Domingo, 9 de Outubro de 2022

A saga de um pedido de ajuda a várias entidades, para cães abandonados, em Julho de 2022, sem resposta até ao momento

 

Existe uma lei, que dizem ser de PROTECÇÃO AOS ANIMAIS:  Lei n.º 92/95, de 12 de Setembro, que pode ser consultada neste link:

https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=2172&tabela=leis

 

Nesta “lei”, a Assembleia da República decretou, nos termos dos artigos 164º e 169º, nº 3, da Constituição da República Portuguesa, o seguinte, no Capítulo I, Artigo 1º, alínea d):

d) [É proibido] abandonar intencionalmente na via pública animais que tenham sido mantidos sob cuidado e protecção humanas, num ambiente doméstico ou numa instalação comercial ou industrial;

 

Em aditamento, diz-se também que:

«Em caso de evidência de sinais da prática de crimes de maus-tratos contra animais de companhia, as forças de segurança, os órgãos de polícia criminal, a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária e os municípios devem desencadear os meios para proceder à recolha ou captura dos mesmos

 

Pois esta lei, com todos os seus defeitos e excepções (porque uns são mais animais do que outros, e merecem mais protecção do que outros) NÃO é aplicada adequadamente, nem mesmo quando se pede ajuda às autoridades que deviam ser competentes, mas não são.

 

Foi o caso de um cidadão bragantino, que no dia 05 de Julho do corrente ano, recolheu uma cadelinha grávida e um cãozinho abandonados, e como já tem dois cães, pediu ajuda ao Presidente da Câmara Municipal de Valpaços nos seguintes termos:

 

Assunto:

Cães abandonados

Data:

29-07-2022 20:52

De:

Amadeu Mata <amadeumata@hotmail.com>

Para:

"mesacpn@pan.com.pt" <mesacpn@pan.com.pt>

 

 

Para conhecimento de V. Exa junto segue um texto dirigido ao Sr. Presidente da Câmara de Valpaços, no qual ainda não obtive qualquer resposta, nem apoio das entidades locais, envio uma cópia do assunto referido aguardando do partido ou outra entidade responsável uma resposta, grato pela vossa colaboração.

 

Exmo. Sr. Presidente, da Câmara de Valpaços

 

Venho por este meio, comunicar:

 

No passado dia 05 de Julho de 2022, o exponente que convive com o seu irmão de nome Felisberto Mata, (...), em Santa Valha, alertou os vossos serviços municipais do canil por ter aparecido em nossa casa (já temos   2 cães devidamente legalizados) uma cadelita grávida e mais um cãozito, que presumo terem sido abandonados na aldeia, por alguém sem escrúpulos. A cadelita que não se deixa apanhar, em pouco tempo foi parir 5 crias numa casa abandonada e em ruínas, paredes meias com a nossa casa.

As crias foram resgatadas e levadas para o quintal da nossa casa onde agora se encontram com um espaço muito exíguo e sem quaisquer condições.

Contactado o vosso serviço do canil na pessoa do Sr. Carlos foi-me referido:

 Que o canil municipal no momento (5 de Julho de 2022) se encontrava abarrotado - cheio - (não sei que espécie de canil é esse e quais as condições que possui) mas segundo parece um canil feito de raiz exigia-se no mínimo uma oferta muito maior àquela que não tem! 

Por isso as condições ali existentes segundo vozes discordantes mereciam coisa melhor do que aquela que realmente não é. 

Não obstante, pelas qualidades profissionais do Sr. Carlos e a boa vontade que o caracterizou, rapidamente ofereceu-se para inteirar-se do assunto e imediatamente se deslocou a Santa Valha.

Fotografou os cãezitos e perguntou-me se já comiam, no qual lhe foi dito que sim, retorquindo de seguida que era mais fácil encontrar alguém que os adoptasse depois de serem colocadas as fotos na Net. (Até ao momento não sei se este procedimento foi executado).

Foi referido que não era possível recolher a cadelita nem o cãozito, uma vez que, como acima se refere, já não tinham espaço no canil e a única maneira dos cães sobreviverem seria de facto, eu os adoptar. 

Imediatamente me prontifiquei a fazê-lo nas condições seguintes acordadas: 

Os serviços do canil assumissem as despesas de todos os encargos, nomeadamente:

Fazer a laqueação da cadelita.

Desparasitar e vacinar os animais tendo em atenção a contribuição para a sua alimentação.

Espero que os vossos serviços sejam céleres na resolução deste problema.

Há um ditado popular que diz " O inferno de boas intenções está cheio", espero que a solução deste assunto não caia em saco roto.

Os meus cumprimentos

Amadeu Mata

Sobre este assunto foi dado conhecimento a outras instâncias superiores

 

***

 

As outras instâncias foram a Acção Jurídica PAN, para quem Amadeu Mata enviou a carta dirigida ao Presidente da Câmara de Valpaços, em 29 de Julho, a qual respondeu o seguinte, no dia 19 de Agosto:


«Agradecemos o contacto ao Pessoas-Animais-Natureza (PAN).

Na sequência do e-mail que antecede, solicitamos que nos indique se já obteve das entidades competentes resposta ao S/ pedido e, em caso negativo, pedimos-Lhe o favor de nos informar a fim de reforçarmos a necessidade de uma intervenção junto dos animais.

Ficamos a aguardar a S/ resposta,

Com os melhores cumprimentos,

(…) Secretaria de Acção Jurídica

 

***

 

Neste mesmo dia, Amadeu Mata respondeu ao PAN, o seguinte:

 

De: Amadeu Mata <amadeumata@hotmail.com>
Enviado: segunda-feira, 19 de Setembro de 2022 09:07
Para: Acção Jurídica PAN <accaojuridica@pan.com.pt>
Assunto: Re: N/ ref. interna n.º 435/2022 - Cães abandonados

 

Em resposta ao assunto em referência, informo que até ao momento ainda não obtive qualquer resposta ao pedido formulado à respectiva entidade.

O atraso na resposta deveu-se ao facto de sentir alguma esperança por parte das entidades competentes na solução deste problema o que realmente não aconteceu

Com os meus melhores cumprimentos.

Atenciosamente

AFMata

***

De: Amadeu Mata <amadeumata@hotmail.com>
Enviado: quinta-feira, 29 de Setembro de 2022 13:56
Para: Acção Jurídica PAN <accaojuridica@pan.com.pt>
Assunto: N/ ref. interna n.º 435/2022 - Cães abandonados

 

Em aditamento à minha mensagem enviada no passado 19 de Setembro de 2022, solicito de Va. Exa. uma resposta urgente uma vez que os meus recursos financeiros de sustentar os animais estão -se a esgotar. 

Espero uma resposta urgente, grato pela vossa atenção.

Com os meus cumprimentos

AFMata

 

***

Em 09 de Outubro, Amadeu Mata escreve ao Provedor do Animal:

De: Amadeu Mata <amadeumata@hotmail.com>
Enviado: terça-feira, 4 de Outubro de 2022 17:36
Para: info@provedordoanimal.pt <info@provedordoanimal.pt>
Assunto: Fw: N/ ref. interna n.º 435/2022 - Cães abandonados

 

Para conhecimento de V. Ex. Junto segue várias mensagens a pedir ajuda a quem de direito para o facto de cães abandonados a serem alimentados e auxiliados pelo exponente, sem obter quaisquer ajuda das entidades competentes.

Com os meus cumprimentos

AFMata



 ***

 

Chegados aqui, Amadeu Mata expôs-me o assunto, e aqui estou eu, a narrar publicamente o que se passa em Portugal, na questão de Protecção Animal, num jogo absolutamente impróprio de um País que diz ter leis das mais avançadas, para tudo e para todos.

 

Primeiro: as leis portuguesas NÃO são assim tão avançadas, pois as lacunas são chocantes e NÃO defendem tudo o que devem defender.

Segundo: as entidades responsáveis por as fazer valer (as leis) apresentam-se irresponsáveis, na sua grande maioria.

 

Acrescente-se que enviar Cães abandonados para os canis municipais é a opção menos humana, dadas as condições degradantes em que os canis se encontram, salvo raras, raríssimas excepções.



Agora, que tornei pública esta saga, só me resta enviar este texto a todas as entidades envolvidas, e mais algumas, para ver o que acontece. Normalmente não acontece nada, mas pode ser que, desta vez, aconteça.

 

E aqui fica a imagem dos amorosos cãezinhos, que a cadelinha grávida pariu, à espera de adoptantes RESPONSÁVEIS. E Amadeu Mata está disposto a laquear as fêmeas para que as pessoas, que as adoptarem, não tenham problemas.

 

CÃEZINHOS.png

 

Num país onde as leis NÃO são para cumprir, nem os que as transgridem são penalizados, continuaremos a ter animais não-humanos, a ser tratados DESUMANAMENTE por aqueles que abrem a boca para se dizerem seres humanos.

 

Isabel A. Ferreira

A enviar para:

municipio@valpacos.ptmesacpn@pan.com.pt, accaojuridica@pan.com.pt,  info@provedordoanimal.pt

CC:
 gabinete.pm@pm.gov.pt, gabinete.ministro@mc.gov.pt, gp_ps@ps.parlamento.pt, gp_psd@psd.parlamento.pt, gabinete@ch.parlamento.pt, Gabinete@il.parlamento.pt, gp_pcp@pcp.parlamento.pt, bloco.esquerda@be.parlamento.pt, Pan.correio@pan.parlamento.pt, livre@l.parlamento.pt

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:42

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Segunda-feira, 21 de Março de 2022

Mujica sobre a crise na Ucrânia e a “loucura da guerra”

 

«Qual o sentido da vida humana, se não somos capazes de reagir e sair da pré-história, porque considero que enquanto a guerra for uma maneira de desatar os nossos conflitos e de resolver os nossos conflitos, continuaremos na pré-história, com a única diferença de que a barbárie dos homens primitivos, dos humanos primitivos, parece brincadeira de criança comparada à barbárie do tempo actual». (Mujica)

 

 Obrigada, senhor Mujica. O senhor tem uma grande alma, é um grande ser humano, um Homo Sapiens Sapiens,  que veio do futuro.

 

Obrigada, por esta preciosa lição de humanidade.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:14

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Segunda-feira, 14 de Março de 2022

2022: CIBER-ACÇÃO - Envio de E-MAILS | Red Cross and Bullfighting / Cruz Vermelha e Touradas

 

ALERTA.png

E esta não é a primeira vez!!!!!

Ver aqui:
 
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/cruz-vermelha-e-touradas-red-cross-and-733038

 

E quando uma instituição, como esta, comete um erro destes, várias vezes, perde a credibilidade.


Já em 2017 tivemos de chamar à atenção da Cruz Vermelha para esta ignomínia, imprópria de um organismo cuja missão é aliviar o sofrimento humano [um sofrimento que se iguala ao sofrimento dos Touros e Cavalos que serão torturados em prol da CVP, uma vez que seres humanos e seres não-humanos são ANIMAIS, com um ADN muito semelhante e portadores de sistema nervoso central]; e também proteger as vidas (e Touros e Cavalos, também TÊM uma VIDA, a deles, que o homem sendo RACIONAL deve proteger e preservar, não, torturar]; e a CV também tem a missão de preservar a dignidade humana [que, neste caso, fica comprometida, com esta associação a tamanha barbárie].  

 

SHAME ON YOU RED CROSS!!!!!

 

Isabel A. Ferreira

 

Tourada Cruz vermelha.png

 
Esta é uma iniciativa do Grupo Marinhenses Anti-touradas

 

A bullfight is being advertised for 2nd April in support of the Redondo branch of the Red Cross. Please act now.

 

Está a ser anunciada, para 2 de Abril de 2022, uma tourada a favor da Cruz Vermelha do Redondo!

 

Por favor, envie, por E-MAIL, de uma só vez, com texto em inglês e em português (colocando o seu nome no final de cada uma das versões), a mensagem abaixo sugerida, ou outra, para os endereços indicados.

 

----------▼▼▼▼----------

EN | PT

 

Subject/Assunto: Red Cross and Bullfighting / Cruz Vermelha e Touradas

 

To/Para:

pmaurer@icrc.orgmgirodblanc@icrc.org

sede@cruzvermelha.org.ptmarketing@cruzvermelha.org.pt

cvpredondo@hotmail.com

 

Cc:

marinhenses.antitouradas@gmail.com

 

[EN]

 

Dear All,

 

I am writing this e-mail on the issue of the association between the Portuguese Red Cross (PRC) and bullfighting.

 

Unfortunately, in Portugal bullfighting is still a common practice. In each of these sad events about six or seven bulls are humiliated and tortured almost to death (and often horses perish as well). Spears with barbs are thrusted forcefully into their backs, causing severe bleeding and internal damage. A very high level of physical and psychological pain is caused to the bulls. Hours later, these innocent animals are then butchered, after a long period of painful agony.

 

Although it is still legal in some countries, bullfighting has become the target of huge and growing social protests. For ethical reasons, more and more organizations choose to distance themselves as much as possible from this cruel activity.

 

It is quite difficult to understand how a prestigious Institution such as the Red Cross can be associated to such cruel activities practiced upon the animals. As a matter of fact, aside from the regular provision of ambulances and human means to eventually assist people actively involved in bullfighting, there are some branches of the Portuguese Red Cross who advertise, sell tickets for and/or accept money from the bullfighting events – red blood-stained money from innocent animals. 

 

Presently a bullfight is being advertised for 2nd April in support of the Redondo branch of the Red Cross (https://tauronews.com/festival-a-2-de-abril-no-coliseu-do-redondo/).

 

The Portuguese Red Cross admits there are branches that receive money from bullfights but states they are not the organizers, and thus undervalues the regular protests, from members and sympathizers, it receives.

 

In face of what has been said I would like to appeal to the Red Cross to dissociate itself as much as possible from performances based on animal abuse, namely by not allowing its denomination/logo to be used in bullfighting posters, by not advertising bullfights, and by not accepting blood-tainted money or goods from bullfights.

 

Thanking you in advance for the kind attention devoted to this letter, I look forward to your kind reply, which I hope will be a positive one.

 

Best regards,

 

Isabel A. Ferreira – Porto (Portugal)

 

 ----------▼▼▼▼----------

Touros Cruz Vermelha.png

Isto é inadmissível, em pleno século XXI d.C., e NÃO dignifica o ser humano.

 

[PT]

Exmos. responsáveis pela Cruz Vermelha Portuguesa

 

Escrevo-lhes a propósito da associação da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) à tauromaquia.

 

Infelizmente, em Portugal ainda se realizam touradas. Em cada uma, seis ou sete bovinos são humilhados e torturados quase até à morte (havendo também, frequentemente, Cavalos que ficam feridos ou morrem). São-lhes cravados ferros que lhes provocam severas hemorragias. É-lhes provocado um elevado nível de sofrimento físico e psicológico. Horas depois, os inocentes animais são, na sua quase totalidade, abatidos, após um longo período de agonia.

 

Embora ainda legalmente permitida em alguns países, a tauromaquia tem vindo a ser alvo de uma enorme e crescente contestação social e, cada vez mais, a generalidade das organizações optam por se distanciar ao máximo desta cruel actvidade por razões de ordem ética.

 

É incompreensível que uma Instituição como a Cruz Vermelha se associe a estas práticas de crueldade sobre animais. Com efeito, além do frequente envio de ambulâncias e de meios humanos para eventual socorro de pessoas envolvidas nos espectáculos tauromáquicos, há delegações da CVP que publicitam touradas, vendem bilhetes para touradas, e/ou aceitam dinheiro proveniente de touradas – dinheiro manchado de sangue de animais inocentes. 

 

De momento, está a ser anunciada, para 02 de Abril, uma tourada a favor da Delegação da Cruz Vermelha do Redondo (https://tauronews.com/festival-a-2-de-abril-no-coliseu-do-redondo/).

 

A CVP reconhece que há delegações que recebem verbas provenientes de touradas, mas salienta que não é organizadora, e vai assim desvalorizando os protestos que, neste âmbito, lhe vão sendo dirigidos por sócios e simpatizantes.

 

Face ao exposto, apelo a V. Exas. para que a Cruz Vermelha se dissocie o mais possível de espectáculos de maus-tratos aos animais, nomeadamente não permitindo que a respectiva denominação/logótipo conste em cartazes de touradas, não publicitando touradas, nem recebendo dinheiro ou bens provenientes de touradas.

 

Agradecendo antecipadamente a atenção dispensada e ficando na expectativa de uma resposta a esta mensagem que, espero, seja positiva,

 

Com os melhores cumprimentos,

 

Isabel A. Ferreira - Portugal

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:46

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Terça-feira, 30 de Novembro de 2021

Marcelo Rebelo de Sousa veta e «MAE - Movimento Acção Ética - expressa perplexidade pela pressa legislativa e reafirma a inconstitucionalidade do projecto de lei da eutanásia aprovado»

 

Em Portugal a “cultura da morte” - eutanásia, morte de seres humanos indefesos, dentro do ventre materno, morte de seres vivos indefesos para diversão, a desnecessária morte cruel nos matadouros e laboratórios - implantou-se e prevalece.

 

No entanto, relativamente à eutanásia:

 

«Desvalorizar qualquer um dos momentos da vida é pôr em causa e relativizar o seu valor inalienável e intransferível, é desconsiderar a dignidade da velhice e da pessoa doente, é persistir no enfraquecimento do valor ético da responsabilidade e do cuidado social aos mais frágeis.» (MAE)

 

É urgente  a humanização parlamentar.

 

Isabel A. Ferreira

 

EUTANASIA2-800x445.jpg

Fonte da imagem:

https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/eutanasia-triunfo-da-empatia-e-da-compaixao-ou-cultura-da-morte/ 

 

«MAE expressa perplexidade pela pressa legislativa e reafirma a inconstitucionalidade do projecto de lei da eutanásia aprovado» 

 

Em resposta à votação realizada [no dia 05 de Novembro] na Assembleia da República que ditou a aprovação de um projecto de lei da eutanásia,  o MAE – Movimento Acção Ética manifesta o seu enorme desapontamento pelo resultado da votação: depois da abolição da pena de morte, no século XIX, eis que o Estado passa a ter nas mãos a possibilidade de atentar contra a vida humana, desde que exista o concurso da vontade do interessado. O Parlamento transformou a inviolabilidade da vida humana garantida pela Constituição, num princípio de sentido oposto: a lei da eutanásia permite a violação da vida humana em momentos de grande sofrimento.

 

O MAE expressa também a sua perplexidade pela pressa legislativa da votação de uma matéria tão sensível num contexto político de dissolução parlamentar e de eleições antecipadas em Portugal, por legislar em regime de contra-relógio inusitado e eticamente desajustado, omitindo ou ignorando até a posição de instituições relevantes, em especial no domínio da ética da vida.

 

Estamos diante de uma Assembleia da República politicamente eutanasiada que aprova a lei da eutanásia e num dia triste para a sociedade portuguesa pelo repúdio da mais elevada conquista da civilização, o direito à vida.

 

Neste sentido, o MAE – movimento cívico que tem como co-fundadores o economista António Bagão Félix, o constitucionalista Paulo Otero e os médicos Pedro Afonso e Vítor Gil – apela ao Presidente da República que, ante uma nova versão da lei ainda mais inconstitucional do que a anterior, solicite a apreciação preventiva da constitucionalidade ou, em alternativa, recuse a promulgação, neste cenário de um parlamento dissolvido que confere natureza absoluta ao seu veto.

 

Além das questões políticas, jurídico-constitucionais e científicas, o MAE reitera que o que está em causa em todo o processo é o desconsiderar a vida como bem supremo, o maior de todos os bens e valores, constituindo um continuum desde a sua concepção até à morte. Desvalorizar qualquer um dos momentos da vida é pôr em causa e relativizar o seu valor inalienável e intransferível, é desconsiderar a dignidade da velhice e da pessoa doente, é persistir no enfraquecimento do valor ético da responsabilidade e do cuidado social aos mais frágeis.

 

O MAE volta a insistir que uma qualquer lei permitindo a eutanásia, além de habilitar que um terceiro possa dispor de vida humana alheia ou, pelo menos, colaborar na sua supressão, comporta o risco da designada rampa deslizante ou porta entreaberta: o que está em causa não é uma morte medicamente assistida, mas sim uma morte medicamente provocada, o que se mostra ética e juridicamente inaceitável.

05 de Novembro de 2021

 

Fonte:

https://www.acaoetica.pt/comunicados/85-mae-expressa-perplexidade-pela-pressa-legislativa-e-reafirma-a-inconstitucionalidade-do-projecto-de-lei-da-eutanasia-aprovado?fbclid=IwAR0AVxshzZayPZxuWKCa-PKEm63-7iwoL2zfxWzEvOlYghqa9EbiMANtolU

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:50

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Quinta-feira, 1 de Julho de 2021

Porque TODOS somos diferentes na nossa igualdade, como seres humanos…

 

Concordo plenamente, com o que diz o cartaz.

 

Esta mania, que agora anda muito em voga, de EXIGIR respeito por ESTE ou por AQUELE "grupo" em particular, só os marginaliza ainda mais, visto que não estão integrados no TODO da sociedade, mas em "parcelas" dessa mesma sociedade, sendo estigmatizados como gays, negros, mulheres... etc., quando simplesmente são seres humanos. E é assim que devem ser respeitados: integrados no TODO, que TODOS somos.

 

Ensinemos, sim, as nossas crianças a respeitar TODOS como um TODO, uma vez que TODOS são seres humanos, e fazem parte da mesma sociedade. E isto é que é RESPEITAR as diferenças.

 

Porque cada ser é um ser diferente do outro, e TODOS somos iguais, nas nossas diferenças, e TODOS somos diferentes na nossa igualdade, como seres humanos.

 

Isabel A. Ferreira

 

RESPEITO.jpg

 

Fonte:   https://www.facebook.com/photo?fbid=10159616153416694&set=a.10151120550511694

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:42

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Sexta-feira, 28 de Maio de 2021

Abolição da tauromaquia: dois jovens escreveram ao governo central, em 2013, e continuam à espera de uma resposta

 

Vou aqui transcrever duas cartas escritas por jovens, e dirigidas ao governo central, em 2013, esperando, até hoje,  uma resposta que não veio, e nunca virá, porque os governantes são assim: quando precisam de votos, andam pelas ruas a mendigar os votos; mas quando já estão no poleiro, desprezam os votos, que hipocritamente mendigaram com beijinhos e abraços e promessas,  e põem-se ao serviço dos Grupos de Pressão Económica, esquecendo o Povo que neles votou.  

E isto tem um nome (muito feio).

 

Isabel A. Ferreira

 

Touradas.jpg

 

«Exmos. Senhores,

 

O Homem evolui em muitas coisas, mas insiste em manter outras.

 

Nas touradas há interesses instalados. Normal.

 

Touradas são actos próprios de uma época medieval, em que não havia sensibilidade nem conhecimento científico.

 

Não será o caso, no tempo actual. Todos sabem do sofrimento dos animais.

 

Mas há aqueles que fazem de conta que não vêem. Tudo porque têm interesses, ou não querem pôr em causa os tais interesses instalados.

 

Estes, se não tiverem influência no poder, são meras marionetas que se limitam a vegetar na sociedade. Sem causas, sem valores, sem respeito pelo sofrimento. São seres humanos que servem apenas de estrume à sociedade deixando um cheiro pestilento de neutralidade.

 

Mas os que têm influência no poder e nada fazem para alterar esta questão – como será o vosso caso – esses, se nada fizerem para alterar esta realidade, o que serão? Com que consciência vivem? O que conta para eles? Será apenas o aplauso de uma minoria que trata o sofrimento de forma descartável que lhes enche o ego? Não conseguem ter causas, para não afrontar os interesses instalados?

 

Por favor, reflictam e ajam conforme o valor que, de facto, tendes.

 

Cumprimentos,

 

Pedro Gouveia

 

***

 

«Exmos. Senhores,

 

Venho apelar à vossa sensibilidade para que termine a tourada no nosso país. Além do dinheiro público ter fins bem mais dignos do que apoiar esta barbárie, é importante que de uma vez por todas este país entenda que torturar animais inocentes não é forma de divertimento.

 

Como não se pode mudar mentalidades de um dia para o outro, pelo menos que existam leis que proíbam esta carnificina. As leis existem, aliás, unicamente porque o ser humano não respeita os valores fundamentais.

 

Não vinga já a questão da tradição, uma vez que tal não pode aplicar-se a algo absolutamente imoral. Tradição era a escravatura de seres humanos, a pena de morte ou a mulher não ter direitos.

 

Há tradições que são cultura e há outras, como a tourada, que remontam a estádios de vivências pré-históricas de que o homem civilizado se deve envergonhar e não deve transmitir aos seus descendentes (aliás este é o significado de tradição).

 

Peço apenas para que defendam o direito à vida e a não sofrer maus-tratos que todos temos na lei, inclusive os outros animais (não percebo porquê a distinção entre eles e os touros e cavalos intervenientes nas touradas). Esta excepção aliás, parece-me tudo menos ética.

 

O que está em causa na tourada é a tortura lenta e sádica de seres vivos como nós, capazes de sentir dor como todos os seres humanos, os cães e os gatos que temos em casa.

 

A vós, que tendes o poder de alterar a lei para que esta tortura tenha um fim, apelo para que não continuemos a ser a vergonha dos países civilizados da Europa. Vários já nos excluíram das suas rotas de turismo enquanto tivermos este espectáculo degradante!

 

Têm aqui uma oportunidade de fazer História e os vossos nomes ficarem lembrados como aqueles que aboliram a tourada em Portugal.

 

Agradeço a vossa atenção e reflexão.

 

Lígia Pires

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:35

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Terça-feira, 26 de Janeiro de 2021

Quando a pandemia acabar, não queremos regressar à normalidade, nem a um novo normal, queremos regressar a um Mundo Novo…

 

… como o idealiza e reflecte a escritora e professora universitária Idalete Giga.

Ser emocionalmente racional é a palavra-chave, para o Mundo que aí vem. Esta é a mensagem.

Isabel A. Ferreira

 

Paraíso.jpg

 

«O Vírus Justiceiro, como eu lhe chamo, veio acordar o mundo e avisar a Humanidade inteira de que temos urgentemente de mudar de vida, ou seja, os nossos hábitos em todas as áreas do quotidiano. Mas não são só os nossos hábitos que terão de mudar radicalmente. É o paradigma económico, financeiro, educacional, cultural, etc. em todo o planeta que mudará para melhor.

 

Adeus capitalismo selvagem. Adeus reino da quantidade. Adeus exploração desenfreada. Adeus offshores. Adeus fabrico de armas. Adeus tráfico de seres humanos, de droga, de armas (!). Adeus prostituição. Adeus mercados bolsistas que se regulam pelo absurdo, pelo enriquecimento ilícito, pela completa IRRACIONALIDADE. Adeus mundo do ódio, das guerras absurdas que são alimentadas pelo negócio criminoso, altamente repugnante e desumano da venda de armas. Quem as vende aos países em guerra? Os EU, a China, a Rússia, a Alemanha, a Itália, a França, a Espanha, etc. , etc.. Portugal não vende, mas compra. E eu pergunto: para quê?» (Idalete Giga)

 

***

 

brain-vs-heart.jpg

 

Emoção versus banalidade

 

Ser banal

É ser vulgar

E não se emocionar

Quando passa

No caminho da vida

E apenas vê

De fugida

O chão que pisa

 

Ser banal

É ser vulgar

E não se emocionar

Com o assobiar

Do vento

O canto dos pássaros

O canto do mar

O cintilar das estrelas

A lua cheia

A beijar o oceano

Com a sua luz prateada

O sol a nascer

No fim da madrugada

Ser banal

É ser vulgar

E não se emocionar

com os campos em flor

O ouro das árvores

Os poentes de fogo

As lágrimas da chuva

 

Ser banal

É ser vulgar

E não se emocionar

Com a ternura

De um canto de embalar

 

Ser banal

É ser vulgar

 E não se emocionar

Com a profunda tristeza

No olhar

De uma criança abandonada

 

Ser banal ´

É ser vulgar

É não ter compaixão

É ter medo de amar

Tudo o que pulsa

Em constante vibração

Subindo

E convergindo

Para o Infinito. 

      

Idalete Giga

Paço de Arcos, 17/ Dezembro/2020

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:23

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Domingo, 8 de Novembro de 2020

A tourada fere brutalmente os Direitos dos Animais, agride a inocência das crianças e insulta a inteligência do Ser Humano

 

 

Repescando um texto que reflecte os malefícios causados pelas touradas, num momento em que o PAN - Pessoas - Animais - Natureza pretende elevar a idade das crianças que assistem à  violência e crueldade da prática tauromáquica.

Mais uma lei, para ficar tudo na mesma?

Não esquecer que estamos em Portugal, um país onde nem as leis, muito menos as recomendações de Organismos como a ONU, NÃO SÃO para cumprir, nem fiscalizar. São apenas para constar.

Daí que só a ABOLIÇÃO desta barbárie é o único caminho.

 

 
 
 

A tourada – que consiste em perseguir, espetar e mutilar um touro indefeso e aterrorizado, diante de uma multidão depravada – fere brutalmente os direitos dos animais.

 

Recentemente, a ONU (Organizações das Nações Unidas) declarou que assistir a este bárbaro espectáculo é também incompatível com os direitos das crianças.

 

O Comité da ONU para os Direitos das Crianças recomendou que as mesmas não devem assistir ou participar de touradas devido à sua extrema violência. O pronunciamento foi feito em relação a Portugal, onde as crianças são obrigadas a frequentar as arenas e, por vezes, envolvem-se em actos de crueldade contra os animais, nas escolas de toureio, para onde vão obrigadas pelos pais.

 

Esta decisão da ONU vai ao encontro do que os especialistas afirmam há muito tempo, e os que praticam, apoiam e aplaudem a tauromaquia rejeitam porque optam pela ignorância.

 

No ano passado, 140 cientistas e académicos escreveram a políticos espanhóis salientando que a promoção do abuso a animais tem um efeito negativo sobre a sociedade como um todo.

 

Para uma criança, assistir à cena de um animal a ser torturado e morto, é uma experiência bastante traumática. Com o tempo, ela pode até ser dessensibilizada, o que a transformará num adulto empedernido, sem a mínima empatia pelos seres vivos, incluindo seres da sua própria espécie.

 

Um estudo recente da Universidade de Tufts descobriu que aprender a cuidar de um animal ajuda os jovens a desenvolverem melhores relacionamentos e a tornarem-se mais confiantes e empáticos.

 

Estas são as qualidades que as sociedades progressistas e modernas devem encorajar aos seus filhos, em vez do gozo pelo derramamento de sangue. Como disse a modelo espanhola Elen Rivas: «Glorificar a matança deliberada de animais não deve ser tolerada numa sociedade civilizada».

 

As touradas são responsáveis pela morte de aproximadamente 40 mil Touros por ano. Um biocídio em grande escala.

 

Todos os que lutam pelos Direitos dos Animais e pela Abolição das Touradas esperam que a influência da ONU ajude a convencer a União Europeia e os governos dos países que ainda permitem as touradas em seu território, a suspenderem o apoio a essa indústria cruel e imoral e abolirem definitivamente esta obscenidade que despreza os Touros e os Cavalos, mas também os Seres Humanos, que são agredidos na sua sensibilidade, pelo ritual primitivo e cruel que é a tauromaquia.

Texto baseado nesta fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=267821873400589&set=a.105563109626467.7657.100005183347345&type=1&theater

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:18

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Terça-feira, 14 de Abril de 2020

«Estudo: A protecção dos habitats é indispensável para evitar novas pandemias»

 

É urgente ouvir os apelos da Natureza e respeitá-la como se ela fosse um de nós. O problema é que o Homem autoproclamou-se o dono do mundo,  quando é apenas o elo mais fraco da engrenagem cósmica, e a Natureza cansou-se dessa ambição humana e reagiu,  obrigando o Homem a vergar-se, e deixando bem claro que, no Planeta Terra, o Homem é apenas um entre milhares de espécies! (Isabel A. Ferreira)

 

«A única maneira de impedir que novas pandemias explodam é estabelecer relações mais gentis e amigáveis com o meio ambiente e com os nossos companheiros de existência: os animais não-humanos» (Dra. Christine Kreuder Johnson, investigadora e professora da UC Davis.)

 

Macaquinho.png

 

«O risco de disseminação de vírus da vida selvagem para os seres humanos está intrinsecamente ligado ao aumento de contacto entre as pessoas.

 

«O cientista e investigador do Conservation International, Lee Hannah, defende que há quatro maneiras de sobreviver à pandemia actual: uso de máscaras e respiradores, aprimoramento da infra-estrutura de testes, fim do mercado de animais silvestres, principalmente os destinados ao consumo humano, como o de Wuhan, na China, e o quarto e mais importante, cuidar da Natureza.

 

Um artigo publicado pela revista Time, no passado dia 08 de Abril, reforça que a destruição de ecossistemas é a responsável pela transmissão da Covid-19 de animais selvagens para seres humanos. Segundo Lee Hannah a população mundial precisa ser reeducada, e afirma: «Precisamos de dizer às pessoas, agora, que há uma série de coisas que precisamos de fazer quando sairmos desta desordem, para garantir que isso não aconteça novamente».

 

O papel da preservação da biodiversidade na prevenção de doenças vem ganhando terreno. Em 2015, a Organização das Nações Unidas alertou que é necessária uma abordagem mais ecológica no estudo de doenças, em vez de uma abordagem simplista que isola apenas o microorganismo. Isso possibilita que uma compreensão mais rica do desenvolvimento e origem das doenças.

 

flying-foxes-2237209_960_720.jpg

 

Nesse artigo, lê-se ainda  que isto é “um jogo de números”, pois nem todas as espécies de uma comunidade são susceptíveis a uma determinada doença, assim como nem todos são transmissores eficientes. Em ecossistemas bem separados das habitações humanas, os vírus fluem sem causar danos, mas à medida que há um impacto humano nesses locais e com o deslocamento de pessoas pelo mundo, esse equilíbrio acaba.

 

O risco de disseminação de vírus da vida selvagem para os seres humanos está intrinsecamente ligado ao aumento de contacto entre as pessoas. A afirmação é o resultado de uma pesquisa realizada pela Dra. Christine Kreuder Johnson, investigadora e professora da UC Davis. Segundo o estudo, quase metade das novas doenças que saltaram de animais para humanos após 1940 pode ser atribuída a mudanças no uso da terra, agricultura ou caça à vida selvagem.

 

tiger-3424791_960_720.jpg

 

Entre os exemplos citados estão a SARS, Ébola, Nilo Ocidental, Lyme e MERS. A Dra. Christine Kreuder Johnson acredita que há mais de 10 mil vírus transmitidos de animais para seres humanos. A única maneira de impedir que novas pandemias explodam é estabelecer relações mais gentis e amigáveis com o meio ambiente e com os nossos companheiros de existência: os animais não-humanos.

 

Fontes do texto: ANDA

https://blogcontraatauromaquia.wordpress.com/2020/04/14/estudo-a-proteccao-dos-habitats-e-indispensavel-para-evitar-novas-pandemias/

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:36

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Domingo, 5 de Abril de 2020

A Liberdade não é um conceito exclusivo do Ser Humano – Uma reflexão ao redor do nosso confinamento

 

 

Esta bem-apanhada “Visita à Cidade” diz-nos o quanto o Homem está errado, no que respeita ao modo como trata os animais não-humanos.

 

Visita à cidade.jpg

Fonte da imagem: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3053870421301048&set=a.502947543060028&type=3&theater

 

Esta imagem bem poderia ser uma imagem possível, nos tempos que correm, se os animais não estivessem confinados a jaulas, a cercas, a gaiolas, a currais, a zoológicos, a correntes, a viveiros, a tanques, a espaços vedados, privados da sua liberdade de correr nos campos, na selva, nos matagais, nas florestas, nos desertos, nas montanhas, nas serras, nas planícies, nas savanas; de voar pelo espaço, de deslizar pelos rios, pelos mares, pelos oceanos…

 

A Liberdade é algo inerente a todos os seres vivos. Nenhum animal não-humano deve ser privado da sua liberdade, porque a liberdade é pertença da Vida. Viver sem liberdade não é viver, é arrastar-se no tempo.

 

Que o digam os animais-humanos que cometeram crimes e, por esse motivo, mereceram ser privados da sua liberdade.

 

Contudo, porque nenhum animal não-humano jamais cometeu, comete ou cometeria os crimes hediondos que os animais-humanos cometem, não merecem ser privados da sua liberdade e da razão de ser da própria vida.

 

Todos os seres vivos que nascem, nascem por algum motivo. Nenhum animal-humano ou não-humano nasce por acaso. TODOS (humanos e não-humanos) fazem parte do TODO que mantém (ou deveria manter) o Planeta Terra em perfeita harmonia. E essa harmonia só não existe devido aos desmandos do animal-homem, e jamais do animal não-humano.  

 

Daí que aproveitemos esta imagem para fazer uma reflexão: não é por acaso que o mundo dos homens está a passar por esta privação de liberdade. Reparem que o coronavírus não ataca os não-humanos, pelo contrário, vivem neles. Saibamos dar-lhe valor, e compreender a tristeza profunda (porque eles sentem-na) dos nossos irmãos planetários, que os homens confinam a jaulas, a cercas, a gaiolas, a currais, a zoológicos, a correntes, a viveiros, a tanques, a espaços vedados, por motivos absolutamente irracionais.

 

Espero que tenham aprendido a lição, porque este vírus, que hoje nos mantém confinados, não veio por acaso, mas com uma finalidade bem definida, e só os cegos-mentais não a entenderá.



O Homem não é o dono do mundo. É apenas o seu guardião. E quem não entender isto, nada sabe da Vida, mas também da Morte, a certeza maior e única de toda a nossa existência.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:16

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