É tudo uma questão de coerência.
Quem manda em Viana do Castelo?
Vejamos:
O actual primeiro-ministro de Portugal, no início do seu mandato, questionado no Parlamento sobre a existência das touradas, como costuma fazer a maioria dos políticos, deu uma no cravo e outra na ferradura, dizendo que nos municípios onde é “tradição” a realização de selvajaria tauromáquica, podem decidir pela sua continuidade ou não, assim como, naqueles que não há “tradição”, e aqui referiu-se mesmo a Viana do Castelo, que se declarou Cidade Anti-Tourada, em 2009, pode optar-se pela sua proibição.
Então de que está à espera o senhor Presidente da Câmara de Viana do Castelo?
Se a cidade se declarou Anti-Tourada, há que respeitar esta vontade dos vianenses. Há que respeitar as decisões camarárias. Ou elas existem apenas para inglês ver?
Dizer uma coisa e fazer outra não é honesto.
O primeiro-ministro disse, está dito.
Viana do Castelo não tem de vergar-se a vontades alheias, só porque existe quem permite touradas ilegais pelo país.
Quem manda em Viana são os Vianenses, e estes não querem o lixo tauromáquico na sua cidade anti-tourada.
Ponto final.
E isto devia bastar para que as outras "autoridades" respeitassem a lei.
A realizar-se, esta tourada será ILEGAL.
BASTA de tanta ilegalidade! De tanta impunidade!
Senhor Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, mostre quem manda em Viana.
Não permita que desautorizem a vontade expressa dos Vianenses, nem as decisões municipais.
O que querem fazer em Viana é uma afronta à soberania do município e à vontade do povo de Viana do Castelo.
Este é o momento certo para acabar com esta vergonhosa subserviência a um lobby decadente e corrupto.
Portugal está com Viana e com o seu Presidente.
E eu também estou.
Isabel A. Ferreira
Passada precisamente uma semana, a autarquia vianense, que já devia ter vindo a público explicar por que motivo as autoridades que se apresentaram junto à barraca da tortura, não impediu a selvajaria ilegal que se realizou, contra todas as expectativas, no passado dia 7 de Setembro, remeteu-se a um silêncio que está a causar uma legítima desconfiança…
Por isso… esta carta.
Exmo. Sr. Dr. José Maria Costa,
Todos nós sabemos que o que se passou no dia 7 de Setembro, em Viana do Castelo foi algo bizarro. Fora da lei. Ilegal.
Depois das medidas legais que a Câmara Municipal de Viana do Castelo efectuou para impedir que, em 2014, os bárbaros conspurcassem uma cidade, cujos habitantes (exceptuando um ou outro bronco) não são aficionados, e perante o descaramento dos invasores, que só tinham autorização de um tribunal para montar a barraca, foi com enorme estupefacção que assistimos à inacreditável transgressão da Lei, diante das “autoridades” que se apresentaram no local.
Ou essas “autoridades” não teriam autoridade, ou seja, permissão, para impedir a ilegalidade da “ocorrência”?
Seriam apenas figurantes de uma Farsa da Autoridade, a que se assistiu, naquela tarde?
Esta situação, absolutamente insólita, leva-nos a colocar duas questões legítimas:
OU
a Câmara Municipal de Viana do Castelo tomou as medidas iniciais que tomou, e muito bem, baseando-se na Lei, conhecendo, antecipadamente, o desfecho desta invasão bárbara, e tudo não passou de uma grande farsa, para distrair os Vianenses e os Abolicionistas que estão com Viana do Castelo.
OU
A Câmara Municipal de Viana do Castelo ingenuamente deixou-se ultrapassar por um bando fora-da-lei, o que, não nos parece provável, uma vez que autarquia vianense tem um Gabinete Jurídico que, em princípio, existe para dar pareceres jurídicos dentro da legalidade.
Certo?
Ora, dada a manifesta ilegalidade da “ocorrência” e depois de uma autoridade que supomos ser competente, ter vindo a público dizer que o episódio da selvajaria tauromáquica previsto realizar-se em Viana do Castelo, naquela tarde, era ilegal, seria de esperar que a Câmara Municipal de Viana do Castelo colocasse em campo, naquela tarde, o seu poder, e exigisse aos fora-da-lei todos os documentos necessários para a realização da selvajaria (eles só tinham um “papel” alegadamente do tribunal a autorizar a montagem da barraca, e mesmo assim duvidamos, porque temos motivos para duvidar que esse “papel” fosse legal, a não ser que nos provem o contrário), ou solicitasse a autoridades do Estado Português para fiscalizarem se a barraca e tudo o que acarreta uma “ocorrência” tauromáquica, cumpriam todos os requisitos do RET.
E o que aconteceu?
A Câmara Municipal de Viana do Castelo colocou em campo uns “figurantes” que em vez de cumprirem a Lei, estiveram a “guardar” a manifestação pacífica de gente que pugna por uma Viana do Castelo limpa e civilizada, enquanto os fora-da-lei estiveram a torturar bovinos indefesos numa barraca, para cerca de duas centenas de broncos, ilegalmente.
E depois de se ter torturado meia dúzia de magníficos seres vivos, inutilmente, realizou-se um jantar muito interessante…
Posto isto, não será legítimo concluir que a Câmara Municipal de Viana do Castelo (que de ingénua nada tem) fez jogo duplo, tal como aconteceu em 2012 e 2013?
Não quero crer, por isso, solicito a V. Excelência uma explicação pública coerente para compreendermos o que aconteceu, naquela tarde, em Viana do Castelo, e não ficarmos com esta sensação desagradável de que tudo não passou de uma grande farsa. Além de que os anti-touradas vianenses não são obrigados a complementar ou fazer o trabalho que a CMVC deveria ter feito desde 2012.
Mas se for necessário… Desta vez a culpa não morrerá solteira.
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Este é o momento certo:
Exigimos a abolição das touradas já!
«No passado domingo nem tudo correu bem pelos lados de Darque. Para além de manifestantes feridos pela PSP, também um jornalista do Falcão do Minho foi violentado, tendo um da PSP que o atacou arremessando o seu telemóvel com o qual procedia à recolha de imagens.
Após o incidente o jornalista identificou-se como tal e o polícia de intervenção voltou a agarrar o telemóvel e a mão do jornalista dizendo que não podia fotografar.
Toda a situação se desenrolou em altura calma, sem incidentes, nada justificando a atitude do polícia.
Tentamos identificar o polícia, mas nem ele, nem o colega ao seu lado se identificaram. O jornalista dirigiu-se então ao graduado ali presente, Raul Curva, e aguardou o fim de um apontamento de entrevista para a Sic para então relatar-lhe o incidente. Também Raul Curva negou-se a identificar o polícia. Uma queixa formal será apresentada. Entretanto se alguém poder ajudar na identificação, agradecemos.»
Fonte:
***
Mas não é OBRIGATÓRIA a identificação dos polícias?
E o que tem o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Eng.º José Maria Costa, a dizer sobre este inusitado ATAQUE?
Isabel A. Ferreira