Texto de Jota Caballero
(transcrito para a Língua Portuguesa)
ESPECISMO, PRECONCEITO EM ESTADO PURO
Não há coisa mais abominável do que o preconceito, daquilo que não se conhece, do que não se vê, e daquilo que não se toca, quando falamos em vidas, sentimentos e existências.
O preconceito gera formas erróneas de ver as coisas, onde criamos obstáculos para não as vermos como elas são, e sim como aquilo que nos é conveniente. O ser humano acha-se o ápice da criação, mas esquece que depende até das abelhas e formigas para continuar a sua jornada na Terra.
Diante de biliões de espécies de seres vivos, nos destacamo-nos talvez pela liberdade de termos consciência, e possuir inteligência. Somos os únicos seres com essa capacidade desenvolvida, porém utilizamo-la para provocar o mal, o fútil e o desnecessário. Não há espécie no planeta, holisticamente falando, mais sem sentido do que a humana. Continuando assim, daremos sim, sentido a própria extinção.
Infelizmente a nossa inteligência veio acompanhada do egoísmo, e esse faz com que matemos até a nós próprios, por absolutamente nada, apenas por prazer temporário. O ser humano se auto protege, e subjuga todos à sua volta, e a isso se chama especismo.
Queremos acabar com o racismo, o sexismo, porém esquecemos também que temos de acabar com o especismo, pois não há maior cobardia do que descriminar seres que não falam, e não sabem defender-se da maldade humana, que os inclui na sua alimentação, na sua ciência, diversão e vestuário. É justo?
Lutar de igual para igual, é plausível, mas quando nessa luta só há vitória de um lado por imposição, isso já se chama cobardia. O ser humano é extremamente cobarde.
Preconceito é ignorância, porém não existe maior ignorância, do que pensar que os animais foram feitos para nos servir, isso é inconcebível para quem justifica a sua capacidade de raciocínio, e não aceitará que tal seja normal.
Fonte:
E para o olhar de desespero do bovino nas mãos do seu carrasco
A imagem de um COBARDE FORCADO a ATACAR CRUELMENTE um ser moribundo, cravado de farpas, a sangrar, ferido por dentro e por fora...
Quem, a não a ser sádicos e psicopatas, pode aplaudir tamanha CRUELDADE?
Fonte:
Na verdade, a tourada “à portuguesa” constitui um dos espectáculos legalmente permitidos, mais cruéis em todo o mundo civilizado, tendo em conta os processos a que são sujeitos os touros antes e depois da corrida.
Poucas horas antes do espectáculo os touros, depois de separados do resto da manada, são imobilizados e com uma serra são-lhe cortados os cornos que depois são revestidos com as chamadas “embolas” de ferro forradas a couro, processo doloroso e stressante para o animal.
Depois de terminada a corrida não recebem qualquer tipo de assistência veterinária. Em vez disso, ainda vivos, são novamente imobilizados para que lhes sejam arrancadas as múltiplas bandarilhas e ferros que têm espetados no dorso.
Para retirar as lâminas é necessário efectuar alguns cortes com uma navalha (sem qualquer tipo de anestesia). Os touros são depois transportados para o matadouro, gravemente feridos, onde aguardam o abate, geralmente à segunda-feira…
Os animais são acondicionados em condições degradantes, dentro de um pequeno contentor do veículo de transporte onde não se conseguem movimentar, nem sequer deitar.
São obrigados a permanecer nestas condições até ao momento do abate, sem água, nem alimento. Alguns morrem antes de entrar no matadouro, numa agonia lenta.
Fonte:
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Exigimos a abolição das touradas já!
Isabel A. Ferreira