Sexta-feira, 25 de Setembro de 2015

QUE GOVERNANTES, PARA PORTUGAL?

 

No próximo dia 4 de Outubro, os Portugueses serão chamados a votar. E precisam de votar. É um dever cívico, e não devemos deixar em mãos alheias a nossa responsabilidade pela eleição dos próximos novos/velhos governantes.

 

Lembrem-se do que diz Bertold Brecht

«Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem».  

 

 

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A mim, preocupa-me bastante o facto de existirem candidatos a cargos políticos fulcrais para a Nação, que são aficionados de selvajaria tauromáquica, ou seja, são aqueles que se deleitam com o sofrimento de um ser vivo, porque podem muito bem se deleitarem (como, aliás, acontece) com o sofrimento do povo. Certo?

 

O filósofo alemão, Arthur Schopenhauer, que muito prezo pelo seu saber erudito e pela sua lucidez, diz o seguinte: «A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de carácter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom Homem».

 

Verdade. Não pode. Não é.

 

E são precisos Bons Homens (e Mulheres, obviamente) na governação. Pessoas em quem possamos confiar plenamente.

 

Pessoas com um carácter (que é o verdadeiro Eu, a essência secreta do coração, o temperamento civilizado) impoluto.

 

Mas quem são os candidatos que, não largando o poder, a ele se agarram como se fosse a tábua de salvação da vida deles?

 

Alguns conhecemo-los bem, pela notória exposição pública e pelas atitudes menos dignificantes que os vão marcando.

Outros, nem por isso.

 

 ***

Paulo Portas (CDS/PP) defensor-mor da selvajaria tauromáquica

 

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 (Foto retirada do Facebook)

 

Vejam como sorri, enquanto segura nas mãos a imagem argilosa de um forcado, em posição de ataque a um animal indefeso e moribundo – o Touro. Pelo sorriso e pela pose, podemos deduzir a grande afeição de PP por cobardes.

 

Actual Vice-primeiro-ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros, que se orgulha de ter exportado para Israel 4.000 cabeças de gado vivo... (imagine-se a barbaridade da viagem destes animais!), o parceiro de Pedro Passos Coelho, na Coligação PPD/PSD/CDS/PP é grande aficionado e impulsionador de selvajaria tauromáquica. É aquele, que um dia disse que as touradas têm muitos opositores, mas ele sempre as defenderá, e é também aquele que boicotou a Lei de Protecção dos Animais, naquilo que ela tinha de mais relevante para a defesa dos mesmos.

 

Será um bom homem?

 

***

O Primeiro-Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho (PPD/PSD) a fazer rapapés a torturadores de Touros

 

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Esta foto foi tirada aquando da “homenagem” prestada pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha a Marco José, um montador de cavalos, o qual a autarquia agraciou com a Medalha de Mérito Municipal (pasme-se!) CULTURAL, uma medalha que perdeu todo o seu simbolismo com tal atribuição.

 

O Primeiro-Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, esteve presente nesta despudorada “cerimónia”, e posou para a foto ao lado do recebedor desta medalha “coltural”, do espetador de bandarilhas Francisco Paulino e do apoderado (aquele que trata dos “interesses” dos torturadores de Touros) Pedro Pinto, valiosas “personalidades” que contribuem para o progresso, a civilização e a evolução de Portugal, com o aval de Passos Coelho.

 

Será ele um bom homem?

 

***

Candidato a Primeiro-Ministro, António Costa (PS) aquele  

que medalha torturadores de Touros moribundos 

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Um “socialista” aficionado de tortura de seres vivos indefesos, que envergonha o Partido Socialista português e um País que se quer civilizado, não pode nem deve ascender a primeiro-ministro, por não ter perfil humano para representar Portugal.

 

O que vemos na foto é algo anómalo. Aconteceu em Abril de 2010. Elísio Summavielle, então secretário de Estado da “Coltura” (pois Cultura é outra coisa…) e António Costa, então presidente da Câmara Municipal de Lisboa, estiveram presentes na tourada que inaugurou a temporada carniceira no campo pequeno, em Lisboa, uma cidade europeia (será?), com esta repugnante nódoa negra, que a coloca no rol de cidades com um destacado atraso civilizacional.

 

E o que fez António Costa?

 

Fez esta desonra a um símbolo de Portugal, que em princípio só deve ser atribuído a pessoas que se destacam por terem feito algo dignificante pelo País.

 

António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, aproveitou aquela ocasião mórbida, que é a da tortura de bovinos indefesos, e desceu à arena. E sob cerrada ovação impôs a José Luís Gomes a Medalha de Mérito Municipal Grau Ouro (decisão unânime da edilidade em Setembro de 2009), na hora da despedida deste cabo do grupo de forcados de Lisboa, ou seja, António Costa recompensou a cobardia, e a Medalha de Mérito Municipal perdeu, naquele exacto momento, todo o seu significado simbólico.

 

Ver notícia completa neste link:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/tortura-gratuita-e-humilhacao-de-475652

 

Será António Costa um bom homem?

 

***

Quando os governantes são aficionados de selvajaria tauromáquica a crueldade e a violência são como uma praga e Portugal regride, e marca passo no caminho da evolução

 

Dos oito países (de entre 193, que existem no mundo) que ainda permitem este costume bárbaro, Portugal é o único que não tem feito qualquer progresso, por mínimo que seja, no sentido de abolir esta prática cruenta e irracional, do tempo anterior ao tempo do homem das cavernas, que era muito mais civilizado do que os que hoje praticam, aplaudem e promovem esta selvajaria inaceitável, porque o homem das cavernas não se divertia a torturar os animais com que se alimentavam.

 

Muito pelo contrário, o atraso civilizacional é de tal monta, que os governantes portugueses, desde o Presidente da República (que também medalha forcados cobardes), passando pelo Primeiro-ministro, pelo vice-primeiro-ministro, directores de organismos estatais, autarcas, deputados da Assembleia da república (dos 230 que compõem a AR, apenas 24 rejeitam a tauromaquia) tudo fazem para manter uma prática que está a ser repudiada em todo o mundo civilizado.

 

E fazem isto com o maior despudor, não tendo sequer a noção do ridículo das atitudes e do facto de atirarem Portugal para o caixote do lixo do mundo.

 

***

E o aficionado assumido Marcelo Rebelo de Sousa, que pretende o cargo de Presidente da República?

 

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Marcelo Rebelo de Sousa foi visto recentemente numa tourada, em Sobral de Monte Agraço numa arena “cheiinha” de sádicos, conforme podemos verificar na foto.

 

Será este um bom homem?

 

E é esta personagem que pretende candidatar-se a Presidente da República de Portugal?

Não é imoral?

 

***

E estes são alguns (os principais) governantes que temos.

Estes são os candidatos a governantes que continuamos a ter.

Não é angustiante?

Votar em quem? Como? Para quê?

 

GOVERNANTES6.png

 

Bem, não tenho outra alternativa senão terminar dizendo como diz um amigo meu, que sendo Biólogo, sabe o que diz:

 

«Era preferível que estivéssemos entregues à bicharada, porque viveríamos uma condição muito mais racional e humana»

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:08

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Terça-feira, 26 de Maio de 2015

Grupo de forcados de Santarém comemora 100 anos de actos cobardes contra bovinos indefesos

 

 

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Mário Vargas Llosa, (na foto com o tauricida espanhol Enrique Ponce, a molestar um bovino bebé) grande defensor da “arte“ de torturar touros indefesos numa arena, “honrou” os forcados de Santarém e a cobardia portuguesa de torturar Touros já moribundos, ao aceitar integrar a comissão de (des)honra do centenário deste grupo, que durante cem anos torturou, com a empáfia própria dos cobardes, seres vivos, já bastamente torturados, feridos, a sangrar, rasgados por dentro. Já quase mortos, só para divertir sádicos e psicopatas  idiotas. (Foto Farpas Blogue)

 

Como não há “pompa” sem “circunstância”, este grupo convidou outro grupo, não menos desqualificado, de “personalidades” que eles, os forcados de Santarém, acham (porque não conseguem pensar) que é uma mais-valia para “enfeitar” esta comemoração da vergonhosa cobardia.

 

Desse grupo de desiluminados fazem parte os seguintes aficionados de selvajaria tauromáquica:

 

- Jorge Sampaio, ex-Presidente da República, ligado à introdução de Touros de morte na incivilizada localidade de Barrancos;

 

- Paulo Portas, Vice-Primeiro-Ministro, defensor acérrimo da selvajaria tauromáquica;

 

- Assunção Cristas, Ministra da Agricultura e do Mar e da tauromaquia;

 

- Maria Gabriela Canavilhas, deputada e ex-Ministra da (In) cultura;

 

- Marcelo Rebelo de Sousa, Conselheiro de Estado e Professor Catedrático, o qual possui conhecimentos académicos, mas não sabedoria;

 

- Gonçalo Ribeiro Telles, antigo Ministro de Estado e Professor Catedrático (o mesmo que Marcelo);

 

- Ricardo Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal de Santarém, um autarca sem visão;

 

- Idália Serrão, deputada do PS, com os pés fincados no fascismo;

 

- Manuel Pelino Domingues, bispo de Santarém, que não cumpre o preceito máximo deixado por Jesus Cristo;

 

Mário Augusto Rebelo, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santarém, anti-católico;

 

- João Machado, Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, com interesses económicos na tortura de bovinos;

 

- Victor Mendes, matador de bovinos, por prazer;

 

- Enrique Ponce, matador de bovinos, por prazer;

 

- Maria Tereza de Vasconcelos e Sá Grave, poetiza e pintora sem um pingo de sensibilidade;

 

- Maria da Conceição Abreu Alpoim Cabral, a tia Bindes, do tempo dos marialvas;

 

- António Paim dos Reis, forcado (e fica tudo dito);

 

- David Ribeiro Telles, montador de Cavalos nas arenas;

 

- António Corrêa de Sá (Lavradio), Presidente do Real Club Tauromáquico Português, que na realidade é um antro;

 

- Mario Vargas Llosa, escritor peruano, que nasceu e cresceu a pensar que um animal era uma "coisa" diferente dele,  e ficou parado no tempo...

 

***

Estes são os “notáveis” adoradores de sangue e crueldade.

 

Por que será que vemos entre aficionados de selvajaria tauromáquica, doutores, professores universitários, artistas, um autarca, um escritor, um bispo…?

 

Simplesmente porque a condição social, a universidade, o dinheiro não dá carácter a ninguém.

 

Estes “notáveis” que constam desta lista (que ficará perpetuada no Livro Negro da Tauromaquia), com esta postura  revelam ser apenas indivíduos com algum grau de conhecimentos académicos, mas mal formados.

 

Revelam a inconsciência de um conhecimento mais profundo que lhes permita fazer uso do seu intelecto para conseguirem discernir sobre questões morais, sobre o que é certo e errado, em situações que envolvem tortura e sofrimento de um ser vivo.

 

Revelam grande ausência de carácter, na postura cómoda que partilham com padrões obsoletos de comportamento institucionalizado na sociedade, demonstrando uma verdadeira falta de consciência ética e falta de conhecimentos elementares no que diz respeito ao conhecimento das outras espécies animais, uma vez que eles próprios são animais.

 

Nada sabem sobre si próprios e da condição humana.

 

Por isso, o grupo de forcados nada tem de que se orgulhar desta “comissão” que de “honra” nada tem. Muito pelo contrário.

 

E melhor seria que o grupo de forcados de Santarém ficasse quieto no seu canto, porque comemorar 100 anos de cobardia, não lhes dá estatuto social, moral ou cultural. Por muito que queiram ou tentem.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:28

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Terça-feira, 24 de Março de 2015

TEMOS O DEVER DE NOS INDIGNARMOS COM A FALTA DE DIGNIDADE DE CERTOS DEPUTADOS DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

 

Afinal, quem paga os salários dos deputados?

 

É o povo, obviamente.

 

E se há coisa que eu, como povo, não tolero num governante é a falta de dignidade para exercer um cargo que é pago também com o meu dinheiro.

 

De um aficionado vulgar, de um ganadeiro inculto, de um forcado cobarde ou de um torturador estou habituada a receber os comentários mais desprezíveis e obscenos que possam imaginar-se.

 

De um deputado da nação, não é comum, mas aconteceu.

 

E porque considero grave o comportamento deste deputado centrista, tornarei pública a nossa troca de “galhardetes”.

 

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Tudo começou quando um deputado do CDS/PP veio a público dizer que se envergonhava de algumas coisas, das quais havia participado na Assembleia da República Portuguesa.

 

Ora, entre essas coisas, não li uma, que envergonha até as pedras da calçada, e que o referido deputado não mencionou.

 

Daí que lhe enviei e tornei pública a seguinte mensagem:

 

Exmo. Senhor deputado,

 

Li esta entrevista de V. Exa. e pasmei:

 

(…)  

Pensei que ia ler que se sente envergonhado TAMBÉM por ter votado em leis que permitem a selvajaria tauromáquica, algo que desqualifica, sem qualquer apelo, um deputado da nação...

 

Mas não.

 

Foi uma desilusão.

 

Deve envergonhar-se de muita, mas muita coisa, em que participou no Parlamento, mas a de ser aficionado da tortura de seres vivos é a mais vil de todas.

 

Tenho vergonha dos políticos que se vergam (sabe-se lá porquê! ou saberemos?) a um lobby inculto, macabro, obscuro, selvático, primitivo, grosseiro, uma minoria desclassificada, para manter uma prática bárbara, digna apenas de broncos.

 

Envergonhe-se disto, em primeiro lugar, senhor deputado. E depois, envergonhe-se de tudo o resto que levou à descredibilização da classe política e dos políticos portugueses.

E acho muito bem que não volte a candidatar-se à Assembleia da República, porque esse órgão do poder tem de ser dignificado, urgentemente.

 

Com a minha mais veemente indignação,

 

Isabel A. Ferreira

 

***

Ora o Exmo. Senhor Deputado, respondeu-me o seguinte:

 

Exma. Senhora,

 

Já me tinham, na verdade, prevenido para que o fanatismo chega a ser uma doença incurável.

 

Desejo as melhoras e que não seja nada de particularmente grave.

 

Cumprimentos,

 

Deputado (…)

 

***

Na verdade, não esperava esta resposta, vinda de um deputado da nação, a alguém que ajuda a pagar-lhe o salário. Até porque (a resposta) está ao nível do mais vulgar aficionado de selvajaria tauromáquica, e não ao de um deputado da nação.

 

Como não admito que alguém, a quem ajudo a pagar o salário, se dirija a mim, nestes termos, contestei:

 

Exmo. Senhor Deputado,

 

A resposta de V. Exa. não me surpreendeu, pois é o vulgar argumento dos que não têm argumentos racionais e lógicos, para defender o indefensável: a tortura de seres vivos para divertir os marialvas que não cortaram o cordão umbilical que os liga aos tempos salazaristas.

 

Estará V. Exa. a falar de si próprio? Saberá como se designa esse "fenómeno" em Psicologia? Transpor para os outros os próprios "defeitos"?

 

Chama-se projecção, ou seja um mecanismo de autodefesa, a acção de expulsar inconscientemente os sentimentos ou desejos individuais considerados totalmente inaceitáveis, ou muito vergonhosos, obscenos e perigosos, atribuindo-os a outra pessoa.

 

Relembro a V. Exa. que não sou eu que vou aplaudir a tortura de Touros para as arenas. Algo imoral, anti-ético, e que pertence ao rol do fanatismo ritualista de um passado muito primitivo.

 

Relembro a V. Exa. que "fanáticos" (que significa apaixonados) são os aficionados da selvajaria tauromáquica, são os terroristas islâmicos, são todos aqueles que fanaticamente pugnam pela barbárie, que os mantém tão cegos que não conseguem raciocinar.

 

Eu não sou fanática dessa barbárie, ao contrário de V. Exa., cujo fanatismo é tanto, que o cega, não deixando lugar para a racionalidade.

 

Disto é que devia envergonhar-se. O nome de V. Exa. ficará para a História como um deputado que pugnou pela tortura de seres vivos, na Assembleia da República. É desse modo que os seus descendentes o lembrarão, numa época em que a selvajaria tauromáquica será tida como uma vergonha da humanidade, tal como o é hoje o Circo Romano.

 

Eu sou apaixonada pela Cultura Culta e abomino a selvajaria, qualquer selvajaria, principalmente vinda de gente que tem cargos públicos e devia pugnar pela dignidade desses cargos e do bom nome do País que serve. Se a isto quiser chamar "fanatismo" esteja à vontade. Não me faz qualquer mossa.

 

Doença, têm os aficionados. Chama-se PSICOPATIA, que está estudada por especialistas, nessa matéria. Alteração de personalidade, porque não é normal, uma pessoa no seu juízo perfeito gostar de ver torturar um ser vivo, e aplaudir o atroz sofrimento dele. Isto não é uma doença incurável para aqueles que se se deixam tratar. Nos outros, nos mais fanáticos, como V. Exa., será um caso perdido.

 

Com esta postura, V. Exa. revela a inconsciência de um conhecimento mais profundo que lhe permita fazer uso do seu intelecto e discernir sobre questões morais, sobre o que é certo e errado em situações que envolvem tortura e sofrimento. Revela grande ausência de carácter na postura confortável que partilha com padrões arcaicos de comportamento institucionalizado na sociedade, demonstrando uma real falta de consciência ética e falta de conhecimentos elementares no que diz respeito ao conhecimento das espécies animais.

 

Espero que a Assembleia da República se livre urgentemente de deputados como V. Exa., que não lhe confere prestígio algum.

 

Nunca, como hoje, esse órgão do poder legislativo, esteve tão desqualificado, por muitos e variados motivos, e mais este.

 

Com os meus cumprimentos,

 

Isabel A. Ferreira  

 

***

 

Ora o senhor deputado, não gostou da minha contestação, e refutou deste modo:

 

Exm.a Senhora,

 

Constato, com profundo pesar, que os meus desejos de melhoras e de que não estivéssemos perante um caso particularmente grave não foram favoravelmente acolhidos pelo destino. Lamento-o.

 

Verifico também que V. Ex.ª usa frases e ideias (se lhes podemos chamar de "ideias") que são vulgares nos que padecem de similar fanatismo, mas, para mais, no seu caso, revestidas de singular vulgaridade.

 

V. Ex.ª não me conhece de parte nenhuma, nem conhece o que penso ou não penso sobre as matérias em que discorre. O seu discurso é de puro ódio e completamente desconexo, nos lugares-comuns que vai bolsando.

 

Verifico ainda que V. Ex.ª dispõe de tempo em excesso, privilégio que usa em modo particularmente anti-social. Esse não é o meu caso.

 

Volto a desejar melhoras. Passe bem.

 

Cumprimentos,

Deputado (…)

 

***

 

Não sou de me vergar, nem perante um Rei, muito menos a um deputado que perde a sua dignidade, ao não respeitar o lugar que ocupa: o de servidor de um País e de um Povo aos quais pertenço.

 

Respondi-lhe à letra, como não podia deixar de ser.

 

Exmo. Senhor Deputado,

 

Francamente! Esperava que eu me vergasse a um comentário tão descortês, como o que me enviou?

 

Saiba que estou habituada a que os aficionados de touradas, mesmo os que não tiveram a oportunidade de frequentar uma universidade, me mimoseiem precisamente com as mesmas palavras que me dirigiu.

 

Estudaram todos pela mesma cartilha na escola primária. Dizem todos o mesmo. Não admira. E continua a projectar em mim, o que V. Exa. é. Não me surpreende.

 

A resposta de V. Exa. corresponde exactamente à ideia que sempre fiz de alguém que vai para a política sem nada saber da Arte Política.

Pois está muito enganado, em tudo o que diz. Nem sequer tem a capacidade de destrinçar o que é a vulgaridade (por exemplo, a resposta descortês que V. Exa. me enviou), de superioridade moral, que é algo que verdadeiramente lhe falta.

 

 

Não conheço V. Exa.?

 

Pessoalmente não conheço, e espero nunca vir a conhecer, porque não é propriamente alguém que me interesse conhecer.

 

Mas não se esqueça que, desafortunadamente, é uma “figura pública” que todos os portugueses (e não só eu) conhecem através dos seus actos pouco elevados na Assembleia da República, pelo que diz nas televisões, e quando aparece nas arenas de tortura de bovinos, a aplaudir a tortura e o sofrimento deles.

 

E há algo mais: V. Exa., tal como o mais vulgar aficionado, não sabe distinguir “ódio” que é um sentimento menor que os aficionados de touradas consagram aos bovinos, para lhe aplaudirem o tormento, de INDIGNAÇÃO. Como é possível, se são dois sentimentos tão diferentes?

 

Quanto ao tempo que disponho em excesso, deve ser igual ao de V. Exa.. Só que o meu é fruto de uma política de desemprego que V. Exa. ajudou a criar. E o de V. Exa. será fruto de um dolce fare niente, inerente ao cargo político que ocupa.

 

Quanto ao termo anti-social, que utiliza, tem a certeza de que ele se aplica à minha pessoa?

 

Olhe que não! Olhe que não!

 

Olhe que não sou eu que vou aplaudir o sofrimento de touros numa arena. E esse é o caso de V. Exa.. Existem provas.

 

E por fim deixo-lhe aqui um desafio, para ver quem deseja a quem as melhoras:

 

Desafio-o a consultar um psiquiatra imparcial, que nos avalie aos dois, psicologicamente. Que avalie os nossos comportamentos. A nossa mente.

 

E terá uma colossal surpresa.

 

Com os meus cumprimentos,

 

Isabel A. Ferreira

 

***

 

Bem… a partir daqui fui bloqueada na “conta” deste deputado, no site da Assembleia da República.

 

O que não me admirou nada.

 

E eu só queria que alguém, que ocupa um cargo do Governo Português, me apresentasse um argumento racional, lógico, ético, culto, evoluído, civilizado, que justificasse a prática da selvajaria tauromáquica em Portugal.

 

Nem o Doutor Paulo Portas, a quem dirigi uma gentil Carta Aberta, ainda não conseguiu enviar-me um só argumento que fosse.

 

E eu já dei a minha palavra de honra que deponho as minhas armas pacíficas (as palavras) no dia em que um governante justifique racionalmente a existência da tortura de seres vivos, para divertir os aficionados desta prática selvagem, que têm assento na Assembleia da República Portuguesa.

 

Será pedir muito?

 

 ***

Pouco tempo depois de ter publicado este texto, recebi este e-mail do senhor deputado visado neste post:

 

Exm.ª Senhora,

 

Informo que não foi bloqueada na minha conta. É, contudo, uma sugestão.

 

A mensagem que recebeu era tão-só um sinal subtil de que se esgotou a minha paciência para a aturar.

 

Em complemento das preocupações que anteriormente já lhe transmiti, acrescento, agora, que dizem a fúria faz bem: estimula a corrente sanguínea. Tenha, todavia, muito cuidado com a tensão arterial.

 

Recomendo-lhe, ainda, que cuide bem da sua dignidade. E do seu tempo também.

 

Passe bem. E por favor deixe de me maçar com as suas obsessões.

 

Cumprimentos,

Deputado (…)

 

***

Bem, por aqui se vê a exiguidade moral e mental deste deputado centrista, a quem o povo português paga o salário, esperando dele uma atitude condizente com o cargo que ocupa.

 

Infelizmente não honra nem dignifica a Assembleia da República Portuguesa.

 

É lamentável. Muito lamentável.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:39

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Terça-feira, 13 de Janeiro de 2015

Carta aberta ao Doutor Paulo Portas, presidente do CDS/PP e vice-primeiro-ministro de Portugal

 

MInistro Paulo Portas.jpeg

 

Exmo. Senhor Doutor Paulo Portas,

 

É como cidadã portuguesa, com direitos consignados na Constituição da República Portuguesa, e com deveres cívicos para com o meu País e a minha consciência, que me atrevo a dirigir-lhe estas palavras abertas também ao mundo.

 

E o que pretendo com esta carta é fazer-lhe uma simples pergunta, que espero tenha a delicadeza de responder, por dois motivos: primeiro, porque nunca se deixa uma carta, com remetente, sem resposta (é um princípio ético); segundo, porque milhares de portugueses gostariam de compreender as atitudes insólitas de um homem que ocupa cargos públicos e, por isso mesmo, tem o dever de pugnar pelos interesses de Portugal e dos Portugueses, e não pelos interesses de uma minoria inculta, mal formada e inútil ao país.

 

A pergunta é a seguinte:

 

Por que é que um homem que nasceu no seio de uma família por onde a cultura culta deambulou; um homem que frequentou o Ensino Superior e se licenciou em Direito, pela Universidade Católica Portuguesa, onde leccionou História do Pensamento Político; um homem que exerceu a actividade de jornalista nos periódicos «Tempo», «A Tarde», «Semanário» e noutros órgãos de comunicação social; um homem que fundou e foi director do semanário «O Independente», (e do qual fui testemunha abonatória, num processo-crime em que também eu era arguida, num outro jornal, no caso do empreiteiro Avelino do Monte); um homem que é presidente de um partido político com assento na Assembleia da República Portuguesa; um homem que é vice-primeiro-ministro de Portugal e que o representa quando se desloca ao estrangeiro; um homem que se diz católico e do qual não duvido que recebeu uma educação bastante esmerada; por que é que um homem com todo este palmarés é adepto, apoia e promove a selvajaria tauromáquica, ao ponto de intencionalmente excluir Touros e Cavalos do Reino Animal, como se fosse um qualquer cidadão desprivilegiado, que não tivesse tido a oportunidade de se instruir, de evoluir, de civilizar-se?

 

Grande Corrida CDS.jpeg

I Grande Corrida do CDS nas Caldas da Rainha 2010 (com a presença do Presidente Paulo Portas) © João Polónia | fotografia em baixa resolução, para proteger os direitos de autor

Origem da foto: http://www.joaopolonia.com/fotografia/tauromaquia/

 

Por que é que um homem da envergadura de V. Excelência, que não pertence propriamente à camada inculta da população (à qual não deram oportunidade de evoluir), teima em hastear a bandeira da identidade “cultural” dos broncos?

 

O que estará por detrás desta atitude incompreensível à luz da razão, da lógica, da ética, da lucidez?

 

Vossa Excelência deve ter conhecimento de que a chamada “indústria” tauromáquica, ou seja a “indústria” da crueldade e da violência gratuitas sobre animais inocentes, indefesos e inofensivos, tenta desesperadamente legitimar-se socialmente, uma vez que enfrenta grande contestação moral, e a sua actividade sangrenta e obscura suscita, nos tempos que correm, grande repulsa ética, social e cívica, não só em Portugal como em todo o mundo.

 

Vossa Excelência deve saber também que apoiar a selvajaria tauromáquica, em pleno século XXI, contra toda a evidência imparável da evolução necessária e inerente a um país em que apenas uma minoria (muito, muito minoria...) inculta e ignorante persiste em perpetrar uma prática que horroriza, é negada e afasta quase 90% da população portuguesa, que não só repudia esta “diversão” de broncos, como todas as outras práticas que se baseiam em maltrato de animais, como circos, lutas, caça e pesca desportivas, tiro aos pombos…, é passar a si próprio um atestado de inferioridade mental.

 

Vossa Excelência pode imaginar o quanto, como cidadã portuguesa, me sinto envergonhada pelos governantes do meu país ainda permitirem algo tão cruel e primitivo em pleno século XXI depois de Cristo?

 

Todos sabemos que as touradas têm apresentado grande prejuízo e caso não fôssemos nós, cidadãos portugueses, e a União Europeia retrógrada a sustentá-la contra a nossa vontade, elas já não teriam lugar em Portugal, em Espanha e em França.

 

É inadmissível que mais de 16 milhões de euros sejam retirados, anualmente, das contribuições e impostos dos portugueses e serem canalizados para sustentar a selvajaria tauromáquica em todas as suas cruéis modalidades.

 

Devo recordar a V. Excelência que a selvajaria tauromáquica não tem mais lugar numa sociedade civilizada. O ser humano evoluiu no sentido de cada vez mais respeitar o sofrimento e a vida dos animais não-humanos (uma vez que animais somos todos nós) e, por esse motivo, essa selvajaria tem vindo a ser repudiada e proibida em muitas cidades e regiões, nos (apenas) nove países onde ainda se pratica.

 

Trata-se, na verdade, de uma actividade bárbara que não serve absolutamente nenhum interesse do ser humano, e de um País, mas apenas o ego doentio de uma minoria inculta e nociva às sociedades modernas, que insiste em alimentar e perpetuar um “gosto” mórbido, desassisado e sádico de se divertir à custa do sofrimento de um animal herbívoro, que mais não quer do que pastar e conviver com os seus, em paz, nos prados.

 

Foi para isso que nasceram.

 

Vossa Excelência parece desconhecer que a selvajaria tauromáquica promove a violência gratuita, deseduca as crianças que a elas assistem, inclusive provocam-lhes traumas (estudos psiquiátricos provaram-no com grande clareza), representam uma afronta à ciência, que já demonstrou e provou sobejamente que os Touros e os Cavalos são animais sencientes e conscientes tal como nós, animais humanos.

 

Talvez Vossa Excelência não saiba que em Março de 2012, um grupo de neurocientistas de renome internacional, declarou pela Universidade de Cambridge que todos os mamíferos, aves, répteis e outros animais de várias espécies, além de serem sencientes têm também consciência. Quer isto dizer, que têm plena noção do que se passa à sua volta e que, tal como o animal humano, têm a capacidade de experimentar sofrimento físico e emocional, como dor, tristeza, medo, stress, pânico, mas também alegria, amor e emoção.

 

Não há de facto, aos olhos da ciência ou de qualquer pessoa civilizada e compassiva, diferenças fundamentais entre nós, humanos, e os restantes animais. Refiro-me a diferenças que justifiquem a utilização de animais como objectos de tortura numa prática absurda e sádica, para a qual são violentamente retirados do seu habitat, drogados, amedrontados, provocados, feridos, inclusive depois de saírem da arena, e por fim, os que resistem a dias sem tratamento, comida ou água, são mortos cruelmente num qualquer matadouro. Fim de vida demasiado torturante, inglório e indigno para um animal que os anti-taurinos dizem “honrar”.

 

Vossa Excelência devia saber que a UNESCO, em 1980 declarou a tauromaquia como «a terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras. Traumatiza as crianças e adultos sensíveis. A tourada agrava o estado dos neuróticos atraídos por estes espetáculos. Desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afronta a moral, a educação, a ciência e a cultura".

 

Vossa Excelência, como presidente do CDS/PP, deve recordar-se de como vergonhosamente este partido conseguiu proteger a agropecuária, a selvajaria tauromáquica e circos da penalização pelos maus tratos a animais, naquela famigerada lei de protecção a Cães e Gatos (os únicos animais não-humanos reconhecidos como animais). E os outros? Podem ser maltratados sem piedade?

 

Sabia Vossa Excelência que o CDS/PP representa «os agoniados do tempo da ditadura, que não conseguiram digerir o 25 de Abril» (conforme já li algures, e concordo plenamente), por isso mantém ainda a mentalidade retrógrada que inacreditavelmente conseguiu sobreviver no pós-25 de Abril?

 

Porquê, Senhor Doutor Paulo Portas?

 

Porquê, sendo Vossa Excelência um homem relativamente novo e educado nos melhores colégios e com formação superior, acoita na sua bagagem humana e política, algo tão desumano, tão cruel, tão sangrento e tão do foro da psicopatia como é a selvajaria tauromáquica?

 

Pode Vossa Excelência ter a gentileza de nos dar uma explicação lógica e racional para esta atitude, que nem o mais sábio dos sábios compreende?

 

É que já fiz esta pergunta a várias autoridades e dirigentes e governantes portugueses, e até a meros aficionados, e nenhum teve ainda a capacidade ou a coragem ou a amabilidade de responder a esta questão tão simples.

 

Porquê, em Portugal, este costume bárbaro de origem espanhola, que nada tem a ver com tradição portuguesa, arte, cultura ou outra coisa qualquer respeitante à civilização e à humanidade, é apoiado pelo Estado Português, e nomeadamente pelos deputados do CDS/PP?

 

Será uma questão do marialvismo que caracterizou o tempo da ditadura e sobrevive no partido de que V. Excelência é presidente?

 

Aguardando que Vossa Excelência possa fazer a diferença, e dar-me a gentileza de uma justificação que, garanto, se for racional, deponho as minhas armas (as palavras), envio-lhe os meus cumprimentos, que poderiam ser os “melhores” se eu não me sentisse tão indignada.

 

Isabel A. Ferreira

(isabelferreira@net.sapo.pt)

 

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/carta-aberta-ao-doutor-paulo-portas-502121?thread=1745769#t1745769

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:39

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Segunda-feira, 20 de Outubro de 2014

A Polícia de Segurança Pública (PSP) emitiu um cartaz com uma mensagem absolutamente verdadeira

 

Disse bem, a PSP : um animal não é um brinquedo.

Aqui vemos um adorado CÃO.

É crime abandoná-lo. 

 

Cartaz da PSP.jpeg

Mas nesta foto abaixo vemos um Touro e um Cavalo.

 

Tortura de Cavalo e Touro.jpeg

Estes serão brinquedos?

Serão touros e cavalos de pau?

 

Estes não sentirão fome, nem sede, nem frio, nem medo?

Estes não são animais?

 

Onde está a coerência? A lucidez?

Estes podem ser mais do que abandonados:  torturados para divertir broncos e marialvas?


Torturar um ser vivo não é crime em Portugal?

Sei que a PSP teve boas intenções.

 

Mas o governo português não só não tem boas intenções como lhe falta lucidez e conhecimentos básicos de Biologia.

 

Não é Dr. Paulo Portas, vice-primeiro-ministro, aficionado assumido de selvajaria tauromáquica?

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:55

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Quarta-feira, 1 de Outubro de 2014

ENTRA HOJE EM VIGOR A NOVA LEI DE PROTECÇÃO ANIMAL, QUE EXCLUI TOUROS, CAVALOS E TODOS OS ANIMAIS "COMESTÍVEIS", OS USADOS NOS CIRCOS, NA CAÇA E PESCA, GRAÇAS A PAULO PORTAS

Portanto, maltratar animais, ou seja apenas Cães e Gatos, a partir de hoje é crime. Congratulo-me por estes meus queridos amigos estarem incluídos nesta lei, que duvido seja cumprida, porque as leis neste País, no que respeita a animais não humanos (que não votam) não são para cumprir.

 

Se fossem, o Regulamento do “Espectáculo” Tauromáquico (RET) seria cumprido na íntegra, quando se realiza selvajarias tauromáquicas, por este país fora.

(Imagem: Gato preto (Imagem da Wikimedia Commons)

QUEM MALTRATAR ANIMAIS PODE IR PRESO A PARTIR DE HOJE

 

Maltratar animais é crime. Dito assim parece que todos os animais, humanos e não humanos, estão abrangidos por uma lei que criminaliza quem os atormentar.

 

Mas se entrarmos na lei, não é bem assim.    

 

Poderá ir-se preso por maltratar animais?

 

Eis um título ENGANOSO. Os animais abrangidos nesta lei são apenas os Cães e os Gatos. O Touro e o Cavalo também são animais e podem continuar a ser torturados barbaramente, cobardemente, para divertir os broncos.

 

Esta é uma lei completamente falaciosa, graças a Paulo Portas, a quem falta conhecimentos básicos de Biologia.

 

Os animais nos circos continuarão a ser torturados (incluindo os cães) e todos os outros, mais aqueles que Paulo Portas transforma em comestíveis. Todos continuarão a ser barbaramente torturados e maltratados. Quem maltratar animais pode ir preso a partir de hoje?

 

Então começo por denunciar os ganadeiros, os toureiros, os forcados, os caçadores, os do tiro aos pombos, os da luta de cães, os donos de circos, enfim…

 

E o que acontecerá?

 

NADA!

***

 

O projecto-lei que criminaliza os maus tratos a animais foi aprovado no parlamento com os votos favoráveis do PSD, PS, PEV, BE e do CDS-PP, bancada que registou dois votos contra e duas abstenções. Os deputados do CDS-PP, Abel Baptista e Hélder Amaral votaram contra esta lei, e Cecília Meireles e Michael Seufert abstiveram-se, anunciando a entrega de declarações de voto.

 

O PCP também optou pela abstenção, por considerar que o problema dos maus tratos a animais deve ter como resposta prioritária «medidas preventivas» e por discordar da «criminalização que impõe a aplicação de penas de prisão». Outra coisa não era de esperar de quem sempre foi nim e não contribui para a evolução do mundo.

 

A lei que criminaliza os maus-tratos contra Cães e Gatos prevê que «quem, sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus tratos físicos a um animal de companhia é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias».

 

Ora aqui está: animal de companhia. Os outros, os que não são de companhia, que sejam torturados até à morte.

 

Esta lei refere ainda que para os que efectuarem tais actos, e dos quais «resultar a morte do animal, a privação de importante órgão ou membro ou a afectação grave e permanente da sua capacidade de locomoção», serão punidos com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias».

 

Isto em relação aos animais de companhia.

 

A lei determina ainda que «quem, tendo o dever de guardar, vigiar ou assistir a um animal de companhia, o abandonar, pondo desse modo em perigo a sua alimentação e a prestação de cuidados que lhe são devidos, é punido com pena de prisão até seis meses ou com pena de multa até 60 dias».

 

Dito isto vejamos:

 

Eu tenho um porquinho e um galo como animais de companhia.

 

A minha amiga tem uma vaquinha como animal de companhia.

 

O meu amigo tem um tourinho como animal de companhia.

 

O meu avô tem cavalos como animais de companhia.

 

Estarão, portanto, abrangidos por esta lei?

 

É que “animais de companhia” podem ser de muitas espécies.

 

Então, esperamos que sejam criminalizados todos os que torturarem animais que realmente nos fazem companhia, ou seja, todos os animais que connosco partilham o Planeta Terra, porque todos eles nos fazem companhia, e nenhum é comestível.

 

Qualquer lei que não abranger o todo, não terá qualquer sentido prático, nenhum valor moral, e muito provavelmente não será cumprida.

 

A quem quis beneficiar Paulo Portas?

 

Não foi com toda a certeza os animais.

 

A quem quis enganar Paulo Portas?

 

Os parvos?

 

Pois enganou-se.

Fonte:

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/maus-tratos/quem-maltratar-animais-pode-ir-preso-a-partir-de-hoje

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:36

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Sábado, 1 de Setembro de 2012

OUTRO CARRASCO DE TOUROS E CAVALOS, SENTADO NAS CADEIRAS DO PODER, QUE DEVIA IR PREGAR PARA UMA ILHA DESERTA

 

 

 

«O CDS-PP não tem uma posição oficial sobre as touradas. Há muita gente que é contra e muita gente que é a favor. Mas sempre que quiserem atacar as touradas, o CDS defende-as.» Paulo Portas, Presidente do CDS-PP no final da corrida de touros do CDS, nas Caldas da Rainha, em 24 de Julho de 2010

 

Ah! Grande defensor de VALORES CRISTÃOS!

 

TORTURA, VIOLÊNCIA, CRUELDADE, SANGUE, SADISMO...

 

É por estas e por outras, e por este e por outros que Portugal pertence

ao 25º Mundo.

 

QUE ATRASO DE VIDA, DOUTOR PAULO PORTAS!

 

 

Fonte: Público, 25 de Julho de 2010 (http://publico.pt/Pol%C3%ADtica/sempre-que-quiserem-atacar-as-touradas-o-cds-defendeas-diz-paulo-portas_1448650)

 

©RebelPen https://www.facebook.com/pyka.miolos

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:13

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