Segunda-feira, 21 de Setembro de 2015

Na Moita morre-se estupidamente, mas a "festa" parva continua…

 

Foi sempre assim…

 

 

Rezam as crónicas que, neste ano de 2015, morreu um indivíduo de cerca de 70 anos e 17 ficaram feridos, nas largadas de Touros na Moita em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem

 

Mais uma Nossa Senhora a ser celebrada com sangue…

 

Clarisse Santos, da Comissão de Festas, lamentou a grave colhida que resultou numa morte, mas explicou (como se a morte estúpida de alguém pudesse ser explicada) e defendeu (como se a estupidez pudesse ser defendida) que as largadas de Touros são uma “tradição” para manter nas festas da Moita, até porque o resto das largadas, ainda que com 17 FERIDOS decorreu dentro da normalidade.

 

Ou seja, no ano passado também morreram dois indivíduos durante as largadas das Festas da Moita depois de terem sido colhidos por Touros e foi tão normal, tão normal que este ano repetiu-se a façanha.

 

(Nota: todos os vídeos relacionados com a barbárie tauromáquica na MOITA foram, desactivados, tal a ESTUPIDEZ, a crueldade, a violência, a boçalidade desta actividade, que só criaturas muito BRONCAS praticam.)

 

 

Repare-se na NORMALIDADE da cena. O que aconteceu ali? Nada. Morreu alguém? O que importa? A “festa” deve continuar. Não é assim, senhora Clarisse? É tradição MORRER-SE na Moita, por tão pouco...

 

A organizadora desta “festa” parva defende-se dizendo que para além do espaço das largadas estar vedado e o perigo assinalado (estará?) conta com bombeiros em vários pontos da avenida, para assistir os feridos em caso de necessidade, e com uma equipa médica em permanência durante as largadas, como se as largadas fossem um estado de catástrofe iminente, provocado pela previsão de um terramoto.  

 

E quem paga tudo isto? Obviamente todos nós, com os nossos impostos. (Se é que esta "assistência médica" existe mesmo. O que duvido.)

 

E tudo para que um punhado de sadomasoquistas se divirta…

 

Pois, senhora Clarisse, não há que lamentar coisa nenhuma, quanto ao que se passou na Moita com os que se deleitam a atormentar Touros, e levam a pior, porque os Touros têm toda a legitimidade de se defenderem, e matar ou mutilar os seus carrascos.

 

Qualquer um de nós o faria, também, se estivesse no lugar do Touro.

 

Temos de lamentar é o facto de o governo português permitir que esta selvajaria AINDA aconteça no Século XXI da era Cristã.

 

Será que ninguém ainda se apercebeu de que já não estamos mais no tempo das trevas?

 

Pobres mentes que vivem nas mais profunda ESCURIDÃO!

 

O que acabámos de ouvir é a estupidez no seu estado mais puro, com o supremo aval do governo português. Isto só na Moita. Isto só em Portugal! Isto só num país onde não se tem a noção do ridículo.

 

Não aprenderam nada, com as mortes já “morridas”. Morra quem morrer.

 

Mas a culpa é das autoridades locais e nacionais, que permitem estes verdadeiros suicídios, porque só está ali quem quer e bem PROTEGIDO por uma lei idiota.

 

Para o ano haverá mais desta "festa" parva. Morra quem morrer. Não é assim, senhora Clarisse?

 

O que importa uma vida, duas vidas ou todas as vidas?

 

Que estes vídeos corram mundo, e permitam que a morte deste indivíduo (que já a desafiou várias vezes, e Nossa Senhora da Boa Viagem, este ano, decidiu fazer-lhe a vontade) não tenha sido em vão.

 

Deixem que se mostre ao mundo o que o governo português permite acontecer na Moita.

 

E que esta possa ser a ÚLTIMA MORTE.

 

Só assim, este indivíduo que morreu tão estupidamente, graças a um costume bárbaro entranhado na pele dos que nasceram na Moita, poderá descansar em PAZ, lá… onde agora estiver…

 

A largada de touros, bem como todas as modalidades da selvajaria tauromáquica são a tradição dos broncos, a cultura dos ignorantes, a arte dos imbecis e a identidade cultural dos incultos, que os retrógrados governantes portugueses irracionalmente legitimam…

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:51

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