROJECÇÃO SEGUNDO FREUD

http://psicoativo.com/2016/01/projecao-freudiana-projecao-segundo-freud.html

A CIÊNCIA DAS EXPRESSÕES FACIAIS DAS EMOÇÕES E MICRO-EXPRESSÕES: TENDÊNCIAS DA PSICOLOGIA MODERNA

http://ceapuem.blogspot.pt/2014/05/normal-0-false-false-false-en-us-x-none_5220.html

 

A LIGAÇÃO ENTRE VIOLÊNCIA CONTRA ANIMAIS NÃO HUMANOS E VIOLÊNCIA CONTRA SERES HUMANOS 

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/ligacao-entre-violencia-contra-animais-691311

 

(Entre muitos outros)

Tudo o que é dito sobre as patologias descritas e sobre os psicopatas é do domínio da Psicologia, da  Psiquiatria e da Psicanálise, e encaixam-se nos distúrbios apresentados pelos tauricidas e aficionados.

***

A PROPÓSITO...

 

A propósito deste artigo, um amigo escreveu o seguinte comentário: «Apesar de concordar com todos estes comentários e de ter a absoluta convicção de que só podem ser doentes as pessoas que praticam e/ou assistem a espectáculos deste tipo, e que por mim todos esses mentecaptos podiam desaparecer da face da Terra, gostaria de ver realizado um estudo (se é que ainda não existe) que analise especificamente o pensamento dessas personagens. Um estudo realizado por profissionais ligados ao estudo da mente sobre todas essas bestas»

 

Pois o que tenho a dizer sobre este comentário é que já existem estudos  e já foram publicados acerca destes indivíduos que se divertem com o sofrimento de um ser vivo.

 

 Para se mudar um paradigma, alguém tem de começar. Eu dei esse primeiro passo, com os meus parcos conhecimentos das cadeiras de Psicologia que concluí na Universidade.

 

Talvez seja aconselhável acrescentar neste meu texto, este pormenor, para que não digam que inventei tudo: eu estudei Psicologia, embora não seja Psicóloga diplomada.

 

Portanto, nada do que aqui escrevi, o escrevi sem conhecimentos, e  sem base em estudos dos estudiososda matéria.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:54

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Sexta-feira, 26 de Agosto de 2016

Morre a turista colhida numa tourada à corda na ilha Terceira

 

A turista que vemos neste vídeo a ser colhida numa tourada à corda em Agualva, na Ilha Terceira, há uma semana, acabou por morrer, no maior dos silêncios…

 

Não convém às autoridades revelar estas mortes.

 

Também não convém às autoridades acabar com este divertimento boçal, em que animais humanos e não-humanos morrem ou ficam maltratados desnecessariamente…

 

 

(Nota: o vídeo, talvez, por conveniência dos tauricidas, foi eliminado. Se mostrasse gente a dançar nas ruas, não sereia eliminado.)

 

Por sua vez, a comunicação social açoriana também em nada contribui para que esta prática de broncos seja erradicada do Arquipélago dos Açores.

 

Acerca da morte desta turista, a parangona de um jornal local, o Diário Insular, num artigo de 25 de Agosto de 2016, sob o título «É preciso alertar turistas para perigo dos touros» (ler a notícia neste link:

http://www.diarioinsular.pt/version/1.1/r16/?cmd=noticia&id=84643

vai para a falta de informação para quem chega à Ilha Terceira, e não para lamentar a morte de alguém que vai à ilha assistir a algo que o povo local “vende” como algo muito “coltural” e perde a vida estupidamente, mergulhado nessa "coltura".

 

Mas na verdade o que é preciso é alertar os turistas não para o perigo dos touros, que esses são mansos, são herbívoros, não fazem mal algum a ninguém, se estiverem nos prados a pastar tranquilamente, mas para o perigo dos broncos, que se divertem a torturar um bovino amarrado a uma corda, e este, naturalmente, obviamente, tenta defender-se desses energúmenos embriagados, e também obviamente não sabem distinguir os carrascos dos turistas que ali são levados ao engano.

 

Diz o Diário Insular que «O interior da ilha Terceira tem paisagens e trilhos que encantam os amantes da natureza, mas tem também touros bravos, que podem surpreender os mais desprevenidos

 

Tem também Touros bravos? Acontece que não há Touros bravos na Natureza. Só há bovinos enraivecidos nas ruas por onde os arrastam, alarvemente, amarrados a uma corda.

 

José Pires Borges, proprietário de uma empresa dita de “animação turística”, diz que «falta informação para quem faz trilhos, sobretudo para estrangeiros».

 

É preciso não enganar os turistas a este ponto.

 

Esta turista não morreu num trilho, nem num campo onde pastavam bovinos. Morreu na RUA, quando um boi amarrado a uma corda, tentava defender-se dos seus carrascos. 

 

As surpresas mais desagradáveis que os turistas podem encontrar na ilha são os terceirenses embriagados, a correr parvamente e a berrar histericamente pelas ruas, atrás de bovinos assustados, embolados, amarrados, a que chamam “touros bravos”.

 

Estes terceirenses embriagados é que são perigosos para os turistas, pois são eles que largam os bovinos nas ruas, e os bovinos nada mais fazem do que defender-se. E para eles (bovinos), turistas e broncos vai dar tudo ao mesmo.

 

Este “animador turístico” diz ainda que «os animais estão à solta nos cerrados e facilmente saltam os muros»… Bovinos a saltar muros como se fossem cabras? Só na imaginação doentia de um alienado, para enganar turistas...

 

Os animais que andam à solta nos cerrados, estando no seu habitat, não apresentam perigo algum, nem saltam os muros, se não forem lá acirrá-los. Se um turista acirrar um terceirense, estando este embriagado ou não, ele investe brutalmente contra o turista. Tão simples quanto isto. E é isto que os turistas devem saber.

O tal “animador turístico” diz também que «devem assumir que têm touros e informar as pessoas do perigo que correm e do comportamento que devem adoptar».

 

O que os terceirenses devem assumir perante os turistas é quem têm um bando de broncos alcoolizados, que acirram bovinos e estes, num acto de legítima defesa, atiram-se para cima de quem se mexer, incluindo turistas.

 

Eu faria o mesmo, se fosse bovino.

 

E são estes broncos alcoolizados que os turistas devem evitar.

 

Mas o mais hilariante neste artigo é a comparação que se faz da ilha Terceira e da “festa dos broncos” com os safaris em África. Podemos ler o seguinte: «Em África, os turistas assinam termos de responsabilidade quando vão a safaris, por exemplo. Na Terceira, isso ainda não é feito, mas Pires Borges está a ultimar um processo nesse sentido e propõe que os empresários do sector discutam essa possibilidade

 

Vamos lá a ver, querem que os turistas que vão à ilha Terceira assinem um termo de responsabilidade porque podem deparar-se com animais herbívoros, como os bovinos?????

 

Saberá esta gente o que diferencia os animais herbívoros dos carnívoros? E que a invasão do habitat  de um animal qualquer pode induzi-lo (ao animal) a defendê-lo?

 

Isto é uma autêntica anedota. Só na ilha Terceira… a ilha mais atrasada civilizacionalmente do mundo.

 

E a finalizar este texto surrealista diz-se: «Pires Borges alerta, por outro lado, para a falta de informação sobre as touradas à corda e sobre a postura que se deve adoptar, que por várias vezes provoca acidentes com turistas. Na semana passada, uma mulher foi colhida numa tourada na Agualva e acabou por falecer.»

 

E quanto ao falecimento desta turista é tudo o que se diz.

Não lamentam a morte da jovem. Mas como podem lamentar a morte de um ser vivo, se não são dotados de empatia, o sentimento mais nobre dos seres humanos?

 

A preocupação maior é que os turistas assinem um termo de responsabilidade, como se estivessem em pleno coração de África, com animais carnívoros à solta, incomodados pela invasão do seu habitat

 

Isto é a estupidez da tourada à corda na Ilha Terceira, no seu grau mais elevado.

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:17

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Quinta-feira, 18 de Agosto de 2016

AS PERGUNTINHAS DO TOINO (***)

 

Ao procurar um texto na Internet, encontrei esta perolazinha do Toino M., que não resisti a comentar no link, que deixo mais adiante para consulta.

 

O Toino queria saber a resposta a três perguntinhas.

E eu respondi.

 

TÓINO.jpg

 

Toino M.

Olá gostaria por favor de saber a resposta a 3 perguntinhas apenas:

#quantos toiros bravos existem em Portugal?

#os toiros bravos são comestíveis? a carne é "comercial"?

# se acabarem as toiradas quantos toiros bravos sobreviverão?

 

***

Perguntinhas como estas tiram-me do sério, mais do que as ordinarices que os tóinos me dirigem. Então respondi-lhe:

 

Toino M., eu respondo-lhe às suas três perguntinhas, tão singelinhas:

 

1 - Não existem touros bravos na Natureza. Na Natureza existem bovinos mansos, que carrascos mal-intencionados e sem carácter algum torturam desde que nascem, para os tornar "bravos", ou seja, DEFENSIVOS, para poderem defender-se dos seus carrascos.

 

2 - Touros bravos, como não existem, não podem ser comestíveis nem comerciáveis. Aliás a "carne" humana é mais comerciável. Se é que me entende...

 

 

3 - Se acabarem as touradas, os bovinos mansos (a que chamam indevidamente touros bravos) continuarão a existir pacificamente, alegremente, por toda a eternidade, livres dos tóinos. Quem não sobreviverá são os carrascos, que aliás já estão em vias de extinção.

 

A propósito, sabem o que é um “toino”?

 

De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa é uma pessoa com falta de habilidade, sensatez ou desembaraço = IDIOTA, PALERMA, TOTÓ.

 

Fonte:

http://basta.pt/aplataforma/

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:22

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Segunda-feira, 13 de Julho de 2015

O Touro é um animal simples e dócil por natureza

 

 

 

«O touro é um animal simples e dócil por natureza, ao contrário do que os aficionados das touradas nos querem fazer acreditar.

 

Para se tornarem mais reactivos têm de ser criados em sistema extensivo e picados pelo ser humano até aos 4 anos, idade em que serão torturados, até à morte, nas arenas ou no matadouro, sem o menor respeito pela sua dignidade e sofrimento.

 

Este vídeo mostra touros, ditos bravos ou touros de lide, criados em sistema extensivo, e vejam como são "maus" e "agressivos".

 

Partilho também o link de um vídeo de um touro, dito bravo, resgatado de um ganadeiro espanhol, mas que ao contrário dos criados em regime extensivo, foi criado próximo de humanos e tratado com amor tal como tratamos os nossos animais de estimação. Vejam o resultado e pensem se é justo o que lhes fazem nas touradas.»

Cláudia Vantacich

 

 

 

Será o touro um animal selvagem? Este Touro foi criado como um animal de estimação e o resultado está à vista.

 

O Touro não é um animal selvagem.  Selváticos são os que os torturam nas arenas, e os que aplaudem, apoiam e promovem essa tortura.  

 

Não existem Touros "bravos" na natureza. Os Touros só são "bravos" quando torturados, como acontece com qualquer animal, seja humano ou não-humano. Eu fico brava quando me atacam, tão brava que sou capaz de meter o atacatante debaixo de uma mesa, a tremer de medo (como já aconteceu). O Touro embravece unicamente para se defender dos seus carrascos, quando é atacado por eles.

 

Mais palavras para quê? Este vídeo deita por terra os "argumentos" falaciosos usados pelos defensores da selvajaria tauromáquica.

Chega de mentiras. 

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:43

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Terça-feira, 29 de Julho de 2014

Dez argumentos a favor da tourada

 

(Magnífico texto)

 

 

in Blogue Por Falar noutra Coisa

http://porfalarnoutracoisa.blogspot.pt/2014/07/10-argumentos-favor-da-tourada.html

 

«Já escrevi sobre tourada mas senti que me tinham faltado algumas coisas, e como a semana passada foi assunto quente, aqui ficam opiniões que são minhas. Deixo-vos com 10 argumentos a favor da tourada.

 

A TOURADA É TRADIÇÃO E CULTURA

 

É uma actividade que remonta ao século XII, altura em que a maioria das pessoas não sabia ler nem escrever, em que a consciência humana e social era quase nula e ainda se cagava em penicos. Por si só este argumento é parvo, já que os coliseus romanos, queimar bruxas na fogueira e a escravatura também eram tradições culturais de tempos antigos. Felizmente vamos evoluindo enquanto espécie, alguns pelo menos, e vamos adaptando as nossas tradições aos valores da sociedade.

 

SÓ VÊ QUEM QUER, SÃO GOSTOS E TEMOS QUE RESPEITAR

 

Sim, a liberdade de opinião é sempre de valorizar. Tem que existir toda a liberdade para se ser parvo é um facto, que é o que este argumento é. Comentaram uma vez aqui no blogue a dizer "Eu também não gosto de boxe, quando está a dar na TV mudo". Comparar boxe com tourada é o mesmo que comparar violação com sado-masoquismo. Ambos fazem dói-dói mas num estão lá os dois por livre vontade. Quando se fala de direitos e civismo, o gosto e a liberdade não são para aqui chamados, muitos padres também gostam de criancinhas e não é por aí que se vai legalizar a pedofilia.

 

NÃO COMES CARNE?

 

O argumento mais parvo de todos que infelizmente é utilizado por muitos vegans para atacar quem não o é, em vez de apoiarem quem está a tentar acabar com a tourada. Comer carne só seria comparável à tourada se começassem a cobrar bilhete para ir ao matadouro assistir ao break dance que as vacas e os porcos fazem quando estão a ser electrocutados. Com direito a transmissão televisiva e a desfile de homens de calças vermelhas, mulheres oxigenadas com filhos de cabelo à playmobil pela mão a dizer "Veja Martim, veja a vaca a contorcer-se, se não fosse tradição e cultura era horrendo, agora assim é uma caturreira." E eu até sou vegan não praticante como já aqui escrevi.

 

OS TOUROS BRAVOS ESTARIAM EXTINTOS SEM AS TOURADAS

 

E então? 99% das espécies que já existiram estão extintas. Não fomos nós que as matámos todas, é o curso da natureza. Se for de forma natural é deixá-las ir, não faz muito sentido, a meu ver, manter uma espécie viva para lhe causar sofrimento. Esse argumento seria o que os apoiantes da escravatura utilizariam se a raça negra se estivesse a extinguir. Antes extintos do que escravos, digo eu que nunca fui escravizado mas pelo que li não devia ser agradável.

 

O TOURO NÃO SOFRE

 

Este argumento é parvo. Já viram que há um padrão nos argumentos? Não digo que sofra mais que em muitos matadouros, provavelmente sofre menos, mas não é isso que está em causa. É o espectáculo deprimente que se monta à volta de um animal que está a ser espicaçado e sangrado. Mesmo que as bandarilhas não lhe doam assim tanto, não justifica a ritual medieval que hoje em dia é mais para agradar à direita "chique" do que ao povo. Ver pessoas na plateia a tapar a cara de horror, mas que vão na mesma porque está na moda... era um par de chapadas à padrasto para aprenderem.

 

OS TOUROS SÃO ANIMAIS AGRESSIVOS E NASCERAM PARA A LIDE

 

Os touros são animais territoriais e selvagens e como tal, quem lhes invada o território sujeita-se a levar com um chifre nas nalgas. Fora isso são animais normais colocados entre a bandarilha e parede, onde se vêem forçados a marrar nos forcados. Nunca vi um touro a andar a vaguear à noite, escondido em esquinas e becos à espera de uma rapariga perdida para a violar. Nunca vi gangues de touros com lenços na cabeça a arranjar confusão no bairro alto. No entanto os humanos fazem isso e nós, infelizmente, não os pomos numa arena a serem espetados com bandarilhas no lombo. Agressivo e parvo é o ser humano, uns mais que outros.

 

É UMA ARTE BONITA DE SE VER

 

Também é bonito ver mulheres nuas na rua (algumas) e não é por isso que é legal. Infelizmente. A definição de arte e a beleza são subjectivas, se o Da Vinci para a tinta dos seus quadros tivesse utilizado bebés e um espremedor de laranjas, também continuavam a ser obras de arte, mas os meios não justificavam os fins. Cá para mim a arte que os aficionados se referem é ver a tomatada dos toureiros ali toda pronunciada no meio dos collants e lantejolas, normalmente de tons rosas e amarelos. Sim, é realmente uma arte conseguirem arrumar aquilo para um lado e ainda conseguirem andar como deve ser.

 

ATRAI TURISMO

 

Acredito que sim, mas sabem o que também atrai turismo? Prostituição e drogas. Há até quem vá a certos países de 3º mundo para comer criancinhas. É esse o turismo que queremos ter? Eu cá passo bem sem os estrangeiros que querem ver um animal a sofrer, prefiro mil vezes um grupo de 10 ingleses bêbedos a vomitar.

 

DÁ EMPREGO A MUITA GENTE

 

O desemprego é na sua maioria mau, mas há muita gente que está desempregada porque ou não quer trabalhar ou não tem capacidades para fazer nada. Se a tauromaquia é a única coisa que se sabe fazer na vida então se calhar o desemprego é justo. Sem subsídio neste caso se faz favor. Mais uma vez, a droga e a prostituição também dão emprego a muita gente, a diferença é que no caso da droga e da prostituição a legalização iria diminuir o número de pessoas que estão nessa vida contra a sua própria vontade.

 

PREOCUPEM-SE ANTES COM OS CÃES ABANDONADOS

 

As coisas não são mutuamente exclusivas. A questão é que uma acontece às escondidas (e agora já é crime), a outra passa na RTP. É normal que chame mais à atenção. Não acho que quem goste de tourada seja automaticamente atrasado mental e má pessoa como acho de quem abandona um cão. Quem faz isso a um animal com o qual conviveu e devia ter criado laços, para o deixar a sofrer algures na beira de uma estrada ou numa mata, devia morrer. Quem faz isso é impossível ser uma pessoa decente e devia estar numa arena a ser sodomizado por uma manada de touros com elefantíase do pénis. O touro sempre tirava algum prazer assim.

 

Por falar na nova lei que criminaliza os maus tratos a animais, como sabem só se aplica aos de companhia. Será que se eu tiver um touro amestrado lhe posso espetar ferros no lombo para o ensinar a dar a sentar e dar a pata? E os circos a mesma coisa, aliás os circos com animais e as touradas têm um ponto em comum, ambos maltratam e exploram seres vivos contra a sua vontade e ambos têm palhaços, no caso das touradas costumam estar também nas bancadas.

 

***

 

Posto isto, quero apenas terminar dizendo que respeito muito mais quem gosta de tourada e diz que gosta porque sim, porque cresceu com isso e não está preocupado com o touro. Que o sofrimento do animal não o preocupa. Respeito muito mais quem tem essa honestidade do que quem tenta dar um destes argumentos parvos que fazem tanto sentido como a tourada ainda existir. Nenhum.

 

PS - Quem gostou, pode ler também este texto. Quem não gostou, pode ir lá deixar ofensas.»

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:35

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