Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2016

AFICIONADOS DE TOURADAS CONTINUAM A OPTAR PELA IGNORÂNCIA, APESAR DE TODAS AS EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS

 

Como se as evidências científicas fossem necessárias

Como se o homem não fosse também um animal

Já não estamos no tempo em que se pensava que os Touros eram feitos de pau e sumo de tomate.

O pior ignorante é o que opta pela ignorância! (IFA)

 

TOURO.jpg

 

AS PÉROLAS DO COSTUME DOS PRÓ-TOURADAS

Por Mário Amorim

 

Depois da decisão fantástica (...) do Parlamento Europeu sobre o fim dos subsídios da União Europeia para a tauromaquia, já li as pérolas do costume de pró-touradas a comenta-la. Aliás, tal só revela que estão verdadeiramente desesperados!

 

E que pérolas são estas?

-O touro com o fim das touradas vai extinguir-se.

-O touro gosta de ser toureado.

-O touro não sofre.

 

Já está na mais do que na hora de perceberem que estas afirmações, nunca foram científica e eticamente provadas!

 

Há algum estudo científico que respeita integralmente a ética profissional e que prove que o touro com o fim das touradas vai extinguir-se?

 

Há algum estudo científico que respeita integralmente a ética profissional e que prove que o touro gosta de ser toureado?

 

Há algum estudo científico que respeita integralmente a ética profissional e que prove que o touro não sofre?

 

- Não há um único estudo científico sério, elaborado por um científico que cumprindo integralmente o código deontológico, tenha provado estas alegações!

in

https://blogcontraatauromaquia.wordpress.com/2015/10/28/as-perolas-do-costume-dos-pro-touradas/

 

***

E uma vez mais (como tenho de me repetir!) aqui ficam os argumentos de um BIÓLOGO:

 

«A TOURADA, RAZÃO DA EXISTÊNCIA DO TOURO BRAVO?» OU A QUEDA DE UM MITO

(Abram o link e leiam...)

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/98835.html

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:55

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Terça-feira, 25 de Fevereiro de 2014

O paralelismo entre a tauromaquia e o mito do Minotauro

 

Como é que algo, que pertence ao mundo sanguinário dos mitos, continua a ser admitido numa época em que os mitos não passam disso mesmo: mitos?

A nossa realidade é bem outra, mas a tauromaquia que assenta num mito sanguinário, continua tão primitiva quanto nesses tempos que já se perderam no tempo.

Está mais do que na hora de abolir essa reminiscência que transforma o homem, dito moderno, na besta que o Touro nunca foi.

 

Representação do Minotauro num vaso ático de 515 a.C.
 

Foto: © Marie-Lan Nguyen / Wikipedia

 

«Tauromaquia: do grego ταυρομαχία. Combate com touros.

 

Cnossos, Creta: o berço dos primeiros eventos com touros originou uma das histórias mitológicas mais trágicas e fascinantes do mundo; a lenda do Minotauro ainda assombra-nos pela crueza dos acontecimentos, envolvida num acto de bestialidade que deu origem a um ser híbrido assassino de humanos.

 

Todavia, como poderá estar este mito interligado com as corridas de touros?

 

A religião minóica era recheada de rituais orientados para o culto da vegetação. A morte e o renascimento dos deuses, bem como a representação simbólica e sagrada de alguns animais, eram a base primordial da cultura religiosa praticada. O touro, como um dos animais sagrados, eram obviamente utilizados nos cultos, especialmente em combates.

 

A magnificência e imponência do animal não passaram de todo despercebidas, originando o mito perturbador do Minotauro: este, rapidamente, tornou-se no símbolo do animalesco, roçando a barbaridade, a irracionalidade e o caos.

 

É importante salientar que apesar da crueldade do Minotauro estar associada ao seu lado animal, tal afirmação é incongruente: sabemos que o touro não mata pessoas por bel-prazer e que, muito menos, alimenta-se delas. Já o caso muda de figura em relação ao próprio ser humano, que não hesita em matar o seu semelhante num piscar de olhos. Podemos, desta forma, considerar que a violência imensa do Minotauro deve-se mais pelo seu lado humano: todavia, assim como as mulheres, os animais eram utilizados nos mitos para representar uma esfera negativa, daí a conspurcação exclusivamente feminina nesta história (a relação física de Pasífae com um touro) e a simbologia da destruição aliada somente à figura do animal presente no Minotauro.

 

O mito

 

O rei Minos de Cnossos recebeu um touro branco, vindo dos mares, como aprovação do deus Poseídon pelo seu reinado. Apesar de ter conhecimento do dever de sacrificar o animal em homenagem ao deus, Minos ficou tão admirado pela sua beleza sobrenatural que decidiu mantê-lo e sacrificar outro na esperança que tal passasse incógnito.

 

A tentativa de ludibriar Poseídon falhou: este, furioso, lançou um feitiço a Pasífae, esposa do rei, para que esta se apaixonasse perdidamente pelo touro branco. A mulher solicitou a ajuda de Dédalo para conseguir envolver-se amorosamente com o animal. O artesão construiu uma espécie de vaca em madeira, cujo interior abrigava e disfarçava Pasífae.

 

O acto sexual deu origem ao monstruoso Minotauro: o seu crescimento suscitou problemas ao tornar-se cada vez mais feroz. Por ser fruto de uma união não-natural entre um humano e um animal não-humano não tinha qualquer fonte natural de alimento, atacando e devorando homens para a sua sobrevivência. Minos decidiu recorrer à genialidade de Dédalo para arquitectar um imenso labirinto próximo ao seu palácio, no qual o ser híbrido foi encerrado.

 

9248_knossos_frise_taureau-edit.jpg

Fresco no palácio de Cnossos, representando o culto do touro através da prova da resistência física com as mãos nuas - 1500 a 1400 a.C.

 

Veja-se que o labirinto não é somente o símbolo da perdição: os minóicos detestavam espaços fechados - o palácio e as restantes residências apresentavam imensas divisões em aberto - e o facto de o labirinto ter paredes altíssimas que permitiam ver o exterior sem poder alcançá-lo constituía uma fobia extrema que levava à loucura. O Minotauro, como humano, sofria com a solidão: como touro, sofria com a claustrofobia imensa do ambiente. Sabe-se que os touros adoram estar em liberdade e que necessitam de luz solar para o seu bem-estar: num labirinto escuro e frio tal era inacessível ao ser mitológico. Essa dupla castração despertou a violência extrema que acompanhou o monstro até à sua morte. E é aí que a tauromaquia e o mito aproximam-se ainda mais.

 

Os gregos odiavam os cretenses. Acusavam-nos de mentirosos, arrogantes e traidores. O próprio poeta Homero quase nunca indicou o povo de Creta nos seus poemas, exceptuando n'A Ilíada - em que estes lutavam ao lado de Tróia.

 

O mito do Minotauro foi, então, transformado num conto heróico ateniense através de Teseu: o filho de Egeu ofereceu-se como sacrifício, relacionado com a taxa imposta por Minos, por este ter saído vencedor numa guerra contra Atenas. Essa taxa comportava a entrega de sete jovens rapazes e sete donzelas, a cada nove anos, para serem devorados pelo Minotauro.

 

Deste modo, o rei cretense dava a certeza que não repetiria qualquer ataque bélico à cidade grega.

 

Ariadne, filha de Minos, apaixonou-se por Teseu. Mortificada por este estar prestes a ser engolido pelo assombroso labirinto, entregou-lhe um novelo de lã para marcar o caminho e assim conseguir sair ileso. Munido de uma espada, Teseu entregou-se ao labirinto de pedra e matou o Minotauro com um único golpe, cortando-lhe a cabeça.

 

Esta viragem no mito influenciou a visão humana sobre o touro: os atenienses cortaram com o véu sagrado que protegia-o e sacrificavam-no num verdadeiro culto sanguinário. O touro era agora simbolizado como uma besta hedionda e perigosa e matá-lo era sinónimo de coragem e força: o presente perfeito para os deuses do Olimpo. Os combates com touros intensificaram-se, com os actos violentos a aumentar cada vez mais. Havia até um costume absurdo que implicava a morte de um touro: tal arrastava-se numa espécie de jogo de acusações para descobrir-se quem, na verdade, o matou (?!).

 

A tradição de utilizar o touro para eventos, que resultavam invariavelmente na sua morte, foi absorvida pelos romanos após a invasão, que também utilizavam variados animais nos circos mortais, e consequentemente enraizada na Península Ibérica. A tourada que hoje em dia continua a ser realizada é, de facto, fruto de uma cultura que negativizou a imagem do touro em detrimento de um povo que era odiado. Foi pela rivalidade e pela inimizade entre homens que o grande animal viu a sua vida a ser selvaticamente alterada ao longo dos tempos.

 

Mas quiçá, tal e qual como uma história tem um ponto final, a barbaridade que continua a ser-lhe administrada findará também

 

Fonte:

http://grito-silenciado.blogspot.pt/2014/02/o-paralelismo-entre-tauromaquia-e-o.html

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:09

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2014

COMO EM CINCO MINUTOS UM COMEDIANTE DESFAZ O MITO DA “VALENTIA” DOS FORCADOS

 

Domingo Especial - "Eu sou contra as touradas" - Genial!

BRILHANTE!

 

 

Depois disto, os forcados, se forem realmente HOMENS, nunca mais se atreverão a entrar numa arena, a fazer figura de mariposas.

publicado por Isabel A. Ferreira às 09:44

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Sexta-feira, 12 de Julho de 2013

Uma verdade incontornável: a esmagadora maioria dos portugueses não se interessa por touradas

 

 

Dos 308 municípios portugueses apenas 39 são trogloditas, uma insignificância, até porque são localidades pequenas, excepto Lisboa (a vergonha do Sul) e Póvoa de Varzim (a vergonha do Norte).

 

 

 

Fonte destes dados: Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC)

 

«Os números não enganam - SOMOS A ESMAGADORA MAIORIA!

Durante anos ouvimos dizer que a tauromaquia faz parte do quotidiano e da identidade nacional, mas as estatísticas oficiais são claras em relação à importância que os cidadãos portugueses dão às touradas. Segundo os dados oficiais da IGAC (Inspecção Geral de Actividades Culturais) 94,2% dos portugueses não assistem a touradas.

 

Nos últimos 10 anos o número de touradas em Portugal caiu mais de 30%.»

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:57

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