Senhor Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, nesta matéria, estaremos atentos: terá em conta a CULTURA ou a TORTURA? Não queríamos estar no lugar de V. Exa. Porque, neste momento, o senhor está na berlinda. E os Portugueses estarão atentos à decisão que se vier a tomar. E a questão formular-se-á deste modo: viveremos num país civilizado ou num país inculto?
Refiro-me ao Decreto Regulamentar nº 62/91, de 29 de Novembro.
Nossa opinião:este regulamento deve ser deitado ao lixo imediatamente.
Porquê?
Porque este regulamento
... não serve os interesses de um povo civilizado, e muito menos os interesses dos seres vivos não humanos, aos quais estas obtusas normas se referem.
... apenas serve os interesses económicos de uns poucos (porque são poucos, não tenhamos dúvidas) indivíduos primitivos, que ainda não se deram conta de que já estamos no século XXI depois de Cristo, e se serve apenas uns poucos, porquê haver um regulamento para regular os interesses sangrentos desses poucos?
Porque Portugal não pode continuar a estar na cauda do mundo, como sendo um país atrasado, onde ainda vive uma fatia de população lerda, sanguinolenta, sádica, necrófila e extremamente ignorante.
(Emprego estes termos, porque não gosto de chamar Joaquim a quem se chama João).
Este regulamento é extremamente desprezível, e diz da pequenez dos legisladores, que pretendem ainda discutir algo que não tem discussão possível: a TORTURA DE SERES VIVOS PARA DIVERSÃO.
Uma infâmia.
Por tudo isto, senhor secretário de Estado da Cultura e senhores deputados da Assembleia da República Portuguesa, atirem com este lixo, para o caixote de lixo, que é um lugar apropriado para essa papelada inútil, e tratem de fazer uma lei CIVILIZADA com PARÁGRAFO ÚNICO:
Estão proibidas, em todo o território nacional (ilhas inclusive), as chamadas corridas de touros; novilhadas; corridas mistas; novilhadas populares; todas as outras variedades taurinas; e todos os espectáculos que utilizem animais.
Numa segunda fase tratar-se-ia da lei dos maus-tratos a animais e das penas a aplicar.
Só assim, entraremos para o rol dos países civilizados, e (facto muito importante), só assim, os senhores deputados da Assembleia da República Portuguesa limparão o nome, que está mais sujo de sangue do que as arenas, no fim das lides.
Deixem-se de manobras de diversão.
Se querem, na verdade, fazerem LEIS, façam-nas com INTELIGÊNCIA, e não andem a fazer de conta que fazem.
Isabel A. Ferreira