No jornal falou-se de crime. Mas em Portugal será crime torturar mulas até à morte ou roubar éguas?
Sendo as mulas e as éguas da mesma família dos cavalos, não são consideradas animais na lei portuguesa, logo não estarão abrangidas pela Lei de Protecção dos Animais, que apenas incluem gatos e cães, excepto os que são utilizados em lutas, circos ou corridas, porque estes também não são animais.
Este foi o estado em que ficou a pobre mulinha, já velhinha, brutalmente espancada até à morte.
Mas os que espancam mulas velhinhas e indefesas, são os cobardes que espancariam pessoas: jovens, crianças, mulheres, idosos, até porque se a violência é permitida em Portugal contra tantos outros animais, que moralidade terão as autoridades para julgar esta outra violência?
Porque a violência, seja praticada contra quem for ou contra o que for, tem apenas um nome: violência. E enquanto a violência for permitida em Portugal, através de legislação, contra seres vivos, qualquer ser humano ou não humano indefeso será alvo da crueldade destes criminosos, que espreitam a cada esquina, e muitos deles até são “protegidos” pela lei.
«A direcção do canil estabelece um paralelismo entre o roubo de animais e as apreensões de carroças e éguas feitas pela GNR.»
O Canil São Francisco de Assis, de Loulé, foi assaltado (e já não é a primeira vez). Roubaram a égua, e a pobre mulinha foi espancada gratuitamente.
«A câmara de videovigilância, instalada na rede de vedação, reteve as imagens do assalto, mas a falta de nitidez não permite, com facilidade, identificar o autor do roubo.
Porém ainda que permitisse, o que fariam ao criminoso?
Veja-se:
«No passado mês de Setembro, em circunstâncias idênticas, deu-se outro roubo: desapareceu, durante a noite, uma égua e uma carroça entregues à guarda do canil pela câmara municipal depois de a GNR as ter apreendido a uma família suspeita de um assalto em Almancil.
As imagens captadas há dois meses, ao contrário do que se verificou agora, “estavam perfeitamente claras, via-se a pessoa que invadiu a propriedade, rebentando com a rede”, diz Lieselotte, (a responsável pelo Canil) criticando a falta de empenho das autoridades. “Nada fizeram para descobrir o crime”, lamentou.»
«Também no caso desta segunda-feira, a égua roubada tinha sido apreendida pela GNR nas mesmas circunstâncias da anterior, o que leva os responsáveis do canil a relacionar estes roubos com as circunstâncias em que os animais ali foram entregues.»
Posto isto, podemos dizer que em Portugal se anda a brincar às autoridadezinhas.
Os criminosos não são apanhados, não são incriminados, não são julgados, não são condenados.
A mulinha não era nem o cão nem o gato de nenhuma autoridade.
Era uma simples mulinha, velhinha, excluída da designação de animal.
Porém, ninguém neste país jamais irá para a prisão por torturar, matar ou enviar para a morte cruel, um animal não humano.
Veja-se:
A dona do gato queimado em ritual medieval e cruel de Mourão foi condenada apenas a uma multa de 450€.
Foi o que a morte bárbara daquele infeliz gato mereceu. E o gato é considerado um animal. Imaginemos se não fosse!
As penas de prisão, previstas na lei, para quem leve à morte um animal, para divertir um povo paspalho, são para inglês ver.
Quanto à mulinha?
Como em Portugal a mulinha não é considerado um animal, ainda que se saiba quem é o criminoso, nada lhe acontecerá.
Fonte:
E andamos nós a pagar taxas para que a RTP1 transmita, em directo, e em hoário nobre, esta “coisa” que nem os mais primitivos homens da Idade da Pedra conseguiriam sequer imaginar…
BOICOTEMOS A RTP1
Texto Sandra Barbosa
«Vídeo do episódio da mula na tourada de 5ª feira passada transmitida pela RTP em horário nobre.
Como não gosto de falar do que não sei nem de tomar o todo pela parte, pois que puxei a emissão atrás e fui procurar o episódio da mula a ser espicaçada por várias bestas humanas (***), tal como uma foto que circula pelo Facebook ilustra.
Aprendi então que aquilo é mais uma das fantásticas tradições portuguesas e que se chama "a mula das farpas".
A mesma consiste em fazer o animal entrar na arena, amarrado como se vê e a ser puxado por duas bestas humanas (***), carregada com dois caixotes de madeira que guardam todas as bandarilhas que vão ser usadas durante a noite. Depois de retirados da pobre mula, foram necessários duas bestas humanas (***) para carregar cada um dos caixotes !!!
Depois de descarregada faz-se então o pobre animal sair a correr de forma espalhafatosa e portanto pica-se...
Vejam o pânico da pobre mula aos 34 segundos só por ter entrado na arena.
"Espectáculo" degradante com bárbaros (***) na arena e sádicos a rirem e aplaudirem a tortura da pobre mula...
E é com ISTO que a RTP educa o povo!!!
Partilhem o mais possível por favor…»
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*** Desculpe, Sandra Barbosa, no seu texto, substituí o termo HOMENS (por BESTAS HUMANAS) porque se estas criaturas fossem HOMENS, jamais torturariam COBARDEMENTE uma pobre e indefesa mula para os sádicos se masturbarem mentalmente.
Substituí também o termo GENTE (bárbara) por BÁRBAROS porque GENTE não vai para uma arena torturar cruelmente indefesos seres sencientes. (Isabel A. Ferreira)