Até que enfim que algo racional acontece no mundo dos animais humanos.
Reconhecer como pessoas os chimpanzés não é mais do que conhecer-se a si próprio, pois o que somos senão animais como os "outros"?
O que nos separa desses "outros" é muito, muito menor do que aquilo que nos une.
Então, qual é a dúvida?
Só lamento que esse passo evolutivo não se estenda a outros mamíferos. (I. A. F.)
Pela primeira vez, na história dos Estados Unidos, um juiz concedeu Habeas Corpus a dois chimpanzés, detidos num centro de investigação, onde estavam a ser usados em experiências.
Hercules e Leo estão finalmente livres. Da Universidade de Stony Brook, em Nova Iorque, e das experiências que estavam a ser sujeitos naquele centro de investigação.
E tudo isto, graças à persistência da Organização não-governamental, Projeto Direitos dos Não Humanos, e à decisão da Juíza norte americana, Barbara Jaffe.
Na passada Segunda-feira, o Supremo Tribunal de Manhattan concedeu Habeas Corpus a dois chimpanzés atribuindo assim, aos dois animais, os mesmos direitos que tem o homem.
A Lei, a Ciência e a História provam que os chimpanzés têm características, incluindo autoconhecimento e empatia, que «instituem personalidade» e o correspondente direito à liberdade, argumenta a organização que não podia estar mais contente com esta decisão.
Os animais vão ser agora libertados e enviados para um santuário para viverem o resto das suas vidas em liberdade.
Esta decisão abre um precedente legal e dá ainda mais força à Organização Projeto Direitos dos Não Humanos, para continuar o trabalho.
«Temos evidências científicas, para provar em tribunal, que elefantes, baleias e golfinhos são autónomos e por isso têm direito a viver em liberdade» disse Natalie Prosin, do Projeto Direitos dos Não Humanos.
Existem ainda dois casos semelhantes a este. Dois chimpanzés, o Kiko e o Tommy aguardam decisão dos vários recursos interpostos pela organização Projeto Direitos dos Não Humanos.
Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2015-04-21-Chimpanzes-reconhecidos-como-pessoas-legais-nos-EUA
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