Daí que quando a actual maioria parlamentar deixar de ser maioria para ser minoria, talvez os que vierem depois dos que lá estão agora, venham com uma lucidez aprimorada, e em vez de €€€€€€€€€ possam ver
Uma vez que o povo português não foi educado para ser sensível e culto, em Portugal, a abolição oficial da tauromaquia (como sabemos, ela já está abolida oficiosamente) terá de ser concretizada por decreto.
É triste, mas é assim, num país em que ainda se deve muitos milhares de Euros à evolução de mentalidades.
Por isso tudo está a ser feito para que esta maioria, que ainda não saiu das cavernas e teima em manter uma prática a cheirar ao mofo, primitiva, insólita, já morta e quase enterrada, por uma questão de €€€€€€€€€€€, seja afastada da governação.
Também não podemos esperar que a abolição oficial aconteça através da “desistência” dos tauricidas, da tomada de consciência dos aficionados, da “boa vontade” dos ganadeiros, da mudança de atitude dos sádicos (constituindo estes uma minoria) ou de uma luz que se acenda nas mentes daqueles governantes, que são paus-mandados da máfia tauromáquica que, como já definiu um “expert” neste assunto, «é uma organização criminosa, cujas actividades estão submetidas a uma direcção colegial oculta e que repousa numa estratégia de infiltração da sociedade civil e das instituições.»
E sabemos que pau que nasce torto, torto morrerá. É uma fatalidade.Trata-se da famosa (f)atalidade portuguesa da qual nasceu o (F)ado, e se arrastou para (F)átima e para o (F)utebol.
Os pró-tourada acham que o tauricídio é uma LEI dos “homens” aprovada por Deus. Mas muito se enganam eles.
Por isso, vamos ter um pouquinho mais de paciência, e aguardar.
Mas uma coisa é certa: a abolição oficial está a caminho.