A proposta partiu de Lara Martinho, deputada do Partido Socialista, oriunda da ilha Terceira (só podia ser!), eleita pelos Açores, para a Assembleia da República Portuguesa, talvez com este único intuito...
Que vergonha! Que disparate! Que falta de lucidez, senhora deputada!
Isto é inacreditável, vindo de uma “socialista”!!!! Isto só acontece num país com uma “costela” terceiro-mundista!
Como se este “divertimento”, do mais boçal que se possa imaginar, pudesse alguma vez ser elevado a património de alguma coisa! Só se fosse «Património Imaterial da Estupidez»! Basta olhar para a imagem e ver o nível “coltural” desta prática troglodita!!! Isto é mesmo de quem nunca saiu da toca, e desconhece os divertimentos cultos, civilizados e dignos de uma Humanidade evoluída.
O Movimento pela Abolição da Tauromaquia de Portugal (MATP) contesta a proposta da deputada Lara Martinho, do PS, eleita pelos Açores, para a Assembleia da República, que pretende incluir as “touradas à corda”, na lista de Património Cultural Imaterial.
No Comunicado emitido pelo MATP, pode ler-se: «Como se não houvesse mais nada de verdadeiramente útil para fazer em defesa da sua terra, os Açores, a deputada do Partido Socialista, Lara Martinho, da Ilha Terceira, propôs, na Assembleia da República, que a tourada à corda seja classificada como Património Cultural Imaterial de Portugal (…) Se esta pretensão já é má, péssima é a opinião do ministro que devia ser da Cultura, e que admitiu que tal seja possível».
Um ministro da Incultura Socialista, está-se a ver! Mas haverá alguém no seu juízo perfeito, que lhe passe pela cabeça, fazer desta prática, completamente imbecil, que anualmente causa, em média, mais de 300 feridos e por vezes mortos, património de alguma coisa?
Entretanto, na Internet, está a circular uma Petição Pública, que conta com cerca de três mil assinaturas, contra as touradas à corda. O MATP já se pronunciou negativamente sobre a referida proposta e é uma das organizações subscritoras da Petição que, entre outros assuntos, denuncia as intenções de se colocar esta prática medievalesca na lista do Património Cultural Imaterial!!! Para o MATP, as touradas, com corda ou sem corda, devem ser colocadas no seu devido lugar, ou seja, no caixote do lixo da História.
Só em entre Maio e Outubro de 2017, teve lugar, na ilha Terceira, um total de 215 touradas à corda. E isto, só por si, diz do monumental atraso civilizacional em que vive o povo terceirense, que se recusa a evoluir, numa ilha (a Terceira) que é a vergonha, a nódoa negra do Arquipélago dos Açores.
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia: Diário Insular, 16 de Janeiro de 2018.
Envergonha o MATP e todas as pessoas providas de bom senso e sensibilidade
É assim… trogloditamente…que em Lagoa se festeja o São Martinho…
Origem da imagem:
http://lagoa-acores.pt/Site/frontoffice/default.aspx?module=article/article&id=498
Está marcada para o próximo dia 12 de Novembro uma “vacada” integrada nas festas em honra de São Martinho.
O Movimento para a Abolição da Tauromaquia de Portugal (MATP) manifesta o seu total repúdio por tal acontecimento que em nada dignifica o concelho da Lagoa e envergonha todos os cidadãos de bom senso e bom coração de qualquer parte do mundo.
Sobre vacadas, o MATP subscreve as seguintes afirmações do Médico Veterinário Vasco Reis que a propósito de algumas práticas tauromáquicas afirmou o seguinte:
«Vacadas e garraiadas contribuem para insensibilizar, habituar e até viciar crianças e adultos no abuso cruel exercido sobre animais, o que pode propiciar mais violência futura sobre animais e pessoas.
A utilização de animais juvenis submetidos à violência de multidões, não pode ser branqueada como “espectáculo que não tem sangue e é só para as crianças se divertirem". Mesmo que não tenha sangue, é responsável por muito sofrimento dos animais. E contribui, certamente, para a perda de sensibilidade das pessoas, principalmente de crianças, e para o gosto pela cruel tauromaquia. É indissociável de futilidade, sadismo, covardia.»
Atendendo a que a Lagoa Integra a Rede de Cidades Educativas e que no dizer da sua presidente tal facto constitui uma mais-valia para o concelho «pois através do desenvolvimento de vários projectos verificados nas áreas da promoção da leitura, educação ambiental, educação para a saúde, promoção do conhecimento da cultura local, inclusão social e a animação cultural, a edilidade tem demonstrado activamente aos diferentes públicos a sua componente educativa e cultural em ambientes de educação não formal»,
Vimos apelar aos responsáveis autárquicos para sensibilizar os organizadores no sentido de retirarem a vacada do programa previsto e fazerem como os habitantes da freguesia do Cabouco, que comemoram o São Martinho sem recurso a práticas desumanas e deseducativas como são as vacadas.
Com os melhores cumprimentos
A Direcção do MATP
Fonte:
E muito menos os Direitos dos Animais.
E a apresentadora ficou muito mal na fotografia, devido à sua parcialidade de aficionada, que fez questão de tornar pública confiadamente, desde o início do programa.
Em suma: o que devia ter sido um “debate” (apesar de encomendado) não passou de um passa-a-palavra ao representante da prótoiro, Hélder Milheiro, que foi um óptimo difusor da inferioridade moral, mental, cultural e social dos aficionados.
Estes saíram do programa satisfeitos, mas de modo algum, vencedores. Muito pelo contrário.
Faltaram no "debate" imagens como esta, para vermos o “património cultural” e a “arte” que é a tourada, defendida por gente que, no lugar do cérebro, tem uma noz, e no do coração, um repolho.
Fonte da imagem:
A pergunta-chave era: a tourada é património cultural ou barbárie?
Fazer uma tal pergunta em pleno ano de 2014, depois de Cristo, já é, em si, uma barbaridade, pois demonstra um atraso civilizacional imensurável, por parte de quem a fez.
Sim, porque chegar a este período da História da Humanidade e não saber se a tortura é ou não uma barbárie, significa que quem não sabe e precisa de perguntar, ainda não saiu da Idade Média, onde estas coisas eram comuns. E as mulheres não tinham alma. E os escravos também não. E as crianças eram coisas, tais como eram os animais. Onde tudo era muito primitivo e imperava uma obscura ignorância.
O programa foi uma desilusão. Constituiu uma nítida armadilha para os abolicionistas. A apresentadora, Fátima Campos Ferreira, que devia mostrar-se imparcial, apesar de ser aficionada, notava-se que estava mancomunada com a prótoiro, que a manobrou descaradamente, tendo “antena aberta” desde o início do programa.
Não podemos calar-nos perante esta manipulação!
Foi nitidamente uma manobra de diversão, para os pró-touradas terem oportunidade de irem a público lavar as mãos sujas de sangue, o que não resultou de todo. Pelo contrário. Virou-se o feitiço contra o feiticeiro, e foram mais uns bons pontos a favor da Abolição.
Foi pior a emenda do que o soneto, uma vez que todos eles, desde o ganadeiro Joaquim Grave, que de medicina veterinária demonstrou uma ignorância grave; ao prótoiro, Hélder Milheiro, que interrompeu, desrespeitou, foi malcriado, grosseiro, agressivo (como, aliás, quase todos os intervenientes pela defesa da tauromaquia ali presentes); ao matador de 3 mil touros, Vítor Mendes, que até urrou como um boi (o qual terá de prestar contas por essas vidas, que interrompeu brutalmente, à infalível Lei do Retorno); passando pelo João Ribeiro Telles, um toureiro que falou, falou mas nada disse que pudesse abonar a seu favor, pelo contrário (aliás como podia?); pelo José Fernando Potier, presidente da Associação Nacional de Grupos de Forcados, que se espalhou ao comprido, com a história de eles irem para arena pela camaradagem e convívio… um por todos, todos por um… enfim, nada falando da cobardia de atacar um touro moribundo; à Ana Baptista, a montadora de Salvaterra de Magos, que nunca teve outra vivência senão a da tortura de Touros, o que faz da sua vida uma vida linda; Emílio Summavielle, o ex-presidente do Património Cultural que não conseguiu nenhum argumento para sustentar a tourada como património… Este também falou e nada disse; e finalmente pelo montador de Cavalos Tomás Pinto, que apesar de jovem, já nasceu velho, e nada disse que convencesse que a tourada é património, todos eles se desbocaram numa argumentação pobre e ridícula, que a moderadora ia ajudando a tornar mais ridícula ainda.
Nada de novo debaixo do Sol.
Nada que já não soubéssemos: não há argumentação racional para a existência da tortura de bovinos.
Quanto aos abolicionistas presentes na mesa, por não serem guerreiros, nem terem o carisma de um Gandhi, ou talvez porque se apercebessem de que foram apanhados numa armadilha, e quiseram ser deamasiado politicamente correctos, não se saíram nada bem, nomeadamente Manuel Eduardo Santos, representante da Plataforma BASTA, que concordou com quase tudo o que os aficionados disseram, quanto à tourada ser património, arte, e até falou em “reforma” do aberrante regulamento tauromáquico, que queremos ver extinto, bem como a tourada.
O Rui Silva, do movimento MATP, não esteve nos melhores dias, mas a aficionada Fátima também não lhe deu oportunidade, quando ele pedia a palavra, preferindo dá-la (sempre) ao da prótoiro, que interrompia tudo e todos como se fosse o “dono” do programa (e desconfiamos que era).
Quanto aos restantes, não gostei da intervenção da senhora veterinária Alexandra Pereira, que ao chamar “colega” ao Grave, colocou-se ao mesmo nível dele, não conseguindo dizer quase nada, também porque foi bastante interrompida.
O Tiago Mesquita esteve bem, à excepção de quando disse que o Touro não tem carácter. Ora considerando que carácter é o que faz com que os entes ou objectos se distingam entre os outros da sua espécie; marca, cunho, impressão, qualidade distintiva, índole, génio (no sentido de ânimo), firmeza e dignidade, obviamente que um Touro tem carácter. Qualquer animal tem carácter. E há o bom e o mau carácter. Naturalmente que o Touro tem um melhor carácter do que o seu carrasco.
A Rita Silva também esteve bem, exceptuando em concordar com a “tradição” da barbárie. Tradição é tudo o que dignifica a humanidade. A tourada é um mero costume primitivo e bárbaro. Mas aconteceu-lhe o que não devia acontecer, e que a Fátima Campos Ferreira, se não estivesse ali na qualidade de aficionada, nunca deveria ter permitido: a Rita Silva, representante da ANIMAL, foi vilipendiada por uma rasteira do Hélder Milheiro, da prótoiro que se portou como um velhaco, (aliás não é de admirar num aficionado), ao vir com uma citação fora do contexto, para amesquinhar uma pessoa que luta por uma sociedade livre da tortura e não é benquista entre os tauricidas. Foi deselegante, malcriado e oportunista.
Contudo, saiu-lhe o tiro pela culatra porque essa velhacaria só veio acentuar ainda mais o que já sabemos dos aficionados: são uns grosseiros (e eu também que o diga).
Igualmente esteve muito bem e conseguiu dar o seu recado, a Jurista de Direito Animal, Inês Real que, referindo vários artigos de várias leis, transmitiu-nos a mensagem de que Portugal transgride todas as leis que há para transgredir no que diz respeito aos animais.
A Psicóloga Mariana Crespo deixou claro que a violência da tourada não é benéfica para as crianças, que devem ser protegidas. Até uma pedra sabe que a violência deforma a índole de um ser humano. Apenas os tauricidas não sabem.
Ficou por discutir (e por opção dos aficionados medrosos) a questão dos milhares de Euros com que a tauromaquia é agraciada anualmente. Quando tal assunto era para ser abordado, foi cortada a palavra. Não convinha. Não conveio. Não foi discutido.
Concluindo:
A prótoiro publicou na sua página que o programa foi uma estrondosa vitória dos aficionados... Isto foi para nos rirmos, porque o programa foi a maior demonstração da MEDIOCRIDADE dos aficionados, da RTP e da apresentadora.
O que ficou no final, foi a POBREZA MORAL E SOCIAL que a tauromaquia representa.
Regressarei ao tema, para esmiuçar “as pérolas” que os aficionados atiraram para o ar…
Esta é a “ética taurina” de que os tauricidas tanto falaram no “debate”
«Ainda sobre as touradas, assunto que parece inesgotável»
(O testemunho de uma escritora)
«Vi, ontem à noite, aquele debate sobre as touradas. Ainda há debates sobre touradas! Isto para não chamar "guerra" ao tal debate que, realmente, não tem ponta - neste caso, pontas - por onde se lhe pegue.
Torturar um animal até à morte, numa arena, com a turba multa a bater palmas é uma diversão dos humanos? É tradição cultural? Isso é cultura? É muito diferente do que torturar uma pessoa?
Quando assisto a programa destes - que já os tem havido - lembro-me sempre daquele livro de Pierre Boulle, "La planète des singes" - O Planeta dos Macacos - e respectivo filme. Era, mais ou menos isto: uma nave com habitantes do planeta Terra vai parar a um outro planeta habitado por macacos evoluídos e falantes. Os terráqueos eram mudos. Então os macacos tratavam e torturavam os da Terra da mesma maneira que nós tratamos os animais irracionais. Tratavam-nos, simplesmente, como animais mudos e com reacções, mas sempre como animais. E, desde torturas, a espectáculos públicos, a exibições, a relações íntimas, tudo era possível com os homens e as mulheres desse planeta, a Terra.
Bom, isto para chegar a uma conclusão já bastante cansada e gasta: não consigo perceber, na minha cabeça, o que é que essa manifestação da lida dos toiros tem de cultural. E isto é assunto já muito gasto, mas de facto, não chego lá. Nem sequer é má vontade! É incompreensão, mesmo! Deve ser um hiato que eu tenho no cérebro, onde os neurónios tomam direcções erradas e me levam a conclusões disparatadas.»
Cristina Carvalho (escritora, filha de António Gedeão)
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Pois é! Eu também não consigo entrar nesta paranóia das touradas.
Isabel A. Ferreira
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Quem não viu o programa e quiser confirmar o que aqui está escrito pode clicar no seguinte link: http://www.rtp.pt/play/p1099/e153836/pros-e-contras/350965
(E o Arco de Almedina também)
O Papa Bento XVI, a Igreja e os Direitos dos Animais
O Papa Bento XVI falou emocionadamente sobre a exploração de todos os seres vivos, em especial os animais que vivem nas quintas. Ao ser questionado, em 2002, sobre os direitos dos animais numa entrevista, o então Cardeal Joseph Ratzinger afirmou:
“Este é um assunto muito sério. De todos os pontos de vista, podemos ver que eles foram postos sob os nossos cuidados, e simplesmente não podemos fazer o que queremos com eles.
Os animais também são criaturas de Deus... Certamente, determinados tipos de usos industriais das criaturas, como quando os gansos são alimentados de tal maneira a produzir um fígado tão grande quanto possível, ou quando as galinhas vivem tão apertadas que se transformam em caricaturas de aves, esta degradação de seres viventes que as converte em coisas me parece que contradiz a relação de reciprocidade que vemos na Bíblia.
Os animais são também criaturas de Deus, e embora não tenham uma relação directa com Deus, como tem o homem, eles são criaturas da Sua vontade, criaturas que devemos respeitar como companheiros de criação». (Papa Bento XVI)
(Um aparte: há aqui a considerar, no meu enteder, o seguinte: talvez os animais não-humanos, por também serem criaturas de Deus e INOCENTES, tenham uma relação com Deus muito mais intensa do que os homens-predadores, que são uns grandes HIPÓCRITAS. Se não têm como afirmar esta apreciação, também não têm como negá-la).
Isto é o que diz o Papa, mas não é o que a Igreja segue. E a Igreja não seguindo, o Papa cala-se, num consentimento, que de tão silencioso nos agride, como se gritasse: dou-vos a liberdade de serem impiedosos para com os animais!
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A Bula do Papa Pio V, datada de 1567
A 1 de Novembro de 1567, o Papa Pio V publicou a bula “De salute gregis dominici”, ainda em vigor:
«(…) Nós, considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, não de homens, mas do demónio, e tendo em conta a salvação das almas, na medida das nossas possibilidades, com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição (…) a celebração destes espectáculos (…)».
Fonte: “Bullarum Diplomatum et Privilegiorum Sanctorum Romanorum Pontificum Taurinensis editio”, tomo VII, Augustae Taurinorum, 1862, pág. 630-631.
Esta “proibição” foi decretada em 1567, e ainda está em vigor.
O que faz a Igreja Católica, em 2012?
Pura e simplesmente IGNORA-A. E o Papado nada faz.
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Proibição de Touradas em honra de Deus e dos Santos
(Conc. Trid., Sessão 25, Cap. o 1, «De venerat. Sanctorum») CAP. o 8
«O espectáculo das touradas é indigno de ser visto pelos cristãos e não difere muito daquele desumano costume dos pagãos de combater contra as feras, com erro do povo ignorante. Sucede julgar-se este género de espectáculos como exibição em honra de Deus, da bem-aventurada Virgem Maria Mãe de Deus e dos santos - de tal maneira que se chega ao ponto de alguns fazerem promessas de realizarem touradas!
O Santo Concílio aconselha os Ordinários que ensinem ao Povo a si confiado, que com espectáculos desta natureza, mais se ofende a Deus do que se Lhe presta culto. Essas horas que se destinam a distrair os olhos com um vão e inútil prazer, são subtraídas ao culto devido a Deus, levando muitos fiéis a afastarem-se do sacrifício da missa que aqui e ali deixam de assistir ao ofício vespertino. Por isso ordena-se aos juízes das confrarias que não comprem toiros com as rendas e esmolas das mesmas. Se assim fizerem, além da restituição no dobro, sejam multados de acordo com a decisão dos Ordinários.
Se algumas promessas com o pretexto de oferecer touradas, foram feitas, estabelece o Santo Concílio que as declare nulas, proibindo também que outras promessas do género se façam. Proíbe-se aos clérigos, quaisquer que sejam as ordens sacras que tenham recebido, ou aos prebendados, quaisquer que sejam os benefícios que tenham obtido -sob pena de cinco cruzados de ouro, aplicáveis em benefício do meirinho, e, em parte, em obras pias, proíbe-se, repete-se, que assistam a tais espectáculos.
Aos alcaides das cidades e das vilas, exorta-os o Santo Concílio, que se abstenha de semelhantes espectáculos, a fim de que não desviem das coisas da Igreja e dos ofícios divinos as almas dos povos a cujo governo presidem.»
Fonte: "O IV Concílio Provincial Bracarense e D. Frei Bartolomeu dos Mártires" do Prof. Dr. José Cardoso. Edição APPACDM - 1994
Nesta “proibição” não foi mencionado o principal argumento: o enorme SOFRIMENTO que tais práticas cruéis provocam nessas CRIATURAS que também SÃO DE DEUS. Um pormenor que nos chocou bastante. O importante para este Santo Concílio não foram os animais. Mas o “desvio” das pessoas das coisas “divinas”.
É por estas e por outras que os “falsos” representantes de Deus na Terra serão um dia excomungados pelo próprio Deus, tão certo como à noite se seguir o dia. Disto, não tenho qualquer dúvida.
Porém, é caricato que em pleno século XXI, depois de Cristo, se continue com a realização de touradas a pretexto de festas “religiosas” ou em honra de Santos, com a cumplicidade de clérigos, alguns certamente equivocados e que em nada dignificam a imagem da Igreja Católica.
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D. Manuel Martins: um Bispo contra as Touradas, mas muito silencioso…
Cabe aqui referir a importante posição de D. Manuel Martins (Bispo Emérito de Setúbal), quando gentilmente recebeu uma delegação do MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal e lhe questionaram se gostava de touradas: «Não gosto, nunca gostei. Brincar barbaramente com um animal, como na tourada, acho que é uma agressão à Ecologia, ao equilíbrio da natureza."
Fonte: MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal
http://matportugal.blogspot.com/2010/05/papa-bento-xvi-igreja-e-os-direitos-dos.html
Sendo D. Manuel Martins, dentro da Igreja Católica portuguesa uma personagem de grande influência e prestígio, não o vimos nunca tomar uma posição pública CONTRA a TORTURA DE CRIATURAS, que também SÃO DE DEUS.
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A tortura de Touros conta com a cumplicidade da Igreja Católica, também no Perú
Este falso padre católico, Alfredo Castañeda Pro, vai direitinho para o inferno no qual ele acredita. Ele e os que com ele estão. Porque Deus não se deixa enganar, e está atento a estes impostores, que se fazem passar pelos Seus representantes na Terra...
Esta é outra preciosidade da Igreja Católica.
Mas quando é que esta moveu um dedo contra as corridas de Touros, contra o “Toro Embolado”, contra o “Toro Dardeado” ou contra o “Embalse de Toros”, nos tempos que correm?
Lima, Perú, Domingo 4 de Novembro de 2012, assim se iniciou a feira taurina do “Senhor dos Milagres”, COM A ABSOLVIÇÃO CATÓLICA.
Na foto, o capelão de Acho, Alfredo Castañeda Pro, padre jesuíta, (SÓ PODIA SER!), com o matador francês Juan Leal e o matador mexicano, já não tão menino, Michelito Lagravere, na capela da praça, antes das corridas.
Segue-se um artigo taurino do diário limiano “Expresso”:
«A Capela de Acho é a mais bela do mundo taurino… É a capela mais bonita de todas as praças de touros no mundo, refere o padre jesuíta Alfredo Castañeda Pro, “ Alfredito” para os seus ex-alunos e amigos, capelão durante 40 anos, na arena de Acho.
Com os seus azulejos sevilhanos e as suas imagens do Senhor dos Milagres, a “Virgen de la Macarena” e a Nossa Senhora de Guadalupe, a capela é pequena mas um assombro de elegância e arquitectura», diz o padre Castañeda.»
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E dizemos nós: isto não é um padre. É mais um carrasco de Touros, a juntar aos tauricidas.
Em Portugal, como no Perú, como em todos os outros países tauricidas (num total de oito), a Igreja Católica envergonha a DOUTRINA CRISTÃ.
Fonte:
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São estes pormenores que nos fazer crer que a Igreja Católica portuguesa está-se nas tintas para essa tortura, para o que diz o Papa Bento XVI, ou para a Bula do Papa Pio V, e porquê?
Porque a Igreja Católica portuguesa é uma das grandes beneficiárias da tauromaquia, uma vez que a grande maioria das praças de touros lhe pertence. UM SACRILÉGIO!
Além disso, considera que os animais não tendo alma, devem ser tratados como uns desalmados.
E o que desejamos a toda esta gente, que assim pensa, é que seja julgada e condenada como merece, quando chegar a vez de ela prestar contas ao verdadeiro SENHOR DO UNIVERSO, que fez o Céu e a Terra e todas as suas criaturas.
Isabel A. Ferreira