E mais um santo cristão a ser celebrado num macabro ritual pagão onde os Cavalos são as vítimas
Na província espanhola de San Bartolomé de Pinares ainda se sofre de uma peste negra que é purificada pelo fogo, tal como era na época dos romanos, na qual superstições, geradas pela mais profunda ignorância, alienava um povo ainda muito pouco evoluído.
E isto é uma coisa de doidos completamente varridos... Quando pensamos que já vimos tudo, ainda há algo que nos surpreende. Na verdade, a crueldade do animal pré-humano não tem limites...
A isto chama-se Festival Luminárias, e celebra-se anualmente em São Bartolomeu de Pinares em honra de Santo Antão, que dizem ser o padroeiro dos animais (imaginemos o que não fariam aos animais se não fosse padroeiro) …
O ritual celebra-se anualmente, e os Cavalos (seres extremamente sensíveis) são conduzidos por montadores endoidecidos, através do fogo, em mais uma tradição bárbara, com cinco séculos de existência, isto é, vem desde a época em que os romanos acreditavam que o fumo purificava os que sofriam da peste negra, nome pela qual ficou conhecida, a pandemia de peste bubónica que assolou a Europa durante o século XIV e dizimou cerca de 75 milhões de pessoas.
Estava-se então na Baixa Idade Média. E foi nessa época que a mentalidade do povo de São Bartolomeu de Pinares ficou cristalizada.
Hoje, já no século XXI, essa peste negra tem outro nome: chama-se ignorância, da mais pura e crua e infinita…
Este é um ritual absolutamente arcaico, assente no mais profundo obscurantismo, ainda bastante enraizado na população local, muito atrasada civilizacionalmente, que vagueia num passado remoto, já morto e enterrado há séculos, mas pior do que isso, uma população que se recusa veementemente a dar o salto para o século XXI, e diz orgulhar-se deste ritual medieval. E a igreja católica é cúmplice e as autoridades locais promovem.
Durante o festival, montadores a cavalo saltam sobre o fogo para limpar os animais e receber a graça do santo para o ano seguinte.
Algo completamente medieval, e que já foi deixado para trás pelos povos que foram evoluindo, mais ainda não em Espanha. Não em São Bartolomeu de Pinares.
Algo que deveria envergonhar o reino de suas majestades os Reis de Espanha: Filipe VI e Letízia.
Mas nós por cá, em Portugal, não lhes ficamos atrás. As nossas majestades republicanas ainda promovem e apoiam rituais tauromáquicos, equestres, suínos, felinos, caninos, columbófilos entre outros, que remontam aos tempos das majestades monárquicas.
Isabel A. Ferreira
(Recebido via-email)
Esta é uma festa pagã realizada em Óbidos, onde se lembra o culto a Santo Antão como Padroeiro dos Animais, conhecida como a Romaria do Santo dos Chouriços...
Origem da foto:
http://www.cm-obidos.pt/News/newsdetail.aspx?news=11e946bb-a97a-4d20-8d91-a4c81c7cfe44
«A tradicional Festa de Santo Antão, em Óbidos, decorre no dia 17 de Janeiro. Este festejo que mistura a componente religiosa com uma outra profana, junta milhares de pessoas, todos os anos, que comem, bebem e divertem-se à volta de diversas fogueiras espalhadas pelo recinto.
Trata-se de uma romaria à ermida de Santo Antão, o santo que protege os animais, no cimo de um cabeço com o mesmo nome, com cerca de 80 metros de altura.
A difícil subida de 150 degraus até à ermida não demove os romeiros que, num misto de religião e profano, se juntam a esta festa em busca de bênção para os seus animais. Numa região onde a agro-pecuária assume um papel importante, esta romaria adquire grande importância.
Durante este dia são feitas promessas com vista à recuperação de um animal doente, ou pedidos de boas ninhadas. Estas promessas são pagas na casa de esmola, ou na sacristia, recebendo em troca uma vela enrolada numa fita de nastro cor-de-rosa previamente benzida. O costume de pagar as promessas em géneros têm-se vindo a perder ao longo dos anos. Esta é a filosofia base das cerimónias.
As velas e fitas benzidas, símbolo de promessas do ano anterior, são oferecidas ao Santo e colocadas junto aos seus pés. Já outros devotos optam por queimar as velas no tabuleiro.
No mesmo local, vendedores de pinhões, laranjas, chouriços, cavacas e outros produtos tradicionais dão origem a uma feira. Os romeiros fazem fogueiras, onde assam os chouriços, que são depois acompanhados por vinho.
À animação, junta-se a música dos acordeões trazidos de casa, prolongando a festa até ao pôr-do-sol.»
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Resta saber de que são feitos os chouriços…
Serão os tradicionais chouriços de carne de porco?
O Porco não será um animal?
Santo Antão protegerá os animais, excepto o Porco?
Vídeo bloqueado por cauda de direitos de autor?
Será?
Isabel A. Ferreira