Segunda-feira, 13 de Outubro de 2014

A aficionada de selvajaria tauromáquica, Maria Alzira Seixo, partilhou ignorância na sua página do Facebook

 

Se me contassem não acreditaria, mas vi e li com os meus próprios olhos.

Poupei-a uma vez, neste texto (clicar no link):

Carta aberta a uma professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, aficionada de selvajaria tauromáquica

Não pouparei mais.

 

Como não tenho autorização para comentar nessa página, vejo-me obrigada a praticar, no meu Blog, algo que pertence ao domínio das sete obras de misericórdia espirituais: dar bons conselhos, ensinar os ignorantes e corrigir os que erram.

 

IMAGEM BASTA.png

 

Maria Alzira Seixo, “professora universitária” (?) partilhou na sua página do Facebook esta imagem, com o seguinte inacreditável comentário (todos os outros são do mesmo teor):

 

Maria Alzira Seixo: «Deixem-nos em paz, sim! - mas alguém me sabe dizer onde vivem os touros bravos, qual é o seu 'habitat' natural ? Não têm... Não existe... Já não os há nas selvas, como há ainda leões e leopardos (que nunca vi niguém deplorar que estejam fechados nos 'Zoo's) Estes da foto são de uma criação de gado justamente para as touradas, e são criados com todo o carinho e até luxo (mas não se aproximem, dão logo uma cornada e matam!), E É O ÚNICO MODO DE PRESERVAR ESTA ESPÉCIE EM VIAS DE EXTINÇÃO. Se preferem que os bois (os mansos!) sejam mortos no matadouro barbaramente e sem defesa, para que nós possamos comer os bifes de novilho, muito bem, é com a vossa consciência... Mas não falem de uns sem falar nos outros! E nos frangos, nas ovelhas, nos cabritos, na caça em geral, etc. etc.»

***

Como é possível alguém que se diz "professora universitária" vir a público demonstrar tanta IGNORÂNCIA, num pequeno texto, onde quase cada palavra, cada asneira?

 

Depois de todas as informações a este respeito, disseminadas pela Internet, a “professora universitária”, insiste na ignorância. Aliás, opta pela ignorância. Recusa-se a esclarecer-se. E pior do que isso: não quer aprender, e aceita todas as mentiras que lhe convém ouvir aos seus ouvidos de aficionada.

Mas a Maria Alzira Seixo não é uma Maria qualquer...

 

É daquelas criaturas em que a ignorância parece fazer parte do ADN, e sendo assim, morrerá ignorante, por recusar-se a evoluir e a aprender e chegar-se ao século XXI depois de Cristo.

A Universidade proporciona a possibilidade de se alcançar um diploma, mas não dá carácter a ninguém.

 

O que terá para ensinar a Maria Alzira Seixo aos seus alunos universitários?

 

Pobres alunos!

 

***

Pois esmiucemos o que diz a “senhora professora universitária”:

 

Deixem-nos em paz”.

 

Pois bem, vocês é que devem deixar em paz os bovinos. Esses é que precisam de paz, não de serem torturados até à morte, barbaramente, cobardemente, para prazer mórbido, sádico, patológico, de gente que ainda pensa que um bovino é feito de pau, areia e sumo de tomate. 

 

«mas alguém me sabe dizer onde vivem os touros bravos, qual é o seu 'habitat' natural ? Não têm... Não existe... Já não os há nas selvas, como há ainda leões e leopardos (que nunca vi niguém deplorar que estejam fechados nos 'Zoo's)»

 

Eu sei dizer. Eu explico-lhe, “senhora professora universitária”: os touros ditos "bravos" NÃO existem na Natureza, por isso não têm habitat específico, ou melhor, o habitat dos bovinos, conhecidos por Touros, são os prados verdejantes, como os da foto, onde deveriam viver tranquilamente com os outros da mesma espécie. E muito menos existiriam nas “selvas” (esta é de pasmar!) por serem exactamente bovinos, ruminantes. Os bovinos, jamais viveram na selva. Os leões e os leopardos, sim, vivem na selva, são animais da selva, NÃO são animais dos abomináveis jardins zoológicos. Os bovinos são animais domesticados, “professora” Maria Alzira Seixo… Sabe o que isso é?

 

Por favor, tenha a gentileza de aprender mais sobre o assunto clicando nestes links:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/o-chamado-touro-bravo-dizem-os-396144

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/as-touradas-sao-violencia-crueldade-408799

http://vimeo.com/66980826

 

E se nunca viu ninguém deplorar que estejam fechados nos Zoo’s (os leopardos e os leões e todos os outros animais que pertencem, por direito, à selva) é porque a Maria Alzira Seixo vive fechada no mundinho pequeno, pobre e podre da selvajaria tauromáquica, e nem sequer se dá conta de que existem ene movimentos animalistas que pugnam pelo encerramento dos abomináveis jardins zoológicos.

 

Acorde para o mundo civilizado! Acorde! Faça esse favor a si própria.

 

«Estes da foto são de uma criação de gado justamente para as touradas, e são criados com todo o carinho e até luxo (mas não se aproximem, dão logo uma cornada e matam!), E É O ÚNICO MODO DE PRESERVAR ESTA ESPÉCIE EM VIAS DE EXTINÇÃO

 

Os bovinos, que vemos nesta foto, são o produto da interferência desumana de ganadeiros desonestos. E não são criados com todo o carinho e muito menos com luxo. Nem pouco mais ou menos. Mas ainda que o fossem, que sentido teria serem criados com todo o carinho e muito luxo, para acabarem torturados barbaramente para seu deleite, “senhora professora universitária”? Mais valia não existirem.

 

«Mas não se aproximem, dão logo uma cornada e matam», isto é o que lhe dizem? E uma “senhora professora universitária” aceita, sem sequer questionar, tamanha mentira? Por acaso a «senhora professora universitária” conhece a história do Fadjen? Sabe o que é um bovino? Não sabe, de outro modo não diria tamanho disparate.

E já agora, a única espécie em vias de extinção é a espécie dos aficionados, dos toureiros, dos forcados e criaturas afins. Porque a selvajaria tauromáquica está com os pés na cova. E ainda bem que assim é. Se alguém tem de viver, que vivam os Touros. Não os aficionados da barbárie.

 

E para seu conhecimento, aprenda, por gentileza,  o que há a aprender, nestes links, é um favor que faz a si própria:

 

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/o-que-sofrem-touros-e-cavalos-as-maos-476746

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/morte-do-touro-na-arena-475305

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/sofrimento-do-touro-em-toda-a-473765

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/a-raca-dita-de-lide-nao-existe-e-um-472939

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/percurso-do-touro-usado-para-toureio-471214

 

«Se preferem que os bois (os mansos!) sejam mortos no matadouro barbaramente e sem defesa, para que nós possamos comer os bifes de novilho, muito bem, é com a vossa consciência... Mas não falem de uns sem falar nos outros! E nos frangos, nas ovelhas, nos cabritos, na caça em geral, etc. etc

 

Pois a sua falta de conhecimentos sobre esta matéria é abismal. Isto nem é comentável. Como é possível uma “senhora professora universitária” dizer tamanho disparate? Nunca ouviu falar dos vegetarianos ou dos veganos e o que eles pugnam? Nunca lhe passou pela cabeça que os bovinos são animais como a "senhora professora" e não brinquedos feitos de pau, areia e sumo de tomate, para entreter psicopatas? Porque aplaudir a tortura de um ser vivo, ainda que seja legal,  é do sadismo e da psicopatia, dizem os livros. Nunca pensou que a alimentação nada tem a ver com divertimento sádico?

Nunca pensou que a barbárie também se estende aos matadouros, aos currais, às pocilgas, aos galinheiros?

 

Onde está a sua lucidez? 

 

Tenha a gentileza de ter vergonha. Reduza-se à insignificância de aficionada de selvajaria tauromáquica. Não alardeie a sua condição de “professora universitária”, porque conspurca a Universidade de Lisboa. Conspurca a Humanidade. Conspurca a dignidade da Vida.

 

Tenha a gentileza de se instruir sobre esta matéria, da qual só sabe as mentiras que lhe foram transmitidas, desde criança.  Leia o que aqui deixo para ler, e depois de se instruir, venha a público pedir desculpa pela sua falta de saber. É o mínimo que pode fazer por si própria, para se exorcizar de tão tamanha vergonha.

 

Ser aficionada é uma doença hereditária, que pode curar-se com o SABER.

Contudo, bradar ignorância, depois de ter tido a oportunidade (que nem todos têm) de evoluir, estudando numa universidade, é absolutamente imperdoável.

Isabel A. Ferreira


 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:03

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