Imagem de um programa muiiiiito “cultural”...
Também tenho a mesma opinião, do Tiago Mesquita. A Tourada não é serviço público, logo, não deve passar na RTP.
A propósito, transcrevo um excerto de um artigo dele, de que gostei particularmente, porque, na verdade, está na hora de acabar com esta coisa a que se dá o nome de “tourada” que, entre muitas outras designações, significa “chacota do Touro” algo que tem a ver apenas com as “tias” e betinhos e marialvas e incultos.
Também ando fartinha de touradas e da ignorância que as envolve.
«ANDO FARTINHO DE MALATO, FERNANDO MENDES E TOURADAS»
Por Tiago Mesquita
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Agora há coisinhas que começam a ser demais. Estou um bocadinho saturado de levar com cavalos e touros semana após semana. Farto de ver bancadas repletas de pseudo tios e tias de várias idades, dos 14 à idade de tocarem castanholas com a placa, fingindo que percebem "um boi" do espectáculo deprimente de tortura bovina que se desenrola à frente das pestanas carregadinhas de eyeliner Chanel da feira domingueira de Santarém. Um batido de vaidades para lá do suportável. Se entrasse um homem vestido de touro a cantar Sinatra metade da audiência não reparava. As camisas rosa abertas até ao umbigo Ralph Lauren dos Bernardos e dos Salvadores, as Matildes agarradas às SMS e ao Facebook, as avozinhas abanam vigorosamente os leques com trejeitos afectados, prestes a colapsarem porque os meninos correm o risco de levar com um corno no recto como o Pedrito de Portugal. Um cheiro de bosta de cavalo, palha molhada, after-sun da Nívea e cachorros empesta o ar.
Está na altura de acabar com este tipo de serviço público. A tourada não é serviço público. Querem acabar com o futebol? FORÇA! Eu não quero pagar para assistir a este tipo de espectáculos. Quero ter acesso ao que um canal público deve dar aos cidadãos: Cultura, educação, informação e formação cívica. Do cinema ao teatro, literatura, humor, a história deste país e do mundo, as noticias. A RTP não deve servir para brincar às audiências. São outras guerras. Não é e nunca foi essa a função da RTP.
A RTP tem definitivamente de mudar de rumo, porque ao fim de contas (e já são tantas a fazer) o comportamento/funcionamento a que nos habituaram nos últimos tempos tem pouco de público e muito menos poderá ser considerado um serviço prestado a quem a paga.»
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