No seguimento do texto aqui publicado ontem sob o título «Cerco ao Castelo de Almourol: um atentado ao Património Histórico Português» que pode ser consultado neste link:
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/cerco-ao-castelo-de-almourol-um-1023489?tc=61416469822
e depois de uma ampla divulgação e discussão gerada por este projecto, a Câmara de Vila Nova da Barquinha, na pessoa do seu Presidente, Fernando Freire, emitiu um comunicado, no qual esclarece que a proposta que o arquitecto Tomás Reis apresentou à autarquia, vai ser presente a reunião de Câmara no próximo dia 27 de Janeiro, não estando qualquer verba prevista para este avultado investimento no orçamento municipal, e que não foi pedido nenhum estudo ou projecto ao Art.º Tomás Reis, quer pelo proprietário (Exército Português), quer pelo administrador (Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha.
Respondendo ao arquitecto Tomás Reis, Fernando Freire faz uma avaliação negativa da proposta apresentada:
«Esta proposta, na minha avaliação subjectiva não respeita o espírito do lugar. […] O impacto ambiental que uma tal obra provocaria no ambiente e na sua envolvente, cortando os padrões de vida da fauna e flora seria razão bastante para não aceitar esta proposta. Almourol é um encantador mosaico de memórias, estórias e lendas, um monumento fértil em património cultural intangível, que marca a paisagem deste sítio ímpar em Portugal. No meu modesto entendimento, enquanto autarca, a grandeza temporal e intemporal do lugar, numa suavidade incomum em Portugal, deve ficar como está!»
Citando o Correio do Ribatejo:
Em resposta ao edil, o arquitecto Tomás Reis esclarece que apenas quis “lançar questões, a meu ver pertinentes, sobre a visibilidade do território e visões sobre património”.
“Imaginar, numa proposta de visualização, uma obra concluída, sem qualquer discussão, seria, também a meu ver, um exercício de ficção. Como sabemos, as intervenções no território estão, cada vez mais, sujeitas a um escrutínio maior”, acrescenta o autor.
“Num quadro de participação cívica, e também da normal cooperação entre instituições, poderiam ser colocados vários cenários – até mesmo a ausência de intervenção. É nesse sentido que a integridade do lugar pode, e deve ser respeitada”, adianta.
Numa nota final, Tomás Reis diz compreender o momento desafiante que o País atravessa e destaca que estas intervenções “na paisagem e no património podem tender para o consenso e para fortalecer o sentimento de pertença”, mas nestas condições, a apresentação do projecto “a mais entidades deixa de ser necessária”.
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Porém:
O Castelo de Almourol é um ícone de Portugal. Fortaleza reconstruída por Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, em 1171, é o ex-libris do Concelho de Vila Nova da Barquinha. À época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, constituindo um dos exemplos mais representativos da arquitectura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo.
Cercado pelas águas do rio Tejo, destaca-se num maciço granítico de uma ilhota do Tejo, entre Vila Nova da Barquinha e Praia do Ribatejo. A singular localização do Castelo torna-o um dos mais bonitos monumentos do país, tendo sido considerado Monumento Nacional em 1910. Em 2007, foi um dos 21 finalistas da eleição das 7 Maravilhas de Portugal.
Fonte da notícia
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É, pois, com grande satisfação, que me congratulo com a tomada de posição do edil de Vila Nova da Barquinha.
Bem-haja Dr. Fernando Freire!
Isabel A. Ferreira
«PAGAMOS TODOS!
São cerca de 16 Milhões de euros dos contribuintes que anualmente são usados para manter a cruel tradição das touradas em Portugal. Aqui fica mais um exemplo do desvio de fundos públicos para uma actividade que não é sustentável: A Câmara de Monforte, com subsídios da União Europeia, vai lançar no dia 3 de Agosto a primeira pedra do "Centro Interpretativo da Tauromaquia" numa antiga Escola. Um investimento de 165.000 euros» - http://goo.gl/KvaQ1M
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=615655408465269&set=a.472890756075069.108951.143034799060668&type=1&theaterDOUTOR Miguel Rasquinho, este cartaz é uma vergonha para a o município de Monforte e um insulto para aquelas pessoas da terra que têm de emigrar por falta de condições. Mas é verdadeiro.
Para que serviu o Curso superior que V. Exa. tirou, se não consegue aplicar os conhecimentos “elevados” que deveria ter assimilado na Universidade? Temos aqui um doutor que deveria ser mais culto do que o povo a quem não deram oportunidade de estudar…E o que acontece?...
O povo de Monforte sente-se esquecido, e queixa-se de que ninguém se lembra que em Monforte vive um povo que sofre numa agonia demográfica diária e não há políticos, responsáveis ou qualquer outro português anónimo que aí vá ajudar ou, não podendo ir aí, o defenda onde mais precisa.
O povo de Monforte queixa-se de que há um interior a definhar e se, pelo menos, a tauromaquia servisse para olharem para vós e por vós, então já valeria bem a pena!
A tauromaquia, DOUTOR Miguel Rasquinho? O que de bom traz a tauromaquia a Monforte? Os tais políticos ou anónimos têm AJUDADO a fazer crescer a terra a partir da tauromaquia? Uma terra que continua ATRASADA e CARENTE DE TUDO precisamente porque só PENSA EM TAUROMAQUIA?
O povo de Monforte existe, é português, tem direitos, e merece o respeito que concede aos outros?
É evidente, mas para um povo ser RESPEITADO tem de se respeitar a si próprio e a todos os seres humanos e não humanos que partilham a terra onde vivem…
Sabe-se que um ex-presidente da Câmara de Monforte disse um dia, aquando da passagem de um Presidente da República por aí: «Sr. Presidente, daqui até as pedras emigram!» numa alusão ao facto de até as pedras ornamentais daí saírem para serem tratadas em Lisboa.
Contudo, hoje em dia, já nem as pedras emigram porque todas as pedreiras fecharam.
E fecharam porquê?
Será que restaram apenas os Touros para os torturarem e uns poucos encherem os bolsos? Sim, porque esse “negócio” não enche os bolsos do POVO.
E agora existe o CIT.
O DOUTOR Miguel Rasquinho lembra-se de eu ter perguntado o que era o CIT (Centro de Interpretação Tauromáquica) e para que servia o tal CIT? E o DOUTOR Miguel Rasquinho me ter respondido que este centro «servirá para isso mesmo, ou seja, para explicar a quem não conhece o que é a tauromaquia, e o porquê da sua importância para Monforte.»
Pergunto: e pensa que isso vai dar de comer a quem tem fome, e que agora, que a tourada está moribunda e prestes a levar a estocada final, este CIT é uma mais-valia para Monforte, e ainda por cima com dinheiros públicos que tanta falta fazem para outros projectos mais úteis ao povo?
Apercebe-se de que para “justificarem” esse costume bárbaro que só suja o nome de Monforte, existe uma razão que não tem mais razão de ser? Ou seja, que «em redor desta actividade, circula toda uma economia local de uma importância incalculável, gerando empregos, que se faltassem seria o fim do concelho»?
Falácias, DOUTOR Rasquinho.
Poderá ser sim, o fim de uns poucos empresários tauromáquicos que, no entanto, têm contas chorudas, nos bancos, à custa dos subsídios europeus e dos impostos dos contribuintes portugueses, enquanto o povo passa necessidades de toda a ordem. Essa é que é a verdade. Essa é que é a razão que pretende justificar a barbárie em Monforte.
Isso dos “empregos” é uma bela treta, DOUTOR Rasquinho. Todos nós sabemos o que se passa nesse meio, onde nem tudo é claro como a água que jorra de uma nascente.
REPROVADA CANDIDATURA DE UM LAR PARA A TERCEIRA IDADE
Sabemos que a Câmara Municipal de Monforte preparou uma candidatura para a construção de um lar de 3ª idade na freguesia de St. Aleixo, e que elaboraram o projecto, preparam tudo, e até existiam financiamentos comunitários, contudo essa candidatura foi REPROVADA porque a obra ultrapassava os 250 mil euros, e já com equipamento, está orçada em 1 milhão e 700 mil euros!?
Eu ficaria indignada.
A reprovação do projecto do Lar é uma prova do país que temos. Contudo, investir 165 mil Euros de dinheiros públicos e comunitários em tauromaquia, é também uma prova da indignidade dos que “mandam” e “desmandam” no deferimento destes projectos. O País não tem culpa dos maus “mandadores” que tem.
Ninguém quer saber do povo que vive no interior do país, e o povo de Monforte ficou muito indignado com os 10 milhões de euros de fundos comunitários gastos numa praia fluvial junto ao Terreiro do Paço em Lisboa, e o DOUTOR Rasquinho só precisava de um milhão, desses 10, para dar abrigo a 52 idosos e emprego a 20 pessoas do seu Concelho!
Pois é! Mas 165 mil Euros também davam muito jeito para o projecto do Centro Escolar que foi elaborado pela Câmara Municipal de Monforte, e que está pronto há mais de um ano, para substituir uma escola com cerca de 30 anos, completamente degradada e ainda com telhas de amianto.
Desde Agosto, do ano passado, que esperam que o Ministro ou Secretário de Estado recebam o DOUTOR Rasquinho tendo em vista a resolução dessa questão, e nem sequer respondem aos sucessivos ofícios, mails e telefonemas oficiais que lhes são enviados.
Mas os maus “mandadores” querem lá saber do interior do país!
Não querem saber de nada que seja para o BEM DO POVO.
Só querem saber o que é para o BEM DA TAUROMAQUIA.
Não há direito, pois não, DOUTOR Miguel Rasquinho?
MAS O QUE É O CENTRO INTERPRETATIVO TAUROMÁQUICO (CIT)?
Esta foi uma candidatura realizada no âmbito do PRODER tendo em vista, não só a criação do CIT, mas também a recuperação de um edifício municipal, uma antiga escola primária, a qual se apresentava já num adiantado estado de degradação.
Os investimentos são os seguintes:
- Projecto de especialidades: 1.350€
- Empreitada: 127.862€
- Equipamento Informático: 716€
- Mobiliário: 35.500€
O financiamento comunitário é efectuado a 60%.
O CIT tem como objectivo principal a valorização do património, através da requalificação de um espaço de/e para uma eficaz promoção e dinamização da actividade tauromáquica enquanto actividade representativa da identidade cultural e com enorme potencial acrescido na economia local e regional.
O edifício encontra-se vazio de actividades e de uso condenado a uma maior degradação. Pretendemos assim, como objectivos principais, a recuperação do edifício e a promoção da tauromaquia na sua vertente cultural e económica.
O imóvel contemplará 4 áreas:
- Área I: Museu
- Área II: Galeria de Exposição
- Área III: Mediateca/Sala de Conferências
- Área IV: Sala Multiusos/Tertúlia
O Museu terá uma função pedagógica e que retrate o mundo tauromáquico, centrado em três pilares: o homem, o cavalo e o touro.
Em torno do homem estão representados todos os intervenientes do Concelho nesta área, nomeadamente toureiros, forcados, equitadores, cavalistas (?), bandarilheiros, ganadeiros, campinos, poetas, pintores, fadistas, etc.
Relativamente ao cavalo, e muito resumidamente, existem as coudelarias e as ganadarias.
A Galeria terá, pelo menos, 2 exposições anuais reservadas á mostra de produtos ou actividades ligadas ao tema como por exemplo:
- Os toureiros locais, suas carreiras e "feitos";
- Exposição de trajes;
- Exposição de utensílios.
A Mediateca, de uso permanente aos aficionados e todos os interessados, terá projecções de touradas, treinos, espectáculos, etc., de preferência em 3D.
Pretende-se ainda, no mínimo, a realização de uma conferência/ano. Este, será o espaço por excelência que pretenderá demonstrar a quem nos visita a importância da tauromaquia para o Concelho de Monforte e a nossa região.
A Sala Multiusos/Tertúlia de utilização permanente como sede do Grupo de Forcados de Monforte, onde cabem o planeamento e organização de todas as actividades no âmbito da associação e patentes no Plano de Actividades Anual. Servirá ainda como local de fardamento e de reuniões de carácter associativo.
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Pois é, DOUTOR Miguel Rasquinho: pelo que vemos o CIT é muito, mas muito mais importante do que o Lar de Idosos e do que o projecto do restauro da ESCOLA, em Monforte.
E agora pergunto:
Com a tauromaquia já com os pés na cova, que INTERESSE tem para uma terra POBRE e INCULTA um edifício tão voltado para algo que não passa de um COSTUME BÁRBARO PARA DIVERTIR SÁDICOS?
E depois dizem que se passa fome, que não há dinheiro para a saúde, para a educação, para a cultura culta…
Não podem queixar-se…depois do CIT…