Domingo, 16 de Maio de 2021

Quando a Língua e a História de Portugal se cruzam com a Língua e com a História do Brasil o resultado não pode ser pior

 

Sempre foi assim, desde as minhas andanças por terras do Brasil.

 

A questão é: porquê ainda tem de ser assim, passados tantos anos?

 

Não há qualquer motivo, para que seja assim, mas sendo, e como quem não se sente, não é filho de boa gente, nem honra o País da sua origem, nunca deixei, nem deixo barato as falsidades e as afrontas à Cultura, à Língua e à História portuguesas.

 

E desta vez não foi diferente. Recebi dois comentários afrontosos, e o que fiz foi simplesmente defender a minha Bandeira – a Portuguesa.

Fiz mal?

Isabel A. Ferreira

 

brasil-portugal-800x360.jpg

Carlos comentou o post Portugal e Brasil: dois países, duas línguas... às 11:00, 14/05/2021 :

 

Capture 1.PNG

 

***

 

Carlos, vou ater-me, também de forma respeitosa, mas muito realista, apenas ao seu último parágrafo = trivial discurso de um brasileiro que se preza de o ser: «Só gostaria (ou gostava) de deixar uma dica, de forma respeitosa e sátira, em breve o Brasil vai colonizar Portugal que Portugal passará a se chamar "Brasil do Norte" e ainda falará o idioma "brasileiro de Portugal". Brincadeiras a parte, grande abraço e bom trabalho

 

Satírico ou não, brincadeiras à parte, ou não, o Carlos diz que gostaria (tempo futuro) ou gostava (tempo passado) de deixar uma dica, a dica que tantas vezes EU, nas minhas andanças pelo Brasil, num PASSADO, já bem passado, ouvi demasiadas vezes, para acreditar que num futuro, que já é PRESENTE, poderia acontecer: o de, um dia, Portugal poder ser colonizado pelo Brasil, a modos de vingança, por não se designar Inglaterra. O que ainda não se sabia era como o fazer.

 

Mas lá chegou um tempo em que os marxistas brasileiros, eivados de um ódio lunático por tudo o que fosse colonial, colonialismo e colonizadores, lembraram-se de estroncar a História comum aos dois países, pulverizando-a com asquerosas mentiras, que introduziram nas Escolas (que eu frequentei), começando aqui a vingança; e colonizar Portugal através da destruição da Língua Portuguesa, a qual Antônio Houais se apressou a deslusitanizar (o termo é dele).

 

Entretanto, o sonho da “Língua Brasileira”, preconizado por alguns intelectuais brasileiros, num passado distante, acordou do sono profundo em que estava mergulhado, quando uns tantos idiotas, entre pseudo-linguistas, políticos ignorantes e editores mercenários, engendraram e puseram em marcha o Acordo Ortográfico de 1990, pensando com isso que iriam “conquistar” Portugal, esquecendo-se que nem Napoleão Bonaparte, que fez três tentativas, o conseguiu. E o que os bravos Portugueses de antanho fizeram com os generais de Napoleão, os bravos Portugueses hodiernos continuarão (porque a acção já começou) a fazer com os novos candidatos a colonizadores.

 

E eis-nos chegados ao tal futuro, que já é presente, onde  se estrebucha para manter essa colonização de Portugal, através da Língua, que, por CONVENIÊNCIA, ainda se chama portuguesa, mas que os Brasileiros, logo que possam, mudarão para BRASILEIRA.



Todos sabemos que esse dia chegará, entretanto, Portugal libertar-se-á dos colonos brasileiros e deixá-los-á livres e felizes com a VARIANTE BRASILEIRA do idioma português, e a Língua Portuguesa regressará às sua origens, ao seu território ibérico, dure o tempo que durar esse regresso, porque nos corre nas veias o sangue dos nossos bravos antepassados, que nunca permitiram que nem Castelhanos, nem Franceses, nem Ingleses, usurpassem o pequeno (em território) País que nos deixou Dom Afonso Henriques.

 

Um grande abraço, também para si.

Isabel A. Ferreira

 

***

 

- - - - - respondeu ao seu comentário no post «Opinião sobre “Contestação do Livro “1808” de Laurentino Gomes” de autoria de Isabel A. Ferreira» às 10:02, 14/05/2021 :

 

Capture 2.PNG

 

***

 

Gostaria de trocar ideias com quem tivesse um nome.

 

Não é o caso, ainda assim, vou responder, porque este comentário está eivado do ódio dos marxistas brasileiros, por tudo o que é colonial, colonialismo e colonizadores, então lembraram-se de estroncar a História comum aos dois países, pulverizando-a com asquerosas mentiras, como as que aqui relata, as quais introduziram nas Escolas brasileiras (que eu frequentei, por isso SEI), começando aqui a vingança, por Portugal não se designar Inglaterra.


Quando o Brasil se tornou independente, ficou INDEPENDENTE, e isto significa que os brasileiros poderiam ter acabado com a mentalidade colonizadora, mas não tiveram CAPACIDADE para o fazer. E a culpa NÃO É dos Portugueses hodiernos.

 

Seja quem for que está por traz deste comentário diz que é «extremamente contra julgar o passado através dos valores éticos e morais da actualidade, e não fez mais do que julgar esse passado à luz dos valores do tempo hodierno, ao dizer que é mais contra «quem não assume os erros cometidos no passado». Quais erros é que os Portugueses da actualidade cometeram, num passado que nem sequer viveram? Num passado em que todos os colonizadores colonizavam quase do mesmo modo, e digo quase, porque os Portugueses foram os menos agressivos.


De que INVASÃO do Brasil fala? Isso é linguagem de marxista IGNORANTE, porque os há com sabedoria.

 

O Brasil foi invadido por Holandeses, Franceses, Ingleses, mas NUNCA por Portugueses. Não sabia? Então fique a saber.

 

A história que vos contam nas mal-amanhadas escolas brasileiras é uma história de carochinha, muito eivada de uma ignorância da mais pura. Devia ter vergonha de envergonhar o Brasil com a sua desmedida ignorância.

 

O Brasil pós-independência foi afectado, sim, mas pela INCOMPETÊNCIA dos que não souberam aproveitar essa LIBERTAÇÃO, para se verem livres do jugo do colonizador. Em vez de aproveitarem a libertação, encolheram-se num complexo de colonizados, o complexo de inferioridade, o complexo de vira-lata (de que fala Nelson Rodrigues) que vos incapacitou de CRESCEREM como país e como povo. Agora querem pôr a culpa para os colonizadores? Olhem por vós abaixo. Vejam o que estão a fazer aos indígenas: invadem a terra deles, como se fossem os novos colonizadores, os verdadeiros INVASORES. Ao menos os portugueses nunca os expulsaram das suas terras. Os verdadeiros DONOS do Brasil são os indígenas. Os outros, vocês, vieram por acréscimo.

 

A sua insistência na INVASÃO do Brasil é demonstrativa de uma ignorância atroz. Quando os Portugueses chegaram às terras que depois baptizaram de Terras de Santa Cruz, o BRASIL NÃO EXISTIA. Nem o Brasil nem os brasileiros, que hoje atacam os indígenas e lhes querem tomar as terras, que são deles, por DIREITO. Isso não vos ensinam nas escolas? Mas deviam ensinar.

 

Nenhum português hodierno se enaltece por aquilo que eram os VALORES daquela época, e válidos para TODOS os outros povos colonizadores.

Nós ORGULHAMO-NOS pelo nosso feito de dar novos mundos ao mundo, não nos orgulhamos das barbaridades cometidas por TODOS os que colonizaram territórios nessa época: Ingleses, Holandeses, Franceses, Espanhóis (só estes EXTERMINARAM três civilizações avançadas, da época: a Inca, a Asteca e a Maia).


Olhe, vá estudar HISTÓRIA do Brasil nos livros escritos por HISTORIADORES, e não nos livros escritos por imbecis ignorantes, que não têm a mínima noção da infinitude da ignorância deles.

 

Só quando os brasileiros ignorantes (porque os há com saber) se dignarem estudar a HISTÓRIA tal como ela é, e não através da lupa fosca de marxistas ignorantes, talvez a relação Brasil/Portugal possa levar outro rumo.



Ah! E não se esqueçam: DEIXEM de INVADIR (aqui sim, o termo é este) os territórios dos INDÍGENAS BRASILEIROS, os verdadeiros donos desses territórios, dos quais os Portugueses nunca os expulsaram. Deixem os Indígenas em paz. Estamos no ano 2021 d. C., e não no ano de 2021 a. C.

 

E quando quiser comentar, sugiro que vá à certidão do seu nascimento, (se é que a tem) e veja o nome que lá consta, para o USAR com legitimidade, nos comentários.

 

E saiba que a sua falta de discernimento e saber, neste comentário, é um INSULTO ao Brasil e ao Povo Brasileiro INSTRUÍDO.


Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:22

link do post | Comentar | Ver comentários (2) | Adicionar aos favoritos
Sexta-feira, 4 de Outubro de 2019

Comemora-se hoje o Dia Mundial dos Animais, de todos os animais, e não só de Cães e Gatos

 

Apesar de todos os dias serem dias de todos os animais.

 

Mas hoje, celebra-se São Francisco de Assis, que morreu em 03 de Outubro de 1226. É o Santo patrono e irmão de todos os animais não-humanos e plantas (meio ambiente).

 

E quando se fala em patrono dos animais, não é apenas patrono de cães e gatos, mas de todos os outros animais não-humanos: touros, cavalos, porcos, vacas, galinhas, tigres, leões, aves, enfim, os outros animais que sofrem barbaridades às mãos de humanóides, porque os seres humanos não maltratam os animais, nem permitem que os maltratem.

 

Para celebrar este dia, que também poderá ser o meu, porque sou um animal humano (não sou, como hoje já ouvi a Maia a dizer: metade animal e metade humana. Qual será a parte animal e a parte humana da Maia?), deixo-vos com um magnífico texto de Leonardo Boff, um teólogo, escritor, filósofo e professor universitário brasileiro que muito prezo (daí o texto estar escrito segundo a ortografia brasileira) .

 

Leonardo-Boff.jpg

 

Por Leonardo Boff

 

«Os animais: portadores de direitos e devem ser respeitados

 

A acei­ta­ção ou não da dig­ni­da­de dos ani­mais de­pen­de do pa­ra­dig­ma (vi­são do mun­do e va­lo­res) que ca­da um as­su­me. Há dois pa­ra­dig­mas que vêm da mais al­ta an­ti­gui­da­de e que per­du­ram até ho­je.

 

O pri­mei­ro en­ten­de o ser hu­ma­no co­mo par­te da na­tu­re­za e ao pé de­la, um con­vi­da­do a mais a par­ti­ci­par da imen­sa co­mu­ni­da­de de vi­da que exis­te já há 3,8 bi­lhões de anos. Quan­do a Ter­ra es­ta­va pra­ti­ca­men­te pron­ta com to­da sua bi­o­di­ver­si­da­de, ir­rom­pe­mos nós no ce­ná­rio da evo­lu­ção co­mo um mem­bro a mais da na­tu­re­za. Se­gu­ra­men­te do­ta­dos com uma sin­gu­la­ri­da­de, a de ter a ca­pa­ci­da­de re­fle­xa de sen­tir, pen­sar, amar e cu­i­dar. Is­so não nos dá o di­rei­to de jul­gar­mo-nos do­nos des­sa re­a­li­da­de que nos an­te­ce­deu e que cri­ou as con­di­ções pa­ra que sur­gís­se­mos.

 

A cul­mi­nân­cia da evo­lu­ção se deu com o sur­gi­men­to da vi­da e não com o ser hu­ma­no. A vi­da hu­ma­na é um sub-ca­pí­tu­lo do ca­pí­tu­lo mai­or da vi­da.

 

O se­gun­do pa­ra­dig­ma par­te de que o ser hu­ma­no é o ápi­ce da evo­lu­ção e to­das as coi­sas es­tão à sua dis­po­si­ção pa­ra do­mi­ná-las e po­der usá-las co­mo bem lhe aprou­ver. Ele es­que­ce que pa­ra sur­gir pre­ci­sou de to­dos os fa­to­res na­tu­ra­is, an­te­rio­res a ele. Ele jun­tou-se ao que já exis­tia e não foi co­lo­ca­do aci­ma.

 

As du­as po­si­ções têm re­pre­sen­tan­tes em to­dos os sé­cu­los, com com­por­ta­men­tos mui­to di­fe­ren­tes en­tre si. A pri­mei­ra po­si­ção en­con­tra seus me­lho­res re­pre­sen­tan­tes no Ori­en­te, com o bu­dis­mo e nas re­li­gi­ões da Índia. En­tre nós além de Ben­tham, Scho­pe­nhau­er e Schweit­zer, seu mai­or fau­tor foi Fran­cis­co de As­sis, di­to pe­lo Pa­pa Fran­cis­co em sua en­cí­cli­ca “So­bre o cui­da­do da Ca­sa Co­mum” co­mo al­guém “que vi­via uma ma­ra­vi­lho­sa har­mo­nia com Deus, com os ou­tros, com a na­tu­re­za e con­si­go mes­mo…exem­plo de uma eco­lo­gia in­te­gral”(n.10). Mas não foi es­te com­por­ta­men­to ter­no e fra­ter­no de fu­são com na­tu­re­za que pre­va­le­ceu.

 

O se­gun­do pa­ra­dig­ma, o ser hu­ma­no “mes­tre e do­no da na­tu­re­za” no di­zer de Des­car­tes, ga­nhou a he­ge­mo­nia. Vê a na­tu­re­za de fo­ra, não se sen­tin­do par­te de­la, mas seu se­nhor. Es­tá na ra­iz no antro­po­cen­tris­mo mo­der­no que tan­tos ma­les pro­du­ziu com re­fe­rên­cia à na­tu­re­za e aos de­mais se­res. Pois o ser hu­ma­no do­mi­nou a na­tu­re­za, sub­me­teu po­vos e ex­plo­rou to­dos os re­cur­sos pos­sí­veis da Ter­ra, a pon­to de ho­je ela al­can­çar uma si­tu­a­ção crí­ti­ca de fal­ta de sus­ten­ta­bi­li­da­de.

 

Seus re­pre­sen­tan­tes são os pa­is fun­da­do­res do pa­ra­dig­ma mo­der­no co­mo Newton, Fran­cis Ba­con e ou­tros, bem co­mo o in­dus­tri­a­lis­mo con­tem­po­râ­neo que tra­ta a na­tu­re­za co­mo me­ro bal­cão de re­cur­sos, um baú ines­go­tá­vel de bens e ser­vi­ços, em vis­ta do en­ri­que­ci­men­to.

 

O pri­mei­ra pa­ra­dig­ma – o ser hu­ma­no par­te da na­tu­re­za – vi­ve uma re­la­ção fra­ter­na e ami­gá­vel com to­dos os se­res. De­ve-se alar­gar o prin­cí­pio kan­ti­a­no: não só o ser hu­ma­no é um fim em si mes­mo, mas igual­men­te to­dos os se­res, es­pe­ci­al­men­te os vi­ven­tes e por is­so de­vem ser res­pei­ta­dos.

 

Há um da­do ci­en­tí­fi­co que fa­vo­re­ce es­ta po­si­ção. Ao des­co­di­fi­car-se o có­di­go genético por Drick e Dawson nos anos 50 do sé­cu­lo pas­sa­do, ve­ri­fi­cou-se que to­dos os se­res vi­vos, da ame­ba mais ori­gi­ná­ria, pas­san­do pe­las gran­des flo­res­tas e pe­los di­nos­sau­ros e che­gan­do até nós hu­ma­nos, possuímos o mes­mo có­di­go genético de ba­se: os 20 ami­no­á­ci­dos e as qua­tro ba­ses fos­fa­ta­das. Is­so le­vou a Car­ta da Ter­ra, um dos prin­ci­pa­is do­cu­men­tos da UNES­CO so­bre a eco­lo­gia mo­der­na, a afir­mar que “te­mos um es­pí­ri­to de pa­ren­tes­co com to­da a vi­da” (Pre­âm­bu­lo). O Pa­pa Fran­cis­co é mais en­fá­ti­co: “ca­mi­nha­mos jun­tos co­mo ir­mãos e ir­mãs e um la­ço nos une com ter­na afei­ção, ao ir­mão sol, à ir­mã lua, ao ir­mão rio e à Mãe Ter­ra” (n.92).

 

Nes­ta pers­pec­ti­va, to­dos os se­res, na me­di­da que são nos­sos pri­mos e ir­mãos/as e pos­su­em seu ní­vel de sen­si­bi­li­da­de, so­frem e são por­ta­do­res de cer­ta in­te­li­gên­cia, que lhes per­mi­te fa­zer co­ne­xões ce­re­bra­is e as­sim se ori­en­ta­rem no mun­do. Por is­so mes­mo são por­ta­do­res de dig­ni­da­de e de di­rei­tos. Se a Mãe Ter­ra go­za de di­rei­tos, co­mo afir­mou a ONU, eles, co­mo par­tes vi­vas da Ter­ra, par­ti­ci­pam des­tes di­rei­tos.

 

O se­gun­do pa­ra­dig­ma – o ser hu­ma­no se­nhor da na­tu­re­za – tem uma re­la­ção de uso com os de­mais se­res e os ani­mais. Se co­nhe­ce­mos os pro­ce­di­men­tos da ma­tan­ça de bo­vi­nos e de aves fi­ca­mos es­tar­re­ci­dos pe­los so­fri­men­tos a que são sub­me­ti­dos. Ad­ver­te-nos a Car­ta da Ter­ra: “há que se pro­te­ger ani­mais sel­va­gens de mé­to­dos de ca­ça, ar­ma­di­lhas e pes­ca que cau­sem so­fri­men­to ex­tre­mo, pro­lon­ga­do e evi­tá­vel” (n.15b).

 

Aí nos re­cor­da­mos das pa­la­vras sá­bi­as do ca­ci­que Se­at­le (1854): “Que é o ho­mem sem os ani­mais? Se to­dos os ani­mais se aca­bas­sem, o ho­mem mor­re­ria de so­li­dão de es­pí­ri­to. Por­que tu­do o que acon­te­cer aos ani­mais, lo­go acon­te­ce­rá tam­bém ao ho­mem. Tu­do es­tá re­la­ci­o­na­do en­tre si”.

 

Se não nos convertermos ao pri­mei­ro pa­ra­dig­ma, con­ti­nu­a­re­mos com a bar­bá­rie con­tra nos­sos ir­mãos e ir­mãs da co­mu­ni­da­de de vi­da: os ani­mais. Na me­di­da em que cres­ce a con­sci­ên­cia eco­ló­gi­ca mais e mais sen­ti­mos que so­mos pa­ren­tes e as­sim nos de­ve­mos tra­tar, co­mo São Fran­cis­co com o ir­mão lo­bo de Gub­bio e com os mais sim­ples se­res da na­tu­re­za. Es­ta­mos se­gu­ros de que che­ga­rá o dia em que es­te ní­vel de con­sci­ên­cia se­rá um bem co­mum de to­dos os hu­ma­nos e en­tão, sim, nos com­por­ta­re­mos co­mo uma gran­de fa­mí­lia de se­res vi­vos, di­fe­ren­tes, mas uni­dos por la­ços de familiaridade e ir­man­da­de. »

 

(Le­o­nar­do Boff é ar­ti­cu­lis­ta do JB on-li­ne e es­cre­veu: «Fran­cis­co de As­sis: sa­u­da­de do pa­ra­í­so», Vo­zes 1999)

 

Fonte:

https://www.dm.com.br/opiniao/2017/11/os-animais-portadores-de-direitos-e-devem-ser-respeitados/

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:19

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Quarta-feira, 11 de Julho de 2012

OS TAURICIDAS ANDAM PELO NORTE A USAR OS AUTARCAS MAIS “DESPREVENIDOS” PARA AQUI IMPLANTAREM O RITUAL DA TORTURA DE TOUROS E CAVALOS – CHEGOU A VEZ DA TROFA

 

 

É ESTA IMAGEM CRUEL QUE QUER PARA A TROFA, DRA. JOANA LIMA?

 

Exma. Senhora Dra. Joana Lima,

Digníssima Presidente da Câmara Municipal da Trofa:

 

Tivemos conhecimento de que está anunciada uma tourada para o próximo dia 29 de Julho, no Município, que V. Exa. dirige com equilíbrio e saber.

 

Por isso, é preciso que saiba V. Exa. que os tauricidas estão a USAR os autarcas do Norte mais desprevenidos, para aqui implantar um ritual primitivo e grosseiro, que só desprestigia as terras e o bom-nome das gentes nortenhas.

 

Achamos lamentável que uma cidade que não tem qualquer tradição tauromáquica, acolha este tipo de evento em que animais são torturados para diversão de uns poucos sádicos.

 

Em termos turísticos, este espectáculo é um péssimo cartaz para o Município de V. Exa., uma vez que uma larga maioria de turistas CULTOS, evita visitar cidades que acolhem no seu seio espectáculos de diversão, onde seres sencientes são torturados, ao invés de serem respeitados.

V. Exa. tem nas suas mãos, a decisão de NÃO PERMITIR que a barbárie passe a ser o cartão de visita do Município da Trofa.

 

Pelo exposto vimos pedir a V. Exa., que não conceda licenças para a realização deste espectáculo, à semelhança do que fizeram os autarcas da Maia e de Chaves.

 

Aguardando uma resposta positiva, para bem do Município da Trofa.

 

Atenciosamente

 

Isabel A. Ferreira

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:58

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Quinta-feira, 7 de Junho de 2012

“Bombeiro (?) voluntário” de Pedrouços (Maia) comete crime de usurpação de nome… com o meu nome…

 

 

Sede dos Bombeiros Voluntários de Pedrouços (Maia)

 

Ao meu e-mail, que é público, chegou-me a seguinte mensagem (retirei-lhe apenas o IP):

 

Isabel A. Ferreira (IP: 00000000000) disse sobre Bombeiros Voluntários de Pedrouços (Maia) dispam a farda, não sabem honrá-la na Quinta-feira, 7 de Junho de 2012 às 00:16:

 

«Caro Voluntário, agora que já não estou tão stressada, permita-me um desabafo.
 

Vê-se pelo meu discurso que sou uma pessoa obsessiva, que tem ideias fixas, com um ponto de vista obtuso e exclusivamente dirigido para a minha causa. Eu sei que esta minha postura faz com que as pessoas olhem para mim como uma espécie de louca radical, que para defender os seus ideais, insulta gratuitamente os outros e não respeita ninguém. Talvez seja por isso que apenas 7 pessoas seguem este meu blog. Agora que finalmente acalmei e fui fazer alguma pesquisa, aprendi como funcionam as Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, aprendi que tem uma Direcção que toma decisões, às quais os Bombeiros são completamente alheios, nas quais os Bombeiros não tem qualquer poder de decisão ou de influência, decisões essas que os Bombeiros tem que acatar sem contestar, sob pena de serem demitidos. Assim, apresento minhas desculpas pelo meu diálogo verborreico e pelos meus insultos gratuitos a todos os Bombeiros Voluntários de Pedrouços.
 

“Est le combat qui me plaît, non pas la victoire”»

 

 ***********************************************************

 

Pensei muito antes de tomar a decisão que tomei: tornar público este assunto. E só o faço para que ninguém mais ouse repeti-lo, por motivos mais do que óbvios.

 

Antes de comentar este comentário (porque também decidi comentá-lo) tenho de tecer algumas considerações, não vá este “voluntário” pensar que pode fazer o que bem lhe apetece, utilizando o meu nome, sem levar com as consequências.

 

Bem, o que aqui temos é um caso grave: um crime de usurpação de nome.

 

Um sujeito (que é fácil de ser identificado através de uma ordem judicial) lembrou-se de fazer uma gracinha utilizando o meu nome.

 

Pois o tiro saiu-lhe pela culatra.

 

É só aguardar... “caro” voluntário...

 

************************************************************

 

Posto isto vamos ao comentário do comentário:

 

As parvoíces que para aqui foram ditas não me atingem nem um milésimo de milímetro porque sei quem sou, sei o que valho, sei o que ando a fazer, sei que tenho mais inimigos do que amigos, conheço de cor e salteado, todas as “alcunhas” que me dão e todos os impropérios que me dirigem, mas não será isso que me fará afastar da Causa da Abolição das Touradas, porque a RAZÃO está do meu lado e não do lado de quem se serve da tortura de seres vivis para se divertir ou para fins falsamente humanitários.  

 

Quanto aos insultos, engana-se “voluntário”.

 

Por acaso sabe o que é um insulto?

 

Não sabe.

 

Eu não devo chamar Joaquim a quem se chama António. Certo?

 

Também não devo chamar inteligente a quem não tem um pingo de massa cinzenta, neurónios os sequer cérebro. Verdade?

 

Insultar é chamar um sábio de ignorante.

 

E talvez seja por isso que não SETE (como vem na listinha, que nada significa) mas CENTENAS de pessoas seguem o meu Blogue diariamente.

 

Ora sempre soube que as Corporações de Bombeiros têm uma direcção (até já consegui que um director se demitisse por incompetência) e que os “voluntários” não têm obrigação de seguir as regras parvas da direcção, até porque são voluntários e podem sair da Corporação desde que as “ordens” recebidas não coincidam com a ética de cada um. É uma questão de objecção de consciência.

 

Um “homem” (coloco entre aspas já por causa das “coisas”) que não seja capaz de contestar uma ordem que não esteja de acordo com a sua consciência, com a sua ética, não é homem nem é nada.

 

Por isso, continuo a afirmar e a reafirmar que, além de não ter insultado ninguém, não tenho de pedir desculpa a quem aceita participar num evento sangrento só porque o “director” mandou. A mim não me mandava ele. Era demitida? Que fosse.

 

Se os Bombeiros Voluntários de Pedrouços não vão receber ajuda manchada de sangue de seres vivos torturados, ao senhor Presidente da Câmara, Eng.º António Bragança Fernandes, o devem, e a um grupo de VOLUNTÁRIOS amigos dos Touros e dos Cavalos que impediram que tal chacina acontecesse.

 

Por isso, “caro” Voluntário, a “stressada” que nunca fica “stressada”, mas NAUSEADA com as barbaridades que se cometem por aí em nome de uma “tradição parva” e da falsa solidariedade; a pessoa “obsessiva” que não é “obsessiva”, mas COERENTE com os seus princípios e com o JURAMENTO que fez de dar voz aos que não têm voz para se defender; a “louca radical” que não é “louca radical” mas tão-só uma ACÉRRIMA DEFENSORA dos ANIMAIS NÃO-HUMANOS, tanto quanto dos ANIMAIS HUMANOS, o que tem a dizer é que se cuide, porque USURPAR O NOME DOS OUTROS É CRIME.

 

E na verdade o meu lema preferido é o que copiou do meu perfil:

 

«É o combate que me agrada, não a vitória». Mas noutra circunstância.

 

Contudo, como neste caso a vitória não me trará qualquer benefício a mim própria, mas sim aos TOUROS e aos CAVALOS, é a VITÓRIA QUE ME AGRADA MAIS DO QUE O COMBATE.

 

E sei que essa VITÓRIA está próxima.

 

Isabel A. Ferreira (a verdadeira)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:10

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Mais sobre mim

Pesquisar neste blog

 

Março 2024

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
14
15
16
17
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

Posts recentes

Quando a Língua e a Histó...

Comemora-se hoje o Dia Mu...

OS TAURICIDAS ANDAM PELO ...

“Bombeiro (?) voluntário”...

Arquivos

Março 2024

Fevereiro 2024

Janeiro 2024

Dezembro 2023

Novembro 2023

Outubro 2023

Setembro 2023

Agosto 2023

Julho 2023

Junho 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Agosto 2022

Junho 2022

Maio 2022

Abril 2022

Março 2022

Fevereiro 2022

Janeiro 2022

Dezembro 2021

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Direitos

© Todos os direitos reservados Os textos publicados neste blogue têm © A autora agradece a todos os que os divulgarem que indiquem, por favor, a fonte e os links dos mesmos. Obrigada.
RSS

AO90

Em defesa da Língua Portuguesa, a autora deste Blogue não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, nem publica textos acordizados, devido a este ser ilegal e inconstitucional, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais. Caso os textos a publicar estejam escritos em Português híbrido, «O Lugar da Língua Portuguesa» acciona a correcção automática.

Comentários

Este Blogue aceita comentários de todas as pessoas, e os comentários serão publicados desde que seja claro que a pessoa que comentou interpretou correctamente o conteúdo da publicação. 1) Identifique-se com o seu verdadeiro nome. 2) Seja respeitoso e cordial, ainda que crítico. Argumente e pense com profundidade e seriedade e não como quem "manda bocas". 3) São bem-vindas objecções, correcções factuais, contra-exemplos e discordâncias. Serão eliminados os comentários que contenham linguagem ordinária e insultos, ou de conteúdo racista e xenófobo. Em resumo: comente com educação, atendendo ao conteúdo da publicação, para que o seu comentário seja mantido.

Contacto

isabelferreira@net.sapo.pt